Capitulo 22 — Nada
???
Onde estou? Quem sou?
Perguntas sem respostas ecoavam neste lugar, por muito ou pouco tempo ninguém sabia.
O que sou? Por quê? Ninguém me responde. De onde eu vim? Tem alguém aí?
Um silêncio se fazia presente. As perguntas continuavam, mas ninguém as respondia. Elas eram ouvidas, mas incapazes de serem respondidas.
Eu não sei.
Mais alguém falando ao vazio. Todos conseguiam ouvir, mas não responder. Todos estavam condenados a escutar os gritos de alguém.
Ninguém podia ver, pois a única coisa que viam era a escuridão, o puro nada. Mas o que era esse nada? Ninguém sabia.
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Tem alguém aí?
Mais uma pergunta ao nada. Quanto mais tempo se passava, mais vozes sumiam e outras novas surgiam novamente gritando para o nada.
Muitos choravam, mas de nada adiantava. O que o nada poderia fazer? Ninguém possuía corpo, apenas consciências flutuando no nada.
O que fiz para parar aqui neste lugar?
Uma pergunta que ecoou no vazio, sem resposta.
Mas dentre as enumeras almas que ali se encontravam, uma delas fez algo diferente. Em vez de continuar perguntando ao nada, ela decidiu perguntar a si mesma:
???(em seus pensamentos): O que fiz para estar aqui?
Você não se lembra do que fez?
??? (em seus pensamentos): Que voz é essa? Quem está falando?
Eu sou a sua voz.
??? (em seus pensamentos): como assim minha voz?
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Sim, a sua voz. Não acha estranho você estar conseguindo falar sem memória?
??? (em seus pensamentos): é mesmo estranho, mas eu não sei. Eu apenas consigo, e não é disso que eu queria estar falando sobre.
E do que você queria estar falando?
??? (em seus pensamentos): Eu queria falar de como vim parar aqui, de onde estou, do por que estou aqui, do que é este lugar.
Eu entendo. Então, você quer suas memórias de volta, é isso?
??? (em seus pensamentos): Eu acho que sim, eu quero.
Existe uma forma de recuperá-las, mas quase todos falham.
??? (em seus pensamentos): Como assim quase todos? E que forma é essa?
Você está ouvindo a maioria de todos que vêm parar aqui. Apenas gritam, choram, riem, enlouquecem para o nada, para o vazio. Elas perguntam para o nada em vez de perguntar a si mesmas, mas sempre tem quem o faz, como você o fez. Esse seria o início da “forma” de sair.
??? (em seus pensamentos): Mas como você sabe de tudo isso?
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Isso não posso e nem sei dizer. O que posso e consigo dizer é que quando você me recuperar, saberá.
??? (em seus pensamentos): Recuperar você como farei isso?
Apenas abra os olhos.
??? (em seus pensamentos): Olhos? O que é isso?
É o que está acima da sua boca, digo, acima do seu nariz.
??? (em seus pensamentos): E o que seria isso?
Espere…
Um tempo se passa.
??? (em seus pensamentos): Olá, você está aí?
Sim, eu estou. E olá para você também.
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??? (em seus pensamentos): Você me pediu para esperar, e eu esperei.
Pois esperou. Obrigada. Então, espere mais um pouco…
Após isso, a alma esperou e retornou, dizendo que havia esperado, mas novamente a voz em sua cabeça o mandou esperar.
??? (em seus pensamentos): Eu estou cansado de esperar. O que eu estou esperando afinal?
Não posso dizer, mas se não aguenta esperar, deixe de esperar. Eu posso ir embora e te deixar.
??? (em seus pensamentos): Não, não vá. Eu espero.
Obrigada. Então, espere…
O tempo se passava, e a alma esperava. Ela aguardava algo, mas o que? Ela sempre se perguntava.
Após muito tempo ou pouco tempo se passar, a voz em sua cabeça o chamou.
Oi, você ainda está ai, ainda esperando?
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??? (alegre em seus pensamentos): Oi, sim, eu estou esperando.
Eu terminei, então abra os olhos.
A alma abriu os olhos e viu nada, mas precisamente a luz ou branco do nada e não a escuridão ou preto do nada.
??? (olhando o nada e pensando): Mas o que é isso?
Isso é nada.
??? (em seus pensamentos): Nada? O que é o nada?
O nada é o nada. Não há nada no nada.
Confusa, a alma vagava nesse nada. Quanto mais tempo passava, mais ela notava e percebia que não ouvia nada além de um aterrador silêncio.
— Abismo —Dentro da caverna da figura nebulosa.
—Figura nebulosa (sorrindo sinistramente): Já se passam quantos dias desde que eles morreram?
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??? (sério): 2 dias e meio para ser exato.
—Figura nebulosa (sorrindo macabramente): Será que deveríamos substituí-los, hihi?
??? (sério): Não, pelo menos por agora. Eu ainda confio neles, acredito que eles conseguirão.
—Figura nebulosa (sorrindo brilhantemente): Se afeiçoou um pouco a eles?
??? (sorrindo levemente, acariciando sua barba): Éhhh, talvez.
—Figura nebulosa (sorrindo com os dentes todos brilhantes): Você amoleceu com o tempo? Hihi.
??? (sério): Não queira me provocar.
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