Ufa! Eles ainda estão aqui… ótimo.

    Só que, olha só para o estado desse pessoal. Todos largados no meio da vila, encharcados e indignados.

    Já eu? Estou de pé, intacto e com aquele ar de “herói que não sabe o que está fazendo, mas vai fingir que sim”.

    Nem parece que fui eu quem explodiu aquela bolha de água e os jogou porta afora. Bom, tinha que fazer isso para salvar o local de trabalho da Meredith.

    Veja, o cavaleiro da adaga, mesmo ensopado, ainda segura firme a corrente que prende a garota. Será que ela é tão perigosa assim mesmo? Ou ele só é muito determinado?

    De qualquer forma, parece que ela é pertencente e algum tipo de grupo revolucionário e a forma como eles não a deixam escapar é suspeita. 

    Será que ela é tipo… a chefe secreta de uma resistência demoníaca? E se for, por que diabos estou no meio disso?

    Olho para ela. A garota. Hah, sim, ainda nua.

    Talvez fosse o momento de cobrir um pouco o corpo, sabe? Mas não. Nada de “kyaaah!” ou mãos cruzadas na frente do peito. Que falta de vergonha…

    Claro, alguém olhando de fora pode achar que eu estava “admirando a paisagem”, mas juro que não sou esse tipo de deus. Minha honra está intacta. Pelo menos por enquanto.

    — Seu sorriso é irritante. — Bandoniel resmungou, ainda tossindo água. — Você vai pagar por isso, seu desgraçado!

    Ótimo! Não fui acusado de pervertido, só de “desgraçado”. Um progresso? Acho que sim.

    Mas calma aí, Bandoniel! Respira, expira, respira de novo e só aí você fala. Se não fizer isso, vai sufocar. 

    Isso, teoricamente, seria um homicídio indireto, e não gosto de tirar outras vidas… é, eu sei que sou suspeito a falar isso depois do que fiz com a gárgula. Meu lema é “pacifismo sempre”, mas aquilo com a gárgula foi um caso específico…

    Ela magoou meus sentimentos com aquelas palavras! Não sou bom em lidar com palavras tão ofensivas como aquela!  

    Enquanto eles tentam recobrar o fôlego, a garota finalmente decidiu falar.

    — Por que você fez isso?! — Ela disse, ainda sentada no chão, sem a menor pressa de se cobrir. — Poxa, sério…

    Hah, claro, culpa minha. Quem invade tabernas gritando e quebrando tudo sou eu, não é?

    E ela não vai tentar esconder o corpo? 

    Calma, parando para pensar, ela estava nua desde que entrou na taberna. Provavelmente, até mesmo muito tempo antes de chegar até lá. Isso significa que ela não se importa de ser vista? 

    Hum.

    Talvez os demônios não tenham esse senso de moralidade? Bom, ou é isso ou ela é uma exibicionista, assim como é uma masoquista.

    Se for isso, significa que ela é uma masoquista exibicionista.

    O cavaleiro mais jovem, o da corrente, me encara como se eu fosse a encarnação do caos… Ei, garoto, menos julgamento, mais empatia, tá?

    — Você é um revolucionário, não é?! — A garota gritou de volta. — Isso tudo é sua culpa por resistir à prisão e não me libertar logo!

    — Eu?! Vocês que começaram! — apontei para Bandoniel com indignação. — Entraram, gritaram, tentaram cortar minha cabeça. Francamente, só reagi para proteger a mobília! E quantas vezes eu preciso dizer que não sou revolucionário?! — Minha paciência começou a evaporar. — Se eu fosse, acha que ia perder meu tempo discutindo com você? Não! Ia estar, sei lá, em algum discurso inflamado, com bandeiras e tudo mais.

    — Tá bom! — Ela cruzou os braços, olhando para mim como se eu fosse uma criança teimosa. — Se não é revolucionário, por que não disse logo? Tudo culpa sua!

    — Na verdade, a culpa é sua! 

    — Por que minha?!

