Capítulo 458: A Destruição do Castelo do Rei Demônio (7)
As palavras provocativas de Paulo pareciam refletir ao estilo de sua cultura, mas Hanho balançou a cabeça com firmeza.
— Bem, isso não é para quebrar pedras, é para algo mais engenhoso. Um cara como você nunca saberá, até que formatem o seu cérebro! Hehehe!
As palavras de Hanho ajudaram a irritá-lo. Suas sobrancelhas se contraíram.
— Ei, garoto, se você não sacar sua arma agora…
Naquele momento, ele saltou e investiu contra ele.
— … Vou esmagar seu cérebro primeiro!
Ele caiu em direção a Hanho, prestes a acertar seu braço feito de pedras nele, mas Hanho puxou algo de suas costas. Era um canhão de mão.
— Era um canhão, seu imbecil!
hanho segurava quatro canhões e eles começaram a serem disparados da esquerda para a direita.
Bam!
Dezenas de bolas de ferro foram disparadas contra Paulo, que foi arremessado e bateu no teto antes de cair no chão.
— Ugh, o que diabos foi isso?
Este item foi feito por Arnold Hearst, uma versão miniaturizada do ‘Caçador de Insetos’ que aniquilou uma das Raças Absolutas.
Hanho recarregou o canhão de mão que acabara de atirar contra Paulo.
Devido à sua estrutura, Hanho poderia usar quatro canhões de mão ao mesmo tempo, enquanto uma pessoa normal só poderia usar um.
— Não sou bom em atirar porque nunca lidei com uma arma de fogo. Mas pensei que essa arma funcionaria igual a uma espingarda. E cara, eu estava certo!
Hanho sorriu e mirou os quatro canhões, de uma só vez, em Paulo, que estava caído no chão.
Mas Paulo levantou-se casualmente como se nada tivesse acontecido e disse: — Você achou que poderia me matar com aquela espingarda?
Obviamente, ele não parecia muito ferido. Ele só foi arremessado pelo poder de disparo único do Caçador de Insetos.
— Ei, ainda não terminei. Você pode abrir mais a boca? Deixe-me enfiar essas balas dentro dela!
Furioso com as palavras provocativas de Hanho, Paulo se jogou em direção a Hanho.
Os canhões de Hanho seguiram seu movimento e ele disparou.
Bam!
Mas Paulo girou no ar, usando seus olhos e reflexos aguçados. As bolas de ferro disparadas pelos canhões de mão de Hanho não o atingiram com precisão.
Mas como se esperasse por isso, Hanho virou outro canhão em direção a ele e disparou.
Bam!
Paulo não recuou facilmente, como esperado. Naquele breve momento, ele rapidamente girou seu corpo, permitindo apenas uma fração do tiro o atingisse antes de pousar no chão.
Mas o terceiro canhão de Hanho já estava apontado para ele.
Bam!
Desta vez ele foi atingido com precisão.
Não importa o quão rápido se movesse, não conseguia se esquivar dos quatro disparos que Hanho poderia facilmente fazer.
— Que pena! Eu poderia ter visto você me socando se tivesse evitado isso apenas mais duas vezes!
Hanho recarregou os canhões de mão enquanto o provocava.
Suas seis mãos se moviam como uma máquina automatizada, recarregando os canhões de mão muito rapidamente, sem qualquer falha, e num piscar de olhos, os quatro canhões de mão estavam prontos para atirar.
— Enquanto vinha para cá, pratiquei recarregá-los o tempo todo. Como você sabe, sou muito bom com as mãos! Hahaha!
Ao ser atingido por dois tiros seguidos, apareceu uma rachadura nas rochas que cobriam a pele de Paulo. Mas ele não desistiu.
— Não seja ridículo! Não haja levianamente só porque você me atingiu algumas vezes!
Em vez de pular, ele se moveu para a esquerda e para a direita, diminuindo a distância entre ele e Hanho. Obviamente, ele percebeu que era mais difícil mudar de direção enquanto estava no ar.
Bam!
Hanho disparou dois tiros contra Paulo, mas ele evitou as balas desviando-as. No final, ele evitou os quatro tiros habilmente.
— Chupa essa! — Paulo gritou de alegria.
