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    — … perdão? 

    O rosto bonito do Clerivan empalideceu.

    O corpo alto cambaleou uma vez, então se recostou no encosto do sofá e me perguntou com uma expressão de que o mundo havia acabado.

    — Eu… cometi um erro…?

    Obviamente, você entendeu mal minhas palavras.

    Ele parece até que irá chorar em breve.

    Ouvi dizer que o apelido de Clerivan é ‘beleza fria’.

    Onde diabos está essa cara?

    Fingindo não saber, falei um pouco tarde para caçoar de Clerivan.

    — Onde você acha que errou, Clerivan? 

    — Não, eu…

    Clerivan esfregou o rosto confuso.

    Se isso continuar, ele vai chorar.

    Eu disse com uma risada brincalhona.

    — Não a loja de roupas. Você está pronto para renunciar ao meu avô? 

    — Oh, então…

    Compreensão passa na cara de Clerivan, que entende o que quero dizer.

    Eu sorri e respondi.

    — Meu décimo primeiro aniversário está chegando. Tenho que me preparar.

    O dia em que estarei livre está próximo.

    Claro, há um obstáculo a superar antes disso.

    Uma flor de riso floresceu no rosto de Clerivan olhando para mim.

    — E isto. Você poderia passar para Caitlyn? Provavelmente agora, ela estará no escritório do meu avô.

    Acabei de entregar um envelope de carta lacrado por Louryl para Clerivan.

    Clerivan acenou com a cabeça, parece que sabe para quem foi escrito.


    Campo de treinamento do Palácio de Poirak.

    Perez, de pé com sua espada em uma postura bem organizada.

    O espaço amplo fechou seus olhos e sentiu o vento.

    Embora seu cabelo e colarinho negros estivessem balançando ao vento, o garoto alto e esguio permaneceu inabalável.

    Ele apenas fica quieto com um rosto lindo como uma obra-prima.

    O método de ensino do professor de esgrima nomeado pelo Lorde de Lombardi era ligeiramente diferente dos outros cavaleiros.

    Além disso, não se aplica a lei para fazer barulho e não ensina alunos descuidadamente.

    Em vez disso, Perez passou grande parte de sua aula meditando assim.

    Há pouco tempo, tentei reconsiderar os lugares de seu professor com o professor em minha mente.

    Perez era um cara trabalhador que não tinha talento inato.

    Às vezes, a aula de esgrima é forçada a parar.

    Mas hoje foi um pouco diferente. O professor de esgrima de Perez, Juves, olhou estranhamente para o discípulo, que não conseguia se concentrar na aula.

    Do ponto de vista do ensino, um aluno que absorve tudo em um ritmo tão rápido às vezes se distrai assim.

    Era porque ele via Perez todos os dias assim.

    No final, Juves disse com um pequeno suspiro.

    — Chega por hoje, Sua Alteza.

    Para quem não consegue se concentrar no movimento do vento.

    Perez teimosamente fechou os olhos e balançou a cabeça.

    — Vou fazer mais.

    Já se passaram quase três anos desde que ele recuperou sua posição de príncipe.

    Agora está tudo bem, viver um pouco mais confortável.

    O aparecimento do Segundo Príncipe, que ainda se entusiasma com a esgrima e o estudo, a ponto de se suspeitar de uma compulsão obsessiva, deixou o observador um pouco preocupado.

    Juves queria que fosse bom.

    Nesse ínterim, Perez não tinha tirado um único dia da aula de esgrima, então Juves achou que ele deveria fazer o Segundo Príncipe descansar.

    — Você fica perdendo a concentração e a compostura, só imitar é inútil. Eu vou abaixar a espada.

    No final, Perez abriu lentamente os olhos.

    Através do cabelo escuro soprado pelo vento, olhos mais brilhantes do que os de Ruby apareceram.

    Perez, de treze anos, agora é um menino, parado ali, com uma aparência belíssima.

    Às vezes era demais e a realidade degradava-se.

    Mas Juves, que havia passado por Perez de muito perto, sabia que aquele lindo menino era, na verdade um homem de quem tanto faltava.

    Quase não houve alegria ou tristeza que qualquer pessoa teria.

    Mesmo se houvesse, era fraco.

    Quando Perez expressou sua expressão emocional, foi apenas quando ele ocasionalmente come balas redondas ou quando olha para as flores Bomnia.

    Mesmo quando deliberadamente forçou o treinamento de força ao seu limite, Perez ficou em silêncio.

    Sobre isso, ele até ouviu que mesmo nas aulas acadêmicas sua atitude era a mesma.

    Apesar da incrível velocidade de crescimento, os educadores estão preocupados com a origem da ‘cegueira’ do Segundo Príncipe. (N/T: a “cegueira” mencionada mais se refere ao fato de Perez não expressar sentimentos ao fazer certas coisas, mesmo quando ele é levado ao limite)

    Então, hoje Juves tomou a iniciativa de perguntar o que estava incomodando Perez.

    — Há alguém que você está esperando? 

    Juves perguntou enquanto se lembrava do olhar de Perez em direção à entrada do Palácio.

    — Sim.

    Respondeu Perez, em uma pequena vacilada.

