Índice de Capítulo

    “Claro,” Zorian concordou de imediato, não tendo nenhuma intenção de honrar a restrição de verdade.

    “E eu quero que você me consulte antes de fazer qualquer coisa perigosa no futuro,” Ilsa alertou. “Há mais alguma coisa que eu deva saber?”

    “Na verdade não,” disse Zorian. Ilsa lançou-lhe um olhar duro. Hmm, talvez ele devesse jogar um osso para distraí-la antes que ela começasse a monitorá-lo. “Bem, vou me encontrar com minha tutora aranea com frequência, mas ela é totalmente inofensiva. Ela não faz mal a uma mosca, apesar de ser uma aranha gigante.”

    “Ah sim, as aranhas,” Ilsa disse com evidente desgosto. “Não se preocupe, Imaya já me contou sobre sua… condição. Eu queria falar com você sobre isso, mas vou esperar até que possamos nos encontrar em um ambiente mais privado.”

    Zorian assentiu, apreciando a discrição de Ilsa. Kael ainda não sabia sobre toda a extensão de suas habilidades mentais e Zorian não acreditava que fosse a hora de revelá-las. Ele ficou meio desapontado por Imaya ter contado a Ilsa sobre sua condição sem pedir sua permissão. Não foi de forma alguma inesperado, mas ainda assim decepcionante.

    “Estou curioso,” Kael disse. “Se sua professora não machucasse uma mosca, o que ela come? Tenho certeza de que todas as aranhas são carnívoras estritas.”

    “Principalmente ratos e cães vadios,” respondeu Zorian.

    “Ratos?” Kirielle perguntou com desgosto.

    “Disseram-me que os ratos podem ficar muito grandes em Cyoria,” explicou Zorian.

    “Cara, eles podem,” confirmou Taiven. “Eu juro que uma vez vi um deles perseguindo um gato em vez do contrário…”

    “Ela está apenas contando histórias de pescadores,” Imaya rapidamente assegurou à Kirielle perturbada. “Morei aqui toda a minha vida e nunca vi nada igual.”

    “Como você sabe que os humanos vadios também não estão em sua dieta?” perguntou Ilsa.

    “De acordo com Novidades, a ideia é tão provável quanto um grupo de humanos caçando um dragão ocasional para colocar um pouco de carne na mesa — ou seja, não muito. Quase sempre há presas mais fáceis por aí,” respondeu Zorian. “Não que as araneas sejam inofensivas, longe disso, mas se elas me matarem não será porque elas querem me comer.”

    “Novidades?” Kael perguntou.

    “Esse é o nome da aranea que me ensina,” Zorian encolheu os ombros. “Bem, tecnicamente o nome dela é Caçadora Entusiástica de Novidades1, mas isso é muito longo e ela não se importa se eu abreviar.”

    “Esse nome parece estúpido,” disse Kirielle.

    Zorian abriu a boca para dizer a ela que Kirielle também era um nome estúpido quando teve uma ideia melhor. Por um lado, era melhor evitar brigas imaturas com ela quando estavam sozinhos. Por outro, acabara de ter uma ideia muito mais divertida e diabólica.

    “Quer conhecê-la?” Zorian perguntou.

    “O que?” Kirielle perguntou.

    “Novidades. Quer conhecê-la?”

    Kirielle ficou em silêncio, refletindo sobre isso. “Não sei. Eu não gosto de aranhas. Elas são nojentas.”

    “Bem, tudo bem,” Zorian deu de ombros. “Eu só achei que você aproveitaria a chance de se encontrar com uma membra de uma raça reclusa de criaturas mágicas com quem poucos humanos podem se gabar de falar. Uma oportunidade única na vida e tudo isso. Mas acho que entendo…”

    “Umm, bem…” Kirielle se atrapalhou. “Na verdade, mudei de ideia. Ela não vai tentar me tocar, vai?”

    Claro que ela ia tentar tocá-la. Novidades queria tocar em tudo. Ela mesma admitiu que uma vez enfiou uma das pernas em uma chama para ver o que aconteceria.

