Índice de Capítulo

    Ao amanhecer da terça, Kevyn acordou sozinho, apesar de não transparecer, ele sentia falta de Night, afinal, Kind o corta e não seria uma boa ideia dormir com ela.

    O garoto se levantou e logo se espreguiçou, em minutos se arrumou para a caçada com o corta-vento dado de presente e idêntico ao que acabou perdendo na batalha contra Sakazuki. Assim, ele fez tudo o que tinha que fazer e logo correu para a planície.

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    Chegado ao local, o menino convocou Humbra e logo lhe deu outra meta, dessa vez, o general iria sozinho enquanto ele iria ficar treinando com Kind.

    O tempo passou e, mediante a suas habilidades, o garoto as manipulava com seus elementos em uma harmonia.

    Conforme a criação de novas habilidades, papéis eram acrescentados a seu grimório, nome dado a sua técnica “Katalamidade”, Kevyn sabia que aquilo não seria suficiente.

    Depois de algumas horas com o experimentar de diversas fusões e diversos papéis serem adicionados e retirados, Astéria apareceu na frente do garoto.

    Ela inclinou a cabeça e perguntou: — Você quer uma ajuda?

    — Hm? Bom dia, mãe.

    — Bom dia. — Ela tomou uma postura séria.

    — Hm… quero!

    — Vamos lá, o que eu te ensinei da última vez? — perguntou enquanto fingia cortar o ar com sua mão e de repente, sua espada veio aparecer sobre a mesma.

    — Não contra-atacar sem uma abertura estável, mas eu já sei disso.

    A mulher suspirou e então ficou em guarda alta. — O básico bem feito vale mais do que vários golpes sem sentido Kevyn. — Ela sorriu enquanto erguia o queijo.

    — Hm… tudo bem.

    O garoto avançou com tudo e desferiu um corte diagonal de cima para baixo, mas sua mãe logo defendeu.

    Tendo um pequeno embate de forças com seu filho, Astéria disse de maneira rápida: — Quando o inimigo segurar sua lâmina, o que você faz?

    No mesmo instante Kevyn recuou o máximo que pode, enquanto sua mãe devolveu o ataque com tudo o que faria o garoto ter sua costela ou barriga cortadas

    Entretanto, o ataque não pegou pelo recuar. A mulher concordou com a cabeça e logo em seguida arremessou sua arma em seu filho.

    Vendo o ataque, o garoto pisou no chão e criou uma barreira de ossos. Com seu ataque barrado por ele, Astéria correu e chutou sua espada com tudo.

    Tendo sua barreira destruída, Kevyn rapidamente se jogou para o lado, mas ainda assim teve sua bochecha cortada pela espada de sua mãe, que continuou seu caminho e atravessou e derrubou diversas árvores.

    — Essa foi por pouco — disse Astéria com certo sarcasmo.

    Assustado, o garoto começou a rir de nervoso. — Sei que eu já tô acostumado com o treino, mas isso pode acabar me matando alguma hora!!

    Vendo a reação de seu filho, a mulher sorriu e mostrou a língua para ele enquanto dizia:— Nah!!! Eu confio que você não vai morrer.

    Kevyn coçou a cabeça por um instante e suspirou. “Ela ficou muito interativa, mas a que custo?!”, pensou enquanto coçava com mais força.

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    Através de espadas feitas de sangue, Astéria treinava o garoto dizendo o que ele estava fazendo de errado:

    — Guarda baixa!

    Os dois trocavam ataques em sequência.

    — Você está com a guarda muito alta, tá se deixando ser atingido!

    Kevyn tentou se equiparar e aos poucos ele foi prevendo os ataques de sua mãe. — Há! Ok!!

    “Ataque de cima para baixo, baixo para cima, todos multidirecionais”, pensou o garoto, que aos poucos encontrou uma abertura e tentou atingi-la.

    — Você caiu!!!

    Astéria desviou enquanto gritava seu corpo e logo em seguida desferiu um chute no centro de massa de seu filho, que foi arremessado em uma árvore, que foi destruída.

    — Arh!!! Ehg! — Kevyn franziu sua testa enquanto fechava seus olhos pela dor.

    — Ah… nem foi tão forte assim! — reclamou a mulher, que cruzou seus braços.

    — Mãe… suas emoções são estáveis?

    Após ouvi-lo, Astéria ficou séria e o encarou com suas sobrancelhas baixas e disse baixinho: — Desculpa…

    Naquele momento, Kevyn repensou toda sua vida, ao se sentir culpado, ele já não sabia mais o que era real e o que não era, o mundo não fazia mais sentido.

    Ao perceber seu filho tendo uma crise existencial, Astéria puxou um sorriso de uma ponta a outra e caiu de joelhos no chão de tanto rir.

    — Você caiu direitinho!!!!! Hahahahah!!!

    Após ver sua reação, o garoto quebrou e puxou Kind enquanto gritava: — Quem é você?!!!! Você não é minha mãe!!! Minha mãe é fria, que nem uma geladeira!!!!

    — Hihihi! Eu passei uma semana tentando compreender essas coisas de sentir, bleh!!!

    — Ok, ok, você mudou bastante nesse final de semana, o que aconteceu? — Ele caminhou em direção à sua mãe.

    — Lembra que eu te pedi para me curar de novo na sexta? — Ela se sentou.

    — Hmmmm… — Ele se sentou de frente para ela e continuou — então foi isso?

    — Eu ainda não entendo tão bem, mas convenhamos, eu tenho 8 mil anos.

    — Eu queria que você fosse mais séria. — Desviou a cabeça.

    Ela sorriu e esticou sua mão até a bochecha do garoto.

    A mulher inclinou a cabeça e então disse: — Eu só tô brincando com você. — Ela soltou uma leve risada.

    — Hm… tudo bem. — O garoto fechou seus olhos.

    Astéria tirou um pequeno bloco de notas de seu sobretudo e entregou ao garoto.

    — Aqui, vai ser útil para você aprender o vazio com mais facilidade.

    Aceitando o presente, o garoto abriu seus olhos e encarou o bloco de notas. — Obrigado?

    A mulher se levantou e acariciou o topo da cabeça dele, ao mesmo tempo que o respondia ainda sorrindo: — Eu vou fazer algumas coisas, tá bom?

    — Tá bom. — Sorriu de volta.

    Assim, Astéria desapareceu. “O que foi isso? Eu não consigo entender nada do que ela faz!! Parece ser tão imprevisível quanto meu pai”, pôs a mão sobre a própria testa, tentando absorver tudo o que aconteceu.

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