Capítulo 67: Classificando as Coisas (1)
Sylvia havia adormecido. Felizmente, ela estava respirando normalmente. Eu a coloquei em um lugar seguro e olhei para o inimigo.
Barão das Cinzas.
Ele estava me encarando com olhos distorcidos, mas não era muito ameaçador.
Na verdade, ter parasitado o corpo de McQueen era algo pelo qual eu era grato.
“Idiota.”
“…”
“Por que você engoliu alguém que nem cabia em você?”
Ele estava incompleto. Parecia que ele dominava cerca de 70% do vessel, mas os 30% restantes ainda estavam sob o controle de Louina, tudo porque ele engoliu um personagem Nomeado que era muito poderoso.
“Você já sabe, não é? Você não pode me desafiar com aquele corpo.”
O contrato que estava entrelaçado no corpo de Louina ainda existia.
Portanto, ele não poderia me fazer mal.
“Este é o seu fim, parasita.” Minha voz soou desdenhosa, o que deixou o bastardo furioso. O olhar selvagem de suas pupilas negras ficaram mais sombrio.
No momento seguinte, ele fez um movimento que nem eu esperava.
Whooosh—!
O Barão escapou do corpo de Louina, fazendo com que um jato de ar envolto em cinzas subisse em todas as direções. Ele me envolveu como uma grande tempestade, revelando um rosto bizarro dentro dele.
“Certo. Fui estúpido”. O Barão das Cinzas disse no ar, sorrindo e rindo. “Mas se for você, então seria diferente.”
Ele infiltrou-se em mim, suas partículas sendo absorvidas pelo meu corpo. Depois de um tempo, uma voz áspera soou do fundo do meu peito.
‘Como você ousa me chamar de parasita? Você nem mesmo tem nada de especial dentro de você’.
Foi uma sensação bem desagradável. Sua essência tocou meu subconsciente, desenterrando várias das minhas memórias e trazendo-as à superfície.
Respondi suavemente. “… Vou dar tempo para você pensar sobre sua decisão”.
‘Você é apenas um ser comum! Posso facilmente controlar você!’
Fechei meus olhos.
Memórias do passado, cheias de malevolência demente e emoções sombrias, correram em minhas veias junto com o orgulho de Deculein.
(…) Suportando tudo isso, perguntei baixinho. “Você pode lidar com isso?”
“…”
O Barão das Cinzas não respondeu. Eu podia sentir sua perplexidade, no entanto.
Eu apenas sorri.
“Sentimentos de derrota, ciúme, inveja, raiva, ódio…”
Dentro de mim, estava o orgulho de que as ilusões ou impulsos nunca poderiam abalar.
“Um choro assim é bastante elegante, quase um clássico.”
Deculein não era de forma alguma uma pessoa “autodestrutiva”.
‘… Aaaaaaaaah!’ O Barão das Cinzas lutou dentro de mim para sair.
Eu não o deixei.
“Barão. Diga-me.”
‘Abrir-! Abrir-!’
“Quem está aí?”
Eu estava curioso.
Quem o Barão das Cinzas encontrou sob minha consciência?
“Foi Kim Woojin? Ou foi Deculein?”
──────!
O grito do Barão lentamente se transformou no de uma besta. Ele foi feito em pedaços, varrido pelo ego de Deculein.
“Preste atenção a quem está dentro de mim.”
Apesar de sua luta, minha mente permaneceu calma como um lago.
“Esse poço do inferno é o seu túmulo.”
O silêncio permeou minha mente.
Ele não existia mais.
O Barão das Cinzas foi destruído.
Eu nem absorvi, nem assimilei com ele.
Ele foi simplesmente esmagado pelo ‘ego’ que me encheu.
“Tsk. Idiota.”
Um ser que não fosse eu não poderia existir em mim.
É assim que Deculein era.
“…”
Vi Louina desabando no chão.
O corpo que o Barão das Cinzas havia abandonado dormia exausto.
Louina teve um pesadelo.
Ela sonhava em ser tão ciumenta e cheia de ódio por alguém que se tornou um monstro com um sentimento de inferioridade e derrota. Era como se ela se tornasse a mesma pessoa que desprezava.
