Índice de Capítulo

    — “Ajudar é impossível. Eu fui a única pessoa que pôde salvá-la mesmo na profunda escuridão”.

    — “A dicotomia da espada e do espadachim… é falsa. Ela e eu somos tão parecidos que me senti apaixonado mais uma vez”.

    — “Algo estava lá, me observando. Minha própria espada estava falando comigo e, sem perceber… havíamos feito um contato”.

    — “Um amor perturbado. Na primeira vez que ela saiu, lutamos. Senti prazer em te perfurar, em quase te matar, uma luta de verdade, uma luta onde não nos mataríamos, mas meu maior prazer foi sentir a lâmina fria de sua espada perfurando minha barriga”.

    — “Eu abandonei minha humanidade para se tornar seu, mas ambos terminam dependentes um do outro”.

    — “A luz e a escuridão, ambos são falsos, ambos machucam. O vermelho e o branco… também são falsos. Ambos representam… a mesma coisa”.

    — “O dragão… e o demônio. Ambos são cascas vazias, sempre próximas, sempre parasitando um ao outro”.

    De: O rei dos 200 anos.

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    Durante a caminhada ao demônio, Humbra girou sua foice e avançou, enquanto Moonside atirou flechas que foram instantaneamente desintegradas pelo fogo. Em seguida, o general estava cara a cara com o ser. De cima para baixo sua foice carregou um ataque que o mataria instantaneamente.

    Entretanto, Moon desviou e rapidamente levou sua lâmina em direção ao esqueleto que, com sua outra mão, pegou a katana e a desintegrou com suas chamas.

    Humbra guardou sua foice em sua alma e avançou no demônio com um soco no peito, que, com as mãos de caratê, seu oponente defendeu.

    O esqueleto riu e, mesmo com a defesa do demônio, uma explosão ardente veio logo em seguida, o que desintegrou dois dos braços do morto vivo.

    Surpreso, Moon se afastou e soltou seu arco. Ele logo ergueu seus punhos imbuídos de energia mágica e disse: — Vamos acabar com isso.

    — Não entenda errado, mas eu quem vou vencer — retrucou Humbra, que ergueu seus braços agora cobertos por chamas fantasmas.

    Os dois vieram a investir, logo seu punhos vieram a se encontrar e, com a pressão, agora mais fortes, os dois seres não vieram a se arremessar pelo próprio poder.

    Eles então continuaram, agora, trocando diversos ataques seguidos, um após o outro, por ser mais rápido, o general desviou de todos aqueles que poderiam acertá-lo.

    Moon fez o mesmo, mas a cada momento, aumentou mais e mais a força de seus golpes. Até acertar o punho do esqueleto e simplesmente destruir tudo à volta com seus poderes juntos, fazendo a terra se alavancar aos céus e flutuar durante a trocação.

    Após mais um tempo, os dois recuaram.

    — Hahaha!!! Por acaso não vai usar o sucumba, esqueletinho?! — debochou Moonside.

    Irritado, Humbra começou a lentamente caminhar na direção dele enquanto diversos pedaços de terra caiam sobre o chão. — Então é isso que você quer… SUCUMBA!!!

    Outro liberar intenso de mana, mas dessa vez, milhares de ossos começaram a surgir para perfurar o demônio que desviou sem muita dificuldade. Como em uma dança, ele começou a se aproximar.

    Entretanto, quando ele percebeu, em sua frente estava o general que, com sua mão, agarrou a cabeça de Moon e bateu com tudo contra o chão.

    — Sucumba. — Após dizer de maneira mórbida, Humbra carregou as chamas na ponta de sua mão.

    Mas antes, o demônio conseguiu se soltar, dando um soco com outro de seus quatro braços.

    Mas ao pensar em se levantar, outra risada pôde ser ouvida, enquanto, do chão, um espinho ósseo veio a diagonalmente empalar o morto vivo.

    — Acabou — disse Humbra.

    — Eu não diria isso se fosse você!!! — Moonside, num ataque desesperado, ergueu sua mão para o esqueleto e, da palma, uma luz roxa veio a canalizar.

    Todavia, foi rapidamente decepada pelas chamas em volta do general. — Você foi um ótimo primeiro oponente.

    Sem mais forças para lutar contra aquela estaca que veio a te perfurar, o demônio, com sua face idêntica ao do general, respondeu: — Pode me responder uma pergunta?

    — Diga.

    — Por que é tão submisso a uma criança?

    Humbra então absorveu seus próprios poderes e, vendo Moon cair deitado sobre o chão, afirmou: — Porque aquela criança é o meu Deus.

    20 minutos se passaram.

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    Com metade de seu corpo em aparência esquelética, Night se viu no chão presa em sua própria cabeça: “Uma explosão, retração, isso… foi tão bom, talvez eu já tenha chegado no meu limite”.

    Som de passos puderam ser ouvidos, era Kevyn que, andando em meio a destruição de seu próprio poder, caminhou em meio das pedras, chegou até sua oponente e se ajoelhou por cima dela.

    — Você não pode ir ainda, eu quero lutar mais! — gritou e socou o chão do lado da cabeça dela.

    A garota pôde ver lágrimas do rosto de seu amado. Algumas delas vieram a cair sobre seu rosto. Ela logo ergueu suas mãos até às bochechas do príncipe. Ela o fez aproximar e logo mordeu seu pescoço.

    Aos poucos, Night se regenerou ao beber do sangue de Kevyn e, o beijou ao terminar.

    — Kevyn… você me venceu. — Ela pegou a mão do príncipe e a levou até seu peito nu pela explosão.

    O garoto desviou a cabeça, não querendo olhá-la nos olhos. Mas a garota virou seu rosto, fazendo-o olhar unicamente para ela.

    — Você é digno de mim, sinta-se orgulhoso. — Night sorriu e, mais uma vez, aproximou o rosto do príncipe. Ela beijou-o de novo… mesmo que não soubesse beijar de verdade. Aos poucos se desmanchou até virar um anel roxo e negro.

    Quieto, o jovem ainda ajoelhado pegou-a e pôs em seu dedo anelar, enquanto pensava e ainda chorava: “Será que alguém vai me dar essa sensação em uma luta? Essa adrenalina, essa… euforia… eu não consigo acreditar que exista alguém como você”.

    De seu dedo, um brilho suave. “Sempre existe, mas não precisa se preocupar. Sabe? Eu ainda tenho muita coisa para te mostrar”.

    Kevyn então se levantou e limpou suas lágrimas. “Eu ainda não sei o que isso significa… mas… eu te amo Night”, ele sorriu e então caiu sobre o chão após usar demais de seus poderes.

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