Índice de Capítulo

    De olhos arregalados, Jeremy deu um passo atrás com temor em seus olhos. “O QUÊ?!”, em desespero o homem botou a mão na testa e uma voz cantou em seu cabeça.

    Sem entender a reação dele, a garota franziu a testa e apenas seguiu até seu amado enquanto perguntava: “Kevyn! O que está fazendo? É pra mim?~”.

    Já sabendo como aquela máquina funcionava e vendo na entrada: “100 grafos”. Kevyn pôs o dinheiro onde pedia e então girou a máquina.

    Suspense…

    Após completar tantos giros, o resultado chegou. Um orbe eletrizante caiu sobre a superfície como um presente vindo do além, mas ainda genérico, a eletricidade era coisa menos provável ao jovem querer.

    — Hm… Isso é… Interessante… — disse o jovem.

    — Hm? O que é isso? — perguntou Night.

    Olhando-a com um sorriso levemente assustador, ele colocou outra nota de 100 e girou! 

    O início de um vício, o suspense… Ele gerava dopamina! 

    Ao completar dez giros, o parar… Assim, um orbe flamejante caiu sobre a bandeja e se juntou ao outro, só que menos genérico.

    — Ah… — Ficou cabisbaixo.

    — Você ainda não me respondeu! 

    Assustado, ele coçou a cabeça e inclinou-a. — É uma máquina de sorteio! Eu estou apenas sorteando…

    — É? …

    — Hm… — O príncipe colocou outra nota de 100 e girou de novo.

    — Ei!!!

    MAIS UMA VEZ!!! Suspense… Aquilo realmente estava divertido!

    Um brilho dourado saiu da máquina, e pela boca, saiu um orbe roxo, assim como os olhos de sua amada. Surpreso, o garoto se levantou surpreso e encarou aquilo como se fosse algo especial.

    — Oh!!!!! 

    Com o grito dele, a demônio pulou para trás com receio do que aquilo significava. No fundo ela sabia, mas não esperava que aquilo fosse o deixar tão feliz. “Hm?! Quê?! Ele… Realmente gosta dessas coisas? Será que eu deveria fazer brincadeiras mais ousadas?”, de olhos fechados, a garota suspirou ao vê-lo pondo outra nota de 100 grafos.

    SUSPENSE!!!!! Eh… Isso tá ficando chato…

    Uma esfera tempestuosa caiu sobre a bandeja, mas não era qualquer uma, ela era de areia! Kevyn logicamente se interessou, mas apenas desviou o rosto um pouco emburrado.

    Já sem esperanças, Night se juntou a ele e se sentou ao seu lado. Jeremy caminhou até os dois e então perguntou:

    — Torrando dinheiro com essas máquinas e… OPA! Parece que você conseguiu umas belezinhas, hein?!

    — Sim! — gritou o jovem, animado.

    — É… — Sem entender muita coisa, a demônio parecia apreensiva.

    — Eu sei muito bem o quanto você tem dinheiro, ali no canto tem uma máquina que dá 10 tiros de uma vez, eu recomendo, kukukuku. — Apontou.

    Animado, o garoto se levantou, olhou para sua amada, ela afirmou com a cabeça e então ele arrastou-a consigo até a máquina que, enorme, estava sobre o chão da loja.

    “Será que dá para girar isso?”, se perguntou Night, que viu seu amado se sentando e pondo uma nota de mil grafos na máquina.

    Assim, agarrou a parte de cima e girou! Uma, cinco, dez, cinquenta vezes rodou! Logo o vício ganhou forma.

    Amarelo como trovão. Tempestuosa como o vento. Azul profundo com bolhas como o mar. Branco e levemente amassado, como folhas de um caderno. Papel de novo. Eletricidade, pela terceira vez! Meio roxo, como se fosse algo psíquico, mas além. Água de novo. Fogo, DE NOVO! Rochoso como uma pedra, mas suave como a terra.

    Brilhou-se dourado duas vezes, alguns eram repetidos, mas poderiam ainda ter utilidades futuras, satisfeito, Kevyn coletou-os e guardou em sua bolsa dimensional.

