Índice de Capítulo

    Quando Yoru finalmente conseguiu reunir os poucos aliados restantes da escola 25. Sophie, Hayato e Ryuji estavam ao lado dele, com expressões marcadas pela exaustão, mas também pela determinação. A escola 25 estava em caos, com várias áreas tomadas pela escola 24.

    Sophie, com as mãos na cintura e uma expressão furiosa, foi a primeira a quebrar o silêncio.

    — Você não entende a gravidade da situação, Yoru? — ela gritou. — Enquanto você está correndo atrás de vingança ou missões malucas, estamos aqui tentando segurar as pontas! Já perdemos metade do território e vários dos nossos foram derrotados. E sabe por quê? Porque o nosso líder não está onde deveria estar!

    Yoru permaneceu calado, os olhos fixos no chão. Ele sabia que Sophie tinha razão. Sua impulsividade e a busca por vingança o haviam afastado do papel que deveria desempenhar.

    — Não tem nada a dizer? — Sophie continuou, com os olhos brilhando de raiva. — Você é o líder, Yoru! Se você não liderar, quem vai?

    Ele ergueu os olhos, sua expressão calma.

    — Você está certa. Não tenho desculpas. Só posso pedir que confiem em mim agora.

    Sophie bufou, ainda irritada, mas o tom sincero de Yoru a desarmou um pouco.
    — Muito bem. Se você quer fazer as coisas certas, então ouça. Vamos arquitetar um novo plano para retomar o que é nosso.

    Sophie começou a organizar as informações que tinha sobre os territórios perdidos. Ryuji ajudava com os mapas, enquanto Hayato ouvia em silêncio, analisando cada detalhe.

    — Nós precisamos atacar rápido e com precisão. — Sophie explicou, apontando para os mapas. — Dividimos nossos esforços para retomar essas três áreas principais. Elas são cruciais para garantir que a escola 24 não avance mais.

    Yoru, que estava ouvindo atentamente, interrompeu.

    — Coloque o Hayato na linha de frente.

    Todos no local ficaram em silêncio por um momento, olhando para ele com surpresa. Sophie foi a primeira a reagir.

    — O Hayato? Você tem certeza? Ele acabou de voltar de uma luta difícil!

    Yoru sorriu de leve.

    — Eu sei da força atual dele. Hayato está pronto. Além disso, ele precisa de uma chance para mostrar do que é capaz.

    Hayato, que até então não havia dito nada, finalmente falou.

    — Se é o que você quer, Yoru, eu não vou decepcionar.

    Sophie suspirou, relutante, mas cedeu.
    — Muito bem. Mas se algo der errado, a culpa é sua, Yoru.

    Nesse momento, passos foram ouvidos no corredor, e duas figuras familiares entraram na sala. Sora e Philips, enviados por Hiroshi, se juntaram ao grupo.

    — Chegamos no momento certo, pelo visto. — Sora disse, com um sorriso confiante.

    — Hiroshi nos mandou para ajudar. — Philips acrescentou, cruzando os braços.
    — Vamos recuperar essa escola.

    A presença deles trouxe um novo fôlego ao grupo. Com mais força no time, Sophie ajustou o plano para incluir Sora e Philips, criando uma estratégia ainda mais agressiva para retomar as áreas perdidas.

    Com o plano definido, o grupo se dividiu em equipes e avançou para os territórios controlados pela escola 24. A noite caiu, e as luzes da cidade criaram um cenário tenso e sombrio para a retomada.

    Hayato liderava a linha de frente com confiança, sua presença intimidante fazendo os adversários hesitarem. Sora e Philips apoiavam com suas habilidades únicas, enquanto Yoru e Sophie trabalhavam nos bastidores, coordenando os movimentos e antecipando as estratégias da escola 24.

    As batalhas eram intensas e brutais, mas a determinação da escola 25 era palpável. Cada vitória, por menor que fosse, aumentava a moral do grupo.