    — Porque inventou toda essa mentira! 

    — Não é mentira! Pare de continuar fingindo!

    Respira, Nora. Não bata nela… ainda.

    — Você ainda continua com isso?! Tome vergonha e pare com essas mentiras! 

    — Como que vou parar de mentir se nem estou fazendo isso?! Porque não admite logo que é meu companheiro? Você consegue vencê-los de todo jeito!

    — Bom… — cocei o queixo. — Nesse ponto, você está certa… mas ainda está mentindo sobre todo o resto!

    Enquanto trocávamos ofensas e caretas dignas de uma briga no recreio, Bandoniel e seu clone, digo, seu possível irmão, decidiram que era hora de agir. 

    Eles se posicionam lado a lado, ombros encostados, espadas em punho, e… começam a fazer poses estranhas.

    Espadas apontadas, gritos de batalha ensaiados. Eles acham que estão em um palco ou algo assim? Porque, sinceramente, se isso fosse uma apresentação, eu daria nota 10 pela performance dramática.

    — Bandonial, está pronto? — Com um sussurro quase inaudível, perguntou Bandoniel, olhando o seu companheiro nos olhos.

    O outro cavaleiro acenou com a cabeça, confirmando. 

    Enfim… Bandonial, esse é o nome do clone do Bandoniel, mas isso é meio “meh”.

    Será que todos têm nomes parecidos? Tipo, Bandoniel, Bandonial, Bandoni e a mulher… bom… Nial? E que diabos de poses são essas?!

    — Você não vai sair daqui vivo! — eles declaram em sincronia.

    Yay, que adorável, vão querer partir para a violência mesmo. 

    — Airo! — De repente, Bandoniel gritou um nome. 

    E antes que eu percebesse, a mulher…  não, não a garota nua, a mulher de armadura, desapareceu em um borrão tão rápido que meus olhos mal conseguiram acompanhar. Num piscar de olhos, ela reapareceu atrás de mim, empunhando um machado gigantesco que brilhava de maneira ameaçadora.

    Claro que estava atrás de mim. Por que não estaria?

    Com um movimento ágil, desviei por pouco, saltando no ar enquanto a lâmina massiva passava perigosamente perto, cortando o vazio onde meu corpo estivera um segundo antes. Mas a mulher… vamos chamá-la de Airo, já que ela claramente não é de brincadeira, não perdeu o ritmo. 

    Airo avançou com uma graça brutal, balançando o machado como se estivesse executando uma coreografia mortal. Cada golpe parecia parte de uma dança sombria e aterrorizante, a precisão e a força em seus movimentos deixavam claro que eu era o parceiro relutante de um espetáculo que eu definitivamente não queria assistir de perto.

    Honestamente? Ela é bastante assustadora. Daria até para ficar admirando, se ela não estivesse tentando me partir ao meio. 

    Mas é uma pena… o nome dela não é Nial. De verdade, estou triste que não seja Nial, mesmo que fosse estranho, queria ter acertado o nome dela.

    E, sinceramente, prefiro não ter que os matar. Acho que vou ter que dar um jeito de imobilizá-los sem chegar a esse extremo, o problema mesmo vai ser fazer isso.

    Na realidade, considero isso um problema porque não faço ideia do quão resistente os demônios podem ser. Bom, teve aquele golpe no Bandoniel antes, mas eu praticamente só empurrei ele naquela hora, não foi um ataque em si. 

    — Ei, calma aí! — Gritei enquanto desviava de mais um golpe. — Eu sou um pacifista! Não acredito em violência desnecessária! … Claro, isso vindo de alguém que acabou de acertar outro demônio tão forte parece mentira, mas é verdade!

    Airo me ignorou completamente, o cabelo molhado pela água da bolha ainda grudado no rosto, e cerrou os dentes. Os olhos cheios de determinação assassina, ela levantou o machado com uma leveza quase insultante, como se fosse um brinquedo de plástico. Então, num movimento fluido e devastador, balançou a arma para frente, claramente com a intenção de me estraçalhar. 

