Capítulo 226: Jack jogando limpo!

O grupo de Jack saiu pelo portão de entrada do Jardim das Fadas, os arredores estavam banhados em uma luz azul, haviam sido recebidos pelo ar tranquilo da floresta… ou não?! 

Gritos ecoavam à distância e se aproximavam cada vez mais: 

“Corram para salvar suas vidas, porra!”

“Como diabos esse chefe é tão forte?!” 

“Por favor, Deus, tenha misericórdia de nós: essa porra ta carregando de novo!!!” 

Um instante depois, um estrondo impossivelmente alto ressoou, junto com um som de estilhaçamento. De repente, uma árvore voou bem diante dos olhos do grupo, quebrando ao fundo. 

Que porra?! 

Jogadores aterrorizados correram para a clareira, sacudindo-se em choque ao verem o grupo de Jack, mas não pararam. Eles correram tão rápido que estariam fora de vista em alguns segundos. 

Logo atrás deles estava uma criatura de pesadelo. Dentes enormes capazes de empalar um cavalo, o corpo alongado e maior do que deveria ser, uma armadura de pele quase impenetrável e coberta de sangue. 

Sim, era um coelho gigante com chifres. Se fosse menor, teria parecido fofinho, mas esse era uma abominação. 

“Woof?!” (Chocado!) 

Moon Moon olhou para o chefe em choque. Como ele poderia ser tão grande e poderoso? Mas mais importante: quanta carne esse sujeito continha?! 

Jack olhou para o pelo branco da criatura. Parecia ter passado por uma longa luta, pois estava cheio de projéteis, marcas de queimaduras e ferimentos de vários tamanhos. 

A dúzia ou mais de jogadores correndo foi apenas o começo. Um exército apareceu rapidamente, seguindo alguns segundos atrás do chefe. 

“Não o deixe escapar! Estamos lutando há tanto tempo. Vamos matá-lo, mesmo que leve uma eternidade!” O homem na frente trovejou. 

Foi quando seus olhares se encontraram.

Ele era o cara responsável por aquela tal de forsaken, aquele que lhe pagou 100 de ouro para que seu povo fosse libertado da fazenda. O rosto do homem se contorceu em desconforto enquanto ele o olhava. 

Se fosse em qualquer outro momento, ele não teria hesitado e teria ordenado que suas tropas lutassem contra ele, mas agora era um momento delicado. 

Ele estava aqui para matar o chefe? 

Ele estava aqui para caçá-los? 

Ele tinha que estar aqui para causar o caos, certo? 

Jack riu interiormente ao ver a reação do homem. Até os homens atrás dele estavam nervosos. Eles pararam por um segundo, prontos para o caso de uma briga começar. 

“O que você quer?”, o homem gritou. 

“Ah, você sabe… só dando uma volta despreocupada.” Jack respondeu brincando. O timing dele foi 100% uma coincidência, mas eles não precisavam saber. 

Eles estavam todos pressionados pelo tempo, mas ele não. Nesse momento, ele tinha o luxo de poder brincar. O Chefe mataria o grupo se eles parassem agora, reiniciando o confronto e desperdiçando todos os seus esforços. 

“Vai direto ao ponto. O que será preciso para você desistir?” O homem resmungou. 

‘Ah? Que cara direto!’ Jack estava apenas se divertindo um pouco, mas ele não diria não a benefícios gratuitos. 

“Que tal 50 de ouro?”, ele propôs. 

“Você está louco?! Nós literalmente—” Ele recusou severamente, apenas para um rugido poderoso ecoar à distância. 

Esse era o barulho chefe entrando em uma fase berserker. Não havia mais tempo a perder! Seu rosto se contraiu enquanto ele sussurrava algumas palavras para um dos membros antes de concordar. 

“Ótimo! Ele vai te dar o ouro quando você sair daqui! Todos, comigo!” O homem gritou enquanto todos corriam atrás do Chefe. 

Antes que percebessem, todos tinham ido embora. Restou apenas o grupo de Jack e aquele mediador da Forsaken.

“Tenho que ficar longe dos prados então! Certo, vamos voltar para a fazenda…” Jack riu com o membro do grupo inimigo dando tapinhas no rosto. Por quanto tempo mais eles cederiam a esse filho da puta?! 

