[Forja foi adquirido juntamente com a manifestação de Hefesto.]


    [Chama da Criação foi adquirida juntamente com a manifestação de Hefesto.]


    [Ferromancia foi adquirida juntamente com a manifestação de Hefesto.]

    Estava confusa com todas essas telas me rodeando naquele instante.

    ― Ferro… mancia? Chama da Criação e Forja… 


    [Procurando novas informações…]

    Lembro-me dele ter dito algo parecido com chamas, então quer dizer que eu posso fazer a mesma coisa que ele? E novas informações estão por vir nesse calor do momento, espero que sejam boas notícias nessa calamidade.

    ― Maldição… novamente estou sendo superada por você. Agora que está sem memórias e fraca, posso ter a certeza que você não irá sobreviver. Mas relaxa que vou contar aos outros que a morte da mais querida do pai foi por causas naturais. ― Parece que ele estava me procurando, mas como sua lâmina havia me achado então? 

    Não tinha tanto tempo para pensar, ele estava perto e tudo o que tinha para me defender era o machado de Gaia em minha frente, que de alguma forma havia saído da paralisia temporal.

    Cheguei mais perto para colocar minhas mãos sobre o machado fincado no chão nevado. De alguma forma ele havia quebrado as regras instauradas pelo fantoche, uma descoberta incrível para mim.

    Ao triscar naquele machado, pude sentir uma sensação muito estranha para mim. O metal parecia estar reagindo aos meus toques, como se tivessem se moldando a palma de minha mão. Pouco a pouco o metal parecia ter trocado a sua matéria, andando sobre minha pele em forma de líquido.

    ― Que nojento. ― Foi tudo o que pude pensar naquela situação. 

    Ao tirar minha mão ele parecia ter voltado a sua forma, deixando o meu corpo. 

    ― Então reage aos meus toques, né? Tenho quase certeza que não reagia assim com Gaia. 


    [Informações recebidas.]


    [O Héroi do Leste lhe abençoa com o controle dos metais, do fogo e da forja.]


    [Sua mente agora é a sua arma e a sua imaginação o seu limite.]

    Seus passos antes silenciosos agora eram acompanhados por chamas nem um pouco silenciosas, que indicava a sua posição mesmo sem a intenção. Parecia inquieto pelo jeito que o corpo se mexia, cada vez mais desesperado.

    ― SCARLETT! PARE DE SE ESCONDER IMEDIATAMENTE ― gritou.

    A minha mente, a minha imaginação… tudo está conectado. 


    [“Fantasia” se manifesta diante da situação do usuário!]


    [“Psyche” se manifesta diante da situação do usuário!]


    [Evento raro está acontecendo! Uma coligação está se manifestando…]

    Estendi minha mão ao machado em minha frente, na tentativa de conseguir utilizar o que estava sendo prometido a mim. Era grande e bem difícil de alguém se movimentar com essa arma, não quero nem imaginar como que Gaia deve fazer essa belezinha funcionar.

    ― Seria bom se isso fosse mais leve.


    [De acordo com as escrituras, uma pequena barra de metal se tornará um arsenal completo de guerra.]


    [FORJA.]

    Não tinha nada em mente, apenas queria algo que pudesse utilizar para bater, e pelo visto minhas preces foram atendidas com a mensagem aparecendo à minha frente. Aquele grande machado parecia estar se cobrindo de chamas pouco a  pouco, assim como havia visto antes.

    O metal cobrindo o machado estava se derretendo, e o líquido que escorria parecia se acumular mais ainda ao lado, formando uma outra silhueta. Na primeira instância o que havia se tornado a minha frente mais parecia uma grande maça feita de ferro puro, enquanto o outro parecia acumular mais e mais metal.

    Cheguei mais perto da maça coberta por chamas, e incrivelmente não parecia me queimar, era quentinho.

    ― É uma boa forma de me esquent -…

    ― Te encontrei.

    Antes que pudesse me virar para reagir, a marionete já estava na minha cola. Deveria ter prestado mais atenção no que estava acontecendo, me perdi totalmente no que estava fazendo.

    ― Prazer então, Damian, saiba que fui eu quem destruiu o seu reinado Scarlett. E como um pequeno presente de minha parte, que tal me dizer suas últimas palavras? ― disse enquanto apoiava uma de suas lâminas em seu ombro.

