Capítulo 100: Jantaremos no inferno!
No mundo fora da nação carcerária, Maleukone se preparava para fazer um discurso aos seus soldados já reunidos. Entretanto, ele se encontra reclamando com seus comandantes
— Sabe, eu acho que eu deveria ir sozinho a essa guerra! Não quero arriscar meus amados soldados nisso!
— Bobagem, velho! Nós queremos ajudar, Shiawase é nosso irmão de combate, não podemos deixar nenhum idiota desaforado o ameaçar assim!
Retrucou um dos militares prontamente, a fim de tirar um pouco daquele peso das costas de seu amado chefe. Logo, percebendo que será impossível fazer seus companheiros mudarem de ideia, o idoso gigante aceita a ajuda dos mesmo, e logo se dirige ao palanque do discurso. Quando colocado lá, é perante aos seus um milhão de soldados que o receptáculo do Dragão coça a sua garganta, iniciando seu discurso. Curiosamente, mesmo sem usar um microfone, todos conseguem ouvir as palavras ditas pelo mesmo
— Meus queridos soldados, companheiros, meus filhos! Como puderam ver nas últimas semanas, o desertor e traidor da pátria maldito do Toshiro entregou Shiawase, um amado companheiro nosso para a nação prisão, alegando de forma mentirosa que o mesmo era responsável pelo genocídio do país dos besouros! Além de que, também viram que esse ato deste homem de merda, ocasionou no anúncio da execução do nosso companheiro!!
Todos os soldados gritaram com essa afirmação, um grito de guerra que ecoou por todo o território. Com essa confirmação feita, Maleukone continua a falar
— Isso não passa de merda! E é justamente por isso, que iremos até a as nações ilhadas buscar o Shiawase! Iremos fazer eles entregarem nosso amigo por bem! Mas, caso isso não ocorra, terá guerra!!
Os soldados bateram seus pés no chão e gritaram eufóricos, mostrando o poderoso espírito de batalha daquele exército. Sorrindo ao notar isso, o companheiro de batalhas do Vater continua o discurso
— E a partir disso, iremos trazer o Shiawase para jantar esta noite conosco! Mas, caso por algum lapso de sorte divina dos inimigos miseráveis, eles consigam cumprir a execução, eu espero que todos aqui tenham comido bem e se despedido de suas famílias! Pois, se isso acontecer, farei questão de jantarmos não só com nosso comandante Shiawase, mas também com o nosso inimigo nas profundezas do inferno!!
O exército concordou com aquilo, balançando suas armas no ar e gritando ainda mais alto do que qualquer outro grito. Logo, se virando de costas para os soldados e levantando sua igualmente gigantesca lança na direção do oeste, Maleukone grita
— Homens, entrem nos navios! Estamos de saída para as nações ilhadas!!
Indo para Buraji, focando no hospital onde a mãe dos protagonistas e o avô deles, Aristeu se encontram. A moça se encontra em lágrimas, vendo a notícia sobre o seu filho Shiawase que está passando na televisão do quarto do hospital
— Isso não é verdade! Não é!! Ele nunca faria algo desse tipo, nunca!!
O senhor de idade adoentado, entretanto, apenas passa a mão nos cabelos de sua amada filha, enquanto tenta a acalmar com algumas falas
— Calma, minha filha! A notícia já não disse que o Maleukone está indo resolver isso? Tenho certeza que ele conseguirá, e que o Shiawase estará bem!!
Internamente, porém, o senhor de pele escura ficou pensativo com aquela situação, tendo apenas um único tipo de pensamento pairando em seu consciente
“Por mais que eu fale isso… o meu velho amigo também está doente! Não terá jeito, assim que minha filha adormecer, eu irei sair deste hospital e me dirigir para a guerra. Eu salvarei o meu neto pessoalmente!!”
Ainda no país natal dos irmãos, a líder daquela nação, Kraftig, se encontra no meio de uma espécie de ligação. A mulher de pele morena comia algumas guloseimas, enquanto responde a pessoa do outro lado da linha
— É, ele foi aí sozinho! Não tenho envolvimento nenhum com a ida dele aí! Uhum, uhum! Certo, pode fazer!