    O golpe foi rápido demais para o meu gosto, chegando em um instante à minha lombar. É o tipo de golpe que faz você questionar suas escolhas de vida.

    Mas, numa explosão de reflexo, saltei para trás. A lâmina cortou o ar com um som ameaçador, mas, felizmente, o vento não ofereceu resistência alguma. 

    Isso foi perigoso, poderia mesmo ter me machucado feio se tivesse acertado. Bom, isso é óbvio. 

    Eles estão, definitivamente, tentando me matar, afinal. Não, não é uma suposição, é um fato.

    Ainda no ar, olhei para o rosto de Airo. Seus olhos arregalados refletiam a surpresa de quem acabara de perceber que o inimigo é um pouco menos inútil do que parecia. Aproveitei o momento para acenar educadamente, um gesto que dizia: “Sim, eu sou incrível, mas não se sinta mal.”

    Agora, talvez eu deva fazer isso… 

    Com os pulmões cheios, girei no ar canalizando toda a força possível num chute lateral. Minha perna encontrou a lateral da cintura dela com um impacto que deveria ter causado, no mínimo, uma pequena crise existencial. Eu já me imaginava pousando com estilo enquanto ela voava para longe em câmera lenta, mas…

    Nada. Absolutamente nada.

    Na verdade, Airo nem se moveu. Nem um centímetro. Nem uma expressão de dor. Pelo contrário, ela simplesmente segurou minha perna no ar, como se eu tivesse acabado de oferecer um ramo de flores.

    Minha mente entrou em curto-circuito. 

    Isso está certo? Isso está no roteiro?! Ela deveria estar voando pelos ares, não me segurando como se eu fosse um pedaço de pão velho!

    — Hah, você está de brincadeira comigo! — gritei, enquanto tentava puxar minha perna de volta. Nada feito. Era como tentar mover uma montanha. Uma montanha com um machado na outra mão.

    — Você é bem ousado, hein? — disse ela, inclinando a cabeça com um sorriso que, honestamente, me deu calafrios. — Agora!

    Com seu comando, o inferno se instaurou em minha volta. Bandoniel e Bandonial, os gêmeos, começaram a correr na minha direção. E quando digo “correr”, quero dizer que eles pareciam dois touros em ziguezague, cada passo ressoando como trovões.

    Ok, isso é ruim. Tenho que agir rápido.

    Com um impulso e ignorando a dor na perna presa, girei o corpo e chutei o queixo de Airo com a outra perna. Foi um golpe limpo. Ela cambaleou, finalmente me soltando.

    Assim que recuperei o equilíbrio, não perdi tempo. Agarrei Airo como um saco de batatas e a arremessei contra Bandoniel, o mais feroz dos dois.

    O impacto foi impressionante. Bandoniel, com reflexos dignos de um herói trágico, fincou os pés no chão, fazendo o solo rachar sob ele. Sua espada foi cravada no chão como uma âncora, enquanto ele segurava o corpo mole de Airo.

    — HUAAAAAHHH!! — Seu grito ecoou como se tivesse acabado de carregar o peso de todos os seus ancestrais.

    Mas não havia tempo para comemorar. Bandonial, o gêmeo menos coordenado, já vinha com tudo para cima de mim, balançando sua espada como um lenhador que tinha raiva de árvores inexistentes. 

    A velocidade dele era ridícula em comparação com a de Airo e até mesmo com a de Bandoniel. Avaliando rápido, estava claro que Airo era a mais perigosa do trio, mas Bandonial… ele parecia estar tentando resolver a luta na base do entusiasmo.

    Tá de brincadeira, né.

    — Droga! Por que você não fica parado?! Só fique parado para eu te acertar! — gritou ele, balançando a espada para qualquer lado, menos onde eu realmente estava.

    — Exatamente para não ser acertado! — respondi, me esquivando com um salto lateral.

    Sério, qual é a lógica dele? Isso é como brigar com um furacão bêbado.