    “Tenho certeza que ela manterá distância se você pedir com educação,” Zorian disse a ela.

    Ele nunca saberia como manteve uma cara séria depois de dizer isso a ela. Às vezes, ele surpreendia até a si mesmo.

    A conversa continuou por um tempo depois disso, mas enfim começou a se esgotar. Ilsa e Taiven pediram licença e foram embora, enquanto Kirielle se divertia tentando ensinar Kana a desenhar. Claro, ao contrário de Kirielle, Kana era uma criança típica com aptidão para desenhar apropriada para a idade (ou seja, terrível), mas nem Kirielle nem Kana pareciam desencorajadas por isso. Zorian pediu licença e foi para seu quarto para ver se poderia fazer algum trabalho antes que Kirielle viesse procurá-lo.

    O que não aconteceu — apenas um minuto depois que ele se sentou em sua cama, Kael apareceu e bateu no batente da porta para chamar sua atenção.

    “Estou interrompendo alguma coisa?” ele perguntou.

    “Não, eu só estava pensando no que fazer. Você precisa de algo?” perguntou Zorian.

    “Mais ou menos,” disse Kael. “Eu só vim para te dizer que você não precisa mais dançar em torno da questão da sua magia mental. Eu já descobri que você não é apenas um empata.”

    “Kirielle te contou, não foi?” Zorian suspirou.

    “Não me contou, mas me deu pistas suficientes para descobrir. Ela é uma criança tagarela. Mas não há necessidade de ficar com raiva dela, não é como se eu fosse virar contra você só porque você está aprendendo a ler os pensamentos das pessoas.”

    “Obrigado,” disse Zorian. “Embora, sendo franco, seria meio hipócrita de sua parte me evitar por me envolver em magias proibidas, senhor necromante júnior.”

    Kael recuou de imediato em estado de choque e deu a ele um olhar de olhos arregalados. “O-O quê!? Não é possível…”

    Zorian fez um gesto para que ele se acalmasse e Kael logo calou a boca e olhou pelo corredor para se certificar de que ninguém estava ouvindo. Zorian sabia que não, ele podia sentir que todos os outros residentes ainda estavam na cozinha. Com seu escrutínio feito, Kael rapidamente entrou na sala e fechou a porta, apoiando seu peso nela.

    “Como?” ele perguntou. Ele parecia mais em pânico do que ameaçador no momento, mas Zorian sabia que isso poderia mudar a qualquer momento se ele não obtivesse uma resposta satisfatória.

    “Você conhece o feitiço fechadura arcana?” Zorian perguntou.

    “Eu… sim,” Kael disse, ainda soando bastante atordoado.

    “Tranque a porta, então, e vou me certificar de que estamos a salvo de qualquer adivinhação perdida,” disse Zorian, e imediatamente começou a lançar uma proteção de adivinhação temporária na sala. Não era nada sofisticado, mas evitaria tentativas simples de vidência e, com sorte, o notificaria se algo mais complexo os visasse. Não que ele achasse mesmo que precisariam, mas era uma boa prática e era sempre bom ser cuidadoso o suficiente.

    5 minutos depois, a sala estava tão segura quanto Zorian poderia torná-la tão rápido e Kael parecia cada vez mais impaciente. Zorian decidiu seguir em frente. Ele abriu a boca e começou a falar.

    “Deixe-me contar uma história de tempo perdido e um mês que se recusa a terminar…”

    * * *

    O trabalho adolescente não remunerado era uma tradição antiga entre os magos. Embora o antigo sistema de aprendizes tenha sido amplamente substituído por academias mágicas especializadas, e a qualidade dos jovens magos tenha melhorado muito como consequência, havia algumas coisas que não podiam ser aprendidas na sala de aula. Para coisas assim, um mago precisava de um mentor — alguém para mostrar-lhes os truques do ofício, ensinar-lhes habilidades únicas e feitiços que eles desenvolveram e não compartilhavam levianamente com os outros, ou apenas conectá-los com as pessoas certas. Esses mentores no geral tinham muito trabalho que consideravam abaixo deles, idealmente de um tipo que aproveitava a habilidade mágica de seus alunos e os preparava para sua futura vocação.

