Capítulo 74.5 — Especial de ano novo.
!Aviso!
Esse capítulo é canônico
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Ano: 13.025, dia 30 de CheiaThree-twenty-four, esse mês é foda de se escrever!
Em seu quarto, um garoto de cabelo branco dormia. De repente, uma garota de cabelo roxo adentrou o quarto e se aproximou de sua cama.
Um momento se passou e ela se deitou ao lado do jovem enquanto bocejava. “Que soninho”, ela se cobriu com a coberta e fechou seus olhos.
Depois de alguns minutos, uma mulher de cabelo prateado e algumas mechas negras, tocou o ombro da pequena e disse:
— Mind, sei que hoje você não precisa ensiná-lo, mas dormir no trabalho é um pouco…
Ao ouvir a voz da empregada chefe, a garota abriu seus olhos e se levantou rapidamente. Ela levemente se curvou e a respondeu: — Sinto muito, Améli!
— Tudo bem, para não te dar trabalho, cuide do garoto por hoje. — Ela deu de ombros e saiu do quarto enquanto acenava.
Mind viu ela indo e, quando olhou para seu aluno, ele estava encarando-a. Surpresa, ela sorriu e se aproximou para apertar suas bochechas.
Com seu olho esquerdo enfaixado, o menino fechou seu olho direito e começou a se debater. A garota continuou por cima dele, enquanto ele gritava:
— NYÃÃOOOO!!!!! AHHHH!!!!!
— Kevyn, Kevyn! KEVYN!!!! Ei… — Ela parou de apertá-lo e continuou — vamos para a biblioteca, tenho um presente.
O príncipe ergueu suas orelhas ao mesmo tempo que suas bochechas estavam vermelhas após serem apertadas. Ele ergueu seu braço e disse:
— Tudo bem!
Mind saiu de cima da cama e andou para fora do quarto. Kevyn se levantou, foi ao banheiro, escovou seu dente e correu atrás dela.
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Na biblioteca, o príncipe, sentado em uma cadeira, observou sua professora. Ela estava pensativa e não parava de encarar a mesa entre eles.
Nessa época, Mind não tinha a franja na frente do olho, coisa que ela foi ter na universidade. O garoto, quieto, coçou suas ataduras.
A garota percebeu o que ele estava fazendo e logo o repreendeu:
— Para de coçá-las, vai piorar.
Kevyn logo parou. — Tá bom…
Num piscar de olhos, Mind desapareceu. Surpreso, o garoto procurou-a. Quando olhou debaixo da mesa, lá estava ela.
Sua professora se aproximou e o abraçou enquanto o puxava para ali embaixo. De repente, a porta do lugar se abriu. Passos se aproximaram, pararam e logo se afastaram.
Ela olhou para seu coalho aluno e beijou seu olho. “Te salvei dessa vez, pequeno. Talvez eu só consiga de novo semana que vem”, através de telepatia, ela disse.
Sem entender, o príncipe ergueu suas orelhas, curioso pelo que sua mestra acabou de fazer.
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De volta ao lado de cima da mesa, a garota puxou um livro de uma fenda dimensional e deixou em cima da mesa. Seu olhar era triunfante e, de seus olhos estrelados, um leve ar de superioridade.
Surpreso, o jovem pegou o livro, olhou a capa e perguntou:
— O rei dos 200 nyanos?
— Escolhido a dedo por mim, fique à vontade para ler.
— Isso é um presente? — Ele sorriu.
— Sim. — Mind sorriu de volta.
Kevyn abriu a primeira página do livro e se surpreendeu com o primeiro parágrafo. “Pela calamidade, pelo caos e pela morte. Mesmo escrevendo isso após minha vida, sei que fui um covarde por fugir de minha sina. Minha espada estará lá, bem naquela ilha, naquele jardim em espiral”, leu em sua cabeça e arregalou seus olhos.
O garoto olhou para sua mestra e fechou seu novo livro.
— O que são os nyardins em espiral?
Mind cruzou seus braços e debochou: — Se continuar lendo, você vai descobrir. Agora… vamos para o campo tomar um ar fresco. — Ela acenou para seguir e começou a sair da biblioteca.
