Olá, segue a Central de Ajuda ao Leitor Lendário, também conhecida como C.A.L.L! Aqui, deixarei registradas dicas para melhor entendimento da leitura:
Travessão ( — ), é a indicação de diálogos entre os personagens ou eles mesmos;
Aspas com itálico ( “” ), indicam pensamentos do personagem central em seu POV;
Aspas finas ( ‘’ ), servem para o entendimento de falas internas dentro da mente do personagem central do POV, mas não significa que é um pensamento dele mesmo;
Itálico no texto, indica onomatopeias, palavras-chave para subverter um conceito, dentre outras possíveis utilidades;
Colchetes ( [] ), serão utilizados para as mais diversas finalidades, seja no telefone, televisão, etc;
Por fim, não esqueça, se divirta, seja feliz e que os mistérios lhe acompanhem!
Lembrem-se de comentar… Isso ajuda muito e me motiva xd
Capítulo 27 — A Fotografia (1)
Uma figura, enquanto andava pelas ruas de Mont Tremblant, encontrava em meio aos pertences de alguém um livro esquisito. Percebendo que o dono provavelmente estava brincando com seu irmão mais novo, pegou e escondeu o mini livro em um bolso.
Após isso, a pessoa encapuzada saiu assoviando, deixando para trás todas as preocupações, roubando novamente outra coisa.
Minutos mais tarde, os dois voltaram para onde estavam seus pertences no banco.
— Ué? — Dizia Calli enquanto procurava por algo que havia deixado em cima do banco.
— O que foi maninho?
— O livro que o Leonard comprou não está aqui…
— Você tem certeza de que não está na bolsa?
— Já verifiquei, sem sinais dele…
— Ixi, não sei o que fazer, então!
Jogando o cabelo para trás, Calli balançou a cabeça de um lado para o outro, bagunçando os fios loiros e tomando compostura.
— Bom… Acho que é melhor não falarmos nada disso, caso ele não pergunte, talvez ele nem estivesse interessado no livro mesmo.
— Tá bom!
Reunindo suas coisas, ambos se prepararam antes de ir embora, dando uma última olhada geral para ver se nada mais havia sumido, descobrindo que não, foram embora de mãos dadas.
“Que estranho… A pessoa só roubou o livro.”
…
Dois meses depois.
“Finalmente conseguimos fazer toda a documentação, agora sou oficialmente um investigador de grau 1.”
No último mês, havia se mudado para Ottawa junto a James e Leonard em uma casa a um quilômetro e meio de onde ficava a base, tornando sua vida uma incessante caminhada. Conseguiu juntar dinheiro nesses dois meses de salário informalmente para pagar o aluguel, a casa em questão era melhor do que a que vivia…
Virando a esquina, a nova visão que o recebia era semelhante a todos os outros dias em que tinha de visitar a base para treinar junto ao esquadrão de Dante.
— Uh? — Deixou escapar.
Dessa vez, a frente da casa, que normalmente ficava vazia, tinha outras duas vans e um carro, olhou no celular e agora eram 08:22.
“Eles chegaram mais cedo do que o previsto… Dante podia ter avisado.”
Indo até uma das vans, estava um homem que tinha provavelmente dois metros. A primeira impressão que Leonard tinha dele era: uma muralha morena, talvez pensasse ser uma parede, se não tivesse olhos, nariz, boca, cabelo, sobrancelha e orelhas.
— Bom dia? Precisa de ajuda? — O homem virou para a direção do garoto.
— Bom dia…
“Agora que eu percebi… Eu não sabia como iniciar a conversa…”
A muralha permanecia o observando, enquanto Leonard tinha um olhar atordoado.
— Eh… Prazer?
O homem parecia compreender finalmente o que aquele jovem, que parecia uma criança se comparado ao seu tamanho, queria dizer.
— Ah, sim, você deve ser um dos novatos do esquadrão do Dante, prazer, meu nome é Cassiano, sou um investigador paranormal dois. — Cassiano estendia a mão.
“Esse cara, ele tem uma classificação melhor do que o Dante?”
— Ah, certo… Investigador grau um, Leonard Dantès. — Apertou a mão do mesmo.
A força de Cassiano era assustadoramente opressora, fazendo o jovem parecer ainda mais uma criança se comparado ao mesmo.
— Vejo que você tem ótimos músculos para desenvolver, mas caraca, que bagunça é essa na sua alma? — Após soltar as mãos, a muralha colocou a mão embaixo do nariz.
— Você não é o primeiro a dizer isso, haha… — Soltou uma risada sincera. — Sinceramente? Não sei o que houve, mas estou buscando respostas a isso.
