Capítulo 18 — Um duelo entre dois usuários de GreatSword.
“A gente tomou sorvete, parou na praça e… agora eu estou de frente para um provavelmente monstro que deveria estar sendo caçado?”, pensou Kevyn, retirando Night de suas costas.
O cabelo do garoto e seu pai cintilavam com o vento, ao mesmo tempo que o cavaleiro finalmente percebeu suas presenças.
— Acha que eu posso o derrotar? Ele parece ter o dobro do meu tamanho! A espada dele é maior que eu! Ele tem até uma armadura de platina!
— Haha! Tamanho não é documento garoto, sua mãe não te ensinou isso?
Respirando profundamente, Kevyn retirou suas lentes e começou a caminhar em direção ao cavaleiro, dizendo: — Tudo bem! Mas não quero que você deposite todas suas esperanças na minha vitória!
“Depositar esperanças? Se eu te trouxe aqui, é porque você vai vencer”, pensou Klei, abrindo um enorme sorriso.
Segurando Night com as duas mãos, Kevyn encarou o cavaleiro que, retirando sua espada das costas, segurava-a apenas com uma de suas mãos.
Correndo em sua direção, o garoto se aproximou e saltou acima de seu oponente, girando no ar, fez um corte de cima… mas foi parado, colidindo suas armas.
“Ele conseguiu defender meu ataque somente com um braço?”, pensou, enquanto o monstro arremessava ele para longe com sua espada.
Indo ao longe e caindo de pé, Kevyn coçou a cabeça, pensando: “Será que dá pra vencer aquilo?”.
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Saindo da sombra do garoto, Klei encarou-o, dizendo: — Alguma vez te falaram o que é um parasita?
— Parasita?
— Sim, aqueles que acabam se apossando do corpo dos mortos.
Olhando para seu pai, disse animado: — Sim! Sim! É tipo o que se apossou do rei Humbra?!
Olhando para o cavaleiro, cruzando seus braços, Klei respondeu: — Sim… mas aquele ali era um dos generais desse país. Parasitas não têm mana, por não poderem se apossar da alma do antigo dono, mas têm as mesmas memórias e habilidades.
Percebendo a furada em que se meteu, franzindo sua testa, Kevyn espeta a perna de seu pai com Night: — Você me pôs contra um ex-general? É isso?
Sorrindo, Klei dá um peteleco na testa dele, dizendo: — Há! Você que se vire, eu só tô te treinando! Mas… não liga para o que a Améli fica falando de não usar os poderes no meio da batalha, use eles, mas saiba usar nos momentos certos. Óbvio, não fique dependente deles também.
Encarando o ex-general, disse: — Tudo bem, vou tentar mais uma vez.
Entrando em sua própria sombra, Klei respondeu: — Boa sorte.
Avançando novamente, Kevyn criou oito estacas de ossos. Atirando quatro delas, o cavaleiro facilmente se defendeu com sua espada e, quando percebeu, o garoto estava em sua frente.
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Desferindo um ataque de baixo para cima, Kevyn conseguiu fazer a guarda do parasita ficar exposta, retirando sua espada à força.
Se afastando, o garoto atirou as últimas quatro estacas ósseas, mas não tiveram efeito algum devido à armadura.
Revidando, o cavaleiro avançou e deu um soco no garoto, que defendeu com Night, ficando parado no mesmo lugar.
Dando outro ataque, aos poucos o general cansava a defesa dele. “Meus braços não vão aguentar, não posso ficar defendendo assim”, pensou, criando uma barreira óssea ao mesmo tempo que recuava de forma dançante.
Atingindo a barreira com um soco, o parasita a quebrou e, quando olhou para o garoto, ele estava diferente.
Com um ¹exoesqueleto ósseo em seus braços e pernas, Kevyn ficou em guarda alta, esperando pelo próximo ataque.
Se afastando, o cavaleiro correu para pegar sua espada. Sorrindo, Kevyn pensou: “Correr?! Não, não!”, uma mão óssea saiu do chão, segurou o pé do cavaleiro que tropeçou e caiu.
Correndo em direção ao parasita, ao se aproximar, o garoto rapidamente se preparou e no mesmo instante o decapitou com um corte horizontal.
Se aproximando, Klei põe a mão sobre o ombro de seu filho, dizendo: — Tá vendo? Não foi tão difícil.
— Eu nem… consegui usar o empoderamento.
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— Ah… você vai ter outras chances de usar, mas você aprendeu alguma coisa?