    Com um movimento ágil, desviei-me do último golpe e me posicionei atrás dele. Sem cerimônias, estendi a mão para perto de sua nuca, numa posição que, claramente, o deixou em pânico. Ele congelou. Literalmente, congelou.

    — Bandonial, não! — gritou Bandoniel, ainda ocupado segurando Airo. — Maldito, não faça isso!

    Hah, então acham que vou matar ele. 

    Faz sentido. 

    Geralmente, quem entra numa luta dessas entra com sede de sangue, entra querendo matar e pronto para morrer. 

    Bom, o que importa é que não tenho a intenção de matar nenhum deles. Na verdade, eu preferiria nem ter começado essa luta. 

    Com um movimento rápido, tão veloz que minha mão parecia apenas um borrão, golpeei a nuca de Bandonial. Não era para matar. Era para… bem, chacoalhar o cérebro dele o suficiente para que ele caísse. Não tão forte para quebrar o pescoço, mas forte o bastante para apagar as luzes por um tempo.

    Ele caiu com um baque que quase me fez sentir culpa. Quase. Porque, sinceramente, eles começaram.

    — Irmão! — gritou o cavaleiro com a corrente… ainda não sei o seu nome.

    — Incrível… — murmurou a garota nua, com um sorriso quase hipnótico. — Isso foi simplesmente… fantástico.

    — Você matou ele?! — bradou Bandoniel, com os olhos flamejando de fúria. — Malditooo!

    Tá bom, e o cara da corrente? Vai só segurar isso o dia inteiro? Ele não pode lutar de verdade ou tem um acordo vitalício com aquela corrente?

    — Claro que matou. — A garota parecia se divertir com o caos. — Você viu a força daquele golpe? Ele está com o pescoço todo torto. Certeza.

    — Cala a boca! — Apontei para ela, batendo o pé no chão como uma criança contrariada. — É óbvio que não matei ninguém! Ele só está… dormindo. Dormindo profundamente.

    Os rostos à minha frente eram um misto de fúria, tristeza e confusão, um espetáculo digno de pena. Bandoniel ainda segurava Airo como se ela fosse feita de vidro, o rosto dele era um poema de desespero.

    Espera aí… ela ainda não levantou?

    Foi só então que percebi: os olhos dela estavam fechados e a boca meio aberta.

    Ah… entendi. Então ela desmaiou também. Isso explica por que o Bandoniel não veio me atacar de novo. 

    Ele tá cuidando dela, que fofo.

    Mas, sério, cavaleiros não deveriam ser tão apegados assim, né? O que houve com a disciplina militar?

    — Ei, Bandoniel, tenho uma pergunta. — Dei passos curtos até ele, tentando não parecer ameaçador. Quando cheguei perto o suficiente, continuei. — O que vocês quatro são uns para os outros? Um quarteto de irmãos cavaleiros?

    Ele ficou surpreso por um momento, mas a expressão rapidamente deu lugar à ira.

    — Sim, somos irmãos. Qual é o problema?!

    Sabia! 

    Isso explica muito. Tipo, a aparência é parecida… e, bom, a falta de habilidade estratégica também.

    — Nenhum problema. Só curiosidade. — Dei de ombros e virei o olhar para o cavaleiro da corrente. 

    Ele me encarava como se eu fosse um fantasma.

    — Ei. O que foi? Por que tá me olhando assim?

    — N-Nada! — respondeu ele, num tom agudo e explosivo.

    Hm… interessante.

    — Garoto.

    — S-Sim?!

    — Como você se chama?

    — Hã?

    — Seu nome. Qual é?

    — Meu… meu nome? É B-Bandoni.

    — Biiiiiiiingoooooo! — gritei, com as mãos levantadas em triunfo.

    Hah, eu sou incrível. 

    Acertei de primeira. 

    Bandoni, é tão óbvio que eu deveria ter apostado nisso.

    — Olha, relaxem. Não vou matar ninguém.

    — O quê?! Você acha que precisamos da sua misericórdia?! — rosnou Bandoniel, quase me fazendo revirar os olhos.