    Em um ataque surpresa, peguei a maça e tentei golpeá-lo com aquela arma. Meu ataque de desespero parecia ter funcionado, o fantoche parecia desnorteado com meu ataque, o que me deu mais tempo para fugir do local.

    Ao correr pude perceber que de alguma forma ele parecia ter se enfraquecido, pois o que mantinha o tempo parado estava cessando. Corri em direção de Gaia assim que percebi esse detalhe mínimo.

    Tudo o que pude escutar vindo da floresta foi um grito muito alto, o meu golpe não era o suficiente para debilitar ele para sempre como imaginei. Ele estava vindo atrás de mim agora e sabia onde começar a procurar.

    ― Que droga, que droga! Devo aguentar mais um pouco… 

    Via algo no céu, era pequeno com uma corda ligada ao chão, estava relativamente longe. Não pude discernir o que era até perceber que estava vindo em minha direção, era uma das espadas daquele ser.

    Ao tentar correr parece que não era o suficiente, a velocidade daquele corpo metálico era gigantesca e parecia teleguiada de acordo com a minha outra experiência. Estava tremendo e minha caminhada já era involuntária naquele momento que mesmo estando cansada continuava nesse pesadelo.

    Vômito de sangue, foi o que saiu de minha boca quando aquilo me acertou na minha barriga. Tive o azar de no último instante me virar para olhar o quão perto estava e fui atingida na minha barriga. O metal de minha maça parecia ter sido totalmente movido para formar um escudo, mas foi insuficiente para segurar algo daquela velocidade naquele momento.

    Estava caída com a lâmina presa no mesmo local que já havia sido encontrada um outro hematoma meu. Tudo era como um déjà vu no momento em que havia acordado sem memórias. Havia fogo perto de mim que veio junto a aquela lâmina.

    ― Você sempre foi brincalhona desde cedo com seus joguinhos de esconde esconde. Eu até queria te matar da maneira mais rápida possível, mas como você quer brincar é assim que vamos.

    ― Vá para o inferno, desgraçado ― disse cuspindo a sua cara.

    Ele levantou sua espada, parecendo ter se arrependido da escolha de me deixar viva para me fazer sofrer.


    [Psyche atingiu suas condições!]


    [Vigarista de Almas foi obtido juntamente às condições de Psyche.]


    [Deseja usar?]

    Foi como um flash para mim, pois após ver essa mensagem eu nem estava mais deitada com o corpo em cima de mim. Estava de pé se arrastando para perto de Gaia com o tempo normal.

    Meu corpo estava todo debilitado, não conseguia sentir nenhuma parte dele. Suponho estar muito ferida mas não queria arriscar olhar para evitar entrar em pânico. Minhas roupas estavam totalmente rasgadas, totalmente terríveis.

    Não escutava nada ao meu redor além de um chiado muito forte, e minha visão estava embaçada naquele momento. Pude ver que era Gaia justamente por seu grande corpo inconfundível que estava correndo em minha direção.

    ― Seven, Seven! ― Ela já havia chegado perto de mim com a sua velocidade, acredito que estava bastante preocupada assim para ter corrido tanto em tão pouco tempo.

    Não lembrava o que havia acontecido, mas meu corpo sim. Estava cansada além de ferida e parece que percebeu a minha condição e deixou-me cair em seus braços. 

    ― Me desculpe! Me desculpe mesmo, Seven! Por minha incompetência você está… ― Parecia que iria chorar do jeito que falava. ―  Você está ferida por minha culpa!

    Me abraçava como se eu fosse morrer em seus braços, algo que tinha certeza que não aconteceria, apenas queria o silêncio, dessa vez o aconchegante. 

    ― Shhh, apenas me deixe descansar, pelo menos dessa vez.

    ― Não diga coisas assim…!

    Estava perdendo minha consciência, e dessa vez tinha certeza que estava segura nos seus braços. Sua mão parecia me segurar com desespero, mesmo uma marionete conseguia transmitir coisas assim? É definitivamente algo novo. 

    ― Juro que encontrarei o maldito que fez isso contigo.

    Você é muito boba preocupada assim comigo Gaia.


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