Índice de Capítulo

    Como em uma dança de salão, Kevyn e Night foram na direção um do outro e, ao invés de darem as mãos, colidiram suas espadas. Na primeira vez houve quatro ataques, então passaram um pelo outro, voltaram e dessa vez 20, depois 100, 500, mil, 5 mil 10 mil, 20 mil e, com o passar de 8 segundos, eles se cansarem e se encararem ofegantes.

    De costas um para o outro, suados, se viraram para se confrontar. O príncipe um ataque horizontal, a garota um ataque vertical, suas lâminas então tremiam e, ainda sendo mais fraco, o garoto teve sua arma levada ao chão, enquanto sua oponente rapidamente perfurou e rasgou a pele de seu tórax.

    A luz do sol refletiu nas lâminas, o sangue manchado na arma de Night escorreu… uma feição de êxtase surgiu na face de Kevyn que ainda empunhava Kind.

    A garota, ainda ofegante, fechou seus olhos. “Isso foi…”, algo interrompeu sua linha de pensamento e, sentindo sua carne ser penetrada… ao arregalar seu olhar, viu a arma de seu inimigo atravessar sua barriga.

    A expressão dele havia mudado, o rosto do jovem corou e, no mesmo momento, ele retirou a lâmina e chutou-a para longe que, mesmo com o ataque repentino, conseguiu se manter de pé.

    — Ah~ isso… Kevyn~ o quanto ainda vai teimar em me vencer? — perguntou Night, que colocou a mão sobre o ferimento.

    Uma expressão triste se forçou no rosto do menino que, levou sua arma em horizontal e disse: — Não podemos lutar para sempre, vamos acabar com isso… S̷̙͍̿̄̋u̸̖̬̲͊̑͋̒ḇ̵̦̠̬͉̀̑m̶̩͇͎̲͂̋e҉̮̟̔̾t̴͎̜̜̑͊a̵̟̬̗̔̀̋̒̋-̶͖̣͖̠̃̓̔̽͐s̵͍̳͎̒̽̍͊̀é̵̠̪͍̑̊̐ perante ao velho dragão de escamas vermelhas.

    Perante ao libertar da restrição, a garota arregalou seus olhos ao ver chifres laterais na cabeça dele. Ela percebeu as chamas sendo absorvidas e viu, sentiu e era quase tocável que, se fosse acertada, iria morrer.

    Entretanto, Night lambeu o sangue do garoto em sua lâmina e a soltou ao mesmo tempo que se curava e iniciava selos de mão em cada uma delas para no fim, juntar suas palmas enquanto dizia:

    — Eu vou apenas nivelar o jogo. — Sorriu.

    Ao ouvi-la, um sorriso bobo surgiu do príncipe, que novamente corou e a respondeu: — Bom saber.

    15 minutos se passaram.

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    Voltando aos 9 minutos, após pronunciar o “sucumba”, os olhos de Humbra se dilataram. De repente, vários ossos saíram do chão e formaram uma arena onde seu inimigo não poderia fugir.

    Sentindo uma pulsação ardente, o general sentiu algo de sua alma. Entretanto, Face Eater começou a avançar e a preparar o laser e em sua boca, ao se aproximar o suficiente do esqueleto, que estava viajando, ele o esmagou.

    Todavia o braço do monstro foi severamente empalado por um osso. Humbra então começou a lentamente se aproximar com sua foice.

    O demônio então atirou seu laser. Entretanto, apenas com sua arma, o general partiu-o. Atrás de si, tudo foi obliterado.

    Nessa pequena distração, Face se libertou arrancando seu próprio braço fora e, no mesmo momento, se regenerou.

    — Vejo que se recuperou — disse Humbra.

    — Minha mestra apenas tomou um pouco do sangue de seu rei — respondeu em tom de deboche.

    — Ótimo!

    Humbra no mesmo momento avançou. Atrás de si, o chão se alavancou com tanta pressão e, com o girar de sua lâmina, manipulou sua própria arma para seu tamanho triplicar e, de cima para baixo, tentou perfurar a cabeça de seu inimigo que, defendeu com dois de seus braços, enquanto tomava uma aparência ainda mais grotesca.

    Seu rosto então derreteu, o sol iluminou a face esquelética do demônio que, aos poucos se desfez da sua forma bestial para, enfim, chegar na sua verdadeira forma… com seus seis braços, um corpo reduzido de três metros e feito inteiramente de músculos, a hakama de kyudo, o antes Face Eater, se tornou…

    — Me chame de Moonside. — Invocou um arco e flecha e deu para seus dois braços superiores. Invocou uma katana de samurai e, por fim ergueu seus braços inferiores como um carateca.