    Yoru, observando de longe, sentiu uma onda de esperança.

    — Isso é só o começo. — ele murmurou para si mesmo.

    O território estava sendo reconquistado, e a escola 25 começava a recuperar sua força. Mas Yoru sabia que o verdadeiro desafio ainda estava por vir: enfrentar os rankings mais altos da escola 24 e o próprio Kaito.

    [Escola secundária 24]

    A sala ampla, com iluminação precária e paredes adornadas com pichações, estava tomada por uma tensão quase palpável. No centro, Kaito, de pé ao lado de Hillary, observava os 10 rankings da escola 24, que haviam sido convocados para a reunião. Cada um carregava uma presença intimidante, trazendo consigo a fama e a força que os colocavam no topo da hierarquia da escola.

    Hillary começou a reunião, sua voz firme e calculada.

    — A situação está prestes a atingir um ponto de ruptura. A escola 25 está reagindo mais rápido do que esperávamos, e o Yoru conseguiu reunir aliados importantes.

    Os rankings ouviram em silêncio, enquanto Kaito cruzava os braços, olhando para cada um com seu típico ar de superioridade.

    — Precisamos de uma estratégia que elimine qualquer chance de recuperação da escola 25. — continuou Hillary. — Não podemos subestimá-los, especialmente agora que o Yoru parece estar mais determinado do que nunca.

    Matabi Huai, o número 10, foi o primeiro a falar.

    — Então por que não atacamos agora? Estamos todos aqui. Podemos acabar com eles antes que tenham tempo de reagir.

    Hajuki Gon, número 8, bufou.

    — Matabi, é por isso que você é o número 10. Não é questão de força bruta, é sobre estratégia. Se atacarmos sem um plano, eles podem virar o jogo contra nós.

    Yuna Hajimei, número 7,apoiou Hajuki.
    — Concordo. Precisamos de algo que desestabilize a moral deles. Um golpe cirúrgico.

    Finger Gran, número 6, sorriu de forma maliciosa.

    — Se for para desestabilizá-los, eu posso lidar com os pontos-chave da defesa deles.

    Hillary ergueu a mão, pedindo silêncio.
    — Cada um de vocês terá um papel essencial. Não estamos aqui para improvisar, mas para garantir a vitória.

    Hillary começou a explicar seu plano. Ele traçou um mapa improvisado no quadro ao lado, indicando os territórios que ainda estavam sob o controle da escola 25.

    — Vamos dividir as forças deles. O segredo para destruir qualquer exército é separá-lo. Matabi e Juan, vocês atacarão as áreas mais vulneráveis, forçando-os a enviar reforços.

    Ele apontou para Finger e Hajuki.

    — Vocês dois criarão uma zona de caos no centro. Precisamos que eles fiquem confusos e percam a capacidade de coordenar suas ações.

    Yuna, Brak Zent, e William Oiau receberam ordens de proteger os territórios conquistados e agir como o suporte principal, mantendo a estabilidade das áreas críticas.

    Finalmente, Kaito, com um sorriso feroz, falou.

    — Eu ficarei no comando da linha de frente. O Yoru é meu.

    Os olhos de Hillary brilharam com uma mistura de confiança e determinação.

    — Com esse plano, vamos sufocar a escola 25. Vamos fazer com que eles percam tudo antes mesmo de perceberem o que está acontecendo.

    A conversa seguiu com cada um dos rankings dando sugestões e refinando o plano. O clima era de foco absoluto, mas também de rivalidade interna, com cada um querendo provar seu valor.

    Quando a reunião chegou ao fim, Hillary deu as palavras finais.

    — Isso não é apenas uma batalha por território. É a nossa chance de esmagar a escola 25 de uma vez por todas. Mostrem do que são capazes.

    Com isso, os rankings se levantaram e começaram a se dispersar, cada um carregando o peso de sua missão. Kaito, no entanto, ficou para trás, observando Hillary com um olhar curioso.

    — Você está realmente confiante que isso vai funcionar? — ele perguntou.