    Idealmente.

    Enquanto Zorian caminhava para sua sala de aula, meia hora antes de qualquer um de seus colegas, ele refletia sobre o fato de que a vida era poucas vezes ideal. Na prática, muito do trabalho dado aos aprendizes consistia em tarefas que seu mentor considerava inferiores a eles ou em trabalhos variados. Os deveres do representante de classe, por exemplo, eram em grande parte uma gigantesca perda de tempo. 

    Nos reinícios anteriores, esse fato não o incomodou tanto — o trabalho era bastante fácil, desde que você não o levasse tão a sério quanto Akoja — mas desta vez ele tinha tantas coisas competindo por sua atenção que ressentiu-se de que esse dever adicional fosse acumulado em cima de tudo. Talvez ele não devesse ter convencido Ilsa a tomá-lo como seu aprendiz neste reinício, mas, bem, o que está feito está feito.

    Ele bocejou. Supôs que estava apenas mal-humorado hoje, já que tinha dormido muito pouco na noite passada. Sua conversa com Kael durou horas literais, já que o outro garoto queria saber absolutamente tudo e ficava pedindo detalhes. Embora Zorian não invejasse o outro garoto por querer respostas e considerasse o tempo bem gasto, ele meio que planejava usar esse tempo para ler as tarefas de pesquisa que havia coletado de seus colegas em nome de Ilsa. 

    Tarefas que ele tinha que dar a Ilsa hoje, completas com correções e recomendações de notas. Ele pensou que seu conhecimento de reinícios anteriores tornaria a tarefa uma brincadeira de criança, mas parecia que algo sobre suas grandes mudanças para este reinício fez com que Ilsa fornecesse tópicos completamente diferentes para pesquisa e ele tivesse mesmo que ler tudo do zero.

    Olhando para dentro da sala de aula, ele viu que Akoja já estava lá dentro. Ele revirou os olhos para a pontualidade excessiva dela e marcou-a como presente em sua pequena folha de presença. O quadro-negro estava cheio de desenhos horríveis, confissões de amor e outras porcarias, mas ele sabia que não deveria limpá-lo agora — um quadro-negro limpo era irresistível para alguns dos idiotas de sua classe, e eles sem dúvida fariam uma bagunça de novo até que o professor aparecesse. Quem sabe, talvez se ele o deixasse sozinho por tempo suficiente, Akoja cuidaria disso por sua própria iniciativa, como às vezes costumava fazer.

    Os primeiros a chegar foram, de forma surpreendente, já que no geral não cumpriam o horário, Aneka e Armie — os (in)famosos gêmeos Ashirai. A família Ashirai produziu gêmeos vinculados pela alma como seus descendentes com frequência, e as duas irmãs com quem ele dividia sua classe não eram diferentes. Zorian pensou em pedir ajuda a elas quando pensou que estava ligado a Zach, ou pelo menos questioná-las sobre a mecânica dos vínculos da alma, mas acabou decidindo que seria uma má ideia. 

    Por um lado, as famílias de magos tendiam a guardar zelosamente suas magias familiares, e era óbvio que a família Ashirai tentava se tornar uma Casa oficial com sua própria especialidade mágica centrada em seus vínculos da alma. Perguntar muito sobre o estilo de sua família poderia acabar explodindo em seu rosto de forma espetacular, e Zorian não estava disposto a arriscar, loop temporal ou não. Uma segunda preocupação era que as gêmeas não eram confiáveis. Nível Benisek não confiável. Elas eram pequenas idiotas risonhas que não levavam nada a sério e não ficariam quietas mesmo que ele as pagasse.

    Não, com certeza foi inteligente da parte dele ficar longe delas.

    O próximo a chegar foi Kael, que parecia que não conseguiu dormir muito bem depois das revelações de ontem, e acabou decidindo vir mais cedo. Eles não conversaram muito antes que o menino morlock decidisse se retirar para seu lugar, mas Zorian já podia ver que haveria mais questionamentos em um futuro próximo. Ótimo. Ele havia esquecido o quão inquisitivo e interessado no loop temporal Kael tinha sido a última vez que ele esteve ciente disso.

