Capítulo 184: Maldição (4/5)

『 Tradutor: MrRody 』 『 Revisor: SMCarvalho 』

As regras do terceiro capítulo, o Altar das Sombras, eram simples: encontrar o membro da sua expedição possuído pelo doppelganger e oferecê-lo ao altar. Isso era tudo. Se estivéssemos corretos, o doppelganger residindo em seu corpo seria removido. Mas se estivéssemos errados?

“Eles serão incapacitados até a Fenda ser concluída.”

Em outras palavras, se eu jogasse minhas cartas corretamente, poderia me livrar de alguém que poderia me atrapalhar.

— Anão, seu rosto está estranho. Há algo de errado com sua cabeça?

— Hmm, vendo que você está tentando me expulsar desde o início, você é quem é mais suspeito aqui. — Meu primeiro alvo, o anão, não entrou em pânico e contra-atacou. Como eu pensei, ele não era fácil de lidar.

Mas o verdadeiro ataque começava agora. — Suspeito? Isso é estranho. Quando eu te conheci, você claramente parecia não saber nada sobre este lugar. Mas agora você fala como se soubesse?

— Oh, você está certo. — Quando Raven concordou, os companheiros de Hans G também começaram a ficar desconfiados. Isso fazia sentido. Nós acabamos de chegar aqui, e ainda não discutimos o que a terceira etapa envolvia. Então, como o anão sabia se defender?

— Isso é… — O anão pensou por um momento, então, sem esconder seu descontentamento, cuspiu: — Eu ouvi do Hans.

— …Mentindo para escapar dos problemas, huh.

Hans G interveio a tempo de ajudar o anão. — N-Não é mentira. Eu disse para ele.

— Disse para ele? Quando? — Como eu os mantive sob vigilância durante toda a jornada, não podia aceitar essa explicação.

— O-Ontem, durante a vigília.

Ele estava realmente fora da minha visão durante a noite, mas eu havia designado o Sr. Urso para eles por esse exato motivo. — Abman, isso é verdade?

— Claro que não. Os dois não tiveram esse tipo de conversa.

— Disse o Abman, que estava com você. Hans Chrisen, por que você está cobrindo o anão?

Quando dei um passo ameaçador à frente, Hans G acenou freneticamente com as mãos. — N-Não é uma cobertura. É a verdade! Usamos um item mágico para falar… Então o Sr. Urikfried não podia saber!

Uma conversa realizada com um dispositivo mágico… Não parecia uma mentira. Droga, quando eles ficaram tão próximos? Eu estaria em apuros se não tivesse descoberto isso agora. — Sobre o que conversaram? — Eu precisava descobrir.

— I-Iss… — Quando expulsei intencionalmente energia assassina, Hans G hesitou, incapaz de superar a pressão.

Quando estava prestes a cortar, o anão interveio como se para proteger o Hans. — Por que deveríamos te contar isso? Foi uma conversa privada. E isso parece ter esclarecido a questão de como eu sei sobre este altar. — Com aquele argumento hábil, ele não deixou espaço para réplica e encerrou resolutamente a conversa.

Claro, até agora não houve interrupção nos meus planos. Mesmo sem isso, eu tinha inúmeras maneiras de atacar esses caras. — A partir de agora, vamos falar sobre nós mesmos. — O anão era um aventureiro de Noark, e Hans G era alguém que este mundo considerava um espírito maligno. Se eu mirasse nesses pontos fracos, haveria inevitavelmente inconsistências em suas respostas. — Anão, qual é o seu nível de aventureiro? Você tem família? Irmãos?

— …Eu não quero falar sobre mim.

— Então você se recusa. — Eu sorri. Eles tinham o direito de permanecer em silêncio, mas tinham a responsabilidade de responder. Neste lugar agora, todas as perguntas eram justificadas.

— Com licença, acho melhor fazer o que o Sr. Yandel diz. Não estou dizendo isso porque ele é nosso líder de equipe, mas o fato é que há um doppelganger aqui, certo? — Raven forneceu apoio lógico.

Concordando que esse método era o melhor, o mago da equipe do Hans G também apoiou nossa opinião. — Vamos fazer isso. Não podemos simplesmente oferecer alguém ao altar cegamente. Vamos discutir isso juntos. Então saberemos quem é. Existem maneiras de discernir até um doppelganger.

A opinião pública foi influenciada em um instante. No final, o anão não teve escolha a não ser recuar. — …Certo. Então, como devemos fazer isso?

