Capítulo 118 – Compensação

『 Tradutora: Maga | Revisor: Metal_Oppa 』

Ao olhar para as quatro garrafas de vinho tinto que Abel deu, o Mago Morton ficou surpreso e perguntou com uma explosão de risadas.

 — Você acabou de ser aceito na Torre Mágica, por que saiu? 

O mago estava um pouco preocupado com ele. Embora os filhos dos nobres soubessem muito e fossem mais educados, a maioria deles não tinha perseverança forte, especialmente a vida chata nas torres mágicas. 

— Caro Mago Morton, preciso ir à Nobre Corte Judicial para duas questões de compensação! — Abel explicou.

— Alguém te pediu uma compensação? — O Mágico de Morton perguntou. 

— Não, é uma compensação para mim. — Disse Abel com um sorriso. 

— Você não se tornou um membro da Guilda dos Magos. Mas conseguir algumas compensações é algo bom — O Mago Morton riu. Morton tratou Abel como um dos membros de sua torre mágica, mas ainda estava preocupado com o fato desse rapaz acabar não indo. 

Tirou um emblema do bolso e disse — Pendure isto na cintura. Isto é o símbolo da minha torre mágica e eu saberei quando você chegar a ela amanhã — Depois de uma pausa, sorriu novamente e disse —  Se usá-lo na sua ida a Cidade Gangba, não terá problemas. 

— Obrigado! — Pegou o emblema com as duas mãos. Este emblema era muito semelhante ao emblema de identificação que usava na Torre Yveline, exceto que o exterior do padrão era diferente.

 Tinha uma árvore esculpida nele, e cada galho da árvore era requintado.

— Estou indo embora — O Mago Morton levou quatro garrafas de vinho tinto, piscou e desapareceu da sala de estar. Abel olhou com inveja para o modo como o Mago desapareceu. Essa era a habilidade de um Mago Intermediário? 

— Abel, você pode me levar? — Loraine, que usava um vestido simples, perguntou baixinho ao ver Abel.

Abel olhou para Loraine e descobriu que suas roupas não eram bonitas, mas roupas muito comuns, e começou a se sentir culpado por não se importar o suficiente com ela.

— Claro, vou comprar roupas novas para você — Abel olhou para Loraine e disse. 

Depois de ouvir isso, os olhos de Loraine brilharam e se estreitaram ao sorrir. Abel podia ver como era grande a atratividade das belas roupas para as meninas.

O ar-condicionado da carruagem estava ligado no máximo. Comparado com a carruagem anterior, esta era muito especial. Foi pintada de preto e um dragão oriental de cinco garras foi esculpido no topo. 

A carruagem estava a caminho da Nobre Corte e não havia muita gente no caminho. A terrível instituição da Nobre Corte Judicial fez a reputação desta rua muito ruim.

— Mestre, alguém bloqueou a estrada à frente — A voz de Ken veio. Abel enfiou a cabeça para fora da janela e olhou para frente. Era a Cavalaria Real, um exército que havia lutado muitas vezes com Abel.

— Honrado Barão, meu Mestre está esperando por você na Nobre Corte Judicial! — Um homem de meia-idade em vestes de mordomo saiu de trás da cavalaria. 

— Quem é seu Mestre? — Abel estava desconfiado. A família real tinha um relacionamento ruim com ele. Como poderiam estar esperando por ele?

— Meu mestre é Sua Excelência do Grão-Ducado de Camelot, Liandre George, o futuro Rei de Camelot! — O tom do homem de meia-idade mostrava grande orgulho.

— Sua Alteza Real Liandre? — Abel não esperava que o príncipe o aguardadas. Ele, que estava prestes a começar a cerimônia, deveria estar muito ocupado neste momento mais que qualquer um.

Abel saltou da carruagem e virou-se para perguntar a Loraine — Loraine, você vai comigo ou vai ficar na carruagem?

— Vou esperar por você aqui. Eu não gosto da energia deste lugar. Como uma elfa, era sensível a certas sensações, podia sentir inúmeras criaturas chorando.