    — Ah… isso vai ser muito divertido. — A mesma sensação ardente chegou até Humbra e, com o libertar da restrição de seu mestre, ele enfim entendeu aquela sensação. Ele então continuou: — Sabe Moonside? Contra o general feito de ossos vai fazer PORRA NENHUMA!!!! Bem vindo ao reino de ossos, então… SUCUMBA!!!!!!

    Ao liberar a restrição, os olhos de Humbra entraram em combustão. Mas rapidamente eles voltaram ao normal, ou nem tão normal assim. Afinal, suas pupilas não estavam mais roxas e sim, verdes.

    Os dois lentamente caminharam na direção um do outro e, como um cachecol e correntes, chamas fantasmas cobriram o corpo do general.

    E assim chegamos aos 15 minutos.

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    Um som de piano ressoou ao juntar-se a mana e a magia. Algo como melancolia, mas feliz? Naquele momento, Kevyn e Night avançaram na direção um do outro.

    A garota sorriu e disse: — A ¹dicotomia da espada e do espadachim… é falsa?

    Os dois enfim colidiram suas espadas, chamas mortas interromperam o brilho do sol. O que trouxe escuridão momentânea. Mas quando o mundo percebeu a mistura, o piano se tornou mais forte.

    O chão partiu, e a luz então voltou, dessa vez não uma cratera. Pedaços de terra voaram sobre seus pés, que enfim começaram a flutuar e a subir.

    Dê pé sobre o pedaço de terra flutuante, o garoto mantinha sua espada contra a de sua parceira, forçando-a contra ela. — Ambos terminam dependentes… não é?

    Ainda sendo mais forte, Night jogou-o para longe e, do pedaços de terra flutuante, pegou impulso para avançar nele em meio ao ar. O que resultou na destruição do destroço.

    Com o afastamento, o piano se tornou repetitivo e sem alterações. Mas com o se aproximar da garota e os dois novamente colidirem suas armas, dessa vez em meio ao ar… a música causada por suas energias se tornou suja.

    Night forçou suas lâminas e arremessou-o com tudo em direção ao chão, resultando no colapso do terreno. — A luz e a escuridão, ambos são falsas, ambos machucam.

    De repente, toda a terra começou a ser puxada, até a garota demônio que estava em meio ao ar. “²Azul”, Um vórtex se abriu e então girou e arremessou todos os destroços. Entretanto, antes que ela pudesse tocar naquele imã azul, ele desapareceu.

    Toda matéria foi expelida, menos a demônio.

    No fim, o que restou foi apenas Kevyn, o chão de terra e a garota que descia dos céus para lhe matar.

    O príncipe viu de seu olho laranja, beleza, de seu olho azul, algo ³hediondo, a garota veio a tentar perfurar seu crânio, mas o ⁴branco a impediu para que ele dissesse: — O vermelho e o branco… são falsos. Ambos representam… a mesma coisa.

    Kevyn apontou dois de seus dedos em direção a garota, que, junto a ele, os dois vieram a complementar suas frases, começando pela Night: — O dragão…

    Indo para o príncipe: — E o demônio.

    Falaram ao mesmo tempo: — Ambos são cascas vazias, sempre próximas, sempre se parasitando… um ao outro.

    Ao terminar do piano, uma nova força se juntou à equação, a energia atravessou a mana e a magia. Como uma guitarra estridente o bastante para distorcer a linha do espaço tempo, trazendo consigo, o quão distante estavam, mesmo que de frente um para o outro.

    Night se viu tomada por uma luz vermelha até ser… brutalmente levada por um pólo inverso, o contrário do azul, da mesma cor do sangue, o mesmo que escorre de quando matamos um coelho, o ⁵vermelho.

    20 minutos se passaram.

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    ¹Dicotomia — Divisão de um elemento em duas partes, geralmente opostas e complementares.

    ²Azul — Foi um pensamento do Kevyn, e ele falando azul remete ao poder dele.

    ³Hediondo — Que causa horror, repulsa, horrível, algo pavoroso e não, não tem nada haver com crime hediondo.

    ⁴Branco — Outro poder do Kevyn.

    ⁵Vermelho — Parabéns, poder desbloqueado.

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