    — Por quem você está esperando?

    — Esperando que Caitlyn volte.

    — Por que? 

    — … eu não posso te dizer.

    Perez, que sempre disse a verdade, se recusou a responder em primeiro lugar.

    Como se escondendo o segredo mais precioso do mundo, seus jovens lábios estavam teimosamente fechados.

    Juves até sentiu uma sensação de traição.

    — Por favor, diga.

    — Não.

    — Sua Alteza.

    — Eu disse não.

    Perez estava até vigilante agora.

    — Você se recusou a responder ao seu professor, então vou puni-lo. Faça mil cortes para cima e para baixo.

    — Sim.

    Agora Juves perdeu as palavras.

    Em vez de dizer o motivo da espera por Caitlyn, Perez fará mil cortes.

    Juves balançou a cabeça.

    Logo, na sala de treinamento, não havia nada além do som da respiração áspera de Perez.

    Huoong, huoong

    Cerca de 500 vezes assim. Juves disse a Perez, que ficou suado.

    — Não sei por que motivo, mas estou muito preocupado com Vossa Alteza.

    Huoong, huoong

    — Assim como a compreensão e a inclusão nas outras pessoas são importantes, também é importante ter uma atitude generosa para consigo mesmo.

    Huoong, huoong

    — Vossa Alteza, a quem observei, carece desses pontos. Não precisa ser perfeito em todos os sentidos. As pessoas não sabem…

    Foi estranho.

    Ele não conseguia mais ouvir o som da espada quebrando o vento.

    Os olhos de Juves ficaram perplexos e viram Perez já correndo a toda velocidade a partir daí.

    Com uma espada em uma das mãos e uma bainha na outra, era o perfil de alguém correndo em direção a algo como um louco.

    — Sua Alteza? 

    Foi a primeira vez.

    Como Perez perdeu a compostura assim?

    Não, os olhos brilhantes que me lembravam do rubi vermelho hão pouco mostravam algo parecido com a loucura à primeira vista.

    E do lado onde Perez estava correndo, havia uma carruagem que acabara de entrar no Palácio de Poirak.

    Juves se sentiu irracional e apenas ficou lá olhando para ele.

    Perez, que correu para a entrada e parou na frente da carruagem, não conseguiu ficar parado nem no curto momento em que o apoio para os pés foi colocado e a porta da carruagem aberta.

    Ele rapidamente colocou sua espada na bainha e esfregou as mãos cobertas de sujeira e suor em suas calças esticadas.

    Finalmente, a porta da carruagem se abriu e Caitlyn, a empregada do palácio Poirak, pisou no chão levemente.

    E quando ela encontrou Perez parado bem na sua frente, ela riu e tirou algo de sua bolsa e entregou.

    — Uma carta?

    Definitivamente era um pequeno envelope rosa.

    E um sorriso, embora leve, se espalha no rosto de Perez que o recebeu.

    Lábios vermelhos desenham uma linha bonita e olhos penetrantes são curvos.

    Foi um sorriso claro.

    — Ha…

    Juves riu involuntariamente do sorriso de Perez pela primeira vez.

    Quem no mundo não veria um menino puro que não soubesse o que fazer com essa alegria?

    Perez ficou parado por um tempo. Então ele pegou a carta e correu para o palácio.

    Com a espada sempre jogada para longe do corpo.

    Juves, vendo a espada caída no chão, murmurou tristemente.

    — Bem, se for uma sorte, é uma sorte.


    — Senhorita, não posso dormir aqui hoje? 

    — Não.

    — Por quê? Há tantos quartos restantes.

    — Por que você sai de uma boa casa e dorme na casa de outra pessoa? Volte logo.

    — Ei, Jovem Senhorita, você é cruel demais…

    Louryl abaixou os ombros e fez beicinho com os lábios, mas não funciona para mim.

    Quando me lembro da última vez que a deixei ficar sem pensar, e finalmente, tive que ouvir a conversa de Louryl até adormecer….

    Eu tremi sem nem saber.

    — Ei. Então eu virei amanhã cedo.

    Lauryl, que disse isso, acenou para mim e saiu.

    Eu estou de férias amanhã. Você sabe?

    Mas, uma vez que eu te contar, você pode realmente dormir aqui.

    Deitei no sofá da sala sozinho para desfrutar da tranquilidade que finalmente veio.

    O dia foi muito fácil graças à ajuda da Louryl, mas às vezes preciso de um tempo para ficar sozinha.

    Eu relaxei fechando meus olhos.

    No entanto, a quietude não durou muito.

    Bang!

    A porta se abriu com um som alto.

    — Louryl, o que mais você esqueceu… papai? 

    Era meu pai quem segurava a maçaneta da porta e respirava.

    Fiquei surpresa e sentei-me.

    — F-Flore…

    Meu pai cambaleou quando chamou meu nome.

    Então ele parou na frente do sofá onde eu estava sentada e caiu de joelhos.

    O rosto de meu pai, cujo nível de olhos era semelhante ao meu, estava chorando.

    — Ah, papai, papai…

    Meu pai, que já havia ficado feliz algumas vezes, disse a palavra seguinte.

    — Seu pai ganhou uma medalha!

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