    — Não é misericórdia. — Suspirei, já cansado dessa ladainha. — É algo pessoal. Vai contra os meus princípios tirar vidas. Mas vocês não podem continuar me atrapalhando, então… durmam um pouco.

    Com essas palavras, abaixei-me rapidamente e acertei um soco no estômago de Bandoniel. Ele desabou com o seu corpo pesado, caindo sobre a inconsciente Airo.

    Pronto, foram três.

    Agora só falta o garoto Bandoni. Hah, e a garota… 

    Espera aí…

    Fueeeh?!

    Em questão de segundos, a situação virou completamente. A garota, que estava no chão até um momento atrás, agora estava de pé, enquanto Bandoni estava desmaiado.

    Como isso é possível?! Ela não estava incapacitada?! E… peraí, como deixam alguém tão fraco guardando um criminoso importante?!

    Antes que eu pudesse processar o que aconteceu, ela pegou a corrente no pescoço e, com um puxão casual, transformou-a em pequenos pedaços que caíram no chão.

    O que eu tinha dito antes? Exato! Fácil, fácil de quebrar.

    — Te devo essa! — disse ela, com um sorriso de gato de rua e um polegar erguido.

    Ela acha que sou amigo dela? Isso… pode ser bom.

    Considerando que ela me veja como algum amigo, poderá me falar coisas que preciso saber para chegar ao rei demônio! 

    Mas, olhando para aquele sorriso malicioso, não parece o tipo de pessoa que faz algo de bom grado.

    Com passos leves, fui ao encontro dela, mantendo meu olhar fixo.

    — Guarde seus falsos agradecimentos, sua mentirosa.

    — M-Mentirosa?! Falsos?! — Ela levou a mão ao peito, como se eu tivesse acabado de insultar sua honra.

    — Sim, mentirosa e falsa. Agora, me diga: por que mentiu?

    — Entendi! — Ela bateu a mão direita fechada na palma da mão esquerda aberta, como se tivesse tido uma epifania. — Você quer ir direto ao ponto, não é?

    Dei um olhar inexpressivo como resposta.

    — Nada simpático…

    Por que será, né? Depois de toda essa confusão, esperava o quê? Um sorriso e um tapinha nas costas?

    — Bom, fiz isso porque precisava me livrar daqueles guardas. E você parecia… capaz.

    — Por quê?

    — Seus olhos. Eles dizem muito. Mostram que você é forte.

    Ok, legal. Agora até os meus olhos contam segredos, mas parece que nem todos. Parece que ela não sabe que sou um deus.

    — Ainda assim, achei que você fosse matá-los, não agir com piedade. — Ela pegou a adaga de Bandoni e posicionou contra o pescoço dele. — São demônios fracos, afinal. Repulsivos. Se quiser, eu mesma acabo com ele. Assim, você não suja as mãos.

    — Pare com isso! — repreendi. — Só me responda uma coisa…

    — Me recuso.

    — O quê?! Você nem sabe o que eu ia perguntar!

    — Verdade, mas também não faço ideia de quem você é. — Ela cruzou os braços e me olhou com suspeita. — O que me garante que você não foi enviado por outro príncipe para me capturar?

    — Isso é sério? Você é uma criança?

    Ela virou o rosto como uma criança rabugenta.

    — Pensa comigo: se eu fosse capturar você, por que eu teria te livrado dos guardas, sua idiota? 

    Ela inclinou a cabeça, ponderando.

    — Hm… faz sentido.

    — Não é? Agora me respon…

    — Me recuso. 

    — O quê?! Por quê?!

    — Você ainda não me disse quem é. Pode ser que você só queira informações e depois me mate.

    Essa garota… 

    Ela me irrita!

    Bem, não acho que tenha problema em contar a verdade. Afinal… se ela não cooperar, eu posso silenciá-la. 

    Sim, eu sei, é contra os meus princípios. Mas, como diria meu outro princípio: princípios podem ser quebrados, se necessário.


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