Índice de Capítulo

    Num pequeno déjà vu, Sakazuki fumava um cigarro bem na frente de sua chefe.

    Na mesma sala, com a parede feita de vidro, os dois estavam sentados um de frente para o outro.

    — Parabéns pela missão. — Com uma xícara de café em sua mão, Notherite tomou um gole.

    — Meh, quando você não me dá uma missão impossível, eu consigo — respondeu e expirou uma leve nuvem de fumaça.

    — O garoto veio para Emerald não tem muito tempo.

    — Você não está pretendendo sequestrar ele de novo, né?

    A mulher soltou uma leve risada e respondeu: — Não dá, Améli e Aradam vieram nos ameaçar, não queremos enfrentar dois demônios como elas, vamos?

    Sakazuki arregalou seus olhos e, sentindo um leve arrepio, olhou seu cigarro. — Não sei por que eu estou surpreso.

    — Eu tenho uma nova missão para você.

    O homem a encarou e disse de maneira séria: — Passa a visão.

    — O Belzebu veio falar com a gente recentemente, ele fez uma proposta para não matar nossos subordinados e vamos fazer uma troca.

    Ele franziu sua testa. — Aquele assassino de merda que abusa da própria filha?

    Notherite tomou um semblante ainda mais sério. — É, ele mesmo.

    — Argh! Ele tá infernizando a gente há quanto tempo?! 4 anos?! — Bateu com seu punho no joelho.

    — Exatamente, mas vou precisar de você para lidar com qualquer gracinha que ele fizer.

    — Eu ainda não entendo o porquê de não podermos só matar aquele… — disse, suspirou e continuou — meus homens se recuperaram? — Apagou seu cigarro.

    — Sim, alguns novos membros estão vindo para te auxiliar.

    — Ótimo, eu vou indo. — Sakazuki se levantou e começou a sair.

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    Em um elevador, Sakazuki ascendeu outro cigarro e expirou uma nuvem de fumaça enquanto pensava: “Merda, não posso fazer nada? Se fizessem isso com ele… eu mataria mil vezes mais, assim como todas suas reencarnações!!!”, chutou a parede do elevador.

    Um som de “bip” vem do elevador, que abriu sua porta e assim, o homem saiu e caminhou para fora do prédio.

    Ao lado de fora, ele parou, encarou a lua e novamente pensou: “Irmãozinho, será que devo matar todos?”, Sakazuki suspirou e continuou andando.

    Durante o caminho, um homem com uma cicatriz de queimadura do lado esquerdo do rosto se uniu à caminhada de seu capitão e, com um sorriso, perguntou:

    — Qual é a missão?

    Reconhecendo-o, Sakazuki sorriu de volta e ergueu a cabeça. — Ah! Pelo visto, você continua vivo, Tery, sua esposa não te questionou a cicatriz?

    — Há! Não brinca, cara, eu tive que dizer que briguei com um manipulador de fogo, aquele garoto estava realmente querendo matar, isso é ser filho de demônios, não é?! Hahahahah!

    — Não acho que aquele garoto queria nos matar de verdade, os olhos dele pareciam infantis demais, mas que pivete mais chato, né?! WoRaRaRa!!

    O subordinado perdeu toda sua graça por um momento e arregalou seus olhos. — Você costumava dizer isso do Jouh, não acredito te ver defendendo um riquinho.

    — Não estou defendendo ninguém, moleque, presta atenção! — Deu um tapa na nuca dele. — Aquele garoto não queria matar, se ele realmente quisesse, me mataria também!

    — Eh?! Seu merda?!

    — Não importa, a gente tem uma missão.

    O subordinado suspirou e disse: — Solta a bomba.

    Ao terminar seu cigarro, Sakazuki jogou-o em um latão de lixo e acendeu outro, expirando uma nuvem de fumaça. — Lembra daquele assassino manipulador de eletricidade que a gente meteu a porrada anos atrás?

    — Qual deles? Manipulação de eletricidade é genérica para caralho, se sabe.

    — O que finge ser eletricista.

    — Ah… aquele.

    O homem bateu nas costas de seu homem e apagou seu cigarro, expirando uma última nuvem de fumaça. — Como eu sou uma das principais fontes de dinheiro da chefa, vamos trocar ouro por nossos companheiros sequestrados.

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    Ao anoitecer, Sakazuki e mais 34 subordinados foram até um hospital abandonado dentro da floresta.