Anteriormente, Leonard poderia ter achado que era só uma piada, mas durante esses meses, dia ou outro acordava com extrema fraqueza em algo imaterial que sequer conseguia explicar.
— Enfim, me ajuda a descarregar as malas?
— Ah, claro!
Cassiano tirou uma mala de dentro do porta-malas, para o mesmo parecia ser extremamente leve com uma mão, diferentemente de Leonard.
“Ela não sai do lugar, quantos tijolos tem aqui?!”
Tentando levantar com uma mão, o garoto percebia que não conseguiria, então optou por levantar com ambas, ainda tendo dificuldades, levou para dentro da casa.
— Cara, ainda bem que você me ajudou. — O muralha carregava outras cinco dessas malas, permaneceu indiferente. — Se não fosse você, não conseguiria trazer tudo de uma vez.
— Claro, claro. — Na superfície, tentou manter a compostura, mas aquilo estava extremamente pesado!
“Como esse cara pode carregar com tanta facilidade essas cinco?”
Na casa, ambos eram recebidos por duas pessoas, eram Liam e Claire, arrumando a casa.
— Aí está você, Léo! — Claire abria um sorriso ao ver o jovem.
Depois daquele dia, ambos viraram amigos, mas por algum motivo a garota falava algumas vezes de uma maneira estranha com o mesmo, não que isso importasse.
— Bom dia, Claire, bom dia, Liam, como estão?
Cassiano interrompeu. — Onde estão os outros?
— O outro esquadrão está no segundo andar, já os veteranos, juntos do senhor Louis, estão na sala de reuniões, junto a Kath e Dante. — respondeu Liam educadamente.
Puff!
Cedendo ao peso da mala, Leonard caía em cima dela, vergonhosamente fraco. Claire não conseguia segurar a gargalhada e, com o celular em mãos, começou a tirar foto.
— Cara, por que você não pediu ajuda? Meu Deus!
“Por que essa mala tinha que ser tão pesada?!”
— Essa doeu…
Enquanto Leonard levantava atordoado, seu corpo doía, mas a vergonha que passou era pior.
— Esse foi um papelão mesmo, Leo. — Liam se juntava com os outros dois enquanto riam.
Naquele momento, o garoto recém-levantado também começou a rir.
Cassiano, que estava quieto todo esse tempo, soltou uma risada sincera, provavelmente havia se lembrado de algo.
— Vou subindo, vejo vocês lá!
Assim, a figura semelhante a uma muralha subiu escada acima, Liam encostou a porta e voltou para onde Claire e Leonard estavam.
— Me ajudem a levantar, isso está muito pesado!
— Relaxa aí, mocinha, que a super Claire vai te ajudar agora. — A garota apertou a alça da mala com as duas mãos e puxou.
Nada havia se mexido, a mala ainda estava no chão, imóvel e extremamente pesada.
— Eh? — Incrédula, Claire tentou fazer mais força, mas de nada adiantou. — Não sai do lugar!
— Eu falei que estava bem pesado… — Leonard sussurrou.
Liam se juntou à tentativa de levantar junto a Claire, dessa vez, amenizando o peso para ambos. A mesma saiu dois centímetros do chão, mas não era o bastante se quisessem subir a escada.
— Vem logo, Leo, arghh — dizia Liam com dificuldades.
— Oh, panaca, isso é pesado demais para ficarmos gastando tempo! — Claire o cortou.
Leonard rindo novamente, se juntou a seus dois colegas, com os três, a mala subiu cinco centímetros do chão, era notável a cara de esforço que cada um estava fazendo.
Escada acima, no corredor bem iluminado, os três pareciam exaustos, faltava pouco para o objetivos.
— Só mais um passo, garotos! — Gritou Claire, se esforçando.
— Estamos tentando! — Os dois disseram.
Quando finalmente chegaram no cômodo que deveriam deixar, havia as outras cinco, ali, paradas, aguardando a última.
Alcançariam a liberdade após dar mais um passo, no entanto, Claire tropeçou, fazendo os três — e a mala — caírem.
— Aí aí aí! — Exclamou Claire sozinha em meio à dor, Leonard tentava entender porque do nada estava no chão e Liam começou a rir. — Mas que coisa mais pesada! Isso não faz sentido, estão carregando quantos tijolos aqui dentro?
Ao olhar para trás, Leonard percebeu cinco olhares em sua direção pela porta da frente aberta.
“Porra…”
— Pessoal, vocês podem nos ajudar? — Engoliu a vergonha e pediu ajuda.
Leonard escutou Claire sussurrando para si mesma “ah, nem fudendo” e sentiu mais vergonha ainda da situação.
Nos vemos novamente na terça!
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