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    Cabelos brancos, olhos brancos, pele branca e roupas que tornavam ela uma sedutora imoral. Assim que Jack a viu, ele já sabia que ela seria um problema. Ou era isso que seu instinto afirmava.

    Ela olhou em sua direção com um olhar hipnotizante, um que poderia atrair qualquer homem, ou assim ela pensou. Jack mal olhou para ela e até parecia estar prestes a sair, assustando-a.

    Acostumada com as garotas desviando seu olhar enquanto se sentiam inseguras ou com os homens olhando para ela com um olhar lascivo. Ela estava acostumada com todo os tipo de reação – exceto ser ignorada.

    Para ela, a calma de Jack era surpreendente, até mesmo intrigante. Em seus olhos mistificados, havia agora uma pitada de diversão conforme ela se movia lentamente até ele, balançando imperceptivelmente seus quadris e colocando um dos seus braços sob seu peito farto, “Inadvertidamente” levantando sua mão.

    A garota então ergueu lentamente sua mão delicada em direção ao céu noturno: “A lua não está deslumbrante essa noite? Esse esplendor definitivamente valeu a pena. A lua também o guiou aqui, senhor?” Sua voz era tão clara quanto gentil.

    “Não, meus pensamentos inquietos e uma necessidade de paz sim. Eu vou indo agora, aproveite a contemplação da lua.” Jack murmurou, mas ela não tinha terminado sua longa fala.

    “As mais belas vistas são desperdiçadas se mantidas para uma só pessoa. As maravilhas do mundo só podem ser verdadeiramente apreciadas em boa companhia. Você ficaria mais alguns minutos e aproveitaria essa bela noite comigo?” A moça implorou baixinho.

    O mau pressentimento de Jack de alguma forma foi embora. Ele não estava muito nervoso nos últimos tempos? Essa garota era esquisita, com toda a certeza, e sua aparência aqui era inquietante, mas talvez ela não quisesse fazer nenhum mal.

    Ela se aproximou lentamente, tão levemente como se estivesse com medo de perturbar o silêncio com seus passos. Então se sentou ao lado dele com um sorriso inocente. Ela parecia tão pura sob o luar, até mesmo encantadora.

    “Você costuma vir aqui?” Ela perguntou curiosamente.

    “Não hoje em dia. Eu costumo estar ocupado demais para isso.”

    “Ouvi dizer que tem muitas pessoas desesperadas que vêm aqui. É verdade?”

    “Sim, muitos.” Jack suspirou.

    “Eu sempre quis visitar esse lugar. As lendas dizem que essa montanha já foi uma terra mágica, um lugar de adoração. Você sabia, irmão?

    “Acho que agora é só uma terra de animais mutantes feitos.” Ele riu levemente.

    “As pessoas costumavam adorar o deus da renovação aqui. Ele abençoava seus crentes e lhes trazia felicidade, por um preço, é claro.”

    “Um preço?” Ele ergueu uma sobrancelha.

    “Sim, as pessoas lhe ofereciam sacrifícios em troca de prosperidade. Quanto maior a angústia, o arrependimento e a raiva dos alvos sacrificados, maior a bênção. Você acredita, irmão?

    “As pessoas podem acreditar em qualquer coisa quando estão desesperadas o suficiente.” Ele sabia disso melhor que a maioria.

    “Dizem que esse deus pode viajar no tempo e até reviver os mortos. Quão incrível é isso?”

    “Toda boa história tem milagres.” ‘Especialmente as religiões‘, Jack completou a frase em seu pensamento.

    “Verdade. Ainda assim, o poder do tempo parece tão incrível! Ao longo dos anos, esse lugar lentamente se tornou uma trilha de suicídio, pensar que o deus seria esquecido, mas que os sacrifícios continuariam!” Ela lamentou.

    “Não, um sacrifício é abrir mão de algo. Isso é impossível quando a vida já perdeu todo o sentido. Se não fosse o caso, eles não estariam aqui.” Ele explicou.

    “Que sábio, irmão! Você sabe, estou feliz por você estar aqui comigo. Deve ser o destino que fez a gente se conhecer. Você pode me chamar de Lilly.” Ela sussurrou suavemente.

    Lilly? Ela estava realmente? Era um nome tão bonito, na verdade o mais bonito que existe. Não. Não, ela não era. Ela não podia ser Lilly! Ela usar esse nome não foi coincidência! Foi quando Jack voltou a si. Pura e inocente? Ela não era. Ela nunca foi. Encantadora? Nem a pau!

    Eles estavam tendo uma conversa agradável todo esse tempo, mas havia algo de errado, muito errado. Quando ele se virou para ela mais uma vez, não tinha nenhum traço desse lado ‘inocente’ dela.

    A mulher estava olhando para ele com o olhar de um predador, os olhos brilhando na escuridão. Seu sorriso era tudo menos puro. Era um sorriso perverso, um que sabia que ela o havia encantado, mas que estava se tornando lentamente distorcido.

    “Quem é você?!” Jack esbravejou.

    “E-eu sou Lilly…” ela respondeu mansamente como se fosse um coelho aterrorizado.

    Ele se levantou decididamente. Não ficaria aqui. Como ela tinha feito isso antes? Um produto químico, talvez? Ele não sabia, mas também não queria saber. Não cairia em qualquer esquema do tipo.

    Assim que estava prestes a sair, ouviu a voz dela mais uma vez. Desta vez sem timidez, apenas um tom tentador. Ela riu brincando: “Ah, a brincadeira acabou, eh? Você sabe, você é um homem muito difícil de rastrear, Arauto da Luz Jack.”