    Briam, Naim e Edwin foram marcados como presentes a seguir. Briam acenou para ele quando passou, sua outra mão segurando seu familiar drake de fogo perto dele, enquanto Naim e Edwin estavam muito absortos em sua conversa para notá-lo. Zorian não se importava mesmo, não era como se ele conhecesse nenhum deles tão bem. Naim era um mago de primeira geração, muito parecido com Zorian e Akoja — filho de algum soldado que ascendeu ao posto de general após as disrupções causadas pelas Guerras de Fragmentação. 

    Edwin tinha pais criadores de golens, e eles claramente transmitiram seu entusiasmo pelo ofício para Edwin — ele estava sempre consertando vários mecanismos e fazendo projetos, mesmo durante palestras ou outros momentos em que deveria estar se concentrando em outra coisa.

    A próxima a chegar foi Raynie — a misteriosa ruiva que foi transferida para a classe deles no ano anterior. Ela era reservada, educada, extremamente atraente, uma boa aluna e se recusava a contar a alguém sobre sua família ou origens. A única que sabia algo concreto sobre Raynie era Kiana, outra de suas colegas de classe, e ela era resoluta em seu silêncio.

    E assim foi, aluno após aluno, até que a lista estivesse completa e ele pudesse enfim entrar e tentar descansar um pouco antes da aula começar. Ele apagou o quadro-negro com um único feitiço de alteração de forma distraída, fazendo com que o giz descascasse da superfície e caísse no chão, e sentou-se para esperar.

    * * *

    “Não, Ben, você não pode entregar sua tarefa daqui a uma semana,” Zorian declarou. “O prazo era ontem. Tenho que entregá-los a Ilsa hoje. Você não vê o problema aqui?”

    “Vamos, Zorian, é para isso que servem os amigos,” reclamou Benisek. “De que adianta ter seu melhor amigo como representante de classe se você não pode pedir a ele para lhe dar uma folga?”

    “Você não está pedindo um favor, você está pedindo a lua,” Zorian disse a ele, dando-lhe um olhar fixo. “Não posso ajudá-lo a esse respeito.”

    “Mas eu não posso mesmo receber outro demérito,” disse Benisek, dando-lhe um sorriso esperançoso.

    “Complicado,” disse Zorian. “Acho que você deveria ter pensado nisso antes de decidir ignorar completamente outra tarefa de Ilsa. Você já sabe que ela não suporta alunos boicotando seu dever de casa.”

    “Ela é completamente ridícula!” disse Benisek. “Que tipo de professora dá 3 tarefas durante a primeira semana do ano?”

    “Umm,” uma nova voz interrompeu. Zorian ofereceu uma oração em silêncio para quem ainda estava ouvindo nos planos espirituais pela interrupção. Ele estava pronto de verdade para estrangular Benisek para fazê-lo calar a boca. Não era a primeira vez que ele sofria com essa conversa, mas no geral não ficava tão cansado ao lidar com seu… amigo. Ele estava honestamente repensando sua conexão com o menino neste momento.

    Como se viu, a interrupção foi feita por Neolu, embora Kiana e Jade também estivessem atrás dela. As três seguravam uma folha de papel.

    “Eu sei que o prazo para a tarefa era ontem, mas eu estava pensando-“

    “Se você pudesse entregá-lo agora?” Zorian terminou.

    Ela assentiu com afinco e estendeu o papel para ele.

    “Não,” Zorian recusou.

    “Sério?” Jade se intrometeu. “Você vai fazer um grande alarde sobre isso?”

    “Sim?” Zorian perguntou sem esperar uma resposta.

    “Por que apenas não deixamos isso aqui,” disse Kiana, colocando sua tarefa na mesa dele, “e você pode decidir se quer se incomodar com isso quando Benisek terminar de aborrecê-lo e você se acalmar um pouco.”

