Capítulo 100: Dois Contra Um? Piada
Dante se esquivou de um golpe mortal, saltando para pegar uma viga caída no chão. O impacto foi imediato, mas sua agilidade não falhou. Ele aparou outro golpe pela direita com um movimento rápido, girando no ar e enviando um soco forte na costela do Rosa de Crânio Cinza. Antes que pudesse reagir, o Crânio Branco tentou pegá-lo de surpresa, tentando atravessar a defesa do Rosa. Dante, no entanto, antecipou o movimento, puxando o braço do Crânio Branco para o lado e emendando uma sequência de golpes implacáveis: mais de dez socos e chutes em menos de dois segundos.
Quando os Felroz finalmente conseguiram se soltar, Dante soltou um suspiro profundo e gargalhou, a adrenalina fluindo por seu corpo. Seus olhos focaram novamente nos dois, e seus braços se estenderam, prontos para o próximo confronto. Ele não parou, utilizando a derrapagem no concreto para gerar mais atrito e intensificar o impacto de sua Energia Cósmica. Seu corpo se transformava em um vórtice de poder, reunindo toda a energia em um único ponto, antes de ser liberada em um ataque avassalador.
Seu punho nunca tocou no escudo do Crânio Branco, pois a força do impacto se espalhou para todos os lados. A pressão foi tamanha que as nuvens cinzentas ao redor começaram a girar, formando um redemoinho. E então, no movimento seguinte, as nuvens se desfizeram em uma explosão de energia. O ataque foi tão rápido e potente que, mesmo com o escudo orgânico do Crânio Branco, ele não conseguiu suportá-lo. A energia se dissolveu após cinco poderosos impactos, e os Felroz foram lançados contra um ônibus. O Crânio Cinza pegou o veículo com facilidade, comprimindo-o e fundindo-o com sua carne viscosa, criando olhos e ossos ao redor do metal.
— Ela criou uma espada? — Dante pensou, achando a cena estranhamente divertida.
— Estão parados por quê? — Ele provocou, abrindo os braços em desafio. — Estão com medo de um humano?
Os dois Felroz avançaram juntos, e Dante esperou que atacassem. A espada desceu com força, mais de dois metros de lâmina ameaçando cortá-lo, mas Dante, com sua agilidade inumana, se virou na lateral, deixando a espada passar sem tocá-lo. No ar, ele saltou e usou o impulso para atacar o Crânio Branco, fazendo os olhos da criatura o seguirem. Com um movimento rápido, Dante os enviou para o chão, forçados pela pressão do ar.
Com um giro no eixo, Dante se reposicionou, criando distância entre ele e os Felroz. Eles estavam mais atentos agora, com os braços vindo de todos os lados, tentando pegá-lo. Mas Dante estava preparado. Ele ergueu uma perna e enroscou-a em um dos braços, desviou de outro e saltou, ainda com a perna presa, usando a outra para chutar o Crânio Branco e fazê-lo virar.
Antes de cair, Dante usou suas costas para expelir ar, retornando rapidamente ao chão. A perna com o braço foi puxada, mas ele mudou sua direção, ficando de cabeça para baixo. Segurando o pescoço ossudo de um dos Felroz, ele o lançou contra o chão, bloqueando a espada do Crânio Branco com a força do ar, e abriu a boca. A Energia Cósmica arrastou tudo à sua frente para os ares, destroçando metade da carne e dos olhos do Crânio Branco.
— Vocês não são metade do que dizem ser. — Dante falou com um sorriso frio, sua voz carregada de desdém.
Os dois Felroz reagiram mais rapidamente, adaptando-se à velocidade de Dante. Mas ele sabia que não seria o suficiente. Ele teve que mudar de ataque para defesa em um piscar de olhos, bloqueando e segurando os golpes de todos os lados enquanto o Crânio Branco regenerava sua carne.
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— Eles têm senso de perigo. — Dante pensou, sua mente trabalhando a todo vapor.
A espada cortava como uma navalha, mas Dante girava e saltava com precisão, evitando os golpes com a destreza de um dançarino. Ele ainda sorria, sabendo que, por mais que os Felroz tentassem, eles estavam apenas começando a entender o que ele era capaz de fazer.
— Você quer lutar sozinho contra mim? — Dante provocou, saltando para a frente e mudando sua postura. — Então, o Recruta aqui vai te mostrar como se luta de verdade.
Ele piscou, e Render surgiu distante, muito distante, sem sua espada. Mas esse era o momento que Dante esperava, o momento de mostrar tudo o que havia aprendido durante os vinte e nove anos de sua vida. Ele mudou os ângulos dos braços e a posição dos pés, e então golpeou com a lateral da mão, criando um estalido no osso do ombro do Crânio Cinza. Ele bloqueou a espada pela diagonal, jogando o peso do ataque para trás e espalmando para frente diversas vezes.
Cada movimento era implacável, rápido e preciso. Quando o Crânio Cinza expeliu mais dois braços, Dante não se impressionou. Não importava quantos braços ou quanto poder os Felroz tivessem. Existia apenas aquele momento, aquele breve instante entre um ataque e uma defesa, e era ali que Dante encontrava sua paz.
Ele atacou como uma metralhadora, atingindo todos os pontos vulneráveis possíveis. E, enquanto isso, Vick o alertava sobre o aumento da Energia Cinética acumulada em seu corpo. Era por isso que ele expeliu todos os ataques de uma vez, tornando-os ainda mais fortes.
Nunca houve um momento em que não pensasse que seu poder poderia matar alguém por um erro. Se ele perdesse a calma, se não usasse sua força corretamente, Juno se machucaria, Jix o veria como um monstro, e Clara nunca o perdoaria. Ele precisava controlar sua energia, manter a paz dentro de si.
Enquanto socos e chutes se liberavam, seus olhos se cravaram no Crânio Branco, que se levantava, renovado. Antes que Dante pudesse se mover, algo atrás dele explodiu da rua. Dez braços se libertaram do concreto e o agarraram, imobilizando-o. Nos rostos dos Felroz, um sorriso cruel se formou.
— Venceram? — Dante tensionou seus músculos, libertando uma explosão de ar ao redor, fazendo as mãos se dissolverem. — Vocês não têm ideia de quão longe estão de me matar. Dois contra um? Piada. Poderiam ser dez, ainda não estariam nem perto de me vencer. Sabe por quê?
Os Felroz recuaram dois passos, vendo a aura roxa de Dante crescer ao seu redor, como uma proteção espectral e absoluta.
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— Porque eu nem mesmo estou levando vocês a sério. — Ele sorriu, um sorriso de pura confiança e desafio.
I
Já havia se passado quase uma hora desde que deixaram Dante com aquele monstro. Juno fazia o máximo que podia para correr contra o tempo, mas tudo parecia tão lento, como se o mundo se arrastasse diante dela. O pensamento de ver seu mestre morto, de encontrá-lo deitado, esmagado pelos Felroz, era insuportável. Ela não sabia o que aconteceria se isso acontecesse… o que seria de todos eles? A ideia de perder Dante a paralisava.
A ansiedade aumentava, refletida na corrente que ela apertava entre os dedos. Jix não disse nada, mas Marcus, com um suspiro profundo, não aguentou mais o silêncio.
— Pare de pensar no pior! — gritou ele, a voz cortando o vento enquanto eles avançavam. — Se o velhote está lá, então ele vai estar vivo. Concentre-se no agora!
As palavras de Marcus fizeram Juno apertar os dentes, mas ela sabia que ele estava certo. Ela precisava focar no presente, não em um futuro sombrio que ainda não havia chegado. O conselho do homem forçou sua determinação a crescer, e ela usou mais duas correntes, acelerando para frente, sentindo a velocidade dobrar. Não importava se chegaria a tempo de lutar; o importante era chegar até lá.
Quanto mais se aproximavam do Centro de Pesquisa, mais estrondos ecoavam pelas ruas. A cada passo, os barulhos de destruição aumentavam. Um vulto vermelho cortou a rodovia à frente, desaparecendo dentro de um prédio, com dois outros Felroz seguindo em sua cola. Jix, alertando Juno, gritou de repente:
— Pare em cima de um dos prédios!
Sem hesitar, Juno saltou para o alto, subindo até o terraço de um dos maiores edifícios da região. Eles pararam por um momento, observando a destruição à sua frente. O som do impacto era ensurdecedor, uma mistura de metal, concreto e caos. E no meio disso tudo, um eco inconfundível: uma gargalhada. Não era uma gargalhada cansada, como de alguém que estava à beira do fim. Não, era a risada de alguém em plena empolgação, viva e cheia de energia.
Marcus, com a carabina erguida, se aproximou de Juno e se ajoelhou ao seu lado, seus olhos focados no que acontecia à frente.
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— Se aquele Felroz que disseram ter ficado menor realmente for ele, então é mais perigoso do que qualquer um. Juno, quando for a hora, você precisa ajudar Dante. Mesmo que seja só por um segundo, crie uma abertura, como fez contra aquele cara de ferro.
O homem-ferro, ele era uma ameaça complicada, mas os Felroz… Dante estava lidando com algo ainda mais feroz.
O impacto foi brutal. Um dos prédios foi destruído, e Dante voou para o alto, com um dos Felroz lançando seu irmão para cima, na mesma direção. Mas Dante não se deixou intimidar. Com um giro espetacular, ele usou um chute que fez a criatura voltar para o prédio, e o impacto foi tão forte que as pilastras, a base e as duas criaturas foram lançadas para dentro de uma nuvem de poeira, neve e escombros. A visão deles foi encoberta pela tempestade que se formava.
E então, Dante retornou ao centro da destruição, criando ainda mais caos.
De repente, um dos Felroz saiu de dentro do prédio, correndo de forma desajeitada. E logo atrás, Dante apareceu, com a outra criatura presa pelo pescoço. Ele a lançou para o lado, acertando o primeiro Felroz e fazendo ambos rolarem pelo chão. Marcus levantou a cabeça, completamente surpreso com o poder de Dante.
— Vamos, se regenerem agora! — gritou Dante. — Isso ainda não acabou. Venham!
Os Felroz reagiram, puxando carros, postes e caminhões, absorvendo-os e fundindo seus corpos com os objetos, adaptando-se para enfrentar Dante mais uma vez. Juno assistia à cena, atônita, vendo os monstros se transformando para lutar, enquanto seu mestre continuava a mostrar sua força, a empolgação ainda evidente em seus olhos.
— Está vendo, Juno? — perguntou Jix, seu olhar preocupado. — Esse é o tipo de monstro que está te treinando.
Monstro? Não. Juno balançou a cabeça, um sorriso nascendo lentamente. Esse não era um monstro. Esse era o Dante que ela esperava enfrentar algum dia. O homem que, apesar de sua força brutal e implacável, ainda possuía uma energia que a fazia querer lutar ao lado dele, em vez de temê-lo.
Esse era o mestre dela.
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