    Ele quase congelou. Ela sabia perfeitamente quem ele era. Desde o início, provavelmente. O que ela queria dele? Ele não podia sentir nenhuma intenção de matar. Era ainda pior, pois seus motivos eram enigmáticos. Jack continuou andando, ela estava jogando uma isca, uma que ele não mordeu.

    “Você vai simplesmente me ignorar? Por favor, fique, estou tão sozinha! Eu poderia usar um homem valente para me confortar a noite toda. Por favor, por favor!” Ela estava se acariciando enquanto dizia isso, dando a ele um sorriso bem sugestivo.

    “Eu não tô nem aí.” O rapaz permaneceu imperturbável.

    “Tch-Você não é nada divertido. E se eu lhe dizer quem fez você falhar no último ataque? Você se sacrificou tanto por isso, né? Não é uma pena? Você não tá com raiva? Não quer vingança?” Ela sussurrou semelhante a um demônio.

    “Não, valeu. Vou ficar sem sua ajuda.” Ele permaneceu firme.

    “Tem certeza? Vou até te dar um brinde! Quando você vingou sua irmã, você sentiu falta de alguém. O mão negra não estava trabalhando sozinho, você sabe. Ele tinha um parceiro: e eu tenho provas.” Ela jogou aquela informação bombástica nele.

    O que?! Isso era mesmo possível? Era apenas uma isca?! Não foi tão difícil pesquisar seu passado. Pela primeira vez, Jack se virou e olhou diretamente nos olhos da mulher. Continuou olhando até que ela começou a estremecer. Ele não tinha detectado nenhuma falsidade em seus olhos, mas sentiu que tudo aquilo era apenas um jogo para ela.

    “Tá bom, fala.” Ele cedeu.

    “Venha sentar aqui pertinho de mim.” A mulher disse enquanto acariciava a pedra. Ele obedeceu lentamente, permanecendo com sua guarda alta. A mulher inclinou-se sobre ele com todo o seu corpo enquanto o abraçava. Jack estava prestes a empurrá-la, mas ela falou antes.

    “Aqui, ouça isso!” Ela tocou uma gravação em seu telefone. Um que instantaneamente gelou o rapaz até os ossos com a raiva que sentia.

    Não, por favor, por que você está fazendo isso?” Uma voz que ele conhecia muito bem, uma que havia sido silenciada para sempre. Essa foi uma gravação de um assassinato. O que se seguiu foram gritos abafados que perfuraram sua alma diretamente, gritos que ainda assombravam seus pesadelo.

    Havia também o som de não uma, mas duas vozes de barítono. Como poderia ser?! Aquilo era falso ou real?! Ele tinha certeza que a tinha vingado, mas é se ele realmente perdeu o segundo culpado. Ele não podia viver com isso. Tinha que encontrar o cara e…

    “Qual é a sensação de saber que o verdadeiro assassino da sua irmã ainda está foragido? Você sente ódio? Arrependimento? Vai matar ele? Claro, que vai! Mas, você pode?!” Ela riu, lembrando ele de sua existência.

    “Por que você está fazendo isso?” Jack perguntou severamente.

    “Eu só preciso de um pequeno favor seu.” Ela timidamente falou.

    “Fala logo.”

    “Você vai morrer por mim?” Ela sorriu.

    Que porra é essa?!

    De repente, ela emitiu uma intenção de matar. Puxando um punhal e tentando acertar o coração do rapaz. Jack estava mal, mas tinha experiência. Agarrou o pulso da mulher, parando a adaga, a ponta afiada mal penetrando sua pele. Então torceu o pulso dela.

    *CRACK*

    Mas ele não parou de quebrar seu pulso. Levantou as mãos e as envolveu ao redor do belo pescoço da mulher. Exercendo pressão o suficiente para ela ficar azul.

    Ela se arrependeria? Confessaram? Quem era ela afinal de contas?! Porém ela somente mostrou um sorriso torto enquanto repetia:

    “Você vai morrer por mim? Por favor!” A intenção assassina eclodiu dela mais uma cez.

    “Não, é vai se fuder” Jack usou tanta força quanto pode.

    *CRACK*

    Com isso acabou…

    O rapaz começou a tossir como se seus pulmões fossem sair pela boca. Realmente não estava em forma para lutar. Foda-se aquela vadia branca louca, foda-se os jogos dela, e foda-se o associado do Mão Negra se for real! Mas foi aí que ele sentiu algo aterrorizante. A cabeça na frente dele se ergueu como uma marionete, e mostrou uma careta digna de um pesadelo.

    “Você não quer morrer? Bom. Arrependimento e desespero. Grite igual à sua irmã. Ver você morrer será tão divertido!” A voz dessa coisa era muito irritante!

    Foi quando a garota do pescoço quebrado o empurrou… Como?! Jack caiu do penhasco, seguido por aquele sorriso feio e aqueles olhos brancos.

    TAM! TAM! BUM! 

    As árvores mal amortecem sua queda. O impacto foi duro. Ele sentiu muitos ossos quebrarem, seu sangue lentamente deixando seu corpo,

    Mas já era tarde demais…

    QUACK!

    QUACK!

    QUACK!

    QUACK!

    Os patos eram espertos. Eles sabiam que ele nunca pularia, pelo menos não se novo. Eles não perderiam a oportunidade. O humano que os insultou todos esses anos finalmente caiu 

    Chegou a hora da festa…

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