— Ok, então você vai ficar aqui por um tempo, e eu estarei de volta em breve. — Se virou e olhou para os dez Cavaleiros de armadura preta que o seguiam. — Vocês fiquem aqui e protejam Loraine. 

— Sim senhor —  Os dez Cavaleiros de armadura preta saudaram com esmero.

Abel olhou para o homem de meia idade e disse — Lidere o caminho. 

— Por aqui — O homem de meia-idade liderou o caminho, e Abel o seguiu.

Na parte de trás da Cavalaria, apareceram seis Cavaleiros com armaduras de ouro da Guarda Real, guardando o portão da Nobre Corte Judicial. 

Abel sabia que esses Cavaleiros com armaduras douradas eram superiores com apenas um olhar. Esse príncipe parecia estar com muito medo!

Depois de suspirar, entrou na Nobre Corte e viu que o príncipe, vestido com um terno de estilo chinês, já havia se adiantado para recebê-lo. 

— Sua Alteza Real, é uma grande honra vê-lo! — Abel iniciou a interação. 

— Caro Barão Abel, peço desculpas pelo, digamos, desagrado que a família real lhe causou! — Liandre George deu cortesia e desculpou-se.

Abel começou a se perguntar. “A última questão foi resolvida, e deixamos apenas algumas questões de compensação. Como a atitude do Príncipe Herdeiro poderia ser tão humilde a ponto de vir aqui para se desculpar pessoalmente, não gostaria de reduzir a indenização? Para apenas um pedido de desculpas?”

O príncipe não queria estar aqui. Ele se tornaria o rei em poucos dias. Mas teve muitas trivialidades, e ouviu relatos de que o Barão Abel viria à Nobre Corre Judicial para compensação, então veio esperar pessoalmente.

A razão para a aparição de Liandre George foi muito simples, a relação entre o Comandante Hoover e Abel. 

O Comandante Hoover tinha um status muito alto, mas naquele dia do conflito, apareceu para ajudar Abel, o que também mostrou que ambos tinham um relacionamento extraordinário. O Comandante de Hoover o apoiou para ser o rei para que pudesse derrotar seus irmãos e obter o trono, então desta vez, teve que tirar um tempo de sua agenda lotada para trabalhar com Abel.

Abel encontrou o Comandante que havia lutado contra ele naquele dia atrás do príncipe. Embora não soubesse o nome do mesmo, disse educadamente — Senhor Cavaleiro, é um prazer reencontrá-lo!  

— Honrado Barão Abel, sinto muito pelo meu comportamento imprudente naquele dia! — O Comandante ordenou de maneira solene. 

Esta foi uma etiqueta de desculpas muito formal, e esta cerimônia só poderia ser realizada para pessoas que tinham uma identidade mais elevada do que elas. 

Esta foi uma surpresa para todos no salão.

Ele era um Cavaleiro Comandante, o poder de combate de alto nível mais importante do reino. Por mais honrado que fosse Abel, não era digno deste Comandante dar uma atitude tão solene. 

Abel se sentiu estranho, mas logo respondeu — Tudo foi resolvido e você acabou de completar sua tarefa.

— Obrigado por seu perdão! — O Cavaleiro terminou sua etiqueta de desculpas. 

— Prezado servo árbitro da justiça e ordem, muito prazer em conhecê-lo! — Abel saudou dois homens de meia-idade vestindo uniformes pintados com a Estátua do Deusa da Justiça e da Ordem.

— Olá, Barão Abel! — Foi o juiz que tratou do conflito familiar de Abel anteriormente.

Quando falou com o juiz, os olhos de Liandre George olharam estranhamente para os Cavaleiros. Desta vez, levou os Cavaleiros com ele apenas para protegê-lo, mas não esperava que se desculpasse de maneira tão solene!

O Cavaleiro deu uma piscadela para Liandre George e indicou-o a olhar para a cintura de Abel, onde pendia um emblema.