Índice de Capítulo

    Chegando em seu quarto após discutir com Aradam, Kevyn jogou Night na cama e deitou em cima dela.

    — Night, me dá um sinal~ — Ela brilhou duas vezes, mas ainda insatisfeito, continuou cutucando-a  — Vai pra forma humana, vai… vai…

    Brilhou uma vez, recusando — Sua mala! Não brinca comigo, eu sei que você tem uma alma aí.

    Ela então piscou três vezes, confuso, Kevyn suspirou fechando seus olhos e abraçando-a — Me dá um tempo pra pensar.

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    Ao anoitecer, Nick entrou no quarto do garoto. Ela olhava para ele, que estava dormindo abraçado com Night.

    Com seus olhos semicerrados, ela pensou: “Ele deve ter neurônios negativos, não é possível”.

    Olhando mais atentamente, Night brilhava conforme a respiração de Kevyn, mas Nick ignorou aquele fator e ligou a luz do quarto.

    Vendo que o quarto não estava bagunçado, aliviada, ela se sentou na cama e cutucou o garoto, para acordá-lo.

    — Anda, ainda é seu aniversário… aqueles dois tem um presente pra você — Continuou cutucando. “Ah… ele não vai acordar. A Aradam estava reclamando sobre a espada, mas a Mind disse que definitivamente era viva… vamos ver”. Cortando seu pulso e sacrificando seu próprio sangue, os olhos de Nick sangravam. “Visão astral não é algo que estou familiarizada, mas…”. Trinta segundos se passam e vendo que existia uma ligação entre a alma deles, o sangue virava moléculas de oxigênio enquanto ela pensava:  “Almas interligadas, uma espada viva. Mind realmente estava certa”. O corte cicatrizou.

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    Em um sonho lúcido, preso em uma praia ao lado de uma enorme planície. Kevyn procurava uma maneira de sair, porque ouviu a voz de Nick, mas ele não conseguiu.

    Uma voz feminina ecoou: — Quer sair, né? Eu não vou te trazer com tanta frequência, então aproveite mais da próxima vez.

    Procurando a voz, quando finalmente achou, o garoto acordou.

    Suspirando, Nick disse: — Que bom que acordou, vamos, aqueles dois estão te esperando — Se levantando, olhou de relance para Night.

    Ainda com sono, Kevyn saiu da cama e andou devagarinho tentando chegar ao banheiro, mas ele tropeçou e caiu de cara no chão — Arhh! Arh… — Ficou jogado no chão.

    “Sério que ele é filho daqueles dois monstros? Ele parece… tão… tão…”, pensou franzindo a testa.

    — Fuuh~ — Se acomodando, Kevyn voltou a dormir.

    Se aproximando, Nick cutucou ele ainda pensando: “Inocente e frágil… facilmente seria morto ou enganado. Tenho que conversar com a Aradam sobre isso”.

    Pegando-o no colo, ela saiu do quarto e foi em direção ao local pedido pelos pais do garoto.

    Ela lembrou que não trouxe a espada dele, mas não dava a mínima para isso.

    “Isso me lembra quando eu trabalhava na cafeteria e levava café para aquela nerd. É uma pena que meu negócio faliu…

    Eu queria saber como ela aprendeu a fazer o meu café, mas espero que esteja bem naquela universidade”. Nick sorriu suavemente.

    Chegando na porta da biblioteca, se preparando adentrou o local Encarando os pais do garoto, que estavam com chapeuzinhos de festa, ela engoliu seco e deu um passo à frente.

    Pondo Kevyn deitado no chão. Bem devagar, saiu da biblioteca falando: — Prontinho, ele tá aí.

    Antes que Klei começasse com suas gracinhas, Astéria disse: — Isso é um tratado, ou, uma maldição?

    — Nem eu sei, acho que os dois? Haha… — Klei riu, mas de forma sincera.

    Indo até o garoto, Astéria pegou-o em seu colo e segurou seu nariz. Parando a respiração dele, ela pensava: “E pensar que ele é meu filho… mesmo que eu não saiba direito, por que isso parece ser… fofo?”.

    — Astéria, por que nunca regeneraram suas emoções? Seu… sistema límbico, sabe?

    — Dizem ser uma maldição irrestrita. Por acaso… foi você?

    — Talvez?

    — Ela deveria ter te matado, sabia?

    — Posso te falar uma coisa sobre maldições irrestritas?

