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    O início de um sábado começou com o final de uma sexta. À meia noite, Kevyn saiu do banho e voltou para seu quarto. Após ter aquele dia tão cheio, ele só queria descansar um pouco.

    Entretanto, em sua cama, estava Night. Eles se olharam e o garoto começou a voltar.

    — Não vá, eu… quero conversar um pouco.

    O príncipe olhou para ela de canto e então voltou e se aproximou da cama. Um semblante receoso veio dele, que inclinou a cabeça.

    A garota demônio se aproximou da beirada e mostrou um pouco do seu ombro. Naquele movimento o príncipe entendeu.

    — Causei muitos problemas… nem tudo que eu disse era verdade e… eu não quis te ouvir, mas eu não vou pedir por seu perdão.

    Kevyn abraçou-a.

    Um breve susto Night tomou e então escorou sua cabeça no peito de seu amado. O garoto olhou além da janela e fechou seus olhos.

    O silêncio mútuo pareceu congelar o tempo para os dois que puderam sentir o calor um do outro. Para o menino, não fazê-la feliz seria jogar fora a primeira amizade duradoura que teve.

    Mas na gangorra, o peso pendia para a garota. O príncipe podia não saber de nada, mas os dois compartilhavam do mesmo sentimento de solidão.

    — Quem tem tudo, não tem nada. Ter você significa ter ninguém? — perguntou Kevyn.

    — Então eu deveria dizer o mesmo? Procurar um porquê da nossa união é injusto. Somos uma incógnita.

    Então começou a chover, nada além dos dois, a luz acesa e o som da chuva ressoou. O garoto parou de encarar a janela e beijou o cabelo de sua parceira.

    Night olhou-o nos olhos e se sentou na cama ao mesmo tempo que puxava-o pela sua blusa e aproximou seus rostos.

    Enfim, por cima da demônio, o príncipe sentiu o frescor do quarto se difundir com o momento de anestesia. Tão perto um do outro carregou o momento em que dormiam juntos.

    A garota soltou a blusa dele e então se esparramou pela cama, tocando suas costas contra o colchão. Do seu rosto, um leve sorriso, ela ergueu suas mãos para seu amado e então disse:

    — No fim isso não vai mudar que estamos juntos, vai?

    Kevyn desfez sua face neutra e deu um leve tapa na coxa dela. — Claro que não. — Caminhou até a janela e a fechou.

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    A noite não estrelada pelas nuvens de chuva se encerrou e as gotas se mantiveram a cair. Ao despertar, Night abriu seus olhos e viu seu parceiro abraçado em si.

    “Eu não entendo, por que sua beleza é tão viciante? Seu cabelo está tão bagunçado, mas ainda consegue ser fofo. Eu vou botar fogo em você, seu idiota”, ela pôs o rosto dele entre seus seios e encarou a janela fechada.

    “É tão cansativo, um milhão de problemas e nenhuma solução. Fizeram você crescer tão rápido, mas do que adianta quando você ainda é só uma criança?”, ela acariciou a cabeça de Kevyn.

    “Quem eu tô querendo enganar? É tão comumente você ter amadurecido por querer me proteger e me tornar sua esposa quando realmente virar rei, eu sinceramente ainda não entendi o que você quer”, suspirou e sentiu-o ronronar.

    “Posso te tornar em meu mundo, mas não sei se realmente te mereço… se desenvolva logo e vire um adolescente! droga. Vamos demorar tanto tempo para nos tornarmos adultos de verdade, eu não quero pensar que por sermos considerados crianças não possamos ficar juntos”, choramingou e apertou-o.

    Depois de alguns minutos conversando sozinha, de seu busto o príncipe despertou e encarou-a. “Obrigado pelos… eh… pelo conforto”, inclinou a cabeça e sorriu.

    Algo tão radiante alarmou os pensamentos da espada: “É por isso que eu estou com você. Esse sorriso doce e inocente de alguém que conhece o amargo, mas ainda consegue sorrir até mesmo para a pessoa que te fez tanto mal”, pensou para si mesma e então o respondeu: “Kukukuku… se você quiser mais”, sorriu.

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    Mais tarde, Kevyn foi trabalhar junto de Daniel e passou seu tempo com ele até depois do almoço. Agora na planície, o garoto esperou por Aycity.

    Após alguns minutos, a garota com a mesma enorme blusa de manga longa chegou e acenou para o príncipe.

    Ele acenou de volta e assim ela perguntou:

    — O que faremos?

    Kevyn se aproximou, tocou a testa dela e curou seu corpo. — Vou comprar umas roupas para você, lembra?

    Ela desviou o olhar. — Ah… sim. Mas eu não sei se é uma boa ideia.

    — Hm?

    — Não, nada. Vamos.

    “Eu não sei se devo me intrometer, tem algo muito esquisito nisso tudo”, pensou o garoto, que apenas suspirou e aceitou.

    Assim eles foram para a cidade juntos. Entretanto, antes de entrarem em alguma loja de roupas, Aycity parou na frente de uma lanchonete e esperou o príncipe perceber sua parada.

    Kevyn olhou para ela e então perguntou:

    — Aconteceu alguma coisa?

    A menina então apontou para a loja. — Que tal comermos algo? Eu ainda não almocei.

    O jovem não estava de barriga cheia, mas se aproximou dela e respondeu: — Claro.

    Os dois entraram na lanchonete e o garoto pagou um hambúrguer para ela e um enroladinho para si, algo mais leve.

    Eles se sentaram nas cadeiras de uma mesa e antes mesmo do refrigerante chegar, Aycity já começou a devorar seu lanche.

    O príncipe viu-a comer e sorriu, em pouco tempo a garçonete trouxe a garrafa de refrigerante junto ao catchup e maionese.

    Após engolir, a garota olhou para Kevyn e agradeceu: — Não sei quanto dinheiro tem, mas obrigado.

    — Nada, estou trabalhando exatamente para isso. — Sorriu.

    Aycity desviou o olhar e encarou o lado de fora. “Princesa dragão, você nem imagina o quanto essas pequenas coisas importam”, mordeu outro pedaço de seu hambúrguer.

    Só agora o garoto veio a morder seu enroladinho, e metade do salgado se foi. “Oh! É semelhante a uma coxinha! Mas… é de presunto e mussarela”, ele estava conhecendo coisas novas.

    Depois de comerem, Kevyn então paga pela refeição e eles partem para o próximo local. Entretanto, no meio do caminho eles acabam trombando com alguém.

    — Você achou mesmo que viria sem mim? Kukuku.

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