Capítulo 93 — Linda princesa.
Ao ouvir a resposta da garota, os olhos do garoto se encheram de lágrimas, a princesa se aproximou e eles então se abraçaram.
“Não! NÃO! PAREM DE SE ABRAÇAR! Como?… Eu não…”, sem entender, Night não sabia como não aconteceu aquilo, ela estava errada?
Sua arrogância te destruiu.
— Eu estou aqui. — Kelly acariciou as costas do garoto, que chorava. — Kevyn, quero que me prometa que vai ser o homem mais forte, mais lindo, amoroso, atencioso e vai cuidar de sua futura esposa o melhor possível! — Ela abaixou um pouquinho e roçou seu rosto no peito dele, enquanto encarava a espada de seu noivo ao longe.
A fúria da arma viva se intensificou, mas mantendo uma face neutra, ela deu as costas e voltou. Kevyn parou de chorar e, com um leve sorriso no rosto, respondeu:
— Eu prometo, Kelly.
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De volta à mesa, Night, desolada, se sentou. Astéria percebeu sua tristeza mesmo com sua face neutra. Aradam e Daniel estavam conversando, mas no momento em que eles pararam, a monarca então perguntou:
— Não funcionou, não é, Night?
Klei sorriu.
— Pensei que soubesse… Sr. Klei, ainda não acabou, eu vou ficar com seu filho.
O homem riu.
Daniel percebeu o deboche e então perguntou: — Vocês estão em uma batalha mental? Não acham que brincar com os sentimentos do Kevyn é desnecessário?
O vampiro olhou para o elfo e apenas respondeu: — Não se intrometa onde não foi chamado.
— Mas eu vou. Klei, desde quando eu te dei liberdade para pôr nosso filho em um casamento arranjado? — disse Astéria, que encarou o homem.
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— Venha, venha!
— Ei! Para onde está me levando?!
Kelly arrastou-o para debaixo das escadas do castelo, lá, ela puxou rapidamente o garoto e o beijou em sua bochecha. Surpreso, o príncipe levou um pequeno susto. A princesa então avançou mais uma vez e tocou seus lábios contra os dele.
Felicidade espontânea. A garota abraçou Kevyn e, entre pausas e beijos, ela começou a chorar e pôs suas mãos sobre as bochechas de seu noivo.
— Kevyn, eu te amo. — Aos poucos, ela levou o jovem até a parede. — Mesmo que formos nos casar quando você estiver com 9² anos, eu posso, não posso? — Os olhos dela encontraram os do garoto, que, ofegante, piscou seus olhos ao mesmo tempo que lacrimejava.
— Kelly… eu também te amo… mas por que você tá chorando?
— De tudo, eu não sei se entendo esse sentimento… por mais de querer isso, ainda é um casamento arranjado.
— Sim… mas quando você disse aquilo para mim, eu não me importo mais de ser arranjado… — o príncipe inclinou sua cabeça na mão dela.
— Você ainda se lembra daquilo? Eu não fiz nada de mais, seu bobo. — Ela aproximou seu rosto e tocou sua testa com a dele. — Agora é meu futuro marido, então tudo que temos é que nos amar agora… E-
De repente, alguém veio ali, suas roupas formais mostraram ser uma das empregadas. Curvando-se, ela voltou e olhou para os dois enquanto dizia:
— Senhorita Kelly, seus pais precisam da sua presença no salão.
Kelly então se afastou de Kevyn e concordou com a cabeça. O príncipe então arrumou seu sobretudo e saiu da parede.
Os dois trocaram seus olhares por uma última vez, e da garota foi dito:
— Espere um pouquinho, nós vamos poder continuar nos amando. — Ela sorriu.
— Tudo bem… — Envergonhado, o garoto desviou o olhar levemente corado.
A empregada mais uma vez os interrompeu, dessa vez, ela olhou para o garoto dragão e disse:
— Você também, espero que saiba dançar.
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No salão principal, Kelly e Kevyn estavam no centro de uma roda de várias pessoas. Eles iriam dançar para todos como ritual de maioridade. Por sorte, o garoto é noivo da mulher, logo, ele dançaria com ela.
