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    “Triste que mesmo neste mundo não há paz.” Shinobu suspirou tristemente.

    “Raramente há paz, mesmo em mundos onde somente os seres humanos são espécies inteligentes as guerras ainda são constantes”, disse Lucian, explicando para ela a natureza do mundo.

    Ou dos mundos, pois a guerra é uma característica possuída por todos eles.

    A guerra acontecerá enquanto ainda houverem necessidades e desejos nos seres vivos.

    “Além disso, acho melhor apresentar as organizações que existem neste mundo, as mais importantes são: a CCG, a organização que caça ghouls; Aogiri Tree, uma organização que junta alguns dos ghouls mais poderosos do mundo; e para finalizar, a V, mas ela não é de muita importância por enquanto.”

    Claro, mesmo que a V fosse uma organização gigantesca e poderosa, ela está oculta, então não tem muita relevância no momento, mesmo que, tecnicamente ela seja a causadora de tudo.

    Mas, isso é história para outro dia.

    “Interessante, mas como os humanos lutam contra os ghoul? Alguma técnica especial ou os ghouls possuem uma fraqueza específica?”, perguntou Shinobu, lembrando que os ghouls possuem capacidades físicas muito acima dos humanos.

    Na Demon Slayer Corps eles usavam as técnicas de respiração para amplificar as capacidades físicas dos slayers.

    O nichirin que absorveu luz do sol e veneno de glicínias, ambos sendo fraquezas dos demônios.

    “Eles usam quinques, armas criadas com o kakuhou que foi arrancado dos ghouls”, respondeu Lucian.

    “… Acho que você está certo em dizer que eles são tão crúeis quanto os ghouls.” Saber disso chocou Shinobu.

    Pelo o que ele tinha ouvido de Lucian, ela sabia que ghouls eram quase completamente idênticos aos humanos, fosse em sua anatomia geral, capacidade intelectual ou emocional.

    E retirar um órgão de um ser semelhante para fabricar uma arma era algo que ela nunca havia pensado antes.

    “Você vai acabar se acostumando no futuro.”

    Após dar uma curta aula das noções básicas do mundo de Tokyo Ghoul, Lucian e sua trupe continuaram passeando e se divertindo.

    O poder é a maior garantia, e com o poder deles, podiam ficar relaxados mesmo neste novo mundo.

    ………

    No dia seguinte, Lucian novamente estava vagabunde- visitando a anteiku em busca de informações.

    “O que você está fazendo aqui novamente?” Touka brigou, irritada com o fato de Lucian ter voltado após fugir sem pagar a conta.

    E dessa vez ele ainda tinha trazido mais pessoas com ele.

    “Apenas tomar uma bebida e comer alguma coisa”, Lucian respondeu, ao mesmo tempo em que pedia algumas coisas do cardápio.

    “Acha mesmo que eu vou simplesmente trazer as coisas que você pediu?” A raiva de Touka apenas se intensificou ao ouvir as palavras de Lucian.

    “Acho! Mas não se preocupe, hoje eu pretendo pagar, arrumei um dinheiro depois da caçada de ontem.” Garantiu Lucian.

    “Melhor você pagar mesmo.” Touka avisou, seu olhar semicerrado enquanto observava Lucian, a ameaça estava clara.

    “E elas? Você não apresentá-las?” Ela continuou, olhando para as quatro mulheres que estavam sentadas junto de Lucian.

    … Ela acabou ignorando Kokushibo nesse pergunta, mas ele também está na mesa.

    “Eu sou Daki, a mais velha e a mais querida esposa.” Daki gabou-se.

    “Não fale bobagens Daki. Eu sou Kie Kamado, a primeira esposa.” Kie apresentou-se também, depois de brigar com Daki.

    Afinal era impossível deixar Daki ficar falando que é “a mais querida” entre elas.

    Shinobu, vendo que elas iriam discutir um pouco, suspirou desamparada, antes de se apresentar: “Eu sou Shinobu Kocho, ex demon slayer.”

    “E eu sou a Mitsuri Kanroji, também uma ex-demon slayer, espero que possamos nos dar bem!” Mitsuri se levantou, cumprimentando amigavelmente e animada.

    “Quantos anos você tem?”

    “Quanto você come por dia?”

    “Como sua família funciona?”

    “Qual é a sua kagune?”

    Um entusiasmo que até chegou a colocar pressão em Touka, que costuma ser mais calma e antissocial.

    E em desespero, ela pediu uma ajudinha do único que ela sabia que poderia parar Mitsuri, o Lucian.

    Vendo as súplicas nos olhos de Touka, Lucian acabou decidindo ajudá-la um pouco.

    “Tudo bem Mitsuri, você poderá fazer mais perguntas depois”, disse Lucian, colocando uma mão no ombro dela e impedindo seu frenesi de perguntas.

    “Este que está calado é meu melhor subordinado, Kokushibo.”

    “… Eu sou Touka Kirishima, prazer em conhecer vocês.” Recompondo-se, Touka também apresentou-se, mas se retirou pouco tempo depois.

    “… O tem de especial nesse café?”, perguntou Shinobu, na opinião dela era impossível que Lucian viesse duas vezes consecutivas no mesmo café sem nenhum motivo, ainda as levando junto na segunda vez.

    “O gerente é conhecido como coruja, um ghoul de rank SSS, e antigo membro da organização V, também sendo pai da fundadora da Aogiri Tree.

    Os garçons, aparentemente comuns, também são ghouls muito poderosos, e aquele desajeitado de tapa-olho é provavelmente o primeiro ghoul criado através da cirurgia de hibridização de forma bem-sucedida.

    Em suma, este café é muito especial.” Lucian explicou.

    “Então aqui é realmente interessante.” Shinobu assentiu, também sentindo o interesse crescer em seu coração.

    Um lugar cheio de indivíduos poderosos, que também hospeda alguém como Kaneki, certamente parecia o tipo de lugar que acabaria em meio a diversas conspirações.

    “V e Aogiri Tree e ainda tem a CCG… Isso significa que aqui vai ficar uma bagunça, a Touka vai ficar bem?” Mitsuri esboçou preocupação.

    Só de olhar para a Touka, Mitsuri podia dizer que ela é uma boa garota.

    “Sim, ela vai ficar bem, e outra não precisava fazer todas aquelas perguntas para ela, viu como ela ficou assustada?” Lucian riu, e como se pensasse em algo, ele continuou: “E tente não perguntar sobre a família deles, quase sempre tem uma história triste.”

    “Entendi…”, Mitsuri respondeu tristemente, percebendo que pode ter sido rude em sua abordagem.

    “De fato, a situação é bem semelhante à grande maioria dos demon slayers”, disse ele, usando uma comparação para facilitar o entendimento.

    “A forma que descreve é bem triste”, suspirou Kie, lembrando-se de tudo o que fazia sido dito, e mesmo não sabendo a exatidão dos acontecimentos, pensar nisso ainda a entristecia.

    “Na verdade é um pouco pior, ainda mais neste mundo, que está corrompido de ponta a ponta.” Lucian comentou, tomando um gole de seu chá.

    As coisas são ainda mais complicadas do que aparentam, sendo ainda pior do que Lucian descreveu.

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