A moça desligou o telefone após falar isso, voltando seu foco totalmente para a comida. Arold, que se encontra junto da mulher, apenas perguntou para a mesma em um tom extremamente ansioso
— Quem era?!
— Era o dono da nação prisão, ele veio reclamar da invasão do seu irmão lá dentro! Parece que o Kura tá fazendo uma baguncinha por lá!
Essa resposta da dama deixou o mais novo extremamente pálido. Então, nesse surto de susto, ele logo faz a seguinte pergunta para a mulher
— E o que ele disse?!
— Disse que ia atacar seu irmão para o prender lá dentro, ele acabou libertando um preso, sabe? E eu concordei, não quero ele enchendo o saco também-
Arold logo se jogou em cima da mulher, a agarrando pela gola de sua camisa e puxando para preto, gritando para ela com uma certa raiva em sua voz
— Como é?! E você concordou com isso?!-
No pescoço do garoto, a mão direita do Gabriel e uma lâmina de iodo feita pelo Jod surgem, ambas as coisas ameaçando a sua vida. Kraftig apenas mandou ambos os seguranças se acalmarem e desistirem daquilo, enquanto ela com sua próxima força lança o garoto-explosão para longe. Com o jovem no chão, ela fala
— Se acalme, biribinha! Eu concordei com isso, apenas por confiar na força do seu irmão! Veja, ele libertou um preso e descobriu uma forma de os fazer usarem os poderes, coisa que normalmente são anuladas pelo vice-chefe da prisão! Não tem para que se desesperar, apenas confie em seu irmão!
O garoto criador de materiais explosivos logo se levantou do chão, ainda irritado mas dando razão para a fala da mulher. Então, ele responde para a mesma
— Certo… eu espero que esteja certa disso! Caso algo aconteça com qualquer um dos meus irmãos, eu jamais irei me perdoar!
Indo para a nação carcerária, em específico, na sala do chefe daquele presídio gigante. O carcereiro chefe de todo o local bateu fortemente o telefone na sua mesa, quebrando-o e gritando enfurecido
— Aquela vadia! Falou com um tom alto de arrogância comigo! Quem ela pensa que é?!
O desgraçado dono de toda aquela região, ficou extremamente vermelho de raiva. Ao lado direito dele se encontra o vice-carcereiro chefe, tirando um cochilo. E na frente dos dois, se encontra um guarda qualquer daquela prisão. O pobre lacaio, por sua vez, fala as seguinte palavras ao seu superior máximo
— Chefinho… o que devemos fazer com aquele garoto?!
— E você ainda me pergunta, seu idiota?! Você disse que ele foi para a segunda divisão, não é? Então mande os guardas de alto nível de lá darem cabo desse idiota! Logo mais eu estarei lá, junto desse retardado dorminhoco aqui. Até lá, se virem sozinhos!
O carcereiro raso se assustou com a fúria de seu chefe, concordando e saindo a todo vapor da sala do mesmo. Já o líder da prisão, apenas se sentou em sua cadeira e ligou a televisão em sua mesa, vendo um programa comum daquela prisão, onde presos selecionados são postos em uma ilha para se matarem na tentativa de ter sua liberdade.
Na segunda divisão da prisão, o grupo formado por Kura, Rodolfo e Nane está andando, com o último e mais recente aliado estando em lágrimas emocionadas
— Então, é por isso que alguém tão jovem como você está arriscando sua vida neste fim de mundo, para salvar o seu irmão mais velho! Isso é emocionante! Pode contar comigo até o fim dessa jornada, garoto!
Rodolfo, entretanto, só queria saber de fugir dali e voltar o quanto antes para sua rotina normal, mesmo que no fundo ele sabia ser impossível, pois seu rosto já tinha sido associado com toda aquela confusão
“Eu estou perdido… eu deveria ter calado a minha boca!”
