Capítulo 42.1 — O Grande Contra-Ataque 

Havia dez reinos.

Erin, que era um deles, foi destruído e se tornaram nove.

Asgard, Olimpo e o Templo.

Três dos nove reinos restantes. Muspelheim e os reinos adjacentes que poderiam ser considerados a sede daqueles que esperavam a destruição do mundo.

Os três reinos estavam lutando.

Uma batalha contra aqueles que esperavam a destruição do mundo era a mesma para os três reinos.

Então, e os seis reinos restantes?

Eles seriam os mesmos que os três reinos que estavam na frente?

Eles também estariam lutando?

Asgard não teve tempo para olhar para os seis reinos que estavam mais para trás.

Eles não podiam manter uma cooperação contínua e rígida entre o Olimpo e o Templo.

A parede que existia entre um mundo não era algo que pudesse ser superada facilmente.

Erin foi destruída entre os dez reinos. Ela foi destruída mais rápido e desapareceu.

E agora havia nove reinos restantes.

E neste momento.

O fogo da destruição estava surgindo mais uma vez. Ele surgiu para queimar outro mundo.

O Rei Mágico Utgard Loki se apoiou em uma parede quebrada e olhou para a direção onde Valhalla estava.

A magia do tempo congelado estava protegendo Valhalla. Era uma magia de selamento muito mais forte do que a Grande Barreira espalhada em Midgard.

Cerca de vinte dias atrás, vários desastres abalaram Asgard.

Chuvas fortes, inundações, infecções enlouquecedoras e grandes terremotos.

O que mais causou danos foi o grande terremoto. O efeito colateral que abalou toda a Asgard fez com que inúmeras fortalezas caíssem antes mesmo de lutar com seu inimigo.

O Rei Mágico, que havia causado danos ao núcleo da árvore do mundo e criado um grande terremoto, tentou conquistar Valhalla às pressas.

Os guerreiros de Valhalla resistiram desesperadamente no topo das fortalezas quebradas, mas foi inútil.

O lobo do mundo assumiu a liderança e inúmeros gigantes o seguiram. Até mesmo os reis gigantes, que estavam economizando suas forças se escondendo em Jotunheim, ajudaram o Rei Mágico como se este fosse o momento certo.

O Rei Mágico sorriu amargamente quando pensou no que aconteceu há 20 dias. Freya certamente não era fácil de lidar.

Ela, que era conhecida por ser a mais bela Deusa de Asgard, rapidamente admitiu a morte de Odin. Ela fez todos os preparativos que pôde, em vez de perder tempo, e selou Valhalla.

Por causa disso, o Rei Mágico não conseguiu tomar Valhalla. Ele destruiu as fortalezas próximas o quanto quis, mas, em primeiro lugar, apenas os guerreiros de rank mínimo e inferior, além dos guerreiros de aço, estavam nesses locais. Ele não conseguiu causar um dano considerável à força real de Valhalla.

Freya desistiu das várias fortalezas que estavam ao redor de Valhalla.

Ela agiu dessa maneira, embora soubesse o que aconteceria com eles.

Foi uma decisão cruel e fria.

Mas o Rei Mágico ficou surpreso com ela. Ele enviou aplausos para sua decisão como rei.

O rei dos deuses Odin teria tomado a mesma decisão como se não fosse nada apenas para alcançar a vitória, mas era diferente para ela. Ele podia saber como a observara tanto quanto o fizera por Odin. Que ela tinha vindo com essa decisão depois de uma angústia fervente.

‘Não é o melhor.’

Freya escolheu proteger as principais forças de Valhalla e evitar sua queda. Olhando para o quadro geral, você poderia dizer que ela escolheu comprar mais tempo.

Era de fato a melhor opção que Freya tinha atualmente, mas a opção que ela escolheu era extremamente dependente de fatores externos.

Agora que o rei dos deuses havia morrido, havia apenas duas coisas que Freya podia esperar.

A primeira era Thor derrotar os gigantes que estavam fora de Valhalla e quebrar o cerco.

Foi um absurdo. Thor era certamente forte. Até o Rei Mágico queria evitar enfrentá-lo de frente, no um contra um.

Mas a guerra não era sobre um duelo entre guerreiros.

O exército de Thor estava atualmente isolado.

Seu caminho foi cortado devido ao grande terremoto e o grande exército liderado pelo rei gigante de gelo Harmarti estava cercando seu exército.

O rei gigante de gelo era alguém com forte paciência. Ele leu o fluxo lentamente e desenhou um quadro geral em vez de tomar uma decisão rápida.

Ele suprimiria Thor e seu exército e evitaria um duelo. O importante era isolar seu exército.

