Capítulo 109 - Marcus

Ao ver Lucien, Lilith ficou animada e tímida: “Sua performance naquele restaurante foi incrível!”

Lucien de alguma forma perguntou inconscientemente: “Por que vocês dois ainda estão em Aalto?”

“Ainda temos tempo até…” Antes que Lilith terminasse sua frase, Sala a interrompeu diretamente, pois percebeu que sua irmã mais nova poderia derramar o feijão inadvertidamente.¹

“Senhor Evans, por que você achou que não ficaríamos aqui para o festival de música?” Assim que perguntou, Sala se arrependeu de ter feito a pergunta de forma defensiva tão dura, o que poderia deixar ele e Lilith ainda mais suspeitos.

Lucien também ficou um pouco nervoso. Ele não queria que Lilith e Sala percebessem que ele realmente sabia mais sobre as ruínas de um local mágico do que eles pensavam.

“Vocês dois estavam com muita pressa quando me visitaram,” a mente de Lucien estava trabalhando rápido, “e eu pensei que vocês tinham algo urgente. É por isso.”

“Oh, eu entendo.” Sala relaxou um pouco e mudou para um tópico mais seguro, “Como Lilith disse, sua forma de tocar foi muito impressionante.”

Depois de conversar um pouco mais, Sala saiu com sua irmã mais nova, embora esta relutasse um pouco em interromper a conversa com Lucien.

Observando Sara e Lilith saindo, Lucien franziu ligeiramente as sobrancelhas, sentindo-se um pouco preocupado. Ele não tinha certeza se o encontro de hoje com o irmão e a irmã era apenas uma coincidência ou outra coisa.

No entanto, Lucien não deixaria sua preocupação estragar seu lindo dia. Ele ainda passou uma tarde muito agradável com Iven por perto e curtindo o clima festivo.

…

À noite, Lucien levou Iven para Joel e Alisa e jantou com eles. Em seguida, caminharam em direção à praça central. Hoje à noite, a praça estava bem mais movimentada do que o normal, e todo o lugar estava literalmente lotado. As pessoas se reuniram aqui para desfrutar do concerto desta noite no Salão dos Salmos através do círculo de poder divino.

O círculo de poder divino era realmente visível, o que parecia ser mais como uma cúpula de cristal transparente flutuando no ar do que um misterioso círculo mágico comumente imaginado. Através desta enorme tela, as pessoas na praça podiam assistir ao espetáculo e desfrutar da música maravilhosa simultaneamente.

“Uau…” Iven falou com surpresa.

“Parece que não podemos chegar mais perto”, disse Joel. “Vamos ficar aqui.”

“Não vamos ficar aqui!” recusou Alisa, “O que podemos ver daqui?”

Enquanto falava, Alisa estava prestes a aproveitar seu peso para abrir caminho para eles.

“Tia Alisa”, Lucien sorriu e a interrompeu, “na verdade, conheço um lugar melhor do que a praça.”

…

A prefeitura de Aalto era um prédio de cinco andares, situada do outro lado da praça central.

“O pai de Felicia, Sr. Urbain, é o chefe de escritório aqui”, explicou Lucien. “Ele nos convidou para curtir o show no último andar.”

Quando se aproximaram, Lucien viu que Felicia já estava esperando no portão dos fundos da prefeitura.

Devido ao número limitado de assentos que o Salão dos Salmos poderia fornecer e ao grande número de convidados ilustres vindos de outros países, nem mesmo o Sr. Urbain foi convidado para o concerto desta noite. Quanto à associação de músicos, seriam convidados apenas os músicos mais conhecidos, como o Sr. Victor, cujo concerto acabou de alcançar um grande sucesso no Salão dos Salmos.

Na verdade, Lucien, como consultor pessoal de música da princesa, também foi convidado, mas não se atreveu a ir, pois grande número de Grão-Cardeais e Bispos estariam lá naquela noite. Lucien não queria correr nenhum risco desnecessário.

…

O concerto começou às oito horas em ponto.

A luz sagrada apareceu acima da praça central, cobrindo todos os presentes.

Todas as pessoas presentes abaixaram suas cabeças, orando e louvando. Este era o amor de Deus, o poder de Deus.

Lucien também abaixou a cabeça, mas estava pensando em outra coisa. Como o poder da magia se originou da natureza, Lucien se perguntou de onde vinha o poder divino.

A luz tornou-se cada vez mais brilhante, então gradualmente cobriu a cúpula de cristal. O espetacular palco principal do Salão dos Salmos apareceu lentamente no céu.

O Coro da Catedral Dourada estava pronto.

“Seguidores piedosos…”

O hino era tão maravilhoso, como se estivesse sendo cantado por anjos.

Todos os coristas eram homens, e todos castrados antes de entrarem na adolescência. Assim, suas vozes eram ainda mais puras e belas que as das mulheres.

“Lucien… você está bem?” Felicia perguntou-lhe com preocupação.

“Sim? Estou bem, Felicia,” Lucien disse a ela. “Por que você pergunta?”

“Desculpe, eu estava pensando que o grande começo do primeiro show poderia ter colocado muita pressão sobre você.” Felicia balançou levemente a cabeça: “Parece que estou ainda mais nervosa do que você.”

Lucien sorriu, “Obrigado, Felicia. Estou bem.”

…

A pedido inflexível do Sr. Victor, Lucien compareceu ao segundo concerto no Salão dos Salmos, realizado por Christopher, o presidente da associação.

“Você não pode perder isso”, disse Victor a Lucien. “Pode ser o último show do Sr. Christopher. Você tem que valorizar esta oportunidade.”

“Ah sim… não posso perder a oportunidade de assistir a um show de um mestre da música para me deixar ansioso.” Lucien brincou.

“Se você estivesse realmente tão estressado, não diria algo assim.” Victor conhecia a personalidade de Lucien muito bem, “E eu confio em você, Lucien. Li a partitura de Pathétique. Por mais desafiadora que seja, acredito que esta sonata pode levar a uma revolução na história da música.”

“Obrigado, Sr. Victor.” Lucien sorriu. “Seu apoio significa muito para mim.”

Nesse momento, um jovem de vinte e poucos anos com cabelos pretos e olhos castanhos se aproximou deles.

“Senhor Victor, boa noite”, cumprimentou o jovem. “É Lucien Evans?”

Victor se levantou e apresentou com um grande sorriso no rosto: “Este é meu aluno anterior, Marcus. Ele agora é o consultor musical do Reino de Shaq. Ele voltou há alguns dias, só por causa do festival de música.”

1. dizer o que noa devia[↩]