O trio foi seguindo caminho naquela escuridão, em sua grande maioria guiado pelo preso residente daquela divisão sombria. Em alguns minutos dessa longa peregrinação, um som alto de tiro foi escutado por eles, com balas de rifle passando próximas do corpo deles. O primeiro a se assustar e se esconder atrás dos outros dois foi o criador de brinquedos de construir. Já os outros dois, apenas voltaram sua atenção para a direção de onde o projétil saiu. O Kura foi rápido, e lançou um raio bola por cima de onde o inimigo poderia estar, com a esfera elétrica gerando assim luminosidade e revelando para eles que ali tinha um grupo de quinze carcereiros
— Vamos lidar com eles logo, Nane!!
— Claro que sim
A dupla formada pelo protagonista e o prisioneiro Nane, rapidamente preparou os seus poderes. Com o jovem garoto colocando eletricidade na sua mão direita para lançar um raio, enquanto o presidiário cria a sua fumaça rosa. Um dos guardas da prisão, logo se colocou a falar no rádio, dizendo a alguém no outro lado da linha
— Sim, eles estão aqui! E tem mais um preso com eles-
A fala foi cortada abruptamente, pois o ataque daquela dupla finalmente foi lançado contra os carcereiros, finalizando os quinze soldados em um único ataque poderoso. O homem do outro lado da linha, porém, escutou o corte abrupto da fala, e logo disse ao seu companheiro
— Estão a leste daqui, seguindo até a terceira divisão! Que dor de cabeça, justo hoje que pensei que ficaria relaxando!
Quem fala isso é um dos capitães dos soldados carcereiros, um homem conhecido como “a chama incessante”, o nome desse capitão é Vladimir molotov
— Calma, Vlad! Pensa pelo lado positivo, já sabemos onde esses vermes estão! A eliminação deles não será demorada, e logo voltaremos para o nosso amado descanso
Quem responde isso, é outro capitão daquele lugar e um grande amigo de Vladimir. O nome desse militar com patente de capitão é Sanmarino, conhecido como “O corrente quente de ar”. Molotov, então, apenas responde ao seu amigo
— Espero! Isso está atrapalhando a minha novela!!
A dupla de capitães seguiu seu caminho, acompanhado de duzentos soldados rasos da nação gaiola. Com toda essa força indo na direção daquele trio, fica mais do que evidente a intenção de extermínio daqueles dois homens, e não a de capturar com vida o receptáculo de Buraji.
Enquanto isso, próximo ao final da terceira divisão daquela prisão, o grupo das nações ilhadas responsável pela escolta do Shiawase, se encontra seguindo na direção do nível na qual o jovem de ferro estava preso. O novato impaciente, entretanto, continuou a reclamar de todo aquele trabalho
— Que saco! Eu queria estar em casa agora, descansando e comendo uma pizza! Mas tenho que vir neste fim de mundo, escoltar um criminoso de merda! Velhote, não sei como você aguenta isso, sinceramente!
O mais experiente daquele grupo, deu algumas risadas por conta da impaciência evidente do jovem rapaz. O idoso realmente parece estar se divertindo com toda aquela situação, apenas respondendo ao seu companheiro de trabalho
— Eu aguento, pois é divertido! Veja, meu rapaz! Nós estamos aqui, em um veículo confortável, com um ar-condicionado e passando por um caminho seguro. Enquanto lá fora, está um calor desgraçado com os presos dessa divisão estando expostos a ele! E nós ainda vamos ganhar muito bem só para ficar nesse luxo! Então, meu rapaz, não temos motivo para ter raiva!!
O garoto escutou aquilo, cruzando seus braços e fazendo uma cara emburrada enquanto se mantém calado por alguns segundos. O novato naquele trabalho, logo deu sua resposta ao veterano
— Falando assim, você faz parecer até que é divertido!
O velho riu com aquilo, sorrindo de forma amigável para o reclamão e dizendo para ele
— Ora, mas é!
O motorista do carro, e um dos carcereiros da prisão, logo notou a sua frente que o ambiente estava mudando. Assim, ele anuncia para todos no veículo
— Estamos próximos da estação de número quatro! Estarei ligando os aquecedores do carro!
O grupo da escolta, está a cada momento mais e mais próximo de chegar até o Shiawase. A cada segundo que passa, a guerra fica mais próxima
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