Capítulo 119 – O Príncipe Mais Velho
por Maga『 Tradutora: Maga | Revisor: Metal_Oppa 』
O príncipe Liandre apertou os olhos ao ver o que estava carregando. Ele era um membro crucial da Família Real. Claro, sabia o que este objeto em posse de Abel significava.
Era um emblema de identificação do Mago Intermediário, Morton, que era o Mago guardião deste Ducado e o Mago mais poderoso do mesmo.
Por que Abel teria algo a ver com a Torre Mágica de Morton? Pelas informações que o príncipe Liandre recebeu, era apenas um aprendiz de um Mago Aprendiz na Torre Mágica de Yveline.
E agora. O valor da indenização teria que mudar por causa disso. O futuro rei não deveria ser muito mesquinho com seu dinheiro.
Estava buscando se dar bem com o Mago Morton. Se pudesse se tornar um de seus “amigos” de confiança, precisaria de muito menos guardas sempre que fosse sair do palácio.
— Perdoe-me. — Liandre sorriu ao dizer a Abel — Sobre a compensação. Houve uma pequena mudança, se não se importa.
Abel franziu um pouco a testa ao ouvir isso. O príncipe realmente veio aqui para negociar a quantia com ele? Quão pobre o Ducado estava se tornando?
— Hum, você vê, — O príncipe Liandre George continuou — Sobre a compensação que deveria receber. Não achei que fosse bom o suficiente para uma compensação, então decidi substituí-lo pelo Armazém de Vinhos. Se quiser, o Palácio Real gostaria de fazer um pedido de desculpas mais sincero.
O Armazém de Vinhos é uma das melhores casas de vinho em todo o Ducado Camelot.
Na verdade, possuía muito vinho bom de lá em sua coleção na mansão Avenida do Triunfo.
— Você é muito gentil, Alteza. — Abel agradeceu com sinceridade a Liandre.
— Contanto que você goste, meu caro Sr. Abel! — O príncipe George Liandre respondeu. A julgar pelo sorriso no rosto de Abel, sabia que seu plano havia funcionado. O custo poderia ser um pouco maior do que o esperado, mas Abel claramente não poderia dizer não a ele.
— Tudo Bem, então — O príncipe Liandre estendeu a mão direita, então se virou para olhar os dois juízes no tribunal.
— Vamos resolver isso na frente da Deusa da Justiça e da Ordem. Deste ponto em diante, não haverá conflito entre nós. Espero que possamos nos tornar bons amigos.
— Sim sua Majestade. Não haverá mais conflitos entre nós. Estou honrado em ser seu amigo! — Quando Abel estendeu a mão também, os dois apertaram as mãos no ar e declararam sua amizade ao público.
— Muito bemn— Disse o juiz solenemente — Pela Deusa da Justiça e da Ordem, um contrato foi concluído!
Um contrato foi feito entre as duas partes. Em uma sociedade como esta, apertar as mãos era uma forma comum de resolver conflitos.
Uma vez que o ato fosse oficialmente reconhecido, nenhum dos lados teria permissão para trazer o conflito à tona no futuro.
— Você terá que me desculpar. Tenho alguns negócios a tratar agora — Disse o príncipe Liandre. Desde que a audiência na corte foi decidida, realmente não havia razão de ficar mais tempo.
— Sim sua Majestade. Desejo-lhe um bom dia. — Abel disse e se despediu do príncipe Liandre com uma reverência. Enquanto o príncipe Liandre saia, o homem de meia-idade que trouxe Abel aqui ficou. Agora era sua vez de negociar com Ken.
Como o Armazém de Vinhos foi entregue tão rapidamente, muitos negócios tiveram que ser feitos. Não se importou muito com a entrega.
Ele era um nobre, seria ridicularizado se participasse de uma negociação comercial como essa. Em vez disso, se virou para o juiz e perguntou.
— Sobre a Família Benson, sua compensação já chegou?
O juiz respondeu com um sorriso — Sim. O chefe da Família Benson enviou ontem!
O juiz não sabia exatamente quem era Abel, podia fazer muitas suposições depois de ver como o príncipe Liandre e o Cavaleiro Comandante foram educados com ele, mas uma coisa era certa: “Sr. Abel” não era um simples ninguém. Até o príncipe teve que mostrar algum respeito por ele.
— Certo. Vamos resolver tudo hoje — Disse com satisfação, estava feliz com a forma como as coisas estavam indo tão bem, especialmente com a cooperação da Família Benson.
— Sim senhor. Vou enviar alguém para entregar tudo ao seu mordomo — Respondeu o juiz. Abel ficou esperando Ken cuidar da transferência. Ao fazê-lo, um dos funcionários da Corte Judicial passou-lhe uma xícara de café.
