Índice de Capítulo

    Yuki estava em sua cama, junto da Rainha Yuka, que se recusou a pegar no sono, olhando para ele sem parar. Isso impediu que ele também conseguisse dormir. Até que a mulher à sua frente sorriu, cantarolando uma música de ninar que começou a adormecê-lo. Ao acordar pela manhã, próximo ao meio-dia, ele se viu envolvido pelos braços da Rainha, com sua cabeça encostada em seu peito.

    — Bom dia, Infinity.Os olhos de Yuki se arregalaram ao se afastar da mulher à sua frente e pular para fora da cama, tomando um susto ao ver sua Guardiã sentada na cabeceira da cama, enquanto Yuka se sentou na lateral da cama.

    — Temos que ter uma conversa.

    — Ok… Pode falar.

    — Yuki… Ou melhor, Infinity, existem algumas verdades que precisamos te contar.

    — Você é a minha mãe. — Lockne sorriu por um momento, demonstrando estar feliz, mas isso não durou nem um minuto. — Mas qual é a ligação de vocês duas?

    — Ela… é a minha cachorrinha. — Brincou a Guardiã, deixando Yuka chateada. — Brincadeira. Nós duas éramos amigas.

    — Quase irmãs.

    — Podemos dizer que sim. Mas não é isso que eu quero conversar. Yuki, você não deve confiar na Yuu e na Kai.

    — Como assim?

    — Elas estão omitindo fatos, querendo te usar para dar um fim no Reyndsei. Por puro ódio.

    — Mas ele matou a Yuu e tentou fazer o mesmo com a Kai.

    — Só que tem uma coisa que nenhuma delas está te contando. O Rey ama elas, mas não pode demonstrar isso.

    — E como a senhora sabe disso?

    — Eu fui escolhida para ser sua Guardiã. Mas só recentemente comecei a fazer o meu trabalho, tudo porque eu tinha o dever de vigiar o meu irmão. Eu tive que assistir ele perder a sanidade por causa da vadia da Ly.

    — Está bem… Mas me explica, se ele é o seu irmão, então ele é o meu tio?

    — Eu, o Reyndsei e minha irmã fomos criados juntos como irmãos, mas não temos nenhuma ligação sanguínea, se é isso que seu pênis está perguntando, por estar com medo de estar apaixonado por sua prima. — A Rainha segurou a mão de sua amiga, que suspirou, respirando fundo para se acalmar — Certo… Eu só queria te contar essa verdade. Agora use-a na sua balança. — Lockne tomou sua forma de Fênix, voando para fora da casa.

    — Yuki… Por favor, não leve ao mal o que ela falou. Desde sempre ela não soube manter a compostura.

    — E parece que isso passou de pai para filho. (É assim que se tem uma conversa com os pais?)

    — Você ainda é novo, ela já deveria ser mais madura para a idade dela.

    — (A suja falando da mal lavada.) — O jovem se levantou, indo em direção à porta, onde fez uma última pergunta. — Mas então, quem é essa tal Ly?

    — A minha irmã mais velha. A atual Imperatriz, disse Yuka com uma expressão triste no rosto, que desapareceu quando Yuki colocou sua mão sobre sua cabeça.

    A dupla deixou o quarto, enquanto a Rainha agiu de maneira infantil, mantendo um sorriso em seu rosto. Isso deixou suas filhas tristes, pois achavam que seriam elas a ter sua atenção.

    — Bom dia, meninas. Vocês já sabiam?

    — O quê?

    — O Yuki é primo de vocês.

    — …… O QUÊ!?

    — (Meu Deus… Haja sutileza.)

    — Mas o Yuki é humano. Só falta a senhora dizer que o Imperador é humano também.

    — Acabei de confirmar que eu não sou humana de verdade e que minha mãe era uma pessoa importante, o que não fez diferença nenhuma para mim.

    — Você sabe que, segundo a Cadeia Hereditária, deveria ser o Imperador.

    — Eu estou mais para Proletariado. Bem… Nada disso fez diferença para mim. No meu cerne, eu sou apenas um adolescente com poderes que teve que aprender a dizer não, afirmou o jovem ao passar por suas colegas, indo em direção à cozinha, sentindo um aroma adocicado gerado pela comida que estava sendo preparada por Aya e Axel, que enxotaram o jovem de sua própria cozinha.

    Ele decidiu pegar duas maçãs. Começou a comer a primeira ao mesmo tempo que voltou para seu quarto, onde pegou uma muda de roupa que vestiu minutos depois, após seu banho matinal, comendo a segunda maçã enquanto deixou sua casa.

    Andando sem rumo pelo seu bairro, o jovem acabou indo parar em um pequeno parque infantil, onde uma garota de longos cabelos rosados, que estava usando um casaco branco com listras verticais azuis e calças de moletom da mesma cor em pleno verão, estava sentada em um banco, embaixo do sol. Ele decidiu se sentar ao seu lado.

    Ao se sentar, ele sentiu uma sensação estranha, mas deixou de lado. Notando que ela parecia estar cansada, comprou duas garrafas de água, dando uma para a garota, que bebeu a garrafa inteira em um gole.

    — Obrigado. — falou a garota, com um tom de voz baixo.

    — Que nada. Você está bem?

    — É que eu acabei me perdendo do meu grupo, perdi minha carteira e meu celular desligou.

    — Uau… Que piada de mau gosto foi esse dia para você.

    — Eu que sou meio desajeitada. Sem contar que eu tenho um péssimo senso de direção.

    — E de noção ao contar coisas assim para um estranho. Eu podia ser um ladrão ou um abusador.

    — E você é?

    — Você teve um momento de sorte hoje, porque eu não sou nada do que falei anteriormente.

    — Você é engraçado. Verdade, eu não perguntei seu nome.

    — Eu me chamo Bruce, mas todos me conhecem como Yuki.

    — Yuki… Por que esse apelido?

    — É meio cafona. Mas quando eu era criança, eu tinha uma amiga que era muito frágil e nós vivíamos brincando, com eu sempre sendo o cavaleiro que cuidava da princesa, que era ela.

    — Mas por que Yuki?

    — Ela era metade japonesa. E uma das poucas coisas que ela aprendeu foi “Yuki”, e mesmo sem saber o significado, ela me chamava disso.

    — Yuki… Que eu saiba, esse nome tem vários significados. Mas para combinar com sua história, o significado seria “Gentileza Abundante”.

    — Ei, Karen!!! — gritou uma garota com uma roupa igual à da garota, só que essa que gritou estava com o casaco amarrado na cintura, o que fez ela se levantar. — Obrigado pela água e pela companhia. — A garota de cabelos rosados pegou de seu bolso um passe de show e o entregou. — Isso é por ser gente boa.

    — Valeu. Você vai cantar?

    — Podemos dizer que sim. Bem, eu tenho que ir. Espero te ver no show, Yuki.

    — (É amanhã.) Vai ser legal.

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