Capítulo 81

— Flore enviou isso? 

Uma caixa cheia de sobremesas foi entregue no Palácio Poirak.

— … tudo isso? 

Perez perguntou com um olhar perplexo quando abriu a tampa da caixa.

Foram entregues pelo menos trinta porções de bolos e sobremesas.

— É um bolo da Caramel Avenue! Bastante popular nos dias de hoje.

As orelhas de Perez ficaram vermelhas com a explicação de Caitlyn.

Isso pode ser tudo o que ele olhou do lado de fora, mas Perez estava realmente encantado.

É um pouco triste que Flore não visite o palácio com frequência, mas ela pensa em mim também.

— O que você gostaria de comer, Sua Alteza? 

Caitlyn se preparou deliciosamente para servi-lo em um prato.

Perez olhou para a caixa.

O que Flore comeria?

Que tipo de bolo ela mais gosta?.

Eu olhei cuidadosamente com meus olhos e vi um bolo de chocolate coberto com creme branco.

Talvez aquele.

Chocolate e natas.

Tudo o que Flore gosta está naquele bolo.

Ele se lembrou do rosto feliz de Flore quando ela comeu o bolo que tanto desejava, um sorriso brotou no rosto de Perez.

— Este.

Quando Caitlyn moveu o bolo, Perez apontou para um pequeno prato, um atendente chegou ao Palácio de Poirak.

— Houve uma ordem para que você fosse chamado, Vossa Alteza, o Segundo Príncipe.

— … agora mesmo? 

— Sim, Sua Alteza.

Perez olhou para a caixa de bolo com os olhos pingando de pesar.

O atendente viu a figura triste de Perez e disse.

— Temos refrescos no Palácio Central, mas você pode trazê-los se quiser.

— Não.

Perez recusou veementemente.

— Eu irei agora.

Não estou planejando compartilhar o presente de Flore com ninguém, nem mesmo com o Imperador.

— Kylus.

— Sim, Alteza. Vou cuidar disso com prazer.

Kylus sorriu com certeza como se entendesse o coração de Perez.

Perez acenou com a cabeça uma vez para Kylus e começou a seguir o atendente.

No Palácio Central, havia uma grande estufa.

O objetivo principal era proteger as plantas exóticas que não podem crescer bem sob o clima da capital.

E por causa de sua temperatura ideal, muitas vezes era usado como um lugar para se reunir e tomar chá.

Perez parou o passo ao ver quem estava dentro da estufa.

Quem bebia chá enquanto admirava as flores não era o imperador.

Era a Imperatriz Lavigne.

Olhei para o criado e abri a porta da estufa com um sorriso, como se fosse o lugar correto para onde me mandaram ir.

Tap Tap…

Os passos de Perez ressoaram dentro da estufa.

— Vejo que você chegou.

A Imperatriz Lavigne, que admirava as pétalas, dirigiu o olhar para cima e cumprimentou Perez.

— Venha aqui e sente-se.

Seu rosto sorridente era convincentemente sincero.

Mas ele apenas olhou para a Imperatriz com seus olhos sombrios e calmos.

— Eu não disse para você se sentar?

A Imperatriz repetiu com um sorriso mais brilhante e uma voz mais doce.

Perez, em vez de responder, puxou a cadeira apontada pela Imperatriz e sentou-se.

Lavigne sorriu satisfeita e colocou o chá na frente do próprio Perez.

Enquanto isso, Perez olhou para a flor que Lavigne estava admirando há algum tempo.

Mallepishan.

Era altamente venenosa. Quanto mais amarelo florescesse, mais tóxica ela se tornava.

Mas a aparência da flor é cativantemente bela.

As pétalas de flores dançando com o vento lembravam a aparência deslumbrante de cabelos loiros da Imperatriz.

Cringgg.

Um som monótono acompanhou o enchimento da xícara de chá de Perez.

Era um amarelo claro e transparente.

— Você deve estar se perguntando por que eu chamei você aqui, certo?

Em vez de responder, Perez recostou-se na cadeira.

Seu semblante relaxado fez os longos cílios de Lavigne tremularem.

Mas seu sorriso florido apenas escureceu.

— Peço desculpas por negligenciá-lo todo esse tempo, Sua Alteza. Então, o motivo pelo qual eu chamei você aqui não é outro senão…

A Imperatriz interrompeu o que estava prestes a dizer.

Ela olhou para a xícara de chá na frente de Perez.

— Por que você não está bebendo, Alteza? 

Foi indireto, mas ela certamente o está pressionando.

Apresse-se e beba.

O sorriso da Imperatriz ordenou que o fizesse.

Mas Perez se recusou a ceder.

Ele nem mesmo tocou na xícara de chá e encarou a Imperatriz com indiferença.

— Este não é o seu chá comum. Eu propositalmente preparei ervas especiais para o Príncipe… não é do seu agrado? 

Se por acaso você ouvir a voz de Lavigne, Perez parecerá um homem ingrato à Imperatriz.

Não que Perez se importasse de qualquer maneira.

Seus olhos vermelhos encararam o chá que era claro e amarelo-vívido

E lentamente separou sua boca.

— Estou bem. Estou cansado de grama agora.

Perez empurrou o pires com a xícara de chá na frente da Imperatriz.

— Por favor, receba minha parte também.

— … que pena.

O que?!

Perez respirou pesadamente enquanto a velha raiva crescia dentro dele.

Uma faca enferrujada não é nem um pouco ameaçadora.

É hora de nos aprimorarmos com determinação.

Mas sua decisão foi abalada pelas palavras seguintes da Imperatriz.

— A razão pela qual chamei Vossa Alteza aqui é para que você me chame de ‘Mãe’ no futuro.