Houve dias em que Louina também estava inflada com seu próprio talento, dias em que ela se orgulhava de sua crença de que ressuscitaria a família McQueen.
Ela tinha essa paixão que a fez querer deixar sua marca no mundo da magia. Isso a fez querer se tornar uma professora de magia respeitada pelo império e desejar criar sua própria escola e acender uma lâmpada no continente.
No entanto, tudo foi interrompido por um homem.
“…”
Louina abriu os olhos.
Olhando ao redor, ela agarrou suas têmporas doloridas.
“Ugh…“
Todo o chão estava coberto de cinzas, e tudo ao seu redor estava chamuscado como se um incêndio tivesse recentemente queimado sua vizinhança.
Uma placa foi enterrada em algum lugar perto dela.
“Isto é…”
[23º andar: Professora Externa Louina]
Só então ela percebeu que não era um sonho.
Enquanto ele a governava, ele trouxe à tona memórias vagas do que ela passou antes.
“Louina de Schlott McQueen.”
“…!”
Uma voz a chamou. Surpresa, Louisa olhou para trás, encontrando o próprio predador de sua família.
“… Deculein.”
Seus olhos azuis a encararam, seu olhar inflexível, inabalável.
“Este cenário não é um sonho. Isso é o que você fez com ‘aquele cara’. ”
“… Sim. Eu sei.” Louina abaixou a cabeça e suspirou. “Sei tudo…”
Agora, sua mente e corpo estavam exaustos.
Ela não tinha mais desejo. Ela estava simplesmente perdida.
Ela se arrependeu.
Ela deveria ter abaixado a cabeça desde o início?
Ela deveria ter resistido?
Se ela o tivesse seguido como qualquer outro mago, ela não teria passado por isso.
“Não tenho intenção de fugir. Vou me entregar. É minha culpa”. Louina disse fracamente, enxugando as lágrimas.
Essa foi a melhor opção que ela poderia fazer nesta situação.
“Não.” No entanto, Deculein balançou a cabeça.
Ele olhou para ela como se a achasse patética.
“Isso não está no contrato. Você gosta de quebrar promessas?”
“…”
“Se for esse o caso, então você tem um temperamento muito nojento.”
Louina ficou furiosa.
“O que diabos eu devo-“
“Lembre-se do que eu disse.”
Deculein cortou suas palavras.
Quando a respiração dela ficou instável, ele continuou a falar.
“Você deve se tornar o professor chefe… Não.”
Ele fechou os olhos e se corrigiu.
“Você se tornará a Professora Chefe. Não importa o que aconteça.”
“… Nesta situação-“
“É sua culpa?” Então, Deculein sorriu. Era uma zombaria próxima da humilhação. No entanto, seu alvo não era Louina.
“Claro, eu não posso dizer que suas mãos estão limpas deste incidente, mas como você bem sabe, culpar a si mesmo não mudará o mundo. Mesmo que as lágrimas saiam de seus olhos, você realmente não se importaria. Nem mesmo os reconheceria. As tristezas que carregavam seriam simplesmente esquecidas.”
“…”
“Mas se você diz que não é sua culpa, não é sua culpa.”
Louina não conseguia entender o que ele queria dizer.
“Farei isso assim.”
Tap— Tap—
Deculein caminhou em sua direção.
Seus sapatos pararam perto dela, quase tocando seus joelhos.
“Louina.”
Quando ele chamou seu nome, ela ergueu os olhos.
“Os Yukline nunca abandona ninguém que escolheu abraçar.”
Ele estendeu a mão para ela, que estava em ruínas.
“Se você segurar minha mão.”
Seus olhos azuis a refletiam, permitindo-lhe ver o quão suja estava, o que lhe trouxe um constrangimento infinito.
Mas Deculein não se importou.
“Eu nunca abandonarei você.”
Suas luvas imaculadas queriam suas mãos cobertas de cinzas.
“Esta é a graça dos Yukline.”
Whooosh…
O amanhecer rompeu além do céu exposto pela janela da torre, um raio de luz iluminando a escuridão ao redor deles.
“…”
Silenciosamente, Louina agarrou sua mão. Seus instintos fizeram sua mão se mover sozinha.
“…”
Deculein assentiu enquanto a ajudava a se levantar.