    — Hm?

    — O universo não permite maldições eternas, todas elas têm uma condição. A sua, é aparenteme-

    Kevyn acordou desnorteado enquanto gritava: — Nick! Calma, eu tô… mãe? — Ele encarava Astéria de maneira tímida, percebendo estar em seu colo.

    — Eu… acho que entendi, então é isso, né? — Se aproximando da mesa, Astéria sentou o garoto em uma das cadeiras.

    — Sim, ele também nasceu com a minha abjuração e ele é o único.

    — Do que vocês estão falando?! Eu tô de pijama… ainda — Kevyn tentou brigar com eles, mas percebeu que nem estava arrumado para essa ocasião.

    — Hehe! Ele é um garoto bem animado, não acha?

    — Ele é só uma criança — Astéria se sentou.

    Eles estavam sentados em uma mesa ao centro de toda a biblioteca. Ao centro dela, estava um bolo com dois presentes ao seu lado.

    “Aqui tá mais frio que o normal”, Um pouco encolhido, Kevyn lembrou que sua mãe também tinha sangue dos dragões nórdicos. Sem saber o que fazer, o garoto, nervoso, chamou Night para sua mão falando: — Vamos partir o bolo? — E assim sua espada chegou até sua mão.

    Assustado, Klei aplaudia rindo: — Ohoho~ como ficou imponente com esta… espada… maior que a Asterisco…

    Astéria retrucou: — Realmente é uma bela espada. Ela não parece tão falsa quanto certas massas de modelar.

    Sem entender nada, o garoto apenas perguntou: — Mas… e o bolo?

    — Ohoho~ claro que vamos comê-lo em instantes, não é mesmo?!

    — Sim, claro — Ela acenou com a cabeça.

    — Ah… certo — Utilizando Night, Kevyn partiu o bolo como se fosse uma pizza.

    Vendo o tamanho das fatias, Astéria perguntou: — Por que pedaços tão grandes? Você sabe que as empregadas também vão comer, correto?

    — É que… parecia o melhor jeito de cortar ele — Ele viu Night suja e a lambeu, comendo o glacê.

    Astéria se levantou puxando sua espada, ao mesmo tempo que Klei falou: — Kevyn… não é muito higiênico lamber sua própria espada.

    — Ah!… Não tem problema, eu dou banho nela! — Enquanto eles conversavam, Astéria cortou o bolo da maneira correta.

    — Calados — Sem sujar sua lâmina, ela guardou-a em sua bainha e disse: — Kevyn, pode ver seus presentes. Nós dois escolhemos a dedo, não é mesmo, Klei?

    — Sim, claro!

    Deixando Night escorada na mesa, Kevyn pegou um dos presentes e levantou suas orelhas.

    Abrindo o primeiro, quando viu o que tinha dentro, ele sabia que era Klei quem tinha comprado.

    Ele encarou seu pai abaixando suas orelhas e disse: — Oh… uma… bolsa de sangue… vazia?

    Astéria olhou para Klei, que ficou nervoso e falou: — Sua mãe disse que em breve você aprenderia manipulação de sangue, vai saber se seria útil?!

    — Você sabe que o sangue vem da minha mana… não do meu corpo, né? — Pegando a bolsa de sangue vazia, Kevyn pensava em como usaria aquilo.

    Astéria suspirou e disse: — Você pode usar como comida de emergência.

    — Sim! Exatamente o que eu estava pensando! — Ele claramente estava mentindo.

    Ignorando seu pai, Kevyn pegou o presente de Astéria e o abriu. confuso, ele perguntou: — Isso é uma bolsa?

    — É uma bolsa dimensional — No fundo, ela pensava: “ Myuky disse que ele iria gostar disso. Ela tinha dito algo sobre se esconder na bolsa para sequestrar alguém… mas não sei se era isso… e também nem dá pra seres vivos entrarem na bolsa”.

    — Obrigado! — Kevyn sorria.

    — Não acredito que ele gostou de uma bolsa véia — Cruzando seus braços, Klei suspirou.

    Erguendo-se, Astéria colocou três fatias em pratos para que pudessem comer e disse: — Espero que você aproveite os presentes.

    — Eu vou!

    Eles passaram o tempo juntos, mas não durou muito até eles terminarem.

    Astéria voltou ao seu trabalho, Klei a vagabundear e Kevyn descansou em seu cubículo de quarto.

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