Índice de Capítulo

    Abismo

    Onde Meiy se Encontrava:

    Com a tocha em mãos, Meiy caminhava naquele imenso breu.

    —Meiy (tremendo): E agora, o que faço?

    —??? (de forma ecoada): Você deve sair deste lugar.

    —Meiy (parando aos poucos de tremer): E como faço isso?

    —??? (de forma ecoada): Isso você terá que descobrir sozinha. Mas é melhor se apressar, pois essa tocha não queimará para sempre. Em algum momento, ela se apagará. (Pensa) Por que? Por que?.

    Meiy se enche de medo só de pensar que isso pode vir a acontecer.

    —Meiy (sentindo o medo aumentar): Mas, mas você pode fazer outra.

    —??? (de forma lamentosa): Infelizmente, não.

    —Meiy (com medo): Por, por que?

    —??? (de forma entristecida): São ordens que não posso e nem consigo desobedecer. (Pensando) De novo isso. (De forma calorosa) Mas como prometi, te ajudarei a acender as luzes. E mesmo que a luz se apague, eu estarei aqui com você. Então não se apavore, não deixe o medo dominar você. Seja mais forte que ele.

    —Meiy (deixando aos poucos o medo, tremendo): Eu… eu vou tentar. E a propósito, como te chamo?

    —??? (de forma ecoada): Pode me chamar de Ryza. (Pensando) Espero que não pereça como os outros.

    Então Meiy avança. Ela segue em frente com a companhia da tocha e da voz de Ryza que a reconfortava. Porém, não importava o quanto ela andasse, nada mudava. O fogo da tocha aos poucos diminuía seu brilho e com isso vinham calorosos sussurros: “Vamos, durma. Deite-se. Pare. Desista disso. Ceda. Aceite que não há como escapar.”

    Então Meiy tropeça e cai, deixando a tocha rolar para bem longe dela. Rapidamente, ela fecha os olhos, tampa os ouvidos e começa a chorar.

    —Meiy (com medo e chorando): Vão embora, parem! Vão, vão!

    —Ryza (de forma calorosa): Não fique com medo, eu estou aqui com você.

    —Meiy (chorando): Eu sei, mas eu não quero olhar.

    Enquanto Meiy chorava, uma criatura se formava próxima a ela. Ela vinha lentamente com um punhal. Ao se aproximar, a criatura levanta a mão com o punhal, preparando-se para atacá-la. A lâmina desce, mas Ryza alerta Meiy antes que o punhal a atinja, fazendo-a se esquivar.

    —Meiy (com medo): Quem está aí?

    A criatura não responde e some nas sombras.

    —Ryza (aliviada): Essa foi por pouco. (Preocupada) Você está bem?

    —Meiy (com o coração acelerado): Sim, eu… eu estou, graças a você. Obrigada.

    —Ryza (de forma calorosa): Como eu disse, não te abandonarei. Mas não poderei te proteger para sempre. Então vamos, você é capaz. Abra seus olhos.

    —Meiy (sentindo medo): Não, eu… eu não consigo. Tenho medo.

    A mesma criatura vinha, mas não sozinha. Outra surgia com ela, junto de um arpão que segurava. Ela o lança contra Meiy.

    Desta vez, mesmo com o aviso de Ryza, ela sofre um ligeiro corte em suas costas. Por sorte, não foi grave.

    —Ryza (entristecida): Vamos! Se não os abrir, eles irão matar você. E se isso acontecer, você irá para um lugar pior. (Pensando) Vamos, por favor, me ouça. Não quero ver mais alguém desaparecendo de novo.

    —Meiy (tremendo): Não, eu não, não! Eu não consigo.

    —Ryza (pensando): Mesmo que me castigue por isso, eu preciso. Não quero mais que se repita.

    Então Ryza se faz presente onde estava Meiy, não só como uma voz, mas agora de forma física, ou quase. Ela emitia um brilho frágil de seu corpo e assim se aproxima e segura a mão de Meiy.

    —Meiy (tremendo, tentando atacar Ryza): Não me toque! Morra!

    —Ryza (se esquivando): Acalme-se, Meiy. Sou eu, estou aqui com você. Se abrir os olhos, não estará mais sozinha.

    E assim, Meiy o faz. Ela abre seus olhos devagarinho e vê Ryza brilhando para ela.

    —Meiy (em lágrimas, a abraça): Obrigada.

    —Ryza (feliz e calorosa): De nada. Eu não vou te abandonar. (Pensando) Chega disso de tanta dor, medo e sofrimento. Dessa vez, protegerei alguém. Eu quero proteger alguém.

    Em outro canto do Abismo

    Uma criatura observava, furiosa.

    —Criatura (quebrando uma mesa): Argh! Por que fez isso, Ryza? Você se arrependerá amargamente disso!

    A criatura ergue o punho e criaturas grotescas surgem, com três olhos e duas bocas. Elas tinham a estrutura de lesmas, porém gigantescas.

    —Criatura (com seus olhos se avermelhando, abre um portal que se liga a onde Meiy estava): Vão, meus fiéis súditos! Acabem com eles!

    Antes que as criaturas atravessem o portal, o velho que fora salvo por Meiy entra no recinto.

    ??? (de joelhos com a cabeça baixa): Senhor Mílar, trago-lhe informações sobre o que se passa do lado de fora.

    —Mílar (fazendo um gesto para que as criaturas permaneçam): Desembuche.

    ??? (levantando a cabeça): Ao que parece, um país de nome Diverlite convocou um conselho entre algumas nações. Usando as habilidades que me deu, descobri que o objetivo é invadir o Abismo.

    —Mílar (com seus olhos ficando pretos): Invadir? Mas por quê?

    ??? (em um tom medroso, baixando aos poucos a cabeça): Peço perdão, mas não fui capaz de descobrir isso.

    —Mílar (sério): Não lamente. Essas informações que me deu me serão úteis. Levante sua cabeça. (Pega e atira um saco cheio de moedas de ouro) Pegue e vá visitar sua filha. Quando eu precisar de você, irei chamá-lo.

    ??? (feliz, quase chorando): O-obrigado, Senhor. Pode contar comigo.

    —Mílar (sério): Muito bem, agora vá.(pensando) Velho imprestável, eu já sabia disso, mas pelo menos ele provou que não mente.

    Mílar abre um portal para fora do Abismo, precisamente para um país chamado Greensgard e o velho atravessa-o.

    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.

    Nota