Louina olhou para ele depois que ele se virou e caminhou em meio às cinzas, fazendo com que se espalhassem como uma névoa.
Suas partículas se misturaram com o vento e foram levadas embora.
Mesmo no meio de tudo isso, ele permaneceu intocado pela sujeira ao sair.
Uma pequena pergunta apareceu na mente de Louina enquanto ela o observava.
– Quando as costas daquele homem ficaram tão largas?
‘Ele tem trabalhado duro todo esse tempo?’
“Poxa…”
… Pensando que ele estava sendo ridículo, Louina apenas riu.
No dia seguinte ao chamado ‘Terror das Cinzas’, a torre ainda estava cheia de parasitas.
“Hahaha. Isso mesmo. Sim, Sim.”
Deculein ficou ocupado devido à visita repentina da prestigiosa família Jefferson. Eles eram conhecidos por terem feito carreira como diretores de produção do Escritório de Assuntos Jurídicos e do Escritório de Assuntos Internos de geração em geração. Seu avô também serviu como ministro.
“Como esperado de você, professor.”
“Ah, claro. Não tenho dúvidas sobre este relatório. Afinal, Louina é uma pessoa de bom coração. Oh, a propósito, este aqui é o visconde Derin.”
“É uma honra conhecê-lo! Sou ‘Lopez Derin’, atualmente servindo como vice-diretor do Departamento de Assuntos Jurídicos.”
“Ele é um amigo muito talentoso. Além disso, eu sei que isso é rude da minha parte, mas este também é seu fã, então deixe-me apresentá-lo… Oh meu ~ você não precisava ~!”
Jefferson e Lopez aceitaram um pequeno presente do Professor.
Obviamente, um sinal de sinceridade.
Nada contra a lei.
Os dois sorriram felizes e logo ouviram seu ponto principal.
Na residência de Lopez, o vice-diretor de justiça telefonou após reunião com o professor.
“Oh, como você está? Não é nada importante. Tenho alguém para apresentar a você. Tome cuidado. Venha em silêncio.”
O vice-diretor Lopez reuniu algumas pessoas para ajudá-lo em seu trabalho de luz usando uma bola de cristal. Ele então sorriu satisfeito.
“Hahaha. E pensar que consegui conhecer o Professor assim. É uma revelação de Deus que o cargo de Diretor é iminente… Tenho muita sorte hoje em dia!”
“É uma honra, professor. Sou ‘Geron’, chefe do Departamento de Recursos Humanos do Departamento de Assuntos Jurídicos.”
“Sou ‘Alberg’, vice-diretor do Departamento de Assuntos Internos.”
“Haha. Todos, sentem-se. Você está deixando o professor desconfortável.”
Uma reunião foi arranjada por Lopez.
Geron e Alberg curvaram-se profundamente e sentaram-se.
Para eles, um professor desconhecido entregou um relatório.
“Bem, é isso. Naturalmente, boatos já estão circulando. Assim que o julgamento for realizado, ele terminará sem problemas.”
Mas, por alguma razão, o professor parecia não gostar nem mesmo da ideia de ter um teste.
Geron e Alberg corrigiram apressadamente.
“… Isso mesmo! Nós também queremos fazer o que o professor quer. Mas existem alguns problemas. Falaremos com a polícia por conta própria!”
Alberg, Geron, Lopez, Jefferson.
Os quatro burocratas visitaram o escritório de Lilia Primienne, a vice-diretora do Departamento de Segurança Pública.
“Subdiretora Primienne. Há algo que eu gostaria de dizer a você.”
“Não temos nada para conversar. Saia.”
“Ei, Diretora Adjunta! Pelo menos ouça o que temos a dizer.”
Primienne parecia estar olhando para alguma escória, mas sua expressão mudou aos poucos enquanto ela os ouvia.
“Se você recusar, o Professor irá até você diretamente.”
“’Aquele professor’ é uma pessoa difícil de lidar, mesmo para você. Você também não tem dívidas para pagar?”
Contemplando, ela assentiu.
Eu tinha feito todos os preparativos, mas encontrei um recife em um lugar inesperado. Jefferson fez uma chamada cautelosa com a bola de cristal.
