Capítulo 152 – Quem é Marcus?
Antes que Harley pudesse gritar um aviso, a realidade se distorceu ao redor de Aurora. Um mago, que estava distante até aquele momento, se teletransportou ao lado dela indicando que eles haviam planejado um ataque duplo.
O golpe seria devastador: um mago atacando à queima-roupa, enquanto a bola de energia lançada por outro inimigo a atingiria diretamente, sem chance de evasão.
Mas, inexplicavelmente, o mago a empurrou com força para o chão, e a esfera de energia passou, cortando o ar com uma ferocidade cega. Harley sentiu a tensão aumentar, achando que a situação havia se tornado ainda mais fatal.
A angústia se transformou em uma imagem vívida em sua mente:
“E se a lâmina do mago tivesse perfurado Aurora?”
Mas, ao observar com mais clareza, ele percebeu a verdade: o mago, ao invés de atacar, tinha salvado sua aliada de um golpe mortal.
“Como…? Como isso é possível?” — pensou, completamente atordoado pela reviravolta.
O choque do momento paralisou tanto Harley quanto o mago que tinha lançado a bola de energia. Não era esperado que outro mago interferisse, e por um breve instante, todos ficaram surpresos com a ação inesperada.
O ambiente se tornou carregado de expectativa quando o mago que salvou Aurora falou com urgência, a voz carregada de preocupação genuína:
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— Você está bem, Milenium? Se machucou?
A jovem, ainda um pouco atordoada, com os olhos arregalados de surpresa, mas a gratidão era evidente em sua voz:
— Estou bem. Obrigada, Marcus.
Harley congelou por um segundo. O modo em que ela pronunciou seu nome o deixou inquieto.
“Marcus? Quem era esse mago e de que jeito ele conhece Aurora tão intimamente?”
Antes que pudesse mergulhar em suas incertezas, aproveitou a distração momentânea para correr em direção ao mago que havia lançado a bola de energia.
O mago se virou rapidamente, girando seu cetro mágico com um brilho sinistro nos olhos, pronto para o combate. Mas antes que Harley pudesse alcançá-lo, uma bola de energia disparada por Marcus o atingiu pelas costas.
Traído e sem tempo de reagir, o mago caiu pelo golpe traiçoeiro de seu algoz. O sangue quente escorria enquanto seu último suspiro audível carregava uma sentença cruel:
“Nem o amor, nem a amizade são seguras.”
E, com essa amarga revelação, sua luz se apagou para sempre.
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Harley parou de repente, sentindo o impacto da perfídia que acabara de testemunhar. Ele olhou fixamente para o mago, que agora estava ao lado de Aurora, e milhares de perguntas começaram a surgir em sua mente:
“Esse mago a chamava de Milenium, mas seria ela realmente Milenium? Ou seria Aurora? O que isso significava para a relação deles? E por que ela não parecia surpresa? Até quando esse enigma sobre sua identidade se manteria, com a impossibilidade de ver seu rosto e as ações anormais desse mago dificultando ainda mais a revelação?”
O jovem Ginsu encarava o caos que o envolvia, enquanto a verdade amarga ganhava forma, implacável. Aquele instante foi a gota final, o golpe que pulverizou suas crenças sobre o poder que regia o Mundo Mágico. O equilíbrio desmoronara, arrastando consigo a última fagulha de convicção que ainda lhe dava sustentação.
Antes que Harley pudesse se afundar em ainda mais questionamentos, Aurora falou, tentando dissipar as dúvidas:
— Esse é Marcus, um grande amigo. Pode confiar nele. Suas ações falam mais do que minhas palavras.
A tentativa de Aurora de tranquilizá-lo não teve o efeito desejado. Harley permaneceu em alerta, seu instinto de sobrevivência dominando sua confiança. O olhar que lançou ao mago era carregado de desconfiança.
“Amigo dela, não dele!” — uma conclusão que não precisava ser dita, apenas pensada.
Para Ginsu, isso era mais do que um problema: era uma ameaça. Alguém disposto a trair seu próprio clã, seus companheiros, não podia jamais ser confiável.
A sua mente fervilhava com pensamentos de traição. Desde que podia se lembrar, Harley carregava a convicção de que a lealdade era o fundamento de um guerreiro. Agora, diante daquela cena, pela primeira vez, considerou:
“Será que existia algo que pudesse superá-la?”