Alguns passos longe um do outro, a música iniciou e, se aproximando no ritmo da música, a princesa segurou as mãos do garoto e girou com ele. “Tente escapar”, ela pensou enquanto arrastava os pés do garoto com os seus, trazendo-o para sua dança.
Todos olharam com admiração, mal sabiam que Kevyn estava sendo jogado de um lado para outro pela princesa. “Tente escapar!”, ela intensificou a dança conforme a música, o príncipe, impressionado, tentou acompanhar os passos dela e sorriu.
Ao longe, Night observou, sua tentativa se voltou contra si mesma, no fim, por que ela tentou? Seus olhos baixos, acabou, enfim? Mesmo que ele fizesse um harém, mesmo que qualquer coisa fosse feita…
Ela perdeu a única oportunidade que tinha, ela botou sua mão na testa e fechou seus sonhos. Entretanto, alguém veio até suas costas e tocou seu ombro. O gélido toque lembrou Aycity, mas era Astéria. Com um olhar sublime, a mulher disse:
— Está tudo bem.
— Não está, é tudo culpa do Klei…
— Suas almas estão ligadas, se não conseguir superar isso, como vai conseguir conquistar ele?
— Eu já conquistei.
— Não é o que parece, olhe para você, tanto tentou manipular para, no fim, não sobrar nada?
Night abaixou a cabeça e toda sua raiva virou nada além de dor. — Sinto muito, senhora Astéria.
— Não, sou eu quem lhe deve desculpas, apenas vamos voltar para a mesa. — A mulher virou suas costas e caminhou de volta.
A garota demônio então suspirou, um expirar tão pesado quanto pensou, seu espadachim estava sendo levado e não poderia fazer nada? Seu corpo desejou matar aquela que roubou seu amor, mas por que faria isso? Ela apenas se afastaria mais da pessoa que ama e não era isso que ela queria.
Night então se virou e caminhou de volta para a mesa com todo mundo.

Após dançar com a princesa, Kevyn retornou até a mesa com sua família. Entretanto, todos estavam com suas faces nubladas.
É culpa sua?
Daniel se levantou de sua cadeira, mas era tarde demais. Astéria e Klei também se levantaram e ficaram um de frente para o outro, qualquer movimento em falso uma morte causaria.
O elfo pegou a garota e o menino pelo ombro e os puxou para longe da mesa. Sem entender, Kevyn impediu-o antes de ser levado.
— Ei! O que pensa estar fazendo?!
— Calado! Kevyn, apenas obedeça, são ordens diretas de sua mãe!
Os olhos do garoto se encheram de raiva. — Não! Já chega disso tudo! EU NÃO VOU! Minha noiva está lá! Eu não consegui me despedir!
Sem mais paciência, Daniel prendeu os braços do garoto com barreiras mágicas. O príncipe, no mesmo momento, tentou se libertar, mas foi em vão, sua mana estava restringida, sua energia não podia ser usada.
O homem pegou pelo braço e arrastou-o para fora do castelo à força, sem poder fazer nada. O menino dragão cerrou seus dentes e cedeu.
Night, preocupada, acariciou o cabelo dele e seguiu com os dois.
A pior falha.
Após minutos caminhando, eles estavam perto da bacia, ao longe, o barco de Daniel. No solo do navio, o homem quebrou as amarras que prendiam Kevyn e disse:
— Não podemos continuar aqui, é perigoso demais?
O garoto olhou para seu mestre com toda sua fúria e perguntou: — E por que não trouxe a princesa?! Se é perigoso, NÃO ERA NECESSÁRIO TODA ESSA PRE-
O interromper do príncipe.
Uma fissão acontece quando um processo ocorre, quando um núcleo atômico é bombardeado por um nêutron, ele se fragmenta em dois ou mais núcleos e assim…
Esse processo libera uma explosão tão intensa, que qualquer pessoa desprotegida é literalmente desintegrada. Entretanto, quando não há núcleos de radiação o suficiente, a bomba perde grande parte do seu poder.
Capacidade destrutiva, menos radiação. Casas destruídas, pessoas mortas no chão. Desconhecido és, o urânio, então de hidrogênio, foi acionado.
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