Foi Hans G quem respondeu à pergunta do anão. — Acho que a melhor seria magia de verificação? — Como um jogador, ele apresentou a estratégia mais clássica.

Mas naquele momento, o guerreiro com arma contundente da equipe do Hans G levantou a mão cuidadosamente e expressou uma preocupação. — Hum, mas eu ouvi que magia de verificação não funciona em todos?

Foi uma pergunta afiada que não parecia combinar com seu rosto mediano. Ele estava certo, a magia de verificação não funcionava em todos. Por exemplo, em mim.

Não funcionou em mim quando eu estava na Guilda naquela vez. Segundo a Raven, a resistência à mana era uma coisa, mas parecia que eu também tinha uma barreira mental inerentemente espessa.

— Não importa se não funcionar. Ouvi dizer que não funciona em doppelgangers, de qualquer maneira.

— Sim, é isso mesmo! Mas podemos pelo menos usá-la para reduzir o número de suspeitos.

— Verdade, mesmo isso será de grande ajuda.

Quando os cérebros da Raven e do Hans G combinaram suas vozes, não houve mais objeções. E assim, a caça oficial começou.

— Você é um homem?

— …Por que você está perguntando isso?

— Haha, só estou certificando que o feitiço está funcionando corretamente, então você pode responder como quiser.

— Como você pode ver, sou um homem.

— Isso é a verdade.

Os dois magos foram ao redor e tentaram verificar as palavras de todos com magia. Como resultado, nove pessoas foram identificadas como imunes ao feitiço: na equipe de Hans, Hans, o mago e a arqueira elfa; na equipe do anão, o anão, o arqueiro, o feiticeiro e o sacerdote; e na minha equipe, eu e a Raven. Como observação, o número superou minhas expectativas. Imaginei que seria o caso para magos e feiticeiros que tinham alta resistência à mana e força de vontade, mas havia outros aqui que também eram imunes a feitiços da verdade? Era porque todos aqui eram aventureiros bastante experientes?

“Eu não pensei que seriam mais da metade do grupo…”

Graças a isso, agora eu tinha uma dor de cabeça, mas meu trabalho continuava o mesmo. — Você é um doppelganger? — Primeiro, a mesma pergunta foi feita àqueles em que o feitiço de verificação estava funcionando, e todos responderam ‘não’ para reduzir significativamente a lista de suspeitos.

— Então, o maldito doppelganger está escondido entre os nove de nós. — Os olhos de todos estavam muito mais afiados enquanto nos olhávamos. Porém, a situação era bastante favorável para mim. — Eu vou primeiro.

Depois que aqueles que responderam ‘não’ foram removidos da lista, eu brandi uma espada de carrasco. Eu tinha apenas dois alvos: o anão e Hans G, que também eram os líderes de cada equipe.

— Onde você conseguiu o equipamento na mochila?

— Por que você está perguntando isso?

— Responda à pergunta.

— …Não vou te dizer.

“Exercendo o direito de permanecer em silêncio, huh? Tudo bem para mim.”

— Hans Chrisen, parece que você sabe muito sobre esta floresta. Onde conseguiu essa informação?

— Eu li em um livro.

— Qual é o título do livro?

— Isso… eu não vou te dizer.

Enquanto minhas perguntas continuavam, os ‘sem-comentários’ se acumulavam. Isso fazia parte do meu plano. Tecnicamente, essas não eram perguntas relevantes para encontrar um doppelganger, mas qualquer um que estivesse escondendo algo pareceria apenas suspeito.

— …Podemos ser imunes ao feitiço de verificação, mas vejo que ninguém quer responder com sinceridade?

O anão explodiu em risadas com meu murmúrio suspeito. — Como se você fosse diferente! — Parecia que eu havia atraído seu aggro corretamente. Depois de levar uma surra dos meus ataques pessoais hostis, o anão se recusou a segurar mais. — Quais essências você tem?

— …Eu não posso dizer.

— Porque você não consegue lembrar porque é um doppelganger? — Quando o anão abriu fogo, seus companheiros se juntaram e me atacaram por fazer o mesmo com o líder deles.

— Pensando bem, esse cara foi quem começou a questionar as pessoas sem evidências.

— Quase como se ele não se importasse com quem acabasse no altar…

— Não só isso, mas ele é lógico demais para um bárbaro.