“Sim. Desculpa. Houve um problema. Hoje em dia, alguns funcionários estão queimando desnecessariamente o senso de justiça…”
“Sou do escritório de advocacia. Ele tem talento, mas é muito atrevido. Este relatório também precisa de uma investigação completa.”
“Você não precisa dar um passo à frente por conta própria. Em breve… Oh, sim. Desculpe. Seu nome é Joseph.”
Joseph era um alto funcionário do tribunal.
Ele era filho de um nobre humilde e tinha um status próximo ao de um plebeu, mas se tornou o mais jovem a passar nos exames jurídicos e se tornou um oficial do tribunal com sua inteligência única.
No entanto, ele não tinha nenhum amigo com quem se comunicasse. Comparada com suas habilidades, sua teia de conexões era pobre.
“Alguém como você em um lugar tão pobre…”
Um professor universitário visitou sua pequena casa hoje. Ele estava longe de ser comum, e a ideia de encontrá-lo sozinho já era extremamente intimidante.
“Senta-se.” Ele agia como se fosse o dono da casa. Joseph aceitou sua atitude de mestre com muita naturalidade.
Ele apresentou um relatório assim que obedeceu às instruções.
“Este é um relatório sobre os cinzas da torre.”
“Eu vejo.” Joseph deu o conteúdo com uma rápida olhada.
“Eu já li. Ainda assim, seria absurdo dizer que a suspeita, Louina, não foi culpada. Uma análise mais justa seria…”
“Ren.”
O professor acenou para o atendente parado atrás dele. Ren deu um passo mais perto e colocou uma caixa longa e luxuosa na mesa de madeira, cobrindo os arranhões e amassados em sua superfície.
Franzindo a testa, Joseph perguntou: “Isso é um suborno?”
“…”
Por um momento, a expressão do professor endureceu. Ele respirou fundo e cruzou as pernas, aquela série de gestos pressionando sua presa.
“Você é muito rude.”
“Estou apenas sendo honesto-“
“Você deve distinguir entre ser franco e honesto, não é?”
“…”
Joseph baixou a cabeça silenciosamente, os ombros tremendo involuntariamente. Era um instinto animal.
Diziam que ele era honesto no tribunal, mas era estranhamente difícil encontrar os olhos do professor.
“Peço desculpas. Mas o que é isso senão um suborno?”
“Uma oportunidade.”
“… Uma oportunidade?”
“Certo. A chance de ser um dos meus.”
O professor bateu no relatório.
“Eu me pergunto se sua atitude ao analisar este relatório é o problema.”
“Não. Uma investigação mais definitiva é necessária. A investigação no local não foi justa e, o mais importante, a Professora Louina nem foi interrogada…”
“Para ser tão justo…”
O professor o interrompeu.
“Você não deveria ter feito uma família.”
Os olhos de Joseph se arregalaram. O professor se enterrou na cadeira sem expressão enquanto seu olhar torto o encarava.
“Ouvi dizer que seu filho acabou de fazer seis anos.”
“…”
“Então, o amor é divertido?”
Joseph não disse nada. Sua respiração ficou mais áspera.
“Um homem justo como você ama seus filhos, sua esposa e outros igualmente?”
Involuntariamente, ele olhou para a porta de seu quarto, onde sua esposa e filhos estavam esperando.
O professor continuou.
“Eu sei. Você é diferente e justo, ao contrário de outros funcionários podres.”
“…”
“Então, eu vou dizer de novo. Esta é uma oportunidade, não um suborno.”
Seus olhos o examinaram de cima a baixo, seus punhos cerrados se destacando.
“Você saberá. A justiça que começa de baixo não adianta.”
“…”
Sua boca permaneceu firmemente fechada, mas ele podia ler tudo, desde as rugas em seu rosto.
“Então, até a próxima.”
O professor se levantou. A esposa e o filho de Joseph, que ouviram isso, saíram e se despediram dele.
Dando-lhes um leve sorriso, ele saiu da casa.
Depois disso, ele entrou no carro estacionado do lado de fora.
“Ele pegou?”
Deculain esperou um pouco antes de fazer a Ren essa pergunta.
Ren fechou os olhos e acenou com a cabeça, seus cinco sentidos perscrutando a casa de Joseph.
“Sim. Ele abriu a caixa e sua esposa viu seu conteúdo.”
