Índice de Capítulo

    Kevyn despertou, mas não abriu seus olhos. Um som de estalo foi ouvido e o balançar de folhas das árvores era evidente.

    Ao olhar além da escuridão de suas próprias pálpebras, o garoto pôde ver a lua e Améli? Ela estava completamente bem, nenhum arranhão e nada de sangue.

    O príncipe não soube como reagir. “Eu estou com a cabeça no colo dela, eu sinto o relevo”, ele fechou os olhos e perguntou:

    — Ei, o que foi aquilo?

    — Não está óbvio? Foi spenas um teste. — Ela riu.

    — Você deveria parar com esse passatempo de manipular as pessoas, não foi legal! — virou o rosto.

    Ela acariciou o cabelo dele e respondeu: — Tá tudo bem, você lutou muito bem.

    O jovem abriu seus olhos e olhou para ela com um certo brilho.

    Um sorriso formou-se no rosto da general. Ela ignorou o pequeno dragão e encarou o céu enquanto fechava seus olhos e dizia:

    — Não fique orgulhoso por um só elogio, me surpreenda.

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    Ao amanhecer, eles foram até Lycky antes de voltar para Emerald. Por meio de um portal, o garoto e a mulher saíram de frente para uma mansão de concreto negro.

    O frio trazia nostalgia e, sendo iluminada pela luz da lua, passou pela neve em seu caminho. Améli chegou até a porta e a abriu com certo nervosismo.

    Kevyn seguiu-a. Eles entraram na mansão e foram diretamente para a biblioteca, onde uma mulher de cabelo negro estava com o rosto escorado na mesa. Seus braços cobriam sua face, o que a impediu de perceber a chegada de alguém bem importante.

    Lentamente, a ex-general se aproximou com passos silenciosos. Ela chegou até atrás de sua amada e ergueu sua mão, paralisada com todo o nervosismo.

    O príncipe percebeu aquilo e sorriu. Via uma mão óssea, o pequeno dragão empurrou as costas de Améli e foi para fora da biblioteca.

    Com o empurrão, a mulher abraçou Aradam e, corada, viu o garoto saindo. No susto, Aradam deu um leve pulo, mas foi em vão já que foi agarrada por, até então, desconhecida. Entretanto, só de sentir o aroma dos braços à sua volta, ela já sabia.

    Quietas, um silêncio reinou. A braço direito caolha aceitou o abraço e tocou o braço de sua amada. Ainda quieta, Améli cerrou seus dentes, mas ainda assim não conseguiu dizer.

    Aradam fechou seus olhos por breves segundos, ela sabia que aquilo poderia demorar, mas não se importava de verdade. Um leve som de fungada vinha atrás dela e era óbvio. A ex-general estava se derramando em lágrimas.

    Após tanto tempo, uma palavra foi dita por Améli que, se esforçando ao máximo, só conseguiu grunhir:

    — Que-

    — Uhum… uhum? — Aradam aceitou a dificuldade de sua parceira e esperou.

    Uma face de dor tomou o rosto de Améli e ela apertou-a mais forte. — Qu-quer Ca-casar comigo?!

    No momento em que aquela frase foi completada, Aradam perdeu sua calma e arregalou seus olhos. Ela rapidamente se virou e encarou Améli com seus olhos agora vermelhos.

    O rosto da general mudou, ela tinha um sorriso sofrido e de seu rosto ainda pingavam lágrimas.

    A caolha se levantou da cadeira, se soltando do abraço enquanto puxava sua parceira e batia sua testa contra a dela.

    — A-Améli…

    Após ouvi-la, a mulher tirou a garrafa térmica de uma mecha negra e também um lindo anel de diamante. — Su-supresa~ — Sua voz falhou.

    Os olhos de Aradam lacrimejaram no mesmo momento e, com um sorriso torto, ela respondeu: — Eu aceito!

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    Do outro lado, Kevyn ouviu e encarou o chão. “É assim que são pedidos de casamento? Lembro que no livro apenas falava que eles se casaram… nunca o que vem antes do depois. Humbra chorou?”, perguntou em seus pensamentos, o garoto lembrou de Kelly.

    — Preciso esperar…

    — Hoho! Esperar pelo… o que, meu pequeno?

    Da escuridão, Klei surgiu e ficou ao lado de seu filho, espreitando sua face triste.

    — Pela Night me pedir em namoro. — Ele inclinou a cabeça.

    Curioso, o homem tocou o ombro de seu filho e, após alguns segundos, abraçou-o.

    — Você está esperando por quê?

    — Porque li que o certo é esperar que as mulheres tomem coragem e peçam os homens em namoro. — Ele desviou o olhar.

    Klei sorriu. — Meu pequeno, eu te entendo. Mas ouça com atenção, se esperar algo externo te salvar e não buscar pela sua própria força e vontade, para sempre ficará sozinho.

    — Mas… eu não sou o mais velho… eu nem adulto sou para fazer isso!

    Surpreso, o vampiro pegou seu filho no colo e caminhou com ele pelos corredores. — Você sente algo pela princesa?

    — Não! Eu… não sinto.

    — Hm… pela espada?

    Desviou o olhar. — Ela me ataca bastante.

    — Tudo bem, veja seu coração. — Klei botou sua mão sobre o rosto de seu filho.

    Em um momento de introspecção, Kevyn, sem nem saber o que o amor realmente significa, gradualmente, pegou no sono.

    Entretanto, o homem deu um peteleco em sua testa antes dele realmente conseguir. Irritado, o garoto disse:

    — Eu tava quase dormindo!

    — Não importa. Tente passar um tempo com as duas e aproveitar para conhecê-las, meu garoto precisa saber o que ele quer para a vida dele. — Ele ergueu-o no ar e o botou sentado em seu pescoço enquanto continuava — sei que é novo, mas não é preciso ser adulto para amar.

    — Mas não é correto, é?

    — Óbvio que não, mas eu já percebi que sua mãe quer isso. Hohoho! É irônico ela fazer isso.

    Klei segurou as pernas de Kevyn e saiu da mansão através da escuridão. “Ele está sendo atacado de todos os lados, eu sabia que tirar ele da mansão daria nisso. Atacado… hahaha… melhor, está recebendo investimentos”, o homem riu e continuou andando por uma trilha de concreto negro coberto por neve.

    O príncipe escorou seu queixo no topo da cabeça de seu pai e fechou seus olhos. “Conhecer elas? Eu já não conheço? Kelly é uma irmã mais velha, por que ele perguntou aquilo?”.

    — Deixando esse assunto, como tem sido seu treinamento? — perguntou Klei.

    O jovem sorriu e respondeu: — Recentemente, eu lutei com a Night.

    — Oh! Diga mais.

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