Capítulo 104 — Primeiro assassinato oficial.
— Eu lembro de você. — Através de um olhar neutro, Kevyn apontou para o barman.
Surpreso, o homem de blusa social cruzou seus braços e franziu as sobrancelhas. — Lembra é? A espada, né?
— Sim, mas qual é o trabalho?
Jeremy ajeitou sua gravata e então respondeu: — É de assassino.
Quieto, o garoto suspirou e perguntou: — Matar? Agora faz sentido essa roupa, mas… matar que tipo de pessoa?
— O que você acha? Criminosos que estão escondidos, pecadores, pessoas que têm matado outros inocentes, são esses tipos.
“Kevyn, esse trabalho é perfeito, não acha? É o início da sua promessa”, disse Night, que piscou no dedo dele.
Um trabalho que se encaixa como uma luva, não é?
O príncipe sorriu e então também cruzou seus braços. “S̷e̸ ̸a̸ ̶E̵t̷u̶b̷e̸z̸a̶a̸b̸ ̶q̶u̷e̶m̴ ̷e̴s̶c̴o̴l̸h̷e̵ ̷o̵s̷ ̷a̶s̶s̸a̴s̷s̶i̸n̴a̸d̶o̴s̷ ̴e̶n̶t̴ã̴o̴ ̵i̵s̴s̸o̶ ̸é̴ ̴c̶e̸r̷t̷o̷”, pensou e então disse:
— Tudo bem, como vai funcionar?
Ao ouvi-lo, o homem retirou alguns cartazes de baixo de seu balcão e os deixou na superfície. Curioso, Kevyn se aproximou e olhou para os procurados.
Nas folhas haviam pessoas de 50 a 200 grafos, na parte da frente, falavam seus crimes e também algumas características além do retrato perfeito.
— O preço equivale aos crimes e ao poder de cada um, fique a vontade para matar um ou todos — disse Jeremy, que olhou para os cartazes, e depois para o menino. — Atualmente você está no top 150 mil dos assassinos.
— Existem tantos assim? — perguntou Kevyn.
— Na verdade são bem poucos, isso não é nem 2% da população mundial.
Após ouvir a resposta dele, o garoto concordou com a cabeça, pegou um dos cartazes e então disse: — Vou pegar esse por essa noite, 100 grafos é bastante pra um trabalho de um dia.
— Kukuku… tem razão.
Ao ouvir aquela risada, o príncipe encarou-o nos olhos e percebeu pupilas negras.
— Isso nos seus olhos são… caveiras?
De forma irônica, o homem respondeu: — Por que seriam? Não vê que são peperones?
— Hm.
Kevyn então deu as costas e saiu do bar enquanto dizia:
— Não importa, vocês são todos muito suspeitos.
— Boa sorte. — Acenou Jeremy.

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Do lado de fora, o garoto olhou para o verso do cartaz, e ali estavam os horários de onde sua primeira vítima estaria em alguns minutos, horas e anos no futuro.
Vendo a hora mais próxima, o príncipe subiu em um telhado como se tivesse teleportado. “Okita, peço que me ajude, procure ele no centro em quatro minutos”, de seu ombro, uma coruja de energia se formou. De tapa olho, albina, Okita. Ao ouvir a ordem de seu criador, ela voou atrás do procurado.
Em dois minutos, a besta de ¹ATP localizou o bandido e, ao sentir sua energia reagindo, Kevyn fechou seus olhos e viu através da visão de Okita.
Criando um portal nas proximidades e na frente do seu corpo físico.
Uma leve dor de cabeça o garoto sentiu, aquilo era forçadamente muito desgastante para ele, mas, ao atravessar do portal, o pisar sobre outra telha, o menino viu a cidade lá de cima.
Centenas de pessoas comemorando algum feriado a qual ele desconhecia, como ele iria reconhecer o homem que caçaria? Em meio a todas aquelas barracas, tanto adultos e crianças… como localizá-lo?
De repente, a coruja veio até o príncipe, bicou sua testa e saiu voando em direção a alguém. No mesmo momento Kevyn entendeu o que ela queria dizer e tentou acompanhá-la.
Após alguns segundos, o horário bateu, no centro, um homem seguia uma família.
Sem saber por onde ele estava, o pequeno dragão e sua besta o acompanhou.
Se aproximando pouco a pouco, a malícia naquele bandido se estendeu, um canivete de seu bolso puxou e se aproximou ainda mais. Aos poucos, levantou sua mão, o pior iria acontecer.
Mas Okita se jogou no mal intencionado com uma cabeçada, como ouvir uma coruja em pleno vôo?
— Merda, O que é isso? — O homem viu o ser energético cair sobre o chão bem na sua frente e, após ter sido distraído, atrás dele, o seu ceifador.
De cabeça baixa, um segundo se passou, na visão do bandido, da cidade, para um beco escuro, como um quarto. Em sua frente, o seu pior castigo.
Vendo um garoto de cabelo negro e venda, ele deu um passo a frente com as mãos no bolso e disse:
— Ei! Pivete! Se isso é uma pegadinha, fale! Eu estava prestes a fazer algo emocionante! — ele gritou.
— Eu te dou cinco segundos…
— Hm? Do que está falando?! Quer morrer?
O retirar de sua faixa inibidora de energia. Olhos tão belos quanto diamantes, mas tão pesados quanto a morte… uma presença impossível de não sentir, uma intenção assassina tão forte que um medo instantâneo chegou no procurado.
O homem deu um passo para trás em choque com aquilo e engoliu seco.
Somente com um de seu olhar, o príncipe deu apenas um passo à frente, somente um foi o bastante para as pernas do bandido fraquejarem.
— Você já teve tempo o suficiente.
Num piscar de olhos, Kevyn estava nas costas do imundo ser. Sem ver o garoto, o procurado, com medo, olhou para trás e o viu, mas era tarde demais.
Rosto assustado, desligar das funções motoras, corpo não mais reagindo… sua espinha foi quebrada.
O garoto encarou-o com frieza. Não sentindo seu corpo, o bandido permaneceu no chão, tentando respirar e aproveitar seus últimos segundos em terra.
— Agora morra.
Ao ouvi-lo, o procurado fechou seus olhos e aceitou a morte. Um segundo se passou, nada pareceu acontecer…
Olhando-o pela última vez, Kevyn teve misericórdia e empalou sua cabeça com Night, matando instantaneamente.
“Como se sente?”, perguntou Night.
“Não senti nada além de nojo”, respondeu o menino.
Com o abrir de um pentagrama roxo no chão, o corpo e alma do bandido foram levadas pela espada.
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Ao piscar de olhos, uma porta azul esverdeada surgiu no beco e, olhando para o chão, Kevyn entrou.
— Jeremy, finalizado.
Vendo a “primeira morte” de seu mais novo assassino, o homem ruivo sorriu, gargalhou por um instante e então gritou:
— Quanta misericórdia, hein?! Kukukuku!!!
Confuso, o príncipe franziu sua testa. “Kukuku?! Parem de rir assim!!!! Eu não aguento mais ver Night’s por aí!!!!”, ele balançou a cabeça e franziu levemente a testa em raiva.
— Jeremy! Pare de rir como ela, você não é irmão da Night, então pare!
— … Quê?
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¹ ATP — Adenosina trifosfato é uma molécula que armazena e transfere energia em todos os organismos vivos.
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