118 Resultados com a tag ‘Fantasia Sombria’
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Capítulo 10 – O Teatro da Queda
Os sinos de Virellium não tocaram naquele dia.Não porque houvesse silêncio.Mas porque o tempo foi apagado de seus sinos. Cael Thornwald acordou com o cheiro de pergaminho queimado encharcando o ar. As sombras em seu quarto estavam fora de lugar. Uma delas tremia sozinha, mesmo sem vento. O silêncio carregava o som abafado de uma respiração que não era dele, como se as paredes da hospedaria estivessem vivas, ofegando em compasso com o desconhecido. A madeira estalava sob os pés do tempo, e do…- 28,4 K • Ongoing
- Documento interditado. Classificação: Verbo III.Origem: desconhecida. Autor: perdido na reescrita.Encontrado por: Cael Thornwald, após o incidente do Salão da Voz Sem Boca. “Os Treze Fragmentos não são pessoas.São ruínas que ainda caminham.”— Nota marginal, escrita à mão, com tinta dissolvida em memória. 1. A AURORA “Ela carrega a luz antes do verbo. Mas não a luz que guia — a luz que confunde.” Domínio: Recomeço, Ilusão de esperança Arquétipo: A primeira…
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- O quarto de Cael cheirava a tinta fresca. Ele acordou com um gosto amargo na boca, como se houvesse engolido um livro em chamas. As cortinas estavam fechadas, mas a luz que tentava atravessá-las parecia... hesitante, como se temesse encontrar algo lá dentro que não devia ver. Na parede diante de sua cama, palavras haviam sido escritas durante a noite — não por sua mão. Letras finas, curvas impossíveis, uma caligrafia que parecia se mover quando olhada de relance. Ele tentou focar. Mas seus…
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- A aurora em Virellium era um teatro de mentiras. A luz que deveria emergir do leste parecia implorar para não tocar as pedras encharcadas da cidade. Havia algo no ar — não o frio comum, mas um peso, uma espessura invisível que transformava o tempo em vidro. Frágil… Cortante. Cael subiu as escadas do porão em silêncio. A madeira rangeu sob seus pés com um som mais seco do que deveria, como se a casa estivesse secando por dentro. Leor estava acordado, sentado à mesa com uma garrafa entre os…
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CAPÍTULO 8: Neve e Sangue [Parte 1]
O aviso de Alfred foi dado, Loky conseguiu convocar Aldyr na base da bebida em uma taverna próxima ao castelo central do reino. Nyck apenas deu o aviso para Finch que, sem contestar, aceitou o desafio e o serviço com um forte aperto de mão. No dia seguinte… O céu amanheceu carregado de nuvens espessas que começavam a verter flocos de neve grossos e gelados. Nos estábulos reais, o ar já estava tomado por vapor brumoso, enquanto Nyck afivelou as tiras de couro no peitoral de seu…- 28,3 K • Ongoing
- A primeira sensação foi ausência. Ausência de corpo, de forma, de som. Uma ausência que soava como grito. Cael Thornwald não lembrava quando caíra, se de fato havia caído. A última memória concreta era a de seus dedos encostando novamente no símbolo espiralado do medalhão — mas, desta vez, ele não queimou. Ele... sussurrou. Agora, não havia chão. Nem teto. Nem tempo. Só uma vastidão sem contornos, onde os olhos se perdiam na tentativa de compreender o que não possuía ângulos.…
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- A cidade que se erguia diante deles era tudo o que Virellium não ousava ser à luz do dia. Chamada de Caligo Nox, sua arquitetura parecia feita para iludir e seduzir. Luzes coloridas se espalharam em letreiros piscantes, enfeites metálicos e fachadas envernizadas, ocultando a podridão por trás do brilho. O som das moedas tilintando, risadas falsas e notas de piano automatizado criavam uma trilha sonora incessante. Homens de terno e mulheres de vestidos brilhantes passeavam entre cassinos e cabarés,…
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Capítulo 5 – Garras em Espiral
A noite engolia Virellium com sua neblina espessa e o som abafado de passos distantes. A cidade, como sempre, parecia viva mesmo em sua paralisia. Lâmpadas a gás tremeluziam nas ruas tortuosas como olhos cansados prestes a se apagar. Cael avançava por uma viela mal iluminada, suas botas molhando-se em poças negras e imundas. A cada passo, o odor de sangue seco ainda impregnava o medalhão que carregava, embora ele já o tivesse guardado. Havia algo gravado na parte de trás do artefato, algo que…- 28,4 K • Ongoing
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Capítulo 4 – Ecos Sob a Cidade
A madrugada repousava como uma manta encharcada sobre Virellium. As ruas permaneciam mergulhadas em penumbra, com as luzes amareladas dos lampiões mal atravessando a névoa densa que se arrastava como uma criatura viva pelas vielas. As sombras da noite parecem sussurrar segredos, e Cael Thornwald caminhava como se as escutasse. O encontro com Leor havia deixado mais perguntas do que respostas. O homem ainda dormia no quarto de hospedaria que Cael alugara por segurança, enquanto ele próprio retornava…- 28,4 K • Ongoing
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Capítulo 3 – Encontro No Bar
A névoa rastejava pelas pedras do calçamento, como se mãos ansiosas tentassem agarrar os pés dos vivos. O ar estava denso e pesado, imerso em uma sensação de presságio. O manto esbranquiçado envolvia a cidade, uma cortina fina que transformava as ruas familiares em corredores de um pesadelo. No alto de um beco escuro, Cael Thornwald observava o vazio. Ele estava parado diante da porta de uma taberna decadente chamada A Boca do Sono. Seu olhar era gélido e implacável, uma lâmina afiada que varria…- 28,4 K • Ongoing
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