Os que estavam ansiosos eram Thor e seu exército, não Harmarti. Quanto mais o tempo passava, os que tinham mais desvantagens eram Thor.

Harmarti ganharia tempo e o Rei Mágico assumiria Valhalla.

O rei gigante era experiente. Aquele que puxou as cordas nas linhas de frente contra Asgard na Grande Guerra não era outro senão ele. Não havia ninguém mais experiente do que ele em Jotunheim em ganhar tempo.

‘O exército de Thor não será capaz de resgatá-la.’

Uma das esperanças de Freya não seria capaz de vir à tona.

E não será diferente para a conclusão restante.

‘Reforços de outro mundo.’

A outra esperança que Freya tinha. A última corda que ela poderia se pendurar com seriedade.

Havia pessoas que saíram de Valhalla fugindo dos olhos dos outros no dia em que Valhalla foi selada.

Parte deles se moveu para transmitir os avisos ao exército de Thor, mas o objetivo para os outros era diferente. Eles se moveram em direção ao Olimpo e ao Templo.

“Nós caçamos mais um. As colheitas não são tão boas, talvez porque estamos quase finalizando com as fortalezas.”

O Rei Mágico virou a cabeça na direção de onde a voz foi ouvida. O rei das bestas, Tiachi, que era um dos reis gigantes, jogou uma Valquíria aos pés do Rei Mágico. A Valquíria, que estava quase nua, já estava meio morta. Havia incontáveis feridas e cicatrizes em seu corpo, além de traços de que ela havia sido brutalmente maltratada.

O Rei Mágico olhou para Tiachi.

Ele também era um pequeno gigante como Sigilo ou Loki.

Técnicas de transformação eram sua especialidade e suas habilidades de caça eram uma das melhores, mesmo entre os reis gigantes.

Ele tinha o corpo semelhante ao dos guerreiros de Valhalla, pois era um pouco mais alto que 2 metros, mas sua aparência era diferente dos humanos. Sua pele que cobria seus músculos de aço era vermelha e seu pêlo que havia crescido como o de um lobo era cinza. Seus dentes eram como de tubarões e seus olhos pareciam os de uma águia.

Ele, que vestia a pele de uma besta maligna que só vivia em Jotunheim, pisou brutalmente na Valquíria, que mal conseguia respirar. Ele riu, como se achasse divertido o fato de a Valquíria se contorcer, e a pisoteou um pouco mais.

“Ela estava indo para o Templo. Ela já é a trigésima. Quantas Valquírias aquela cadela Freya mandou para seus túmulos? Especialmente quando ela está escondida dentro de Valhalla.”

Elas eram mensageiras para notificar a urgência de Asgard.

Trinta Valquírias da legião de Hermod, que eram especialmente rápidas entre outras Valquírias, era um número muito grande.

Porque nem mesmo Freya teria sido capaz de imaginá-las sendo pegas antes mesmo de irem para o Templo.

“Foi realmente bom ter despachado você.”

Tiachi riu mais uma vez das palavras do Rei Mágico que estavam cheias de admiração. Se não fosse por ele, o melhor caçador de Jotunheim, outros teriam acabado perdendo algumas Valquírias.

Tiachi, que estava rindo há muito tempo, chutou a Valquíria que ele estava pisando com o dedo do pé para fazê-la se virar e então pisou nela com força. Ele fechou os olhos e apreciou seus gemidos sem força como se fosse uma música doce para seus ouvidos. Ele então levantou a cabeça e disse.

“Rei Mágico, acredito que você se lembre da nossa promessa. O dia em que assumirmos Valhalla, Freya e Idun serão minhas.”

As Deusas que eram conhecidas por serem as mais belas e nobres entre os vários Deuses de Asgard.

O Rei Mágico encarou os olhos de Tiachi cheios de ganância e respondeu com alegria.

“Eu prometo a você mais uma vez, Tiachi. Elas serão suas.”

Um sorriso se espalhou no rosto de Tiachi. Os dentes de tubarão que apareceram por baixo brilhavam.

“Eu gostava delas desde antes. Você pode acreditar em mim, não é mentira.”

Tiachi olhou para os arredores da parede em que o Rei Mágico estava apoiado e então jogou a Valquíria com os pés como se estivesse manuseando uma bola e a agarrou.

A Valquíria, que foi agarrada pela cabeça, caiu sem força, mas ela ainda estava respirando.

“Ei, Valquírias são realmente legais de brincar porque elas são difíceis. Rei Mágico, da próxima vez vou te mostrar os escudos que fiz. Essa vadia também vai se tornar um escudo muito bom. Já estou ansioso pela expressão que os bastardos de Valhalla vão fazer quando virem isso.”