Eu apenas permaneci em silêncio durante o ataque. Então, a equipe do Hans G também começou a me fazer perguntas. — Ouvi dizer que doppelgangers têm memórias falhas. Você se lembra da última vez que nos encontramos, na Terra dos Mortos? O que aconteceu então?

— Isso… eu não lembro muito bem.

— Hmm, você está dizendo que esqueceu?

— …Eu sou um bárbaro.

— Pft, que raça conveniente. — Quando não consegui responder, a arqueira elfa soltou uma risada cáustica. Parecia que meu ataque ao Hans G mais cedo a havia irritado… Oh, esses novatos.

— O fato de você estar insistindo que eu sou o doppelganger deve significar que você é a doppelganger! Missha, Ainar! Vocês também não acham?

— Huh? Uh, sim…

— B-Bjorn, o grande guerreiro, deve estar certo!

Até minhas companheiras de equipe tiveram uma reação morna à minha afirmação enfática e não participaram. Assim, os olhares sobre mim ficaram mais frios. Então, finalmente, o momento que eu estava esperando chegou.

Quando os ponteiros do relógio se sobrepuseram à meia-noite, uma luz branca começou a emanar do altar no centro do espaço.

Este era o item-chave desta etapa. Sem precisar de nenhum empurrão, Raven me explicou. — É a Pedra da Verdade. Ela faz com que uma pessoa só possa falar a verdade, mas apenas uma vez. Mesmo que seja o doppelganger falando.

— …Ela vai aparecer de novo depois?

— Ouvi dizer que aparece todas as noites à meia-noite. No entanto, os poderes do doppelganger crescem mais fortes cada vez que você a usa.

— Então temos que ter cuidado.

Eu mantive minha boca fechada, como alguém que estava ansioso com algo. Inspecionei os rostos de todos e encontrei os olhos do anão.

— Vamos decidir por voto. Eu escolho aquele bárbaro. Ele está obviamente suspeito. — O anão sorriu maliciosamente e me jogou aos lobos. Sem a necessidade de uma urna, várias pessoas levantaram as mãos e oito votos foram coletados em um instante. Isso era mais da metade de nós.

— …Pensem novamente com cuidado. Eu não sou um doppelganger. — Dei-lhes meu conselho sincero, mas foi ignorado.

— Como se usa isso? Oh, assim? — O anão esfregou a Pedra da Verdade e ela emitiu uma luz branca. — Bárbaro… — ele perguntou — Você é um doppelganger?

Minha resposta foi imediata. — Eu não sou um doppelganger.

Pzzzzz.

A Pedra da Verdade perdeu poder e se desfez.

— Maga, por que isso aconteceu?

— Por que você acha? Isso significa que ele falou a verdade.

Agora que eu tinha o que queria, era hora de desistir do ato idiota. Estiquei os braços e afrouxei meu pescoço tenso. — Eu disse para pensarem novamente. — Eu agora tinha garantido a cidadania que precisava para meu plano. Para simplificar, ninguém seria capaz de duvidar ou me atacar a partir de agora. — Anão, por que você insistiu que eu era o doppelganger? Você é o doppelganger?

Hora de entrar em algumas políticas sérias.

— Oras! Foi porque você agiu de maneira suspeita…! — O anão gritou como se estivesse dando desculpas. Eu entendia de onde ele vinha. Eu fui o que começou a atacar para todos os lados desde o início e fiz vários movimentos aparentemente descuidados, mas isso não significava que eu tinha que aliviar com ele. — Que ato suspeito? Eu respondi a todas as perguntas.

— …Você não nos contou suas essências!

— Você age como se fosse de outro mundo. Você não sabe o quão rude é perguntar a um aventureiro sobre suas essências?

— Então e quanto a antes?! Qual é a sua explicação para aquilo? A elfa perguntou…

— Eu te disse, eu esqueci. — Endireitei os meus ombros sem o menor indício de vergonha. O bárbaro esqueceu. O que ela ia fazer sobre isso?

Percebendo que tinha sido enganado pelo meu truque, o anão se calou. Exceto que, acho que era difícil assistir seu líder passar por tanta humilhação, porque outro membro de sua equipe interveio. — Chega, bárbaro. Os votos falam sobre seu comportamento suspeito.

“Correto. Eles falam sobre uma surra em um bárbaro ignorante!”