    “Ei!” Benisek protestou.

    “Claro,” Zorian deu de ombros. “Façam isso.”

    Zorian observou com paciência enquanto as três deixavam suas tarefas em sua mesa e saíam da sala de aula, esperando até que Benisek enfim desistisse de convencê-lo a… escrever a tarefa de Benisek para ele, supôs? E então ele tirou uma caneta de sua mochila com calma e escreveu não entregou a tarefa dentro do prazo no topo de cada folha de papel antes de enfiá-las sem cerimônia em sua mochila junto com as outras tarefas. Pronto, deixe Ilsa decidir o que fazer com elas.

    “Por que você ainda está aqui, Ako?” Zorian suspirou, virando-se para a última pessoa que restava na sala. “Sua tarefa foi impecável, se é isso que está preocupando você.”

    “Estou feliz que você decidiu assumir o meu cargo,” disse ela. “Eu não acho que poderia ter passado por mais um ano disso. Quando aceitei o cargo em nosso primeiro ano, os professores disseram que era um privilégio. Que haveria benefícios para o representante de classe. Que imporia respeito. Mas era tudo uma farsa e na hora percebi que ninguém era estúpido o suficiente para tirar o cargo de mim.”

    “Ei …” protestou Zorian de leve.

    “Eu não estou dizendo que você é estúpido por aceitar,” ela esclareceu de imediato. “Você aceitou porque veio junto com o aprendizado com Ilsa. Você foi muito mais inteligente sobre isso do que eu.”

    “Mais como menos ingênuo,” disse Zorian. Ela se encolheu com a observação dele; parecia que ele bateu perto demais para o conforto. “Por que você investiu tanto esforço nisso se você odiava? Por que só não boicotar a coisa toda?”

    “Porque seria errado,” ela enfatizou. “Você não deve se esquivar de suas responsabilidades. E eu havia aceitado os deveres de representante de classe como minha responsabilidade.”

    Zorian deu a ela um olhar incrédulo.

    “O que?” ela desafiou. Desafiou-o a dizer que ela estava errada.

    “Nada,” disse Zorian. Ele não queria discutir com ela. Desde que começou a desenvolver sua empatia, ficou cada vez mais certo de que ela tinha uma queda por ele. Uma pequena, mas estava lá. E embora ele não retribuísse os sentimentos dela, também não queria machucar seu emocional. E ele a teria machucado se começasse a falar com ela com sinceridade — eles eram duas pessoas muito diferentes, com visões de mundo e ideais diferentes, por mais que Akoja parecesse pensar que eram parecidos.

    “Ouça, Ako,” disse ele, levantando-se de seu assento. “Passei a maior parte da noite passada lendo as tarefas e não sou a melhor pessoa para manter uma discussão filosófica agora. Podemos deixar isso para outro dia?”

    “Você não deveria ter procrastinado até o último dia,” disse Akoja. “Isso é quase tão ruim quanto o que aquelas três fizeram.”

    “Não, não é,” Zorian discordou. Ele ergueu a mochila em um braço e se levantou do assento. “E é indelicado assumir as coisas assim. Vejo você por aí, Ako.”

    “Espere!” ela disse. Zorian de repente sentiu uma onda de nervosismo emanando dela, e o fato de ela torcer as mãos sob a mesa e olhar para qualquer lugar, menos na direção dele, completou a impressão. “Eu… podemos conversar? Agora não, mas… gostaria da sua opinião sobre uma coisa.”

    Crap. Isso nunca havia acontecido antes em nenhum dos reinícios. O que a desencadeou? Esperava mesmo que isso não fosse uma confissão de amor, ele não podia se permitir esse tipo de drama agora.

    “Pode esperar até a próxima semana?” ele perguntou. “Estarei muito ocupado nos próximos dias.”

    “Sim,” ela concordou de imediato. “Perfeito. Preciso reunir meus pensamentos sobre o assunto de qualquer maneira. Eu vou… eu vou te contar quando estiver pronta.”

    1. não lembro se é o nome igual, ent se não for, reportem erro[]

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