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    『 Tradutora: Maga | Revisor: Metal_Oppa 』


    Por outro lado o fato delas terem entrado sem permissão nesse momento foi uma mão na roda para Abel. O processo de refino do alquimista Bennett deu muito choque e inspiração para a Mestra Mara. Isso a fez sentir como se tivesse encontrado uma direção para melhorar. No nível dela, era muito difícil melhorar um pouco, muito menos encontrar uma direção para seguir em frente.

    Depois de ouvir o que a Mestra Mara disse, Abel percebeu que havia acidentalmente dissipado as dúvidas de um mestre alquimista sobre o perfume elfico azul que ele fez com matérias-primas sintetizadas.

    A Duquesa Edwina, ainda não proficiente em alquimia, estava impressionada com a habilidade de Abel em criar poções. Ela acreditava que ele possuía um talento excepcional, considerando que conseguiu produzir mais de quarenta frascos do perfume elfico azul em uma única noite.

    Tanto a Duquesa Edwina quanto a Mestra Mara ficaram satisfeitas com as respostas. Elas se levantaram e saíram, e Abel as acompanhou até a porta. Naquele momento, o mordomo Brewer estava convencido de que seu mestre tinha um alto status de nobreza. Afinal, era sempre motivo de orgulho receber visitas de pessoas como a Duquesa Edwina e a Mestra Mara.

    Abel voltou ao prédio principal e imediatamente ativou o círculo de defesa intermediário. Embora não estivesse fazendo nada de especial naquele momento, tinha muitos segredos a proteger. Precisava ser cauteloso, pois a exposição desses segredos poderia acarretar enormes consequências.

    Abel estava exausto de fugir de suas batalhas anteriores e finalmente relaxou ao encontrar um lugar seguro para ficar. Se a Mestra Mara o visse com a Poção da Alma… nem queria pensar nisso. A ideia era aterrorizante. Para que a Poção da Alma funcionasse, não bastava simplesmente bebê-la. Além de ser classificado como um alquimista intermediário, precisava dedicar muito tempo à prática da alquimia para aprofundar sua compreensão.

    Embora possuísse ferramentas de alquimia Ouro Negro, não se sentia confortável em usá-las, mesmo dentro do círculo de defesa intermediário. Por segurança, decidiu montar um Círculo de Reclusão adicional dentro do círculo de defesa.

    Abel pegou a garrafa alquímica de Akara. Sem a Poção da Alma, ele não tinha certeza se alcançaria a inspiração necessária em suas preparações. No entanto, com a garrafa alquímica de Akara, sabia que os resultados de suas misturas seriam melhores.

    Foi mais seguro para Abel melhorar seu nível de alquimia usando o frasco de alquimia de Akara. Ele utilizou o Cubo Horádrico para fundir um produto semi-acabado e combinou três materiais para criar um produto final.

    Com a ajuda do frasco, refinou uma loção para a pele e um condicionador de cabelo de qualidade azul mais poderosa. Agora, precisava de uma identidade para vender essas poções na cidade. Apesar da Grã-Duquesa Edwina ter prometido dar-lhe o título de Lorde, ser um Lorde não lhe permitiria aprender as técnicas de treinamento dos elfos.

    Abel utilizou oito frascos da Poção da Alma para reverter seu feitiço de Ressurreição de Esqueletos, um dos seus feitiços favoritos em combate, mas ele sabia que poderia aprimorá-lo ainda mais.

    Para integrar novas habilidades em seu sistema mágico, considerou aprender os feitiços druídicos dos elfos. No entanto, como conseguiria que os elfos o ensinassem? Pensou em oferecer-lhes Poções da Alma em vez de se apresentar como um nobre elfo, tentando estabelecer contato sob o título de alquimista, uma identidade menos suspeita.

    Além disso, sabia que não poderia esconder suas habilidades de alquimia por muito tempo.

    Apenas hoje, Mara viu todas as poções que Abel conseguia fazer. Embora não achasse seu nível de alquimia muito alto ainda, ele podia produzir cerca de seis tipos diferentes de poções. Seis, se incluirmos a poção da beleza que até então existia apenas em sua imaginação.

    Mara disse a Abel que ele poderia visitá-la a qualquer momento. Ela estava disposta a compartilhar suas receitas com ele, mas Abel sabia que não poderia aprender com ela sem oferecer algo em troca. No entanto, as únicas coisas que poderia oferecer para impressionar uma dama elfica eram suas loções para a pele e condicionadores de cabelo.

    Abel sempre foi cuidadoso ao usar algumas das funções especiais do Cubo Horádrico. Por exemplo, notou que o perfume elfico tinha um leve efeito de purificação da alma.