Os escudos de que Tiachi estava falando eram literalmente um escudo. Ele amarrou as Valquírias nuas a um escudo grande e quadrado e fez seus subordinados carregá-las. Era um hobby desagradável, mas era um método muito bom para baixar o moral do inimigo e fazê-lo perder a consciência por causa da raiva.

“Agradeço seu trabalho árduo.”

Tiachi estalou a língua com a resposta do Rei Mágico e encolheu os ombros.

“Mudando de assunto. Há uma coisa que eu queria perguntar. É realmente bom deixar o Olimpo em paz?”

O Templo não era o único reino adjacente a Asgard. Você poderia dizer que o Olimpo formou uma aliança com Asgard há muito tempo.

Mas o Rei Mágico não levantou nenhuma defesa ao lado do Olimpo.

E como ele tinha agido de forma muito ousada, Tiachi se perguntou se ele tinha algum tipo de plano, mas também não era o caso de haver gigantes que tivessem mudado secretamente para o lado deles.

“Não será um problema.”

As sobrancelhas de Tiachi se contraíram com a resposta curta, mas logo voltou ao normal. Ele acenou com a cabeça em vez de bisbilhotar mais.

“Que arrependimento. O número de escudos teria dobrado se eu também as pegasse.”

Asgard teria implantado o mesmo número que eles despacharam do Templo para o Olimpo.

“Eu irei agora. Minha 31ª caçada pode estar esperando por mim.”

Tiachi riu e se virou.

O Rei Mágico se virou para olhar para Valhalla mais uma vez, em vez de rastrear os vestígios de Tiachi que desapareceram como o vento. Uma nova voz foi ouvida da parede quebrada.

“Ele é um cara superficial.”

Era o gigante da noite Avalt.

Ele era o único que era mais um ajudante entre os Cinco Dedos do que um guerreiro. Por causa disso, ele também não era exigente em usar métodos sujos para alcançar a vitória, mas também tinha seu limite.

Se o gigante da força Harad ou o gigante da terra Balgad estivessem vivos, eles teriam desaprovado suas ações desagradáveis.

Mas o Rei Mágico sorriu.

“Certo, é por isso que é muito fácil lidar com ele. Comparado a Hrumbak ou os outros.”

Não havia notícias de Hrumbak, que tinha ido invadir Niflheim, por alguns dias. Ele esperava que ele agisse como desejava, pois tinha um senso de rivalidade contra o Rei Mágico, mas o nível estava lentamente ultrapassando o limite.

‘Terei que enviar um mensageiro em breve.’

Parecia que ele estava cumprindo bem sua tarefa, pois não havia reforços de Niflheim, então ele só teria que ser avisado.

“Quanto tempo até que o selo se quebre?”

“Pelo menos dez dias.”

A razão pela qual eles não puderam destruir a Grande Barreira, mesmo depois de alguns dias, foi porque Valhalla também não ficou parada.

Mas agora, a situação era diferente. Não houve ninguém que obstruiu a destruição do selo.

No máximo em dez dias.

O Rei Mágico já havia esperado cem anos. Qualquer um poderia esperar tanto.

“Esperarei então. Não é mesmo, Loki?”

O Rei Mágico virou a cabeça e perguntou, mas Loki que estava pendurado nas correntes amarradas às paredes não respondeu. Ele apenas olhou para Valhalla com os olhos que haviam perdido a luz.

Valquíria Kaldea, da legião de Hermod, forçou um sorriso.

‘Então eu vou morrer assim.’

Ela planejava morrer mais feliz enquanto dezenas de homens bonitos a observava.

Em vez de uma dúzia de homens, não havia ninguém neste lugar. A única coisa que havia nos arredores de Asgard, que ficava perto do Templo, eram os cadáveres dos guerreiros, fragmentos dos guerreiros de aço, paredes quebradas e espíritos malignos.

“Kugh.”

Kaldea fechou os olhos e soltou um gemido. Passos se aproximavam de longe. Eles eram os passos dos espíritos malignos. Normalmente, ela seria capaz de varrê-los facilmente, mas era impossível fazê-lo agora. Seus ferimentos eram muito graves. Ela não conseguia nem levantar a espada com a mão trêmula.

‘Existe algum sobrevivente?’

Alguém poderia ir em direção ao Templo com segurança?

Várias de suas irmãs foram caçadas pelo rei das feras Tiachi, que era realmente como uma fera. Talvez, Kaldea fosse a última Valquíria restante.

