Índice de Capítulo

    Sentada sobre a mesa da sala de aula, Mind parecia concentrada em escrever num papel.

    Ao seu lado, estava a mesma garota elfa de cabelo prateado. Ela a encarou com certa curiosidade e então perguntou:

    — Mestra, você continua escrevendo aquela carta?

    A mulher, de cabelo roxo, se espreguiçou e respondeu: — Já disse que vou escrever cinco cartas. — Sorriu.

    — Essa é qual?

    — A número cinco.

    — Ah… verdade… tá meio enrolada com a literatura, né? — debochou.

    Mind soltou um leve ar pelo nariz e, após levar sua caneta até o papel, ela respondeu: — Assim como você sempre fala: Nós somos do concelho, não podemos desperdiçar nosso tempo.

    — Hm… mas saiba que eu já escrevi a minha.

    — Eu não esperava que fosse realmente escrever.

    A elfa olhou para seu caderno, olhou para o quadro e o que estava escrito e, logo, começou a copiar. — Hm… O que você escreveu?

    Mind passou o olho pela carta e pensou consigo mesma: “Hmm… eu diria que coisas diárias, mas eu não acho que ela gostaria de ler”.

    — Você sabe que eu leio seus pensamentos, mestra — Kynory franziu sua testa enquanto disse aquilo.

    — Eu sei, eu sei, só estou brincando com você. — Sorriu e continuou — bem, mas o que você escreveu?

    — Eu escrevi alguns poemas e também botei algumas fotos.

    Da maneira mais compreensiva, Mind bateu nas costas de sua aluna bem de levinho. Com um sorriso orgulhoso, ela disse: — Minha querida aluna, não se preocupe, eu vou te apresentar para o príncipe dos dragões.

    A garota desviou a cabeça e a repreendeu: — Não vou repetir isso de novo.

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    No enorme pátio da universidade, Mind e sua aluna comiam juntas. Ainda reflexiva, a mulher olhou para sua colega de quarto e perguntou:

    — Kynory, acho que você nunca viu uma foto do Kevyn, né?

    Por um instante, a elfa ergueu suas orelhas e encarou sua mestra. Ela voltou a encarar seu prato e, após alguns segundos em silêncio, ela respondeu:

    — Não… Seyfu é tão sigiloso que nunca sequer divulgaram uma foto dele.

    Mind botou sua comida em suas coxas ao mesmo tempo que retirou sua carteira do bolso e procurou uma foto para mostrá-la.

    Ao encontrar, a mulher então mostrou para sua aluna.

    Os olhos de Kynory brilharam por um momento, mas em instantes pararam ao perceber as faixas no garoto.

    Ela franziu a testa e encarou Mind com receio de perguntar, mas mesmo assim:

    — O que aconteceu com ele?

    Quieta, ela guardou a foto na carteira. A mulher não parecia querer falar e demonstrou uma face séria.

    O silêncio já respondeu tudo para Kynory, que olhou para seu prato.

    — Ele gosta de poemas?

    Mind guardou sua carteira e, ao perceber a pergunta de sua aluna, pegou seu prato e gentilmente sorriu. — Ele gosta bastante de histórias com lutas filosóficas e romances exagerados, se o seu poema for algo romântico, ele provavelmente não vai entender.

    — Mas ele não gosta de romances exagerados?

    — Eu disse que ele gosta, não que ele não saiba o que é. — Ela lembrou da carta que ele escreveu.

    — Hm… faz sentido.

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