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Ao pensar nisso, a conclusão era inquietante:
“Meus próprios interesses são mais valiosos do que qualquer outra coisa? Fecharia os olhos para a justiça, para o que é certo, apenas para me preservar? Entregaria alguém ao mal ou faria o errado por uma gratificação momentânea? Não, não posso me perder em dúvidas agora. A lâmina se move ao meu redor.”
Os olhos de Harley se fixaram na posição dos três magos restantes. Uma pausa no ataque estava evidente. Eles estavam analisando as novas dificuldades e os efeitos da traição de Marcus. O receio era palpável. Mas, mesmo diante dessa pausa, uma coisa continuava clara internamente para o Jovem Ginsu:
Se o mago estava disposto a trair seus aliados para proteger Milenium, isso significava que ele era capaz de qualquer coisa. Harley sabia que pessoas assim agiam por conveniência, e que qualquer aliança baseada em traição terminaria inevitavelmente em mais traição.
Enquanto as dúvidas e reflexões se acumulavam na mente do jovem Ginsu, Marcus, atento ao ambiente, percebeu que os três magos começaram a dar passos para trás, seus olhos e posturas agora defensivas, mas ainda voltados para ele. Com um tom neutro, falou:
— Por favor, não os mate.
Harley riu por dentro. Para ele, o pedido soava mais sob a aparência de uma formalidade do que algo genuíno. Marcus não parecia realmente preocupado com seus companheiros. Estava apenas mantendo as aparências. A ausência de emoção em suas palavras só fortalecia as suspeitas de Harley.
“Esse mago não se importa com os outros. Ele é um traidor completo. Não é alguém confiável!” — pensou tendo os olhos fixos no mago.
Sem aviso, Marcus interrompeu os pensamentos de Harley, pegando a mão de da garota e puxando-a com urgência. Seu tom de voz se tornou mais grave, e a urgência em seus olhos era evidente:
— Vamos, não temos mais tempo. Logo mais inimigos estarão aqui. Todos querem a sua cabeça.
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Aurora olhou para Harley, visivelmente desconfortável. Ele notou a hesitação nos olhos dela, mas, mesmo assim, ela não resistiu. Permitiu-se ser conduzida por Marcus, embora sua expressão revelasse que algo a incomodava.
A relação entre os dois era mais profunda do que podia compreender naquele momento, mas isso apenas aumentava sua cautela. A situação ficava cada vez mais nebulosa.
Marcus expressava uma urgência clara em suas palavras, mas isso só reforçava as desconfianças do jovem Ginsu. Ele observava cada movimento, cada gesto do mago enquanto seguia os dois, mantendo-se alguns passos atrás, sempre em alerta.
Embora estivesse disposto a seguir por ora, não confiaria cegamente em alguém que já havia demonstrado ser traiçoeiro. Para Harley, a lealdade era tudo, e o mago já havia provado ser o tipo de pessoa que romperia qualquer vínculo em nome de outro objetivo.
A cada passo, o jovem Ginsu sentia os músculos tensos, prontos para reagir ao menor sinal de perigo. Os olhos atentos verificavam os arredores, sempre à espreita de qualquer ameaça oculta. A relação entre os dois o perturbava profundamente, mas ele sabia que não era o momento de confrontá-los. A sobrevivência vinha primeiro.
Enquanto se moviam rapidamente, Marcus olhou para trás, notando a hesitação de Harley. Sua voz carregava um tom firme, quase desafiador:
— Eu sei que você tem suas dúvidas, mas agora precisamos focar na sobrevivência. Há muito mais em jogo do que você imagina.
Harley assentiu, mas permaneceu em silêncio. Ele sabia que precisava de mais informações antes de tomar qualquer decisão definitiva sobre o mago. Até então, cada movimento seria cauteloso, e cada palavra de Marcus analisada com minúcia.
Conforme avançavam pelo terreno, o campo de batalha começava a desaparecer atrás deles, a poeira, os três magos e a confusão se tornando cada vez mais distantes. No entanto, a sensação de urgência permanecia, dando a impressão de que o perigo ainda estivesse à espreita.
De repente, algo se moveu rapidamente no horizonte, silhuetas ameaçadoras que surgiram distantes. O perigo tinha retornado. Harley se virou rapidamente, seus olhos vasculhando a vastidão, o coração disparado. Ele estava pronto para o que quer que fosse, pois sabia que essa nova ameaça mudaria tudo.
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