Os passos estavam agora perto dela. Kaldea abriu os olhos e olhou para os espíritos malignos que se reuniram. Ela viu que os espíritos malignos que se aproximavam dela enquanto soltavam vapor quente eram uma dúzia.

‘Bastardos parecidos com cães.’

Era até difícil xingar em voz alta. Kaldea suportou com força a dor para se levantar e depois levantou a cabeça enquanto suava frio. Ela não conseguiu sacar sua espada, mas conseguiu dizer suas palavras finais.

“Venha até mim.”

Ela lutaria até o fim.

Se ela não conseguisse balançar sua espada, morderia-os com os dentes. Os espíritos malignos atacaram Kaldea, e ela não tirou os olhos deles. Foi por isso que conseguiu ver.

Uma flecha voou.

Era uma flecha rápida e forte, como um feixe de luz.

Mais dez flechas foram disparadas, e o mesmo número exato de espíritos malignos caiu com as flechas.

E um vento forte soprou. O que Kaldea pôde ver depois que o vento se acalmou foram os espíritos malignos que haviam caído como palha podre.

Kaldea piscou e então abriu um sorriso brilhante, em vez de forçar um.

“Guerreiro de Idun.”

“Kaldea!”

Tae Ho correu apressadamente em direção a Kaldea, que estava prestes a desabar assim que terminou de falar. O mesmo aconteceu com Siri, que disparava flechas de longe, e Bracky, que estava ao lado dela.

Tae Ho deitou Kaldea e rapidamente despejou poções na ferida em seu estômago. Ele também não se esqueceu de colocar um pedaço de maçã dourada em sua boca.

“Kaldea, você está bem?”

Kaldea mastigou com esforço o pedaço de maçã dourada em vez de responder a Tae Ho. Os efeitos foram imediatos, mas a sonolência a atacou devido ao cansaço extremo.

Kaldea abriu os olhos à força e olhou para os que estavam reunidos ao seu lado. Todos eles eram familiares para ela.

Tae Ho, Siri e Bracky.

“Não há uma dúzia de vocês, mas ainda estou feliz por haver homens bonitos.”

Kaldea falou de brincadeira e fechou os olhos. Tae Ho e os outros estremeceram com isso, mas suspiraram de alívio ao ouvirem seu ronco.

“Bonitos. Kaldea certamente tem bom gosto.”

Siri franziu a testa enquanto Bracky sorria como um bobo e coçava o nariz.

“Você tem algum senso de realidade? Devia se olhar no espelho de vez em quando.”

“Ei, por que a inveja? Você também gosta.”

Bracky agiu como se estivesse envergonhado e deu um leve tapa no ombro de Siri. Cu Chulainn falou no momento em que o rosto dela ficou mais carrancudo.

‘Por que você não diz nada? Hein? Devia dizer que o bonito não é o Bracky, mas você.’

‘Não há necessidade de discutir algo tão óbvio.’

‘Descarado. Nem posso mais te provocar.’

Tae Ho verificou o estado de Kaldea com ‘os olhos do dragão’ e soltou um suspiro de alívio. Parecia que sua vida não estava em perigo.

Três dias após terem deixado o galho mais alto.

Tae Ho desviou os olhos de Kaldea e olhou para outro lugar. Rasgrid e os guerreiros, que haviam se reagrupado em Midgard, estavam se aproximando deles.

‘Tudo tem sua ordem.’

Essas eram as palavras de Odin. Ele estava atualmente em Niflheim. Os corvos que haviam se separado dele estavam espalhando os avisos não apenas em Midgard e Asgard, mas também em Nidavellir e Svartalfheim, e reunindo forças.

Nidhogg e Hraesvelg se esconderam em Midgard.

Eles eram a carta na manga de Tae Ho e Odin, assim como o Rei Mágico usou o lobo do mundo.

Eles primeiro estabeleciriam uma base em Asgard.

Tae Ho olhou para uma fortaleza destruída. Ele podia ver através de seus ‘olhos do dragão’ que a pequena fortaleza estava cheia de letras vermelhas.

Bracky carregava Kaldea nas costas, e Siri segurava o arco mágico de Tristan, Palenote, com seu braço direito prateado de Nuadha.

“Comandante, a ordem.”

A Valquíria Rasgrid disse em voz baixa. Vinte guerreiros, a elite dos que permaneceram em Midgard, aguardavam a ordem de Tae Ho.

O objetivo deles era retomar a fortaleza. Estabelecer uma base.

“Vamos.”

Tae Ho disse brevemente. Bracky riu e seguiu sua ordem.

Asgard, que foi tomada pelos gigantes.

Era o início de um grande contra-ataque.