— Isso é porque todos estavam se unindo contra mim! — o rugido do bárbaro injustiçado ecoou pela câmara. O arqueiro da equipe do anão tentou dizer algo, mas suas palavras foram enterradas sob minha voz esmagadora. — Vocês me deram tempo para explicar? Você é quem roubou a pedra que a Raven estava segurando e usou!

— Não, isso…

— Acho que vocês são suspeitos! Assumam e vão para o altar!

— Estou dizendo, eu não roubei…

— Assumam e vão para o altar!

Só então o arqueiro gritou o mais alto que pôde. — Então usaremos a Pedra da Verdade amanhã! Isso é suficiente para você!?

Parecia que esses caras começaram a perceber os benefícios que poderiam obter com a Pedra da Verdade. Mas, uh-oh. Eles estavam atrasados demais.

— Sim, é você! — Quando a linha que eu estava aguardando saiu, eu contive minha excitação e avancei. O ar ficou tenso e hostil em um instante. — Diga isso de novo, arqueiro! Não só você desperdiçou em mim, mas vai usar de novo? Você é o doppelganger?

Mudei de alvo do anão para o arqueiro. Esse tinha sido meu plano desde o início. Por mais que eu fizesse alarde, sabia que seria impossível colocar o anão ou o sacerdote, os membros-chave de sua equipe, no altar.

— Pensando bem, foi você! Toda vez que eu dizia algo, você continuava incentivando o anão!

— Não foi só eu, todo mundo…

— Assuma a responsabilidade e vá para o altar! Não é como se isso fosse te matar. Limpar a Fenda com um arqueiro a menos não é um problema! — O grito furioso tornou o raciocínio difícil. Quando sua tentativa de argumentar comigo se voltou contra ele, o rosto do arqueiro ficou branco.

Mas isso parecia estranho para alguns dos outros? Alguns da equipe de Hans G começaram a mudar de lado. — Certamente, isso pode ser uma rota mais razoável do que usar a pedra.

— …E isso não vai te matar também.

No final, o anão teve que intervir. — Certo, vá para o altar.

— Desculpe? O que você quer dizer…

— Chega. Faça o que eu digo. A menos que você seja o doppelganger.

Parecia que a autoridade do líder era bastante forte em sua equipe porque o arqueiro não conseguia emitir um único som.

— Martin! Você realmente vai colocá-lo no altar?

O anão balançou a cabeça resolutamente, apesar do olhar inquieto nos olhos de seus colegas. Eu podia ver claramente o que ele estava pensando.

Ele está tentando usar isso para virar a opinião pública a seu favor.

Ele estava fazendo exatamente o que eu havia feito. Se ele colocasse o arqueiro no altar por minha insistência, mas ele não fosse o doppelganger, então eles teriam o direito de nos acusar em vez disso.

“Como ele não pode me atacar, ele provavelmente irá mirar na Raven.”

Sua estratégia era sacrificar seu arqueiro para forçar nossa maga, uma parte importante da nossa equipe, no altar. Isso poderia ser um benefício para eles mais tarde, já que magos se saem incrivelmente bem em PKs.

“Idiotas.”

Provavelmente pensaram que não tinham nada a perder. Afinal, se o arqueiro realmente fosse o doppelganger, as coisas funcionariam para eles de qualquer maneira.

“No entanto… Você acha que um doppelganger iria voluntariamente para o altar?”

Eu tirei o sorriso do meu rosto e observei o arqueiro ser arrastado para o altar pelo seu líder.

— Não se preocupe. Uma vez que o guardião for derrotado, você será liberado são e salvo.

— …Eu vou esperar aqui.

Eventualmente, o arqueiro ficou na frente do altar. Todos assistiram em silêncio.

Shaaaaa!

Quando o arqueiro tocou o altar com uma expressão determinada no rosto, a luz explodiu.

A alma que foi puxada para fora do corpo do arqueiro flutuou no ar, conectada ao altar. Seus movimentos e expressão claramente pareciam dolorosos.

— Maga. Não, Hans Chrisen. O que isso significa?

— …E-Ele não é o doppelganger.

O anão soltou um longo suspiro e abriu os olhos depois de uma pausa. Mesmo que essa fosse sua decisão, parecia que ele estava sentindo emoções conflitantes depois de ver isso. Mas ele percebeu que não era o momento para tudo isso? — Bárbaro, você está pronto para assumir a responsabilidade por suas palavras? — o anão rosnou.