Hanho agora estava indefeso. Paulo ergueu os oito braços cerrados, expondo as gengivas.
— Agora eu te pego!
Naquele momento, porém, uma luz irrompeu das mãos vazias de Hanho e atingiu o rosto de Paulo.
— Ugh! O que diabos foi isso!?
A luz turvou completamente sua visão. Enquanto estava se recuperando, perdeu Hanho de vista.
— …Lento.
Bam!
Dois canhões foram disparados contra a cabeça de Paulo pela esquerda. Ele foi arremessado novamente e bateu contra a parede. Desta vez ele ouviu um tipo de zumbido.
Ele estava ferido.
Não importava o quão forte fosse, poderia sofrido muitos danos ao longo do tempo.
— Uh… ei,…,aquilo foi uma luz sagrada? Isso não é uma habilidade de um Clérigo?
Paulo levantou-se, esfregando os olhos.
— Ah, você sabe disso? É, foi luz sagrada — respondeu Hanho.
Esta era uma das habilidades básicas que um Paladino, tipo sacerdote, poderia usar.
— Você disse que eu acertei? Como consegue usá-lo?
— Uh? Porque sou um Clérigo?
Mas Paulo zombou dele.
— Você está brincando? É ridículo você afirmar que é um Clérigo, muito menos Paladino, quando está usando um escudo. É estúpido! Eu sei que você está mentindo. Você acha que pode me enganar?
— O quê? Estou falando sério! — Hanho disse com uma voz frustrada.
Mas Paulo ficou bravo e gritou: — Não seja ridículo! Você está zombando de mim? Seu fudido, deixe-me explodir sua cabeça!
Mesmo sendo geralmente alegre, ele parecia ficar irritado facilmente quando seu orgulho era ferido. Ele atacou Hanho novamente.
— Essa luz é inútil se eu não olhar de frente!
Hanho puxou o gatilho, mas como se já estivesse acostumado, Paulo evitou os quatro canhões.
Quando Paulo se aproximou dele, uma ‘luz sagrada’ explodiu da mão de Hanho.
Como foi atingido, Paulo manteve a visão, minimizando a exposição à luz inclinando a cabeça para o lado.
— Eu peguei você!
Naquele momento, porém, o corpo de Hanho desapareceu.
— Ah?
E não foi por causa da luz ofuscante. O próprio Hanho tornou-se transparente.
Era uma espécie de habilidade de ocultação.
Paulo deu um soco no ar, errando o alvo.
— Mas que caralhos? Para onde você foi?
Enquanto estava perdido, sem saber o que fazer, ele ouviu o som de alguém próximo a ele puxando um gatilho.
Bam!
Desta vez acertou em cheio em sua têmpora. Seu corpo virou de cabeça para baixo e caiu no chão.
Mas Hanho continuou atirando nele.
Bam! Bam! Bam!
As balas dos três canhões atingiram seu corpo em sequência. O som das balinhas de metal perfurando o corpo de pedra foi ouvido.
— Uau! Os quatro tiros foram bem sucedidos! Perfeito! Ótimo!
Enquanto a voz de Hanho diminuía, o som dele recarregando os canhões de mão ressoou. Mas Paulo rolou para o lado e se levantou.
Com sua habilidade de ocultação desativada, Hanho foi visto apontando sua arma para Paulo.
— Cara, como fez isso? Desaparecendo no ar? Você disse que é um Clérigo. Como você poderia usar habilidades de ocultação?
— Bem, na verdade, minha primeira função foi como ladino, tá? Bem, não sou muito bom em roubar, mas acho que dominei essa habilidade com muita facilidade. Hahaha!
Paulo franziu a testa com força.1
Detritos de pedra caíram do corpo de Paulo e ele sentiu dificuldade para mover seu corpo por causa do dano considerável que se acumulou depois que foi atingido.
— Seu lazarento, não minta! Que imbecil escolheria um Ladino e um Clérigo como função?2
Paulo falou seu raciocínio sincero e a expressão de Hanho endureceu.
— Ei, você nunca pensou que poderia ferir os sentimentos de alguém falando assim?
Desta vez, Hanho atacou-o usando os quatro canhões de mão.
Bam! Bam! Bam! Bam!