55 Resultados com a tag ‘Brasil’
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Capítulo 13 - Papisa - Parte I
O primeiro raio de sol mal havia rompido o horizonte quando Carlos despertou, mas sua mente já estava pesada, revirando a conversa da noite anterior com Tia Vera. A imagem dos olhos vermelhos de Dona Alice e das marcas roxas em seus braços pálidos dançava em sua mente, alimentando um caldeirão de ódio silencioso. O ar úmido e pesado da senzala, carregado do cheiro de suor e terra, parecia ecoar sua impotência. “No fim das contas” pensou, com uma amargura que deixava um gosto amargo na boca…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 12 - Vítima
O sol já se punha, tingindo o céu de laranja e roxo, quando Carlos despertou. Ele havia passado a tarde toda deitado de lado em sua cama de terra batida na senzala. Mesmo com a pomada mágica do padre, uma sensação latejante e quente persistia sob sua pele, uma lembrança dolorosa da manhã. O ar dentro da senzala era pesado, carregado de cheiro de suor e terra. Não conseguira fazer outra coisa a não ser adormecer, e só despertara com o burburinho distante da hora da janta. Esfregou os olhos,…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 11 - Igreja
Carlos, ao ouvir a insinuação de que Pedro poderia ser o dedo-duro, sentiu um calafrio percorrer sua espinha. O ar abafado da senzala, carregado do cheiro de suor e fumaça, pareceu ficar mais pesado. “Não pode ser ele. O Pedro foi a primeira pessoa que me estendeu a mão aqui.” Pedro se aproximou e sentou-se no meio deles. Seus olhos se voltaram para Tassi, suavizando-se. — Então, como está se sentindo agora que finalmente se livrou daquela máscara horrível? — Estou me…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 10 - Tassi Hangbé
Carlos estava aproveitando seu único dia de descanso na semana para conversar com Tassi e obter mais informações sobre este mundo. O ar dentro da senzala era pesado, carregado do cheiro de corpos suados e da fumaça residual do fogão de lenha. A luz fraca que entrava pelas frestas da madeira iluminava finos flocos de poeira dançando no ar. — Me diga, ser adepto de usar gemas mágicas é algo raro? — perguntou ele, quebrando o silêncio. Tassi suspirou profundamente, e Carlos pôde quase…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 9 - Dia de Descanso
Mais uma vez, o sol nasceu sobre o engenho. Ao contrário dos outros dias, desta vez Carlos acordou com um fio de animação para o trabalho. Ele conseguira convencer o senhor do engenho a comprar armas no dia anterior. Ou seja, só teria que aguentar seus dias de escravo até a próxima visita do comerciante ambulante, no mês seguinte. Claro, tudo dependia de o ambulante conseguir algumas armas e balas. Animado, devorou o café da manhã — se é que se podia chamar aquele punhado de feijão cozido e…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 8 - Um Mundo Livre
Carlos voltou para a senzala depois de uma longa tarde de trabalho na casa-grande. O ar quente e pesado do entardecer carregava o cheiro doce e enjoativo da cana queimada, misturado ao odor de terra molhada. No caminho, sob a luz fraca do crepúsculo, avistou a figura conhecida de Tassi. O rosto dela era parcialmente oculto pela máscara de flandres que cobria a boca, e na testa, uma ferida recente formava a marca cruel de um "F", cicatriz indelével deixada pelo senhor do engenho. Se aproximou com…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 7 - Comerciante
Voltando para o canavial, Carlos se deparou com uma mulher usando uma máscara no rosto e um "F" marcado na testa. Era Tassi, que segurava um cajado de madeira com uma gema marrom incrustada na parte superior e, logo acima, uma pequena gema verde. Lentamente, ela se dirigiu ao meio do canavial e fincou o cajado no chão. Assim que o fez, os pés de cana-de-açúcar começaram a crescer visivelmente, folhas verdes sussurrando ao vento enquanto se erguiam. O aroma adocicado da cana fresca encheu o ar.…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 6 - Gemas Mágicas
O sol do meio-dia queimava como fogo na nuca de Carlos, cada raio uma agulha de dor que penetrava profundamente em seus músculos já exaustos. O suor escorria em riachos salgados por seu rosto, misturando-se à poeira vermelha do canavial e formando uma pasta grossa que ardia em seus olhos. Seus pulmões ardiam a cada respiração, o ar pesado e quente carregado do cheiro adocicado da cana esmagada e do odor acre de seu próprio corpo suado. Quando finalmente ousou erguer os olhos para o céu, o sol…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 5 - Casa-Grande
Carlos seguiu Jairo em direção à casa-grande, seus pés afundando na terra fofa do caminho. A construção erguia-se imponente contra o céu azul. Aos seus olhos, a casa era rústica, mas inegavelmente luxuosa, como uma mansão saída de um romance de época. A madeira escura da estrutura contrastava com as janelas brancas e bem cuidadas. Um cheiro leve de terra molhada e flor de laranjeira pairava no ar. Ao atravessar a pesada porta de madeira, Carlos foi envolvido por uma penumbra fresca e pelo…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 4 - Senzala
O cansaço era tão profundo que Carlos mal conseguia pensar. Quando o trabalho finalmente terminou, seus pés descalços o carregaram por inércia, seguindo o fluxo de corpos exaustos em direção à senzala. O barracão de paredes de barro rachado e telhado de palha se erguia como uma sombra contra o céu alaranjado do crepúsculo. Dentro, o ar era pesado e estagnado. A primeira coisa que atingiu suas narinas foi o cheiro encorpado de feijão cozido, vindo de grandes panelas de ferro suspensas sobre…- 128,9 K • Ongoing
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