    Embora sua própria alma fosse poderosa demais para ser afetada por isso, não esperava que isso despertasse tanto interesse da Duquesa Edwina. E se refinasse o perfume elfico para uma qualidade Ouro Negro?

    Ele estava ansioso para testar isso com seu Cubo Horádrico, mas tal feito só poderia ser realizado no Mundo Sombrio. Ele precisava garantir que ninguém descobrisse o que estava fazendo.

    Em um único dia, guardou trinta frascos da loção de qualidade azul e trinta frascos de condicionador de qualidade azul em sua bolsa espacial. Após desfazer seus dois círculos, viu o mordomo Brewer esperando à porta da frente.

    “Mestre, o Grão-Duque enviou duas roupas formais para você. É para sua cerimônia honorária amanhã de manhã.” disse Brewer rapidamente.

    “Há uma carruagem disponível nesta casa, Brewer?” perguntou Abel. Se ele fosse visitar a Mestra Mara, viajar de carruagem seria a maneira apropriada.

    “Sim, mestre. A carruagem desta casa está sempre pronta para levá-lo!” respondeu Brewer, curvando-se.

    “Prepare-a. Partirei imediatamente e visitarei a Mestra Mara ainda hoje!” ordenou Abel. Ao ver a carruagem, notou que era completamente diferente das que costumava usar. Era prateada e tinha detalhes feitos de fios de prata tanto por dentro quanto por fora. Esses detalhes eram visíveis e tangíveis ao toque. Além disso, a carruagem estava equipada com um círculo mágico.

    “Mestre, esta carruagem possui seu próprio círculo de defesa. É um gesto do Grão-Duque em sua consideração.” disse Brewer, fazendo uma reverência. Abel ficou surpreso ao saber que até a carruagem tinha um círculo de defesa. Isso fez parecer sua carruagem ser a mais simples do mundo.

    Sempre há algo mais grandioso. Abel pensou consigo mesmo. O cocheiro da carruagem era um elfo de meia-idade, um pouco diferente dos elfos que Abel conhecia. Suas orelhas eram visivelmente mais curtas e sua pele mais áspera.

    Ao notar Abel observando-o, o cocheiro se apresentou:

    “Mestre, meu nome é Archie. Sou meio-elfo; minha mãe é humana e meu pai é elfo.”

    “Há muitos meio-elfos na cidade?” perguntou Abel enquanto entrava na carruagem.

    “Sim, existem milhares de meio-elfos como eu na cidade elfica, onde podemos viver por nossos próprios méritos. No mundo humano, no entanto, não podemos sobreviver, porque os humanos nos tratam como monstros. A maior parte da nossa verdadeira casa, incluindo a minha, fica aqui na Cidade de Angstrom.”

    O cocheiro rapidamente se desculpou enquanto olhava para baixo.

    “Desculpe, senhor, se estou um pouco emocionado demais aqui. A verdade é que meio-elfos não têm uma vida fácil.”

    Enquanto Abel sentia simpatia pelo cocheiro, também admirava a Duquesa Edwina por fazer esses meio-elfos sentirem que pertenciam a algum lugar. Eles eram reconhecidos na Cidade de Angstrom e podiam fazer algo que os elfos comuns não podiam.

    “Archie, por favor, leve-me à Torre de Alquimia da Mestra Mara!” Abel não estava familiarizado com a localização exata da torre, mas confiava que Archie, sendo um meio-elfo bem integrado à cidade, saberia como chegar lá. Assim como um cocheiro conhece todas as ruas da cidade no mundo humano devido ao seu trabalho diário.

    “Sim, senhor!” respondeu Archie, o cocheiro meio-elfo que guiava dois cavalos brancos, enquanto a carruagem prateada começava a acelerar. Ao longo do caminho, Abel notou um fenômeno curioso: quase todas as carruagens e Cavaleiros elficos na estrada automaticamente cediam passagem ao avistarem sua carruagem. Isso permitiu que chegassem à torre com poucos obstáculos.

    Quando a carruagem parou, uma empregada elfa se aproximou para ajudar a abrir a porta. Ao ver Abel sair, ela mostrou-se muito educada e fez uma reverência, embora visivelmente surpresa.

    “Com licença, meu senhor, o que o trouxe até aqui?” Embora a empregada elfa não reconhecesse Abel pessoalmente, ela reconheceu a carruagem à frente como sendo a particular do Palácio Grão-Ducal. Exceto por alguns nobres no palácio, nenhum outro elfo ousaria usar tal carruagem na Cidade de Angstrom.

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