Capítulo 64 — Eu estava Certo

— Figura nebulosa (com um sorriso imenso): “HiHihahahhaaha… HAHAHAHAHA” (com um sorriso constelarmente brilhante): “Hora, toma essa, Mílar! Eu falei, era só esperar.” (Olhando para o mestre e para Skuldyr): “Estão vendo? Eles venceram ela.” (Voltando a olhar para a tela): “Mílar, quando eu te encontrar, vou esfregar isso na tua cara!” (Apertando um botão com um símbolo de gravação): “Literalmente, HiHi!”

— Skuldyr (comendo e bebendo): “Tchomp… Tchomp… É, eu estou vendo, eu sabia que ele não estava morto. Isso não é uma surpresa, mas queria entender como.”

— Mestre (acariciando sua barba): “Talvez fosse uma ilusão?”

— Skuldyr (rangendo os dentes): “Não, é mais do que isso. Quando ele foi atingido, eu senti sua morte, mas ao mesmo tempo senti que ele ainda estava vivo… morto e vivo eu diria. Passei um tempo tentando entender. Você sabia que ele estava vivo, YG?”

— Figura nebulosa (com um sorriso brilhante): “Mais ou menos. Já que não senti nenhuma alma em nenhuma camada do abismo, presumi que ele ainda estava vivo. Porém, quando o Mílar disse” (fazendo aspas com os dedos) “olha para ele morto”, fiquei em dúvida, pois ele também deveria ter sentido essa estranheza. (Virando-se para o mestre): “Você não sentiu?”

— Mestre (acariciando calmamente sua barba): “Percebi, por isso pensei que fosse uma ilusão. Ou, melhor dizendo, uma ilusão de alto nível. Senti uma oscilação incomum em sua alma, mas como Skuldyr sentiu sua morte, talvez ele tenha morrido. Porém, suponho que, pela habilidade dele, ele tenha burlado a própria morte.”

— Figura nebulosa (invocando um caderno): “Interessante… Vou anotar e perguntar para ele diretamente.” (Batendo na mesa): “Mas isso quer dizer que aquele desgraçado do Mílar fingiu não perceber! Eu o farei sentir o quanto estava errado. Ele mal perde por esperar para eu mostrar o quanto Eu estava certo.”

— Dart (marcando a página em que estava e fechando o livro): “…” (Respirando calmamente antes de falar): “Mílar, falta um minuto para o início.”

— Mílar (com os olhos brilhando em um verde intenso, fechando o livro): “Muito bem, vá na frente.”

Dart se levanta e vai até um armário.

— Dart (entregando uma capa branca e uma máscara feita de um material cinza a Mílar): “Não se esqueça disso, S… Mílar.” (Se pondo à sua frente): “Anunciarei sua chegada.”

— Mílar (colocando a máscara e a capa): “Obrigado, Dart.”

—

40 segundos depois.

Sala do relatório, uma sala com uma fileira de vastos assentos preenchidos pelos Nuktart. No centro da sala, dois tronos: um maior e, à sua direita, um menor.

— Dart (de frente ao menor, em um tom de voz alto): “Anuncio a chegada e presença de Lorde Mílar!”

Todos os Nuktart se levantam, cada um segurando pastas e/ou malas.

10 segundos depois, Mílar adentra a sala, se pondo em frente ao trono maior.

— Mílar (segurando a mão de Dart e levantando-a junto da sua): “Dou por iniciado agora o relatório. Podemos começar.”

Os Nuktart curvam-se e se sentam em seguida. Após eles, Mílar e Dart também se sentam em seus tronos.

— Dart (se levantando, em um tom sério e levemente alto): “Começaremos com os relatórios mais técnicos: os de infraestrutura, número de prisioneiros novos, os de saída e seu total atual. Depois, por fim, partiremos para os relatórios sobre os prisioneiros.” (Indicando, de mão aberta, o centro da sala, de frente aos tronos): “Nessa ordem, que venha o primeiro a falar.”

Sala do trono do castelo da Rainha de Diverlite

— Rainha Lilith (admirada): “Que surpresa ver você aqui, Rodrick. O que houve?”

— General Rodrick (ajoelhando-se e voltando à postura): “Realmente não venho muito aqui e gostaria que minha vinda fosse por um motivo mais fútil, mas, infelizmente, não é.”

— Rainha Lilith (mais atenta): “Continue. O que lhe preocupa?”

— General Rodrick (retirando um frasco do bolso): “Permita-me, senhora.”

— Rainha Lilith (séria): “Prossiga.”

O General Rodrick despeja o pó contido no frasco em sua mão direita e o lança para cima.

— General Rodrick (em tom grave, com o braço direito levantado e a mão aberta): “Barreira de ocultação.”

Uma luz azulada sai de sua mão e se espalha pela sala.

— Rainha Lilith (séria e preocupada): “Para ter feito isso, o que pretende dizer não deve ser algo bom de se ouvir.”

— General Rodrick (sério): “Lamentavelmente, não é. É sobre o Ráy. Acho que… desculpe, acho não.” (Mudando o tom para algo mais grave e sério): “Tenho a certeza de que ele está possuído pela Irá.”

— Rainha Lilith (desacreditada): “O Ráy? Mas como? Nada o abala! Por que acha isso? O que teria acontecido de tão grave para você cogitar algo assim?”

— General Rodrick (no mesmo tom): “Sua forma de falar. A majestade já deve ter notado, mesmo que de forma sutil. Além disso, ele recebeu um bilhete e uma foto. No bilhete estava o nome de Lina, e, na foto… bom, a alma que não foi julgada estava supostamente assassinando-a isso o devastou. E o sinal mais alarmante é que ele mentiu, não contando isso para a senhora.”

— Rainha Lilith (preocupada, em tom baixo): “Então, ela tinha razão…”

— General Rodrick (sério): “Ráy nunca… não, ele jamais mentiria para Vossa Majestade. Por isso…” (Notando Lilith olhando para baixo): “Sei que é chocante ouvir isso.”

— Rainha Lilith (se recompondo): “Me… me desculpe. Melory havia vindo aqui, mas eu não… Eu não a ouvi. Agora me arrependo de minha atitude.” (Séria e receosa): “Mas resolverei isso depois, você teria algo em mente para resolver isso?”

— General Rodrick (sério): “Ele planeja ir até Soltear para adentrar o Abismo por lá sem o conhecimento de Vossa Majestade. Ele me pediu para fazer uma cópia dele e ceder 20% de sua força. Eu poderia tentar lutar contra ele, mas isso não mudaria nada. Por isso, preciso da sua ajuda(mudando seu olhar o direcionando fixamente para os olhos de Lilith)E acho que a senhora sabe melhor do que eu como fazer ele voltar a si”