Mãe…

Assim que a palavra saiu da boca da Imperatriz, Perez se retratou.

Primeiro esfaqueie Astana, o suficiente para ele ser coberto de cortes por todo o corpo fazendo-o cair de joelhos e matar Lavigne bem na frente dos seus olhos.

Sua mente estava cheia de imagens de sua mãe moribunda no velho Palácio amaldiçoando o Imperador com seu último suspiro.

As lágrimas secas que o preocupavam, deixado sozinho, pareciam ainda molhar suas mãos.

Perez olhou para a Imperatriz Lavigne.

A única coisa que poderia ferver sua raiva é ver aqueles mãe e filho cobertos de sangue.

A Imperatriz sorriu mais agradavelmente quando viu o brilho em seus olhos por um momento.

— Já conversei com o imperador sobre isso. Posso não ser sua mãe biológica, mas tratarei você como meu próprio filho.

Gruuuk*

Perez agarrou o braço da cadeira de aço.

— Você ainda está na idade em que precisa da ajuda de sua mãe. O Imperador estava tão orgulhoso de você. Então, depois de muito pensar, eu vim com a educação perfeita para o príncipe.

A Imperatriz disse com seus olhos lindamente arqueados.

— Por favor, frequente a Academia, Sua Alteza.

Se eu ficar aqui mais tempo, com certeza vou matá-la.

Takk*

Perez não tinha planos de ouvir mais e se levanta abruptamente de seu assento.

— Sua Alteza! 

A Imperatriz se assustou e ergueu a voz com o cenho franzido.

— O que você quer dizer com isso, Alteza! Ainda não terminei de falar!

— Sinto muito.

Perez olhou para a Imperatriz sentada com olhos frios e falou

— Não tenho mais nada a aprender.

Perez saiu da estufa depois de dizer essas palavras

A Imperatriz disse algo mais, mas Perez não se importou.

Como Perez sabia como usar a Aura, não houve cavaleiros da Imperatriz que ousassem prendê-lo.

Ele voltou ao Palácio de Poirak, Caitlyn e Kylus olharam para ele com preocupação em seus olhos.

O rosto de Perez estava distorcido.

Ninguém foi capaz de se aproximar dele e perguntar por quê.

Kylus bateu os pés repetidamente.

Melhor gritar e quebrar coisas, não seria tão doloroso de assistir.

A maneira como ele se sentava com a cabeça baixa e um rosto que nem chorava parecia tão pequeno hoje.

Aparentemente, ele voltou após receber uma chamada, mas esta é a primeira vez que viram Perez em um estado tão desanimador que não sabem o que fazer.

Nesse momento, Caitlyn, que observava Perez, começou a se mover.

Não foi nada impressionante.

Ela colocou o bolo de chocolate e um copo de leite quente na frente de Perez.

Perez olhou para o bolo, ao som de um ‘Cling’.

Seus longos cílios negros vibraram

A fatia de bolo sobre a mesa parecia estar mantendo sua consciência.

Sua raiva fervente estava baixando lentamente

As batidas de seu coração diminuíram gradualmente.

A mão que queria desembainhar sua espada parou.

Em vez disso, ele pegou o garfo com as mãos agora calmas.

Ele devorou ​​um grande pedaço de bolo, como Flore fazia

A doçura do creme misturou-se harmoniosamente com o chocolate em sua boca.

Sem dizer nada.

Peres voltou ao normal depois de comer o pedaço de bolo, brincando com as mãos e a boca.

— Doce.

Peres murmurou, limpando o creme branco em volta da boca com o polegar.

Visitei o escritório de Pellet quando soube que Violet havia terminado de pesquisar a mina de carvão Lira.

Violet me ofereceu um relatório denso e bem organizado.

— A família Lencanta tem uma dívida total de cerca de sete mil ouros. Seiscentos deles são dívidas imediatas, então estamos considerando o preço inicial do leilão nesse ínterim.

Seiscentos ouros é muito dinheiro em uma família aristocrática típica.

É compreensível tentar se desfazer de uma mina de carvão.

— As reservas de carvão remanescentes na mina de Lira devem ser muito pequenas. E após uma investigação separada, o povo de Angenas passou por lá há alguns meses.

— Você descobriu exatamente quem era?

— Este é Croyton Angenas do Top do Durak (N/T: A empresa da família Angenas)

Violet relatou com segurança.

— Você foi lá secretamente? 

— Fui sem fazer alarde e sem avisar, mas não tinha acordo com o Top de Angenas e não gostava da pousada de Lira, então bati no portão do Senhor no meio da noite para conseguir um quarto.

Puxa, você foi para a investigação secreta e reclamou uma cama na casa do dono.

Eu balancei minha cabeça.

— E o boato de ferro? 

— O especialista que acompanhou Durak disse que era muito provável que ferro estivesse enterrado perto dele.

Claro, haverá.

Embora seja apenas uma pequena quantidade, as sementes vão secar depois de apenas três meses.

— Portanto, o lance vencedor será… Entre 1300 e 1500 ouros.

Eu concordei.

No entanto, a mina de carvão Lira vai ganhar 2.000 ouros como eu disse.

Mas, claro, a previsão de Violet também foi razoável.

Eu conheço o futuro e Violet não.

— Por precaução, vamos nos certificar de que temos um orçamento suficiente de 2.100 ouros.

— Sim, eu entendo.

E com isso encerramos o assunto.

Clerivan, que manteve a boca fechada durante toda a conversa com Violet, finalmente abriu a boca.

— Você pode ter que preparar um pouco mais do que isso.

— Porque você acha isso? 

— Lombardi participará da licitação da Mina de Lira neste leilão.