118 Resultados com a tag ‘Fantasia Sombria’
- O quarto de Cael cheirava a tinta fresca. Ele acordou com um gosto amargo na boca, como se houvesse engolido um livro em chamas. As cortinas estavam fechadas, mas a luz que tentava atravessá-las parecia... hesitante, como se temesse encontrar algo lá dentro que não devia ver. Na parede diante de sua cama, palavras haviam sido escritas durante a noite — não por sua mão. Letras finas, curvas impossíveis, uma caligrafia que parecia se mover quando olhada de relance. Ele tentou focar. Mas seus…
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- A aurora em Virellium era um teatro de mentiras. A luz que deveria emergir do leste parecia implorar para não tocar as pedras encharcadas da cidade. Havia algo no ar — não o frio comum, mas um peso, uma espessura invisível que transformava o tempo em vidro. Frágil… Cortante. Cael subiu as escadas do porão em silêncio. A madeira rangeu sob seus pés com um som mais seco do que deveria, como se a casa estivesse secando por dentro. Leor estava acordado, sentado à mesa com uma garrafa entre os…
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Capítulo 21: Milagre Em Meio à Ruína
O calor da água trouxe um alívio imediato para os músculos tensos de ambas. A prisioneira ainda parecia hesitante, mas à medida que Elara ajudava a lavar seus cabelos, ela começou a relaxar um pouco. — Você tem um nome? — Elara perguntou suavemente, enquanto ensaboava os fios escuros da mulher. Ela hesitou por um momento, como se estivesse tentando lembrar. — Delilah… — sua voz era baixa, mas firme. Elara sorriu levemente. — É um nome bonito, Delilah. A prisioneira não…- 41,3 K • Ongoing
- O dia em Virellium começava como sempre: afogado em cinza, respirando podres sussurros. O céu estava sobrecarregado de nuvens pesadas que pairavam como um manto funerário, deixando a cidade coberta por uma espessa névoa que parecia nunca se dissipar. Mesmo após o nascer do sol, a luz se recusava a penetrar o véu que envolvia Virellium. Os lampiões a gás ainda ardiam, queimando uma chama amarelada que lançava sombras trêmulas sobre as ruas. Como se a própria cidade recusasse a luz, insistindo em…
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Capítulo 2 – SUSSURROS NO VÉU
A chuva, que até pouco tempo atrás parecia ameaçar afogar a cidade, finalmente cessara. Mas o cheiro persistia. Era o cheiro de Virellium: ferrugem, fuligem e pecado. A cidade estava imersa em sua essência. As vielas estreitas ainda estavam molhadas, espelhando as lâmpadas a gás que lançavam sombras vacilantes nas paredes de tijolos negros. Um cenário como o de um pesadelo antigo, repetindo-se noite após noite, onde a luz não vinha para iluminar, mas para reforçar o que estava nas…- 28,4 K • Ongoing
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Capítulo 5 – Garras em Espiral
A noite engolia Virellium com sua neblina espessa e o som abafado de passos distantes. A cidade, como sempre, parecia viva mesmo em sua paralisia. Lâmpadas a gás tremeluziam nas ruas tortuosas como olhos cansados prestes a se apagar. Cael avançava por uma viela mal iluminada, suas botas molhando-se em poças negras e imundas. A cada passo, o odor de sangue seco ainda impregnava o medalhão que carregava, embora ele já o tivesse guardado. Havia algo gravado na parte de trás do artefato, algo que…- 28,4 K • Ongoing
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Capítulo 3 – Encontro No Bar
A névoa rastejava pelas pedras do calçamento, como se mãos ansiosas tentassem agarrar os pés dos vivos. O ar estava denso e pesado, imerso em uma sensação de presságio. O manto esbranquiçado envolvia a cidade, uma cortina fina que transformava as ruas familiares em corredores de um pesadelo. No alto de um beco escuro, Cael Thornwald observava o vazio. Ele estava parado diante da porta de uma taberna decadente chamada A Boca do Sono. Seu olhar era gélido e implacável, uma lâmina afiada que varria…- 28,4 K • Ongoing
- A primeira sensação foi ausência. Ausência de corpo, de forma, de som. Uma ausência que soava como grito. Cael Thornwald não lembrava quando caíra, se de fato havia caído. A última memória concreta era a de seus dedos encostando novamente no símbolo espiralado do medalhão — mas, desta vez, ele não queimou. Ele... sussurrou. Agora, não havia chão. Nem teto. Nem tempo. Só uma vastidão sem contornos, onde os olhos se perdiam na tentativa de compreender o que não possuía ângulos.…
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- A cidade que se erguia diante deles era tudo o que Virellium não ousava ser à luz do dia. Chamada de Caligo Nox, sua arquitetura parecia feita para iludir e seduzir. Luzes coloridas se espalharam em letreiros piscantes, enfeites metálicos e fachadas envernizadas, ocultando a podridão por trás do brilho. O som das moedas tilintando, risadas falsas e notas de piano automatizado criavam uma trilha sonora incessante. Homens de terno e mulheres de vestidos brilhantes passeavam entre cassinos e cabarés,…
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Capítulo 4 – Ecos Sob a Cidade
A madrugada repousava como uma manta encharcada sobre Virellium. As ruas permaneciam mergulhadas em penumbra, com as luzes amareladas dos lampiões mal atravessando a névoa densa que se arrastava como uma criatura viva pelas vielas. As sombras da noite parecem sussurrar segredos, e Cael Thornwald caminhava como se as escutasse. O encontro com Leor havia deixado mais perguntas do que respostas. O homem ainda dormia no quarto de hospedaria que Cael alugara por segurança, enquanto ele próprio retornava…- 28,4 K • Ongoing
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