    Hillary sorriu.

    — Não se trata de confiança, Kaito. Trata-se de certeza.

    Enquanto a escola 24 se preparava para seu movimento decisivo, a batalha pelo controle total da escola 25 se aproximava de um clímax inevitável.

    Com o salão agora vazio, restavam apenas três figuras na sala: Hillary, Brak Zent, o número 5, e William Oiau, o número 4. O clima era pesado, mas havia um brilho nos olhos de Hillary, algo entre confiança e manipulação. Ele olhou para os dois com um sorriso calculado, enquanto fechava a porta lentamente, certificando-se de que ninguém os ouviria.

    — Então é verdade — começou Hillary, cruzando os braços. — Vocês dois não são mais os mesmos.

    Brak Zent, um homem alto com um físico robusto e tatuagens que cobriam os braços, deu um leve sorriso.

    — Parece que você anda bem informado, Hillary.

    William Oiau, de porte elegante e com um ar frio e calculista, apenas ajustou os óculos enquanto respondia calmamente:
    — E o que exatamente você quer com isso?

    Hillary caminhou até a mesa central, pegou um marcador e começou a desenhar algo no mapa.
    — Eu não sou cego. Já percebi que vocês dois despertaram algo… algo que ninguém mais nesta escola possui.

    Ele virou-se para Brak.

    — Sua força física está em outro nível. Você é como um tanque de guerra humano. Nenhuma defesa pode segurar seus golpes.

    E depois apontou para William.

    — E você, William. Sua mente afiada agora parece estar em perfeita sincronia com sua força. Um estrategista que pode lutar de igual para igual com qualquer oponente.

    Os dois ficaram em silêncio, trocando olhares. Era claro que Hillary sabia mais do que ele estava deixando transparecer.

    Hillary sorriu novamente, dessa vez de forma quase diabólica.

    — Preciso que vocês dois cuidem de uma tarefa especial.

    Ele apontou para um território no mapa, localizado na borda do domínio da escola 25.

    — Esse lugar é vital para o avanço do Yoru. Ele vai usá-lo como ponto de recuperação e estratégia. Quero que vocês dois destruam completamente qualquer esperança que eles tenham de usar esse local.

    Brak franziu a testa, intrigado.

    — Quer que acabemos com a resistência lá?

    Hillary balançou a cabeça.

    — Não apenas isso. Quero que eliminem qualquer um que se atreva a ficar no caminho. Sem piedade. Eles precisam saber que estamos jogando para vencer.

    William, com sua expressão inabalável, levantou uma sobrancelha.

    — E por que você quer que nós dois lidemos com isso? Parece uma missão que qualquer um dos rankings poderia executar.

    Hillary caminhou até William, parando a poucos centímetros dele.

    — Porque isso não é apenas sobre força. É sobre mandar uma mensagem. Vocês dois despertaram algo que os coloca acima dos outros. Quero que eles vejam o quão esmagadora é a nossa vantagem.

    Brak riu, um som grave e cheio de confiança.

    — Uma missão que mostre nossa força? Parece interessante.

    William ajustou os óculos mais uma vez, seus olhos brilhando com determinação.
    — Muito bem. Mas quero algo em troca.

    Hillary inclinou a cabeça, curioso.
    — O que seria?

    William deu um sorriso frio.

    — Quando a guerra terminar, quero uma posição que reflita o meu verdadeiro valor.

    Hillary deu um passo para trás, soltando uma gargalhada curta.

    — Justo. Se vencermos, você terá sua recompensa. Agora vão. Mostrem ao Yoru e à escola 25 o verdadeiro terror que é enfrentar a escola 24.

    Com um último olhar de determinação, Brak e William saíram da sala, prontos para cumprir sua missão.

    Enquanto os dois se afastavam, Hillary ficou sozinho na sala, murmurando para si mesmo:

    — Tudo está indo conforme o planejado. O Yoru não faz ideia do que o espera.

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