    Night encarou-o percebendo que iria parar, então sentou em seu colo e disse:

    — Continue, quero ver se vai conseguir algo bom. — Ela sorriu.

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    Era quase anoitecer. Após tanto usufruírem de seu dinheiro e conseguirem vários orbes de mana, Kevyn carregou Night em suas costas. 

    Enquanto passavam pela trilha de pedras, o vento penteia seus cabelos e aproveitando toda aquela sensação, a garota se aconchegou e acariciou o cabelo de seu amado.

    Em um curto espaço de tempo chegaram em casa. Abrindo a porta e finalmente pisando na madeira nostálgica, Kevyn, ainda cansado por tudo que aconteceu, deixou sua parceira de pé e se espreguiçou.

    Ela encarou-o com um sorriso e pensou: “Tão fofo, gosto de tudo que faz por mim, mas como eu arranco essa máscara?”, ela recuou o olhar por um momento, afinal… Seu amado se assemelhava mais e mais com o seu pai.

    — Acha que eu deveria cortar o cabelo? — perguntou o príncipe.

    — Sim.

    — Nossa! Que direto… — Franziu a testa.

    — Eu prefiro te ver mais como… Você.

    Uma direta, mas ainda indireta.

    — Eu não sei do que está falando. Eu não quero cortar o cabelo porque eu posso lembrar do rosto de quem eu mais quero matar! — Desviou o olhar.

    Naquele momento, algo incomodou muito Night, tanto que ela queria arrancar seus olhos, mas apenas fechou a cara por um momento e virou o rosto emburrada.

    — Que seja, nem queria que você cortasse mesmo! Venha, quero testar meu baixo! — Ela correu para o quarto.

    Parado, o príncipe bocejou. “Cortar o cabelo…”, fechou seus olhos e seguiu-a. Sentada na cama, a demônio observou-o chegar.

    Kevyn então retirou o baixo e entregou-a. Ao receber o instrumento, a jovem ficou ali encarando-o sem entender. “E os outros negócios que a gente comprou?”.

    Ao ouvi-la, o menino se sentou ao seu lado e passou seu dedo por uma das cordas, soltando um som “sol”, do instrumento, e ainda audível mesmo sem amplificador.

    “Ah! Que som legal!”, ela disse enquanto beliscava outra, mas fazia som de “mi”. Incomodado os olhos do príncipe puderam entender que aquilo estava errado. Assim, pegou-o das mãos de sua amada e tocou em um dos seus pinos ao final das cordas.

    — Eu já ouvi sobre isso, ele tá desafinado… 

    — Vai demorar muito? Eu quero tocar… — Ela não sabia o que aquilo significava, só queria tocar.

    — Não vou demorar.

    Tocando a mesma nota repetidas vezes, aos poucos o garoto girou os pinos no final até conseguir afinar o baixo. Curiosa, Night encarou-o até terminar.

    Brevemente, Kevyn entregou-a seu presente, e animada, ela segurou-o e começou a tocar nada com nada. 

    — Lá lá lá! Agora que sou uma rockstar, serei muito famosa! — Continuou a tocar de forma sem sentido.

    Sorrindo, o príncipe se deitou ao lado dela e disse algo fundamental:

    — Tá vendo essas listras douradas onde você tá segurando com a outra mão? Se você pôr o dedo em cima dos espaços entre elas, o som sai diferente.

    Ao ouvi-lo, a demônio tentou e, para sua surpresa, ele estava certo. Magicamente um mundo se abriu, como se todas as possibilidades fossem desbloqueadas.

    Vendo que ele sabia tanto, um pouco corada, perguntou:

    — Você não quer… Me ensinar a tocar? 

    Sabendo que aquilo iria acontecer, Kevyn se sentou na cama e respondeu: — O que eu sei é por causa da minha mãe, então não me superestime tanto.

    Se jogando no colo dele, Night riu enquanto tocava todas as notas rapidamente.

    — Vamos lá! Vamos lá!!! Kukukuku!

    — Argh!!! Vamos~

    Apoie-me

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota