Capítulo 137 – Qual o verdadeiro poder da arma?
Uma nova projeção surgiu no centro do laboratório: uma adaga de curvas afiadas, brilhando em prata. A lâmina parecia absorver a luz ao redor, tornando-se quase invisível em certos ângulos.
— Esta é adequada para você — disse Doravan, apontando para o artefato — Uma arma híbrida, criada para aqueles que perderam a conexão com sua magia original. Ela não é apenas uma lâmina. É uma extensão do usuário.
— Esta é uma adaga furtiva que pode ser solidificada instantaneamente para ataques rápidos com o simples pensamento: ‘Adaga’ — continuou explicando o professor, seus olhos brilhando com entusiasmo contido.
Harley olhou para a imagem que girava suavemente no ar, intrigado com a promessa de poder que emanava da arma.
— E de que forma ela funciona? — perguntou, sem desviar os olhos da arma.
— A adaga atua como uma ponte. Ela usa a energia residual dentro de você para sintonizar com a frequência da sua dimensão de origem. É essa energia externa que ela canaliza e amplifica.
— E o melhor de tudo — continuou Doravan, ampliando a imagem e destacando detalhes sutis da lâmina — É que ela pode usar o poder diretamente da sua dimensão de origem, sem depender de uma reserva interna limitada.
Harley franziu a testa, sua curiosidade despertada, questionando sem disfarçar a confusão em sua voz:
— Como assim?
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Doravan, com paciência, explicou:
— De forma simples, todas as coisas, todos nós, somos feitos de partículas fundamentais que vibram em frequências únicas, da mesma forma que cordas. Cada um de nós tem uma assinatura energética intrinsecamente ligada à dimensão de onde viemos.
O velho gesticulou em direção à adaga e completou:
— Sua energia interna, mesmo que fragmentada, carrega essa assinatura. Esta arma é capaz de usar essa assinatura a fim de sintonizar a energia da sua dimensão, canalizando-a diretamente para a lâmina. O poder real vem de lá, e não de você.
As palavras do professor pareciam ganhar vida na mente de Harley, mas a complexidade do conceito o deixava um pouco perdido.
— Eu sei que é complicado, mas o fascinante é que a qualidade e quantidade dos poderes canalizados dependem apenas de você. Cada dimensão tem seu próprio tipo de energia, e essa arma pode acessar a sua.
— E de que forma faço para ativá-la? — perguntou Harley, ansioso para entender como extrair o máximo do objeto.
— Pense “Demonstração”, e ela mostrará o que pode fazer — respondeu Doravan, com um sorriso de confiança.
Com a adaga agora em sua mão, Harley concentrou-se na palavra. A lâmina vibrou suavemente em sua palma, e então, diante de seus olhos, surgiram três imagens projetadas. Cada uma delas parecia revelar uma habilidade oculta da adaga.
Doravan, mantendo seu olhar atento, ampliou a primeira projeção:
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— O impacto dessa arma, mesmo se defendido, causa um tipo de confusão momentânea no oponente. Já que ao entrar em contato com o inimigo, a adaga apaga uma parte da memória recente dele, forçando-o a repensar seus movimentos.
Harley assimilou a informação, percebendo que o ataque furtivo não apenas causaria dano físico, mas também criaria uma vantagem tática ao deixar o adversário desorientado. A adaga estava longe de ser uma arma comum.
— Além disso — continuou Doravan, destacando outra habilidade — Qualquer perfuração ou corte que ela causar resultará em uma paralisia breve, que se intensifica a cada novo ferimento. O acúmulo dessa paralisia pode incapacitar até os inimigos mais resistentes.
A segunda projeção revelou uma adaga envolta em uma névoa escura e sinuosa, flutuando ao redor de figuras inimigas.
Doravan explicou, enquanto Harley absorvia cada detalhe:
— Com o pensamento ‘Névoa’, você pode criar essa cortina de fumaça que confunde o julgamento dos inimigos. Quando expostos a ela, eles perdem a capacidade de distinguir entre aliados e adversários por um tempo. É uma habilidade poderosa para criar caos no campo de batalha.
A projeção parecia ganhar vida enquanto as figuras projetadas começavam a atacar umas às outras, incapazes de reconhecer seus verdadeiros inimigos. Harley observava com fascinação.
— Essa habilidade só pode ser usada uma vez ao dia — avisou Doravan — Mas pode mudar o rumo de uma luta inteira.
Harley reconheceu imediatamente o potencial dessa técnica. Ele poderia escapar de situações difíceis ou criar uma abertura para um ataque devastador, enquanto seus oponentes lutavam entre si. Era uma ferramenta estratégica formidável.
Por fim, a terceira projeção ampliou-se diante de seus olhos. Doravan, mais uma vez, interrompeu o silêncio com uma explicação:
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— Com o pensamento ‘Extrair’, você ativa uma habilidade única: ao perfurar um inimigo, a adaga acessa as memórias dele desde o instante em que despertou, oferecendo um vislumbre direto de seus pensamentos.
A revelação da nova função era extraordinária. Saber o que seus inimigos estavam planejando ou os segredos que guardavam era uma grande vantagem. A adaga era muito mais do que uma simples arma — era uma extensão das habilidades de combate que ele tanto precisava.
— Com essas habilidades, você terá as ferramentas necessárias para enfrentar adversários poderosos — concluiu Doravan — Agora, vamos seguir em frente. Há mais coisas para discutirmos antes da missão.
Doravan gesticulou para que Harley o seguisse, e juntos saíram da sala em direção à entrada do Departamento de Ciência e Tecnologia.
Lá fora, a mesma carroça simples de transporte, feita de madeira branca e puxada por criaturas artificiais, esperava por eles. No entanto, assim que subiram a bordo, Harley testemunhou uma transformação.
A estrutura de madeira começou a se desmanchar diante de seus olhos. Pequenos fragmentos se dissolviam no ar, e uma luz branca intensa cercou as criaturas artificiais.
A energia ao redor delas se condensou, criando uma cápsula de transporte cilíndrica igual ao que ele tinha experimentado ao lado de Aurora. Ele observava o processo com admiração, maravilhado com a tecnologia e magia que moldavam aquele mundo.
— Esse será nosso meio de transporte — disse Doravan, sem perder tempo. — Mais rápido e seguro do que qualquer outra coisa por aqui. Temos muito a fazer.
Enquanto o invólucro de transporte se preparava para decolar, Harley sentia que sua confiança começava a retornar. Com as possibilidades de sua nova adaga, ele se via mais preparado para o que estava por vir. No entanto, uma pergunta ainda pairava em sua mente.
— Você mencionou algo sobre a minha dimensão de origem. O que quer dizer com “dimensão artificial”? — perguntou Harley, agora mais curioso sobre suas próprias origens do que nunca.
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Doravan, que até então estava ocupado ajustando os controles do transporte, fez uma pausa e olhou diretamente para o jovem.
— É uma longa história, mas em resumo, seu mundo natal não segue as regras normais de uma dimensão natural. Ele foi criado, uma vez, por um grande mago… Meu mestre — a voz de Doravan carregava um toque de emoção, algo raro de se perceber nele.
— Eu explicarei tudo no momento certo — o velho continuou o relato — Mas, por agora, o importante é que as energias que você acessa vêm dessa dimensão única, e a adaga que você carrega é a chave para desvendar ainda mais esse potencial.
Harley absorveu a informação, tentando processar o peso do que aquilo significava. Seu mundo, sua própria origem, era fruto de uma criação artificial, de uma mente poderosa. E ele, de alguma forma, estava conectado a isso de maneira mais profunda do que poderia imaginar.
Doravan, vendo a determinação nos olhos de Harley, sorriu levemente.
— Prepare-se. Estamos indo para o ponto de encontro — disse Doravan, com a tranquilidade de quem estava no controle da situação.
O transporte acelerou, desaparecendo pela vastidão mágica daquele mundo.
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