Abel fez algumas contas enquanto esperava por Ken. Honestamente, era um homem bastante rico agora, tinha dois vinhedos na Cidade Bakong, duas lojas na Rua da Glóriaum vinhedo em sua mansão na Avenida do Triunfo e o Armazém de Vinhos.
…
— Desculpe por deixá-la esperando Loraine — disse se desculpando. Não achou que esta audiência no tribunal demoraria tanto. Loraine ficou esperando na carruagem o tempo todo.
— Está tudo bem! Você não me deixou esperando por muito tempo — Loraine sorriu como sempre. Por razões que ela não tinha certeza, gostava da sensação de esperar por Abel. Além disso, já era uma alegria para ela poder sair com ele.
— Vamos comprar um monte de roupas bonitas para você agora, ok, Loraine? — riu de maneira exagerada.
— Muitas? Isso não é meio caro? — Loraine olhou para Abel.
Abel começou a bagunçar o cabelo de Loraine com a mão.
— Eu ganhei um monte de moedas de ouro naquele agora pouco, entendeu? E já que você veio comigo, como posso não compartilhá-las com você? — Loraine não gostou de Abel bagunçando seu cabelo. Ela virou a cabeça para longe de sua mão, mas o sorriso em seu rosto estava cheio de alegria.
…
— Que tal este? Gosta deste, Loraine? Vamos comprar algumas roupas aqui — Abel não sabia muito sobre roupas femininas e foi o mesmo para Ken, mas ele averiguou de antemão muitas lojas desde que chegou à Cidade de Bakong. Afinal, era um mordomo profissional, então não foi difícil para encontrar a loja mais popular aqui.
— Não se preocupe com o tamanho — Disse Abel a Ken — Vamos contratar um alfaiate quando voltarmos para casa.
Abel e Ken eram ambos nobres. Dito isto, a cidade em que viveram não estava exatamente no nível superior, e a qualidade de vida era bem diferente da Cidade de Bakong.
Embora fosse muito mais conveniente aqui, não conhecia ninguém. Nem mesmo um alfaiate que pudesse personalizar roupas para ele, e também não era como se tivesse tempo. Assim, cabia a Ken encontrar a pessoa certa.
Ao entrarem na melhor loja de roupas femininas da Avenida da Glória, viu algumas roupas que conhecia muito bem.
Na verdade, era bem parecido com as que tinham na Terra. Havia vestidos extravagantes, roupas comuns, algumas roupas íntimas femininas, e tudo estava pendurado para exibição.
— Posso ajudá-lo senhor? — Uma bela moça fez uma reverência e perguntou.
— Sim — disse — Uh, muito, na verdade. Você pode ajudar minha irmãzinha a escolher algumas roupas? Precisamos de todos os tipos que você tiver.
— Mas é claro senhor! — A atendente disse com os olhos brilhantes, e seu sorriso tornou-se ainda mais profissional para os clientes ricos na frente dela — Por favor, sente-se aí enquanto espera.
Desde que veio aqui para comprar algumas roupas, decidiu deixar todos os guardas do lado de fora.
Esperando Loraine terminar, se sentou em um local de descanso designado para homens e desfrutou de algumas bebidas.
— Uau, que belo estabelecimento você tem aqui! Você tem serviços muito bons! — Abel disse admiravelmente. Verdadeiro. Muitas vezes, até mesmo as lojas da Terra não seriam tão amigáveis com seus clientes.
Depois de pedir um copo de suco, esperou por Loraine enquanto ela terminava de selecionar suas roupas.
De repente, a porta da loja se abriu. Uma equipe de guardas, liderada por um Cavaleiro de Elite, entrou. Vendo que não havia ninguém importante aqui, o Cavaleiro de Elite gritou rudemente — A Sra. Daisy estará aqui em breve! Por favor, todos, deixem este lugar para que ela possa fazer compras aqui!
— Quem ele pensa que é? — Um jovem de terno choramingou. Difícil culpá-lo, para ser justo. Aquele “por favor” não soou nada educado.
Outro homem respondeu — É a Sra. Daisy. Ela é a amante do príncipe mais velho. Vamos embora. Não há nada que possamos fazer.
— Pelos Deuses! Essas pessoas não têm vergonha nenhuma? — O homem reclamou, mas continuou a se dirigir à saída com o outro rapaz.
Abel balançou a cabeça ao ver isso. Que sociedade injusta era essa. Como podia a amante do príncipe mais velho ser tão insensata no meio da cidade? Até os nobres eram enxotados aos gritos como meros camponeses.
— Você gosta desses, Abel? — Loraine veio com a atendente.
— Eles são bonitos, contanto que goste deles. Vamos embalá-los todos, Loraine. Vamos sair da loja agora.
Abel não queria causar nenhum problema aqui. Ninguém sabia quem ele era. Ele não estava exatamente perdendo a cara, então poderia não ser o centro das atenções desta vez.
— Obrigada Abel! — Loraine entregou as roupas à atendente.