AVISO: CASO NÃO SEJA MENTALMENTE ESTÁVEL, OU MENTALMENTE QUALIFICADO PARA CONTEÚDOS DE TÓPICO SENSÍVEL, NÃO VEJA!
Capítulo 5 — Encarregado da Escuridão.
A verdade é que poucos perceberam o beijo que acabara de acontecer. Em meio a tantos alunos, passou despercebido, mas para uma pessoa não.
De repente, Kana, a empregada chefe de Purryn correu até os dois em meio às diversas crianças e aguardou que se separassem. “Minha senhorita, o que está fazendo?!”, ela se perguntou.
Entretanto, Suedrom ouviu e logo separou o beijo. Surpresa e envergonhada, ela encarou-a com certo rubor nas bochechas.
— Vocês dois… isso é tão…
Sem compreender tudo, a cabeça de Kley estava uma confusão, tudo era tão inimaginável, um novo mundo que não conhecia, apologia, herói, tudo tão de repente.
— Desculpa… a culpa foi minha — disse a garota.
Kana suavizou seu olhar e coçou a cabeça levemente. Para ela, aquilo não era tão inesperado, mas ainda assim, certamente novo.
— Tudo bem, mas pelo menos não façam isso em público, é… vergonhoso. — Ela recuou o olhar e suspirou.
Para Purryn, aquilo não foi nada de mais, uma forma de mostrar o seu amor, afinal. Como a morte beijaria a vida e se sentiria mal? Realmente tentador, algo sem temor ou com maldade, mas certamente com a intenção de amor.
— A gente tava no tempo parado… — Um pouco tímida, ela desviou o olhar.
— Ah… faz sentido…
— Isso foi incrível! — Os olhos do Kley brilharam, ele ainda estava compreendendo a situação.
Purryn rapidamente pegou seu parceiro pelo braço e o puxou para ir consigo. — Vamos fugir! Ela não pode nos alcançar se formos para longe!
— A-ah!
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Um pouco mais tarde, nas escadas daquele mesmo salão, Suedrom e o vampiro acabaram por ficar. Finalmente, notando os sentimentos da garota, Kley prestou mais atenção aos seus sentimentos. “Ela… eu… eu nunca esperei por isso…”,
“Homens confusos fazem mulheres doentes!”, um lapso de memória, o garoto lembrou de um comercial de um dos seus heróis favoritos. Bobo, como ele poderia esquecer dos ensinamentos de seus ídolos?
De repente, a garota abraçou-o, ela ouviu tudo. Como ela, sendo ela, poderia fazê-lo entender? Ele nunca realmente pensou nisso?! Como poderia? Afinal, os dois vêm de realidades tão distantes.
“Eu sou utopia, você é distopia?”, a garota se perguntou e inclinou a cabeça no ombro dele.
— Você é suficiente — ela disse.
“Entendo… então serei sua família, Sue”, leve inclinar de cabeça, repousar sobre o topo dela. Juntos, o azar não existe, juntos, sempre serão felizes.
Encarregada da luz, a morte é a única capaz disso prover. Família para ela e para quem não teve. Tudo se mostra verdadeiro, quando tanto tempo se conheceram.
Amor, o que seria isso se não tivesse conhecimento? Temor, mesmo sabendo do risco, não existe, afinal, se serás vida, a morte carregará as suas cinzas.
Assim, o casal junto descansou, não dormiram, mas todas aquelas vozes, aquela penumbra, junto à calmaria, trazia todas as sensações, com paixões, nada poderia dar errado.
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Voltando para casa de mãos dadas, Kama os acompanhou. O casal conversou sobre algo que estava atiçando o garoto:
— Seu pai é um herói?!
— Sim…?
— Tipo… eu quero conhecer ele! Hohoho!
— Você vai, kukuku.
Levemente curiosa, a chefe perguntou:
— Srta. Etubezaab, o que mais você disse sobre si para o jovem?
A garota sorriu e respondeu: — Sobre a minha Apologia!
— Oh… meu Deus. — A mulher de cabelo platinado e pontas negras arregalou seus olhos e coçou sua cabeça.
— Kukukuku!
Entendo a gravidade daquilo, Kley também riu e um breve pensamento veio em sua mente: “Vejo como pode ser importante, mas não vai mudar o meu amor”, ele sorriu e fechou seus olhos.
— Sr. Kley, não vá nas maluquices de minha senhora, ela é perigosa! — Kana cruzou os braços um pouco desnorteada.
O vampiro sorriu e logo respondeu: — Hoho! Claro, eu não vou deixá-la fazer loucuras por aí.
— Ei! Vocês estão falando como se eu fosse destruir o mundo! Parem! — Incomodada, ela franziu a testa.
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Antes de ir para casa, Kley se despediu da sua… companheira. De frente um para o outro na portaria da enorme mansão, aquilo não seria uma breve despedida.
Depois da verdade bater na porta, envergonhados, eles não entenderam a gravidade do que um era para o outro ainda. Cabisbaixo, o vampiro oscilou entre abraçar ela ou apertar a mão dela. Do outro lado, a garota pensou em agarrar ele, mas não era do seu costume, talvez dar um soco, mas ela também não faria isso.
