O lugar estava completamente destruído, sem vida, cinzento, sem paz. Por alguns segundos, o silêncio tomou conta.

    Esse silêncio foi quebrado quando alguém vociferou um nome, mas antes que pudesse reagir, já era tarde demais.

    Aquela pessoa havia acabado de testemunhar alguém conhecido ser completamente apagado por uma magia aterrorizante, uma explosão preta e vermelha.

    Correu em direção ao local onde a pessoa estava, escorregou, levantou-se e continuou a correr, mancando. Ao chegar, ajoelhou-se no chão e agarrou a terra, desesperado com a situação. A realidade o atingiu com força enquanto observava apenas o barro escorrer de suas mãos, vazio, sem esperança.

    Ele… Morreu? Seus olhos estavam vazios, sua mente incapaz de expressar qualquer pensamento coerente. Apenas lágrimas escorriam daquele corpo vivo, mas vazio de alma.

    Alguém o sacudia, e, aos poucos, começou a ouvir:

    — Irmão!!!

    — Acorde!!!

    — Por favor!!!

    Até que finalmente escutou:

    — Vamos!!!!

    Ele recobrou a consciência. Abriu os olhos, ainda ofegante e assustado, e viu algo que jamais imaginou. Era ao mesmo tempo assombroso e majestoso.

    A luz diante dele não tinha forma fixa, mas irradiava uma presença tão pura e poderosa que parecia transcender a compreensão humana. A cada instante, o brilho se intensificava, e sua figura tomava contornos que desafiavam as leis da realidade.

    Quando alcançou uma altura razoável do chão, parou, permanecendo imóvel no ar.

    — Falta apenas uma coisa para pôr fim nisso. — A voz “daquilo” era aguda, calma e aterrorizante ao mesmo tempo.

    Apontou o dedo para a pessoa ao lado dele, e um fio de energia, rápido como um raio e quase imperceptível, atravessou o crânio daquela pessoa. Não houve tempo para reagir, para fazer nada.

    Sua primeira reação, ainda chorando, foi olhar para o lado e ver mais um corpo caído no chão.

    — Venha. — disse aquele ser. Sua pele era pálida, os cabelos negros, longos e densos, parecendo buracos negros em forma de fios. Seus olhos, como os de uma cobra, brilhavam com frieza. Apesar disso, seu corpo era humanoide, limpo, com unhas enormes que pareciam lâminas.

    O corpo da pessoa, de repente, já estava nas mãos dela. Ela o segurou pela cabeça e começou a subir a uma altura considerável.
    — Não se mova. Eu não quero que você sinta dor. Nada neste mundo fará você me matar, nem se quisesse. Quando ele voltar à vida, o mundo será reduzido a cinzas, destruído totalmente. — O ser desapareceu, atravessando algo que estava desmoronando. O que antes era um céu agora se transformava em um enorme terreno que caía aos pedaços.

    Uma voz ressoou no ouvido dele:
    — Veja abrir… o seu erro.

    Então, um portal enorme e redondo se abriu, e dele saíam criaturas horrendas, de formas grotescas e assustadoras. Antes meras almas, ao atravessarem o portal, seus corpos se materializavam. Todas aquelas criaturas ignoravam a presença daquela pessoa, desviando-se dela enquanto pisadas poderosas faziam o chão tremer e um barulho ensurdecedor reverberar pelo ambiente.

    — Eu… falhei… perdi tudo… fracassei em tudo.

    Ele segurou sua espada, mas, antes que pudesse fazer algo, lembrou-se das pequenas pedras que estavam em seu colar.

    Ele tocou o colar e sentiu algo diferente.

    — Então… no final…

    Ele congelou as quatro pedrinhas e as jogou no chão, transformando todo o seu corpo em pó.

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