    No som de passos, um homem de sobretudo e chapéu de abas grandes, quase como um bardo, estava aguardando sentado no terraço do local.

    Após alguns instantes, o capitão do pelotão de mafiosos chegou até o terraço e encarou o bardo assassino.

    Com um cigarro em sua boca, Sakazuki estava sozinho de frente para o maldito assassino. No lado debaixo daquele terraço, estavam os homens do mafioso, que disse:

    — Belzebu, quanto é?

    Sobre uma cadeira de hospital, respondeu com seu chapéu tapando seus olhos: — São 87 homens, vão ser 5 mil por cada.

    De semblante sério, disse: — Claro, claro… mas me diz, você não aprendeu nada? Você ainda faz aquilo?

    O bardo se levantou juntamente com seu chapéu, revelando seu olhar áureo e seu cabelo negro. — Por que se importa? Você tenta tomar conta da vida de todos os assassinos que conhece?

    Sakazuki cerrou seus dentes, mas ainda assim se manteve completamente neutro. — Não descobrirás a nudez de sua filha; perante são; maldade és; morte causará dentre 5 a 10 anos do que fizestes, para sua sentença ser desfeita, arranque seus olhos e genitais. A Morte, versículo 4:13.

    Como forma de contempta, o assassino cuspiu sobre o chão e disse: — Não me enrola, não ligo para suas superstições e falsas religiões fúteis, apenas me dê logo o dinheiro.

    Ao soar do vento forte lá de cima, Sakazuki encarou as luzes da cidade mesmo ao longe e apenas olhou para si mesmo com certo desdém. “É péssimo não poder fazer nada”, com diversos cálculos, o homem criou 10 barras de 10 kg de ouro cada.

    Ao ver seu dinheiro, o bardo olhou-o com um sorriso no rosto, enquanto criava portais feitos de eletricidade, fazendo com que os homens do capitão fossem trazidos ao seu lado.

    Sakazuki então jogou as barras de ouro aos pés de Belzebu, que teletransportou os homens para outro lado.

    Ele recolheu o ouro no chão e sorriu. — Foi bom fazer negócio com vo-

    No mesmo instante, o capitão avançou com tudo, partindo-o ao meio, mas mesmo após aquilo, uma risada pôde ser ouvida.

    Com o assassino ao chão, algo estava errado, seu corpo, não fora dividido ao meio, ele… virou o próprio poder.

    De maneira letárgica, Sakazuki já havia entendido o que havia acontecido.

    — Hahwahaahwah!!!! Achou que seria como da última vez? — Como se nada houvesse acontecido, Belzebu uniu seu corpo puramente na eletricidade, se erguendo logo em seguida. — Eu alcancei o nível absoluto de manipulação de eletricidade!!!! Eu me tornei o absoluto, eu sou… a eletricidade. — No mesmo instante, ele sumiu.

    Quieto, o capitão foi até seus homens e viu que todos estavam bem, um suspiro de alívio veio dele, que pensou: “Aquele doente alcançou o mimetismo e tá se achando um Deus? Eu não sou quem vai lidar com ele, afinal, já levou o que queria… o dinheiro”.

    Os soldados então subiram, vendo seu chefe com os outros 87 homens da máfia, em comemoração, todos eles gritaram de felicidade, saltando até Sakazuki.

    — Isso!!!

    — Aeeewww!!! Todo mundo reunido.

    — Sempre salvando a pátria, sabugo de milho!!!!

    Eles comemoraram muito e, sem conseguir resistir, o capitão caiu na risada com seus subordinados.

    — WoRaRaRaRa!!!!! Vamos comemorar enchendo a cara, homens!!!!!! — Ergueu seu braço em vitória, mas o mesmo som do elevador pôde ser ouvido: “Bip”… ao olhar para uma luz vermelha vinda de um dos homens que foram sequestrados, Sakazuki entendeu: — Todo mundo pro chão!!!!!

    Antes de poderem o escutar, o corpo mesmo ainda vivo, explodiu, mas não foi só um, foram todos os 87 homens resgatados.

    Na manhã seguinte, foi reportado pela polícia que um total de 102 corpos completamente carbonizados foram achados e espalhados em volta de um antigo hospital abandonado. A causa? Uma explosão que, segundo os relatórios daqueles mesmo oficiais: “A causa aparenta ter sido bombas remotamente detonadas, não sabemos se foi um ataque terrorista, aguardem para mais investigações”.

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