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Ao anoitecer, tudo pareceu como um dia normal. Por mais que tenha fugido de seu pai e ganhado um presente, Kevyn foi para a cama tranquilo. Entretanto, antes dele dormir, alguém invadiu seu quarto.
A porta foi aberta devagar e fechada da mesma maneira. Acordado, o garoto ergueu suas orelhas e, através de sua visão noturna, viu sua professora.
Ela se aproximou de cachecol cobrindo seu pescoço e uma roupa mais leve. Ela ergueu sua mão para o garoto e aguardou.
O jovem pegou na mão dela e, naquele instante, ela puxou-o e atravessou um portal de mana que criou atrás de si.
Pela fenda, eles chegaram ao meio da cidade. Pessoas e mais pessoas à volta, todas usavam roupas de frio, famílias andavam com seus filhos e, de pijama, Kevyn não sabia como reagir.
Alguns olharam para o portal e os dois, mas apenas ignoraram. Mind agarrou o pequeno dragão em seu colo e caminhou em direção a uma pequena ponte, que mais tarde seria ponto de referência para muitas coisas.
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Lá, na travessia com o rio congelado, quase não havia pessoas próximas. O príncipe não conseguiu falar toda vinda pelo tanto de pessoas próximas, então sua mestra sabia que ali seria um bom lugar para eles ficarem.
Mind deixou-o no chão, e naquele momento, Kevyn tentou se acalmar. A garota abraçou-o mais uma vez e sorriu.
Com seus rostos próximos, o garoto sentiu o calor de sua professora e conseguiu manter a calma. Eles ficaram assim por um tempinho até o pequeno dragão conseguir falar:
— E-ei… você poderia ter me avisado, sabia? — Ele desviou o olhar por um momento.
— Mesmo que seja sua primeira vez aqui fora, foi trabalhoso criar aquele portal, viu? — Ela franziu a testa.
— Tudo bem, tudo bem!
A garota soltou-o e se levantou. Ela sorriu para ele e enfiou suas mãos no bolso de sua blusa.
O frio não tocou o garoto, ser um dragão é uma vantagem. Ele encarou suas mãos e se virou enquanto forçava um sorriso e dizia:
— Obrigado por me nyazer nyaqui! — disse de maneira alegre.
Mind percebeu o falso tom de voz dele e pegou ele pelo ombro e puxou-o para olhá-lo nos olhos de maneira tão rápida, que o ombro do garoto deslocou. — Kevyn, pare de dizer nya, eu sei que você odeia isso. Eu sei que disse para não se forçar, mas eu não sabia do que estava falando. Pare.
Um olhar de dor tomou o garoto e ele apenas acatou. — Por que está me olhando com tanta raiva?
A garota moveu sua mão pelo ombro dele. Aos poucos, chegou ao pequeno e fino pescoço do jovem e começou lentamente a enforcá-lo. — Você não deveria sofrer tanto… você não merece isso. Eu não aguento mais ver seus machucados.
Em silêncio, o príncipe ficou… o oxigênio aos poucos se esvaziou. Kevyn encarou-a por minutos, seu corpo estava acostumado com a falta de ar. “É só quebrar, é só quebrar… é só quebrar, é só quebrar”, Mind não iria conseguir o matar.
Na sua visão, de repente, de trás do pequeno dragão, uma luz desceu e explodiu como uma cerejeira. Ao perceber o que estava fazendo, sem ar, ela ficou. Mind fraquejou e caiu de joelhos para o garoto.
Com um inocente olhar, ele a encarou e disse:
— Se isso te fizer sentir melhor, pode me machucar, eu não me importo se for você.
Um arrepio percorreu todo o corpo da garota ao ouvir aquilo. Ela soltou seu pescoço e o abraçou. Com dor em seu rosto, ela começou a chorar. — Eu nunca faria isso!
De trás de sua mestra, Kevyn presenciou a explosão de um fogos como uma ¹dressrosa roxa, uma rosa espiralada, ou, uma ilusão. Em um piscar de olhos o brilho acabou.
— Obrigado pelo esforço de me trazer até aqui.
Após escutá-lo mais uma vez, Mind lacrimejou. Mas se forçou a não chorar e respondeu: — Nunca mais me agradeça por coisas tão bobas.
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¹Dessrosa. — Você não precisa saber o que é isso agora.
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