O caminho de volta foi tão monótono quanto chato. 

Quando chegaram à entrada da fazenda, o homem relutantemente lhe entregou os fundos. Jack não conseguiu deixar de lhe dar um olhar de elogio. 

“Você está honrando a palavra do seu líder? Você sabe que é tarde demais para eu voltar correndo para a luta, certo?” Ele questionou brincando. 

“Tch— O que seríamos sem a nossa palavra? Nós ainda destruiremos você na próxima vez que você se levantar contra nós.” Ele resmungou e bufou enquanto saía. 

Jack acenou alegremente para ele se despedir, pois não conseguiu evitar achar a Forsaken mais agradáveis ​​aos olhos. Talvez ele pudesse fazer negócios com eles no futuro? 

Afinal, eles eram: 

1. Ricos

2. Fáceis de enganar 

3. Honravam a sua palavra 

Ah, bem, isso seria um pensamento para mais tarde. Por enquanto, ele trouxe a fada que estava escondida em seu bolso para fora, colocando-a em seu ombro. 

“Olhem que beleza!” Ele gesticulou para toda a fazenda. “Esse será seu novo lar de agora em diante.” Ele deu boas-vindas calorosamente. 

A pequena coisa estava olhando para tudo isso com admiração, seus olhos claros cheios de curiosidade. As abóboras esculpidas atraíram especialmente sua atenção. 

Foi então que a porta se abriu, revelando uma deusa de cabelos de fogo… 

De volta à Floresta Greenwood, o exército finalmente conseguiu encurralar o Chefe. 

Mesmo agora, seu líder não tinha certeza se pagar o desgraçado tinha sido uma escolha sensata. Ninguém jamais havia derrotado esse Chefe até onde ele sabia.

Eles tiveram sorte até de encontrá-lo, e esse era definitivamente especial. Invocá-lo exigia interagir com uma pequena estátua de coelho localizada em uma árvore oca escondida. 

Ele mal podia esperar para ver que tipo de recompensas eles receberiam! Caramba, talvez eles ganhassem algum catalisador OP para aquela técnica de Inundação de Mana que eles tinham acabado de descobrir. 

Ele concordou em comprar a paz com o Rei Demônio apenas porque essa morte era tão crucial. Ele não queria nenhuma variável interferindo nesse momento histórico!

Todos estavam pressionando o ataque, seus corações batendo de expectativa.

“Está prestes a acontecer!”, ele anunciou, enquanto todos aplaudiam.

Ele abriu suas mensagens uma última vez para ter certeza. 

Ótimo! Ele suspirou aliviado, sabendo que ninguém poderia enganar todos os seus batedores de uma vez. A criatura lamentavelmente gemeu sob seus ataques combinados, mas eles não mostrariam misericórdia. 

Estava tudo acabado para— 

De repente, algo aconteceu. Seus membros começaram a morrer do nada, seus corpos voando pelo ar! Eles então colidiam com outros membros da guilda, fazendo-os cair. 

“O que?!” 

“Onde está o inimigo?!

“Quantas vítimas?!” 

O pânico se espalhou instantaneamente no campo de batalha. Alguns continuaram mirando no coelho, apenas para serem eviscerados do nada. Outros pareciam loucos enquanto atacavam o ar vazio. 

“Relatório, o que está acontecendo! Alguém sabe?! Acalme-se e venha até mim!” Ele tentou trazer a ordem de volta, mas foi inútil. 

Em questão de segundos, todo o ataque deles entrou em colapso. O incrível exército que eles tinham reunido foi em vão.

A floresta ficou vermelha de sangue enquanto os gritos ecoavam um por um. O coelho até aproveitou a oportunidade para se levantar e correr. 

Então, de repente, ele ouviu e sentiu: algo estava avançando em sua direção?! Ele tentou sair do caminho, mas não foi rápido o suficiente. 

Ele sentiu seu corpo sendo perfurado pelo que pareciam ser chifres. Assim que a morte o agarrou, ele viu o nome de seu executor flutuando no ar. 

Macabro: ele sabia quem era o responsável por isso muito bem. 

Enquanto todos os humanos pereciam, um grito de morte aflito ecoou: 

“Vai se foder Rei Demônio!”