Índice de Capítulo

    Abrindo seus olhos, Kevyn encarou Night que estava brilhando suavemente. Se levantando, ele foi ao banheiro e, logo após sair, vestiu o uniforme da escola.

    Se deitando, o garoto abraçou sua espada e disse: — Night, você gosta de ser uma espada?

    Vendo-a brilhar duas vezes, confuso, pensou: “Quê? Como assim ela… gosta? Que estranho?”.

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    Andando para a escola sozinho, Kevyn estava perdido em seus pensamentos: “Eu preciso dar tudo de mim, mas, ao mesmo tempo, me controlar pra não machucar alguém gravemente”. Chegando no portão da sua escola, viu todos reunidos esperando ele para irem até o lugar do torneio.

    Assim, foram. Chegando até uma enorme arena, os alunos ficaram na plateia, enquanto Kevyn ficou na área de ¹atuação técnica.

    O lugar tinha como centro um relevo de concreto onde os garotos lutariam. Kevyn estava do lado de fora desse círculo, assim como os outros.

    Na arquibancada, não estavam só os alunos, mas quase todas as famílias e outros habitantes. No sul da arena, tinha uma escada que levava até o rei da capital de Lycky, sentado em um trono, ele observava.

    Tremendo um pouco, Kevyn pensou: “Santa mana! Quanta gente! Eu não quero mais lutar”. Olhando para trás, alguém põe a mão sobre seu ombro e, reconhecendo o tom de pele negra, o ânimo dele voltou.

    — Piah! Não precisa ficar ²atucanado. — Com um sorriso contagiante, Colt retirou a mão do ombro do garoto e cruzou seus braços.

    Parando de tremer, Kevyn retirou Night de suas costas e fincou-a no chão, dizendo: — Não estou nervoso ou preocupado.

    — Bah! Você mente mal.

    Sorrindo, respondeu: — Eu sei.

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    Após todos se sentarem, o rei se levantou e gritou por meio de um microfone:

    — Aqui estão reunidos os 8 mais fortes alunos! Aqueles representantes de suas escolas! Como já sabem, a escola ganhadora receberá tanto dinheiro quanto respeito! O aluno ganhador, eu mesmo o recompensarei! Como já sabem, os primeiros lutadores venham até a arena! — Após a fala do rei, dois dos escolhidos vão para a arena e, dizendo: — Comecem!!! — A luta se inicia com os dois avançando freneticamente.

    “Eles estão usando espadas de verdade, eu vou ter que usar a Night!”, pensou Kevyn, ficando inquieto. Vendo os garotos colidindo suas espadas e o chão se rachando, continuou pensando: “Eles são fortes! Isso é assustador… mas significa que não preciso me segurar”, sorrindo, o garoto continuou observando.

    Com as espadas se colidindo, brevemente um dos meninos perdeu as forças e, com sua espada sendo jogada ao céu, ele levou um chute em seu peito e se viu caído sobre o chão da arena.

    — Piah! O que foi que você ficou sério de repente?

    Olhando para Colt, Kevyn cruzou seus braços e respondeu: — Eu estou apenas analisando um possível oponente.

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    Ao grito do rei, a segunda batalha começou com um frenesi de cortes. Um dos garotos estava apenas se defendendo, enquanto o outro atacava cada vez mais, e mais.

    De tanto atacar, quem aparentava ganhar teve que recuar para descansar e, nesse momento, quem apenas defendia, virou a luta com um ataque diretamente na mão de seu oponente, que perdeu sua arma e teve seu peito cortado no mesmo instante.

    “Interessante. Ele o cansou só para finalizá-lo com maior facilidade”. Kevyn sabia que seria aquele quem provavelmente chegaria na final.

    — Bah! Que ³achinelamento!

    Concordando com a cabeça, o garoto disse: — Aquele parece ser um bom oponente, mas infelizmente não consegui ver muito dele. Essa provavelmente é a estratégia dele.

    Percebendo o grau de análise do garoto, Colt sorriu nervosamente, dizendo: — Bah! Guri! Tô começando a ficar ⁴atucanado com essa sabedoria desbalanceada!

    Começando a rir, Kevyn o confortou: — Não é nada além de uma pequena análise.

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    O rei então deu início a terceira batalha. Com todo esse início impactante, a luta começou um tanto pacata.

    Socos para lá, chutes para cá, eles até puxaram suas espadas, mas Kevyn só conseguia ficar entediado. “Nossa… se eu vencer na próxima luta eu vou ter que enfrentar esses dois panacas?”. Suspirando, percebeu que nenhum dos dois usaram seus poderes até o momento. “Tem salvação? Hm… espero ver mais de quem vencer essa luta”, pensou bocejando.

    A luta teve seu fim com um dos garotos sendo jogado ao chão, mas uma certa insatisfação é ouvida:

    — Alaenore!!! Por que não usou tudo o que tem?!!!

    “Agora faz sentido!”, pensou Kevyn, ficando animado para sua luta com o tal Alaenore.

    — Mãe! Não enche! — gritou, o garoto emburrado com sua mãe e voltando para a área de atuação técnica.

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    — Puff! Agora é minha vez. — Suspirando, Kevyn se levantou e retirou Night do chão.

    Empurrando as costas do garoto, Colt gritou: — Bah! Eu confio em você, guri, vai lá!

    Indo para frente com o empurrão, Kevyn andou até a arena e, parando, respirou profundamente ao mesmo tempo que sua espada brilhava intensamente.

    “Aquela é uma espada viva? Bah… UNA ESPHADA VIVA? OH MEU COSMO!”. Ao perceber, Colt sorriu nervosamente: “Pelo visto, ela o reconhece como dono, ótimo!”, pensou, cruzando os braços.

    Um garoto mais alto que Kevyn entrou na arena com sua espada em mãos, mas apontada para baixo. De cabelo loiro e olhos como rubis, ele usava o uniforme de sua escola, mantendo um sorriso orgulhoso em seu rosto.

    — Hehehe! Vamos lá… meu nome é Gabreil, você deve ser o filho de Astéria e de Klei, os dois soberanos.

    “Toda vez… só me reconhecem pelo que meus pais são. Como sempre, uma sombra deles”, pensou, encarando-o com uma certa raiva, dizendo: — Sim, isso mesmo.

    Jogando seu cabelo para trás, o garoto perguntou: — Então… qual é o seu nome?

    — Kevyn, Kevyn Calamith. — Desabotoando alguns botões de seu sobretudo, pensou: “Ele ao menos sabe o meu nome? Eu não pensei que chegaria a esse ponto”.

    O rei então deu início à batalha: — Comecem!!!

    Gebreil se mantém na defensiva, observando seu oponente, que se mantinha neutro. “Aquela espada… tenho uma ideia”, pensou, deixando sua postura livre e fincando sua espada sobre o chão, dizendo:

    — Que tal… lutarmos no corpo a corpo, o que me diz?

    — Ah! Vamos!

    Da plateia, uma mulher de cabelo prateado e mechas pretas gritou: — Mostra para ele o que eu te ensinei!!!

    Ao seu lado, um homem com um sobretudo vinho, um chapéu fedora e cabelos negros continuou a fala dela: — Mostra para mim que absorveu todo nosso treino!!!

    “Estão me apoiando…”. Sorrindo, Kevyn fincou Night ao chão e encarou Gabreil erguendo seus punhos.

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    ¹Área de atuação técnica — Num campo de futebol, tem onde os jogadores reservas e os treinadores ficam. Seria nesse lugar onde o outro pessoal estaria.

    ²·⁴Atucanado — Preocupado(a)

    ³Achinelamento — Humilhação

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