Eu respondi imediatamente. — Não, por que eu deveria assumir a responsabilidade?

— Arrg… por sua causa… meu companheiro acabou assim! Seguindo sua lógica, é hora de verificar seu lado!

Tsk, tsk.

Eu lancei-lhe um olhar que claramente dizia o quanto eu achava patética essa lógica. — Que infantil.

— …O quê?

— Encontrar o doppelganger é uma piada para você? Pare de ser emocional e pense racionalmente.

O anão não respondeu à minha refutação calma. Bem, eu tinha certeza de que ele provavelmente não esperava ouvir isso de um bárbaro que estava gritando a plenos pulmões um momento atrás.

— Cresça, anão.

“Embora sua altura permaneça a mesma.”

— O que diabos!?

Enquanto ele xingava, eu calmamente estendi minha mão e o parei. — Espere, você não está tentando me atacar, está? A menos que você seja um doppelganger, você não tem absolutamente nenhuma razão para isso, não? — O corpo do anão começou a tremer. E assim, eu parei de provocá-lo. — Sinto muito pelo seu companheiro. Em pensar que ele iria assim. Ele parecia um bom sujeito…

— Chega. Vá direto ao ponto.

— Eu cometi um erro em um momento de excitação. Mas por que não esquecemos o passado e nos concentramos em limpar a Fenda? Se perdermos mais pessoas, não há como saber se vamos sequer voltar vivos. — Essa era a razão pela qual eu podia trolar à vontade. Não importa o quão zangado ele ficasse, o anão estava provavelmente bem ciente de que uma briga entre nós agora só levaria à aniquilação total.

— …Então, qual é o seu plano?

— Estou começando a pensar que seu sacerdote é…

— Todos, parem! — gritou o mago do Hans G. Seu nome era Parteian, um homem que tinha seu próprio charme de meia-idade. — Vamos acabar com essa destruição sem sentido por aqui. Eu tenho um jeito de encontrar o doppelganger.

Nenhum de nós esperava ouvir isso.

— Que jeito? — Não havia como ele estar mentindo, dado o olhar determinado em seu rosto. — Fale.

Quando eu o incentivei, o mago tirou um item do seu sub-espaço. Era um pequeno disco do tamanho de uma bússola. Assim que o vi, soube o que era o Item Numerado No. 7234: Confiança Equivocada, um item que proibia todas as mentiras dentro de um raio de dez metros quando ativado.

— V-Você tinha algo assim esse tempo todo…? — O jogador Hans tremeu como se tivesse acabado de encontrar seu inimigo natural. Este era um sentimento que eu sozinho poderia relacionar cem por cento.

— Este normalmente não é um item que tem muito uso. Bem, achei que seria útil algum dia. Então este é o dia. Sinto muito por não ter trazido a tona antes.

“Eu ainda não me livrei do maldito sacerdote…”

Eu deixei de lado minha decepção. Incapaz de assistir nossa disputa por mais tempo, o mago havia puxado seu precioso item. Não usá-lo neste ponto seria estranho. Desmascarar o doppelganger logo no início também tinha suas próprias vantagens, o que parecia bom para mim.

— Por mim, tudo bem.

— …O mesmo aqui. — O anão também deixou de lado sua hostilidade para comigo por um momento e fez gestos de paz. Parecia que estávamos pensando da mesma forma.

— Boa escolha. Então, vamos todos nos reunir aqui?

Todos cujo nome ainda não havia sido limpo se reuniram no meio e o mago usou o No. 7234: Confiança Equivocada. O efeito dura apenas dez minutos. — Então quem vai começar?

— Eu vou. — O anão deu o pontapé inicial. Suponho que ele realmente não era o doppelganger porque não parecia nada nervoso. No entanto, isso não durou muito.

— Então vou te fazer uma pergunta para verificar se está funcionando. — Para verificar se a magia estava ativa, o mago perguntou casualmente: — De qual cidade você é?

Ele havia pisado em uma mina terrestre.

“Maldição!!”

Não havia como o anão responder a essa pergunta. Um silêncio frio caiu. A boca curvada do anão se contorceu involuntariamente.

— Por que você não está respondendo? Há um prob… — O mago se interrompeu e fechou a boca. Ele acabara de perceber por que o anão não podia responder. — Espere, você é…

No momento em que a mandíbula do mago caiu, eu gritei com todas as minhas forças. — Preparem-se para a batalha!

Estamos completamente fodidos.