Capítulo 62.5 — Cartas hmmmm…
Sentada sobre a mesa da sala de aula, Mind parecia concentrada em escrever num papel.
Ao seu lado, estava a mesma garota elfa de cabelo prateado. Ela a encarou com certa curiosidade e então perguntou:
— Mestra, você continua escrevendo aquela carta?
A mulher, de cabelo roxo, se espreguiçou e respondeu: — Já disse que vou escrever cinco cartas. — Sorriu.
— Essa é qual?
— A número cinco.
— Ah… verdade… tá meio enrolada com a literatura, né? — debochou.
Mind soltou um leve ar pelo nariz e, após levar sua caneta até o papel, ela respondeu: — Assim como você sempre fala: Nós somos do concelho, não podemos desperdiçar nosso tempo.

— Hm… mas saiba que eu já escrevi a minha.
— Eu não esperava que fosse realmente escrever.
A elfa olhou para seu caderno, olhou para o quadro e o que estava escrito e, logo, começou a copiar. — Hm… O que você escreveu?
Mind passou o olho pela carta e pensou consigo mesma: “Hmm… eu diria que coisas diárias, mas eu não acho que ela gostaria de ler”.
— Você sabe que eu leio seus pensamentos, mestra — Kynory franziu sua testa enquanto disse aquilo.
— Eu sei, eu sei, só estou brincando com você. — Sorriu e continuou — bem, mas o que você escreveu?
— Eu escrevi alguns poemas e também botei algumas fotos.
Da maneira mais compreensiva, Mind bateu nas costas de sua aluna bem de levinho. Com um sorriso orgulhoso, ela disse: — Minha querida aluna, não se preocupe, eu vou te apresentar para o príncipe dos dragões.
A garota desviou a cabeça e a repreendeu: — Não vou repetir isso de novo.
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No enorme pátio da universidade, Mind e sua aluna comiam juntas. Ainda reflexiva, a mulher olhou para sua colega de quarto e perguntou:
— Kynory, acho que você nunca viu uma foto do Kevyn, né?
Por um instante, a elfa ergueu suas orelhas e encarou sua mestra. Ela voltou a encarar seu prato e, após alguns segundos em silêncio, ela respondeu:
— Não… Seyfu é tão sigiloso que nunca sequer divulgaram uma foto dele.
Mind botou sua comida em suas coxas ao mesmo tempo que retirou sua carteira do bolso e procurou uma foto para mostrá-la.
Ao encontrar, a mulher então mostrou para sua aluna.
Os olhos de Kynory brilharam por um momento, mas em instantes pararam ao perceber as faixas no garoto.
Ela franziu a testa e encarou Mind com receio de perguntar, mas mesmo assim:
— O que aconteceu com ele?
Quieta, ela guardou a foto na carteira. A mulher não parecia querer falar e demonstrou uma face séria.
O silêncio já respondeu tudo para Kynory, que olhou para seu prato.
— Ele gosta de poemas?
Mind guardou sua carteira e, ao perceber a pergunta de sua aluna, pegou seu prato e gentilmente sorriu. — Ele gosta bastante de histórias com lutas filosóficas e romances exagerados, se o seu poema for algo romântico, ele provavelmente não vai entender.
— Mas ele não gosta de romances exagerados?
— Eu disse que ele gosta, não que ele não saiba o que é. — Ela lembrou da carta que ele escreveu.
— Hm… faz sentido.
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