“Ah, então ele vai aceitar.”
Pessoas como ele nunca aceitaria dinheiro. Não, mesmo se o fizesse, ele não o usaria.
Portanto, ele deu um presente à criança.
[Ingresso de admissão na Academia Imperial]
[Bolsa vitalícia da Academia Imperial]
“Os dois estão discutindo agora.”
─ Você não sabe como é entrar na Academia Imperial?! É um lugar onde não podemos ir, mesmo que tenhamos dinheiro!
─ Deixe-me pensar sobre isso!
─ O que há para pensar! Nosso filho também pode estar lá…
“Parece ser apenas uma questão de tempo.”
“OK.” Deculein acenou com a cabeça.
Se não fosse dinheiro ou joias, as pessoas achavam surpreendentemente fácil aceitar ‘presentes’, especialmente se fosse um ‘privilégio’ relacionado a crianças.
Esta foi a minha maneira de cobrir o caso enquanto também fazia conexões.
Joseph foi um tesouro encontrado acidentalmente.
O brilho do [Homem de Grande Riqueza] que ele emitiu foi muito especial.
“Vamos lá.”
“Como quiser.”
O veículo começou suavemente e se moveu de acordo com a direção de Ren.
(…) Não houve nenhum julgamento que me preocupasse.
O Gabinete de Justiça, o Gabinete de Assuntos Internos e o Gabinete de Segurança Pública carimbaram [Investigação Concluída] no relatório escrito por Deculein, o seu Professor subordinado e um estreante, e todas as testemunhas relevantes tomaram posição favorável a Louina. Terminou com a ação de um espírito parasita chamado ‘O Barão das Cinzas’.
─ [Instrutor de Magia Imperial eliminado] ─
O incidente na Torre da Universidade foi corrigido, mas um poder mental impecável também está incluído nas qualificações do Educador de Magia do imperador. Portanto, Louina de Schlott McQueen foi destituída de seu cargo…
────
Toda essa situação custou-lhe a posição de Educadora de Magia e um sincero pedido de desculpas aos estreantes que sofreram por causa dela.
Claro, o fato de que não houve fatalidades foi um fator importante.
“… Haha.”
Louina riu amargamente e olhou para seu próprio escritório.
[47º andar: Gabinete da Professora Louina]
De alguma forma, após lutar até o fim com o Barão das Cinzas e ser eventualmente engolida, ela se tornou uma professora faça-você-mesmo, e seu escritório subiu 25 andares.
“Então, isso é política.”
Provavelmente foi graças a Deculein.
Na verdade, sua magnificência era admirável.
“Hm…”
Louina olhou ao redor do 47º andar. Era um escritório muito mais espaçoso e arrumado em comparação com o do 23º andar.
Ela se sentou atrás de sua mesa e pegou uma caneta-tinteiro para responder à carta da Família Imperial.
“…”
Pensando em como começar, ela de repente se deparou com a abertura perfeita.
“Cinco anos.”
Cinco anos me vieram à mente.
“… Porquê?”
Era uma cláusula do contrato questionável desde a sua criação.
Cinco anos.
Por que não foi um ano, nem dez anos, nem uma vida inteira, mas cinco anos?
“… Ele ficou em casa por uma semana.”
Louina se concentrou em sua escrita. Deculein ficando em casa era um evento bastante incomum, então Louina sabia disso também.
“De acordo com muitos rumores, ele mudou desde então.”
Em caso afirmativo, houve algum evento chocante durante aquela semana?
“Não, mesmo que não seja chocante, o que aconteceu durante toda essa duração?”
Ela ficou genuinamente curiosa.
Que tipo de incidente fez aquele Deculein obsessivo tirar várias licenças, ignorando todos os seus horários por uma semana?
… Naquele momento, uma única palavra passou pela mente de Louina.
“De jeito nenhum…?”
[Prazo final?]
Ela bateu nas palavras rabiscadas no papel com a caneta-tinteiro na mão.
Se fosse uma doença incurável, o prazo de cinco anos era razoável. Isso também aumentaria a probabilidade de a personalidade de uma pessoa mudar repentinamente.
Qualquer um… se sua morte não estivesse longe…
“… Não. Isso é um absurdo.”
Louina riu e colocou o papel na gaveta.