— Nunca dê as costas para seu inimigo.
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Ao anoitecer, os dois enfim voltaram para a mansão. Se despedindo um do outro, o homem saiu e o garoto foi para a biblioteca.
Se sentando em uma cadeira, Kevyn pôs sua espada em cima da mesa, dizendo: — Se divertiu hoje, Night? — Ela brilhou duas vezes. — Que bom, amanhã vamos ter muita mais diversão.
Levando a mão até sua bolsa dimensional que, posso não ter citado, mas era como uma pequena mochila militar de cintura.
O garoto pegou um paninho e começou a passar em sua espada, dizendo:
— No final, a bolsa dimensional foi muito útil, não acha? — Após vê-la brilhando duas vezes, continuou falando: — Fora o paninho encantado que a Nick fez pra mim, eu consegui colocar um balde com água e outro par das minhas lentes anti energia.
Virando-a, Kevyn continua limpando-a, vendo-a brilhar mais suavemente.
— Você está preparada para amanhã? — Brilhou duas vezes. — Uhum… você tem alguma sensibilidade? Tipo, eu estou passando o pano e tals, você sente? — duas vezes. “Ah! Isso explica os brilhos mais suaves! Eu não consigo ver como eu faria massagem em uma espada, mas acho que passar pano deve ser como uma pra ela”.
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Após um banho, Kevyn saiu do banheiro de seu quarto com Night, indo para cama e, como de costume, dormindo com sua espada.
— Eu gosto de você, Night, é sempre bom ter alguém que me ouça. — Sorrindo, puxou a coberta até a altura de seu ombro, vendo-a brilhando suavemente. “Eu não consigo olhar para a alma dela… eu consigo ver a de todos da mansão, mas algo barra justo a dela. É um pouco injusto, mas tá tudo bem… nada vai me separar dela”, pensou, fechando seus olhos.
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— Como foi o dia?
De braços cruzados e queixo erguido, Klei disse: — O garoto é realmente meu filho, ele destrói os oponentes aterrorizando-os.
Astéria encarou-o sem expressar nada, mas sabia que ele estava se exibindo.
— Você é um homem estranho.
Os dois estavam em um corredor e, como sempre, uma janela deixava a luz da lua entrar e iluminar seus rostos. Encarando a lua, a mulher disse:
— Eu estava pensando em deixá-lo treinando com o Daniel… o que acha?
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Arregalando seus olhos, Klei fechou seus punhos, tendo toda sua superioridade quebrada, falando: — Tem merda nessa sua cabeça? Nunca! Eu já estou o treinando, não tem ninguém melhor do que eu para fazer isso!
— Não é sobre ser melhor, talvez isso seja o melhor para o garoto, sabe? A gente tem prendido ele como se fosse uma princesa em um castelo protegido por demônio real. — Em silêncio, Klei apenas a encarou, que continuou dizendo — eu… sinto muito, sei que você está se divertindo treinando-o, mas talvez seja necessário.
— Cala a boca, Astéria. Não quero saber das suas desculpas vazias. — Um olhar de desdém se formou e desfazendo o cruzamento de seus braços. Klei apenas a repreendeu: — Eu e o Kevyn estávamos nos divertindo o dia inteiro, eu o vi evoluindo e derrotando um parasita, fui eu quem levou o garoto para tomar sorvete e passear no parque! Quem é você? Sério, QUEM é você para falar que ele deveria sair daqui para ir lá para a puta que pariu?
Quieta por alguns segundos, Astéria fechou seus olhos e suspirou. Voltando seu olhar para o homem, ela disse: — Sério que você quer falar sobre quem decide as coisas? Você esqueceu do que você fazia e fez para o garoto?
— Eu errei, ok?! Todos erram, não erram? Eu já… tentei me redimir. — Abaixando sua cabeça, o homem esperou pela resposta.
— Se você quisesse tanto se redimir, você retiraria a maldição do braço dele. Redenção não existe, as marcas do que você fez sempre vão existir.
— Isso é para fortalecê-lo, não consegue entender?
— Klei, o assunto morre aqui. Quem vai decidir é o garoto, não você, não eu. — Se virando, Astéria foi embora.
“Eu não ligo, Astéria, eu vou conseguir o que quero”, pensou, se desmaterializando na escuridão.
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¹Exoesqueleto — É uma estrutura de sustentação externa ou de revestimento, constituída por uma cutícula espessa e rígida presente em alguns animais, como insetos e crustáceos.
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