Em meio a tanta confusão, foi o garoto quem decidiu tomar a iniciativa, então deu um passo mais próximo, encarou-a nos olhos e disse com toda sua coragem:
— Fo-foi uma noite bem diferente, não acha?
Ao ouvi-lo, Purryn sorriu, deu um peteleco no terno negro dele. — Kukukuku, claro que foi, mas, também, incrível.
— Não discordo… mas é difícil algo com você não ser incrível… — Desviou o olhar.
Leve semicerrar de olhos, Suedrom pegou-o pela gravata e o puxou para um beijo, o qual ela mesma não sabia como fazer, e assim o bater de seus dentes e ainda mais vergonha.
— Ahr!
— Ahg!
Após o breve colidir, corada, Purryn apontou para ele e gritou:
— É culpa sua!
Ainda em choque, o garoto deu um passo atrás e desviou o olhar. — Você quem puxou minha gravata.
— Ah! Ah… boa noite! — Tão constrangida, a garota rapidamente entrou e fechou a porta.
Através de um breve sorriso, Kley balançou a cabeça em negação: “Tão fofa, agora é só amanhã, está tarde”, ele virou-se e começou a caminhar. Mas foi interrompido antes de cumprir o seu trajeto.
Antes dele ir, Kana, debaixo de um poste, aguardou-o. Sem nenhum motivo para não conversar com ela, ele foi e, ao se aproximar, a empregada chefe disse:
— Preciso falar sobre sua mãe.
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Tanto tempo, quanto tempo? Passar pelas ruas, do bairro mais rico, até chegar no mais pobre, enfim ver aquela calçada para chegar em casa.
Tão calmo, o garoto caminhou pelo beco e chegou na entrada. O tocar da maçaneta, o girar da maçaneta, o leve ranger da porta e um corredor tão frio.
Tudo tão escuro, como sempre é, afinal, sua mãe teria ido trabalhar. O garoto entrou e sentiu um cheiro familiar, o qual ficou feliz brevemente. “Esse cheirinho, ela deixou sangue no congelador?”, sorrindo, ele correu para abrir a geladeira, uma poça? Ao abrir o freezer… nada.
Estranhamente, não tinha o que ele esperou ali, Kley começou a se virar e… o verdadeiro motivo do cheiro de sangue.
— O… q-q-quê? — Instantâneo arregalar de seus olhos, enojado ou sem saber o que dizer além de… — Mã-mãe?
Desfigurada e desmembrada. Por que faltava um dos olhos? Tanto sangue, tanto sangue, tanto sangue…
Cheiro era familiar, carne era familiar, tudo era tão familiar… mas por que tem sêmen no chão? Porque quem fazia tudo por ele, quem fazia tudo por ele.
Brinquedos, mimos, tudo, tudo…
“MORTA! ELA ESTÁ MORTAH!!!”, fraqueza instantânea. Cair de joelhos sobre o chão. Aguentar, aguentar, aguentar.
[ Nada vai mudar o que ela é! ]
Vozes…
[ Ela engravidou? Não me diga ]
Vozes que ele quis ignorar…
[ Não importa o que ela ache, ela vai continuar trabalhando ]
Foram eles?
[ Kley é? Que nome horrível ]
Não, não poderiam…
[ Grávida? Mas você vai trabalhar amanhã? ]
Se realmente fosse ela, o que ele faria?
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— Mãmãe, você é que nem os heróis?! Se eu nasci com esse poder tão incrível, aposto que você deve ter um ainda mais forte e poderoso!!!
Pequena criança ingênua, ela amava-o mesmo após abandonada, fez de tudo por ele, meretriz, nenhum destino é tão ruim…
— A mamãe não tem mais seus poderes, ela os deu para o papai, ele foi salvar o mundo… assim como os heróis.
Tão serena a mulher que trabalhou tanto para sustentar uma vida miserável, mas não para seu filho, ele teria tudo que ela têm.
— Mas a mamãe não trabalha? Super herói não é um super trabalho?!
Ingênuo.
— Não… a mamãe é normal, mas você é diferente, será o maior herói de todos! — Ela sorriu, e gritou com suas poucas forças.
Ela nunca teve muitas…
Tantas chantagens…
Em meio ao sangue, uma carta, a primeira coisa que Kley viu em meio a tanto desespero.
“Olá pequeno Kley, somos o esquadrão especial plus! Sabia que a prostituta da sua mãe queria nos cobrar dinheiro. A gente! Pensa só? A gente, os heróis dessa cidade, já fazemos muito, não é? Exatamente! E a sua mãe, uma ninguém, queria cobrar por um trabalho?”
“PS: Acho que você conseguiu perceber que não deu muito certo para ela, não é?”
Ainda fraco, o garoto se arrastou em meio a sangue e sêmen, sabendo o que aconteceu, mas não entendendo o porquê…
— Mãe… você não era a mais forte? — Se desfazendo em gotas do líquido vermelho… e branco, o garoto abraçou a cabeça de quem cuidou tanto… — Você lutou bem… mamãe…
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