Índice de Capítulo

    Sentado sobre a mesma pedra do dia anterior, Kevyn encarou Night em seu dedo.“Night, você… já treinou?”.

    Alguns segundos se passaram e ela respondeu: “Não, na minha antiga vida nunca foi necessário”.

    “Entendo, acho que eu vou ter que aprender por mim mesmo”, o garoto fechou seus olhos, quase não suportando ficar acordado.

    De repente, uma mão tocou o ombro de Kevyn, que pelo cansaço, se quer reagiu. Depois de um curto intervalo, a mesma pessoa do toque falou:

    — O que você está fazendo?

    Uma mana gélida tocou a do garoto e, pensando ser Astéria, ele arregalou seus olhos e virou-se, entretanto, quando fez contato visual com aquela pessoa, viu ser a mesma garota do dia anterior.

    De maneira desajeitada, ele sorriu tentando esconder sua frustração, mas se levantou e a respondeu:

    — Tô só… treinando, mas não consigo criar nada que pareça ser bom o suficiente.

    Percebendo toda a frustração do garoto, Aycity se sentou sobre a pedra e tentou ajudar: — Faça por você mesmo, algo que goste, uma movimentação, um ataque.

    Percebendo que hoje ela estava com uma blusa escura de manga longa, ele pensou: “Criar ataques que eu goste?… Isso… faz sentido”, um leve vento penteia o cabelo dos dois e, por um leve momento, Kevyn conseguiu ver cortes por trás da manga da garota.

    Ela percebeu que o garoto viu seus cortes e se virou. — Acho que… vou indo.

    Segurando-a pelo pulso, o menino puxou a manga da blusa e perguntou: — Qual o motivo desses cortes?

    — Eu… caí.

    — Esses cortes não foram feitos por qualquer coisa, tem alguém te machucando?

    Se soltando, Aycity rapidamente recolheu seu braço e encarou-o com certa raiva. — Preciso ir.

    Kevyn suspirou e, no mesmo momento, avançou, pegando o braço da garota e imobilizando-a contra o chão. — Tudo bem, mas antes, eu vou te curar.

    — Hm?! O que você tá fazendo?! Me solta! — Ela tentou se debater para fugir.

    — Por favor, não dificulte meu trabalho. — Criou um osso e bateu no braço dela, curando-a gradualmente.

    Assustada, ela parou de birra e pensou: “isso é abjuração? Ele consegue usar magia?”, arregalou seus olhos e, apenas esperou.

    Soltando-a, Kevyn se levantou e olhou-a com uma face ainda séria, dizendo:

    — Sempre que se machucar, pode vir até mim, ok?

    — Tudo bem… mas eu não vou te agradecer. Me diz, quem é você, garoto.

    Emburrado, ele virou a cara e cruzou os braços. — Eu já te falei!!! Sou Kevyn Calamith, o príncipe dos dragões! — disse e apontou o dedo para ela.

    — Eh… eu ainda não sei quem é você… me diz, oh! Príncipe dos dragões, me diga! Cadê seus chifres?! Os dragões não deveriam ter asas?! — Ela apontou para ele também.

    Irritado, o garoto tirou a camisa e fez diversos sinais com uma das mãos enquanto dizia: — S̷̙͍̿̄̋u̸̖̬̲͊̑͋̒ḇ̵̦̠̬͉̀̑m̶̩͇͎̲͂̋e҉̮̟̔̾t̴͎̜̜̑͊a̵̟̬̗̔̀̋̒̋-̶͖̣͖̠̃̓̔̽͐s̵͍̳͎̒̽̍͊̀é̵̠̪͍̑̊̐

    Um liberar caótico de mana cobriu toda a planície, o ar se tornou tão denso que a própria garota teve que dar um passo para trás.

    Enquanto ela tentava respirar, Kevyn liberou suas gigantescas asas. Com um passo à frente, ele percebeu que: “Minha mana aumentou de maneira exponencial desde a última vez que usei minha restrição”, num estalar de dedos, o garoto absorveu toda sua mana de volta, incluindo suas asas.

    Tossindo, Aycity não conseguiu se manter de pé e se ajoelhou enquanto perguntava:

    — Vo-você precisa fazer isso para liberar suas asas?

    — É… meio que os dragões reais têm essa restrição.

    — Suas asas eram brancas, mas por que seu cabelo é preto?

    O garoto estendeu a mão para ela e respondeu: — Na real, meio que sou um dragão nórdico, mas também real, só que não é só isso, minhas escamas acabam se adaptando ao calor…

    — Entendi… bem, agora acredito em você, princesa hehe. — Ela aceitou a ajuda.

    — Claro, claro, humanazinha hehehe.

    — Agora de verdade, eu preciso ir, obrigado pelo tempinho, tchau! — Ela saiu andando.

    Sorrindo levemente corado, Kevyn acenou. — Tchau!

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    Durante o pôr do sol, o garoto treinava com Humbra enquanto não parava de pensar: “Fazer o que gosto… o que gosto”, desferiu um chute na altura do peito de seu subordinado.

    O general defendeu o ataque e tentou um soco direto, entretanto, Kevyn se jogou para trás, dando uma cambalhota e, ao mesmo tempo, acertando uma bicicleta no queixo dele.

    Tendo seu ataque interrompido, Humbra caiu sobre o chão, enquanto seu rei, de pé, estendeu sua mão, esperando-o se levantar.

    — Atacar diretamente nunca é muito bom.

    Aceitando a ajuda, o general se ergueu e perguntou: — De fato, mas você já chegou a algum resultado?

    — Eu diria que sim, com o Taekwondo, eu consegui entender melhor os chutes. Para potencializar a força dos ataques, girar pode acabar sendo muito importante, então… sendo um gato, eu sou tipo… literalmente feito para isso!!! — disse, pôs as mãos na cintura e levantou suas orelhas enquanto sorria de maneira orgulhosa.

    De maneira sarcástica, perguntou: — Girar, é?

    — Sim!

    — Hm… não consigo ver situações úteis.

    — Eu não preciso esperar… — com certa sede de sangue em seu olhar, Kevyn sorriu de maneira sádica e continuou — eu posso ativar o branco, manipular o sangue, manipular os ossos, eu posso tudo, essa é a tal da perfeição!!

    — Você é cruel.

    Cruzando seus braços, o garoto desviou a cabeça emburrado. — Eu não sou cruel!!

    — Só sádico.

    — Já que não dá pra resolver na conversa, vamos ter uma luta de fim de assunto. — Apontou o dedo para Humbra.

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    Com a lua clareando seus rostos, Humbra e Kevyn se viam deitados sobre a grama da planície. O esqueleto ergueu sua mão para o céu e, por um momento, um suspiro pôde ser ouvido, que era do garoto, que pensou: “Eu consegui desenvolver a primeira habilidade da técnica, preciso pensar num nome, ARH! Finalmente, evolução!!! É isso!!!!!”, ele estava completamente empolgado até… “Ah… mesmo assim, se continuar assim, eu vou demorar muito até desenvolver algo decente”, e assim, suspirou.

    Após mais um tempinho, Kevyn se levantou e ergueu sua mão para seu general, que aceitou a ajuda, mas o garoto continuou segurando sua mão enquanto perguntava:

    — Gostou do dia, Humbra?

    O subordinado concordou com a cabeça e se ajoelhou. — Claro, sempre é bom evoluir junto ao meu rei.

    — Que bom que se sente assim, te vejo amanhã, durma bem — disse, absorvendo-o e em seguida: — Arh! Porcaria!!!! Esqueci do Daniel!!!! — Correu para casa.

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