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    A atitude do rapaz recém maior de idade, deixou todos os líderes de estado em choque com aquilo, surpresos com tamanha ousadia por parte daquele garoto. O tribal logo iria tentar falar com o rapaz, mas antes de fazer isso, Piden começou a berrar:

    — QUEM VOCÊ PENSA QUE É, PARA INVADIR ASSIM ESSE LOCAL DE FALA?!

    Ouvindo aquilo, e sem abaixar a sua cabeça para aquele oponente político, o rapaz dos raios manteve seus olhos fixos no mesmo, cheio de sua determinação enquanto responde para o mesmo:

    — Quem eu sou? É simples, eu sou uma das pessoas que seriam afetadas por essa lei! E, como um humano, acima de tudo, eu quero poder dar meu ponto de vista sobre tudo isso!

    Kyo se manteve calado vendo aquilo tudo, interessado no que poderia se suceder após aquela intromissão ilegal. Porém, o líder dos states, se manteve enfurecido com aquilo, retrucando aquele adolescente:

    — Ah, é?! E quem você acha que vai te apoiar, ou ouvir, seu pivete merdalhão?! Sua mãe não está aqui, porra!

    Logo, do lado asiático do salão, Tanoshī se levantou de sua cadeira, encarando Piden e afirmando:

    — Eu irei escutar ele!

    Em seguida dele, Paul também se levanta de sua cadeira, falando:

    — Eu também vou!

    Os outros receptáculos começaram a ficar de pé um após o outro, com todos, menos o Donald, ficando em pé em seus lugares. Essa atitude, era para indicar que eles iriam sim apoiar o seu aliado de condição social. E não apenas isso, Paul também falou algo após todos ficarem de pé:

    — E, caso vocês tentem impedir ele de falar, saibam que nós iremos fazer uma confusão aqui!

    Aquelas palavras, soaram como o maior dos absurdos que poderiam ser proferidos por uma pessoa. Afinal, essas “armas humanas”, ousarem ameaçar todos os líderes mundiais, parecia algo completamente fora de cogitação. Porém, interessado no rumo que essa conversa poderia seguir, Kyo disse a seguinte coisa:

    — Bem, vamos ouvir esse garoto! Sendo justo, seria bem parcial de nossa parte, iniciar a votação apenas com o nosso ponto de vista em jogo!

    Com aquelas palavras ditas, o líder tribal no centro daquela sala, coçou sua garganta levemente, enquanto faz um gesto com os braços para aquele adolescente:

    — Bem, diga seu ponto, então!

    Com a palavra em suas mãos, o Kura buscou apoio através dos outros iguais a ele. Todos aqueles receptáculos, acenaram positivamente com suas cabeças, indicando total apoio para aquele manipulador de correntes elétricas. Então, encarando principalmente Piden, o irmão mais velho do Arold começou a discursar no meio daquele salão:

    — Vocês dizem sobre nos aprisionar, mas já existem regras demais que nos fazem prisioneiros! Receptáculos não podem se afastar mais de dois quilômetros de seu país de origem, pois isso é visto como declaração de guerra, coisa que nos impede de tirar férias fora de nossa nação! Além do mais, a maioria, senão todos de nós seguimos uma carreira militar ou política, apenas para ter chance de sair às vezes de nossa nação

    Encarando o líder político mascarado diretamente, o Kura afirmou:

    — Receptáculos… ou melhor, Houers, não temos um contexto de viajar em paz! E mesmo que sejamos convidados para isso de vez em quando, vocês nunca vão nos ver como dignos disso, de ter liberdade! E ainda assim, querem nos prender mais?!

    Piden, ouvindo tamanhos absurdos vindos da boca daquele pirralho, decidiu acertar um soco em sua mesa, fazendo o salão inteiro tremer. Após esse ato de raiva, o político afirmou em voz alta:

    — Ah, me faça o favor! Estamos passando por uma crise global, seu pirralho! E mesmo com todas essas regras e leis, você nos trouxe até aqui! É mais do que natural, que o punho tenha de se tornar mais firme, com isso em vista!

    Piden se levantou de sua cadeira, apontando seu dedo direito na direção daquele garoto, continuando a falar de forma agressiva:

    — Se vocês vão perder a pouca liberdade que possuem, saiba que é por sua exclusiva culpa! Não nossa!

    Kura, escutando aquelas palavras, acaba por fechar absurdamente a sua cara, ficando visivelmente furioso e começando sua resposta:

    — Eu já paguei o meu crime, pois foram vocês mesmos que deram a ideia do exílio! Me usar de exemplo para tentar afetar os outros iguais a mim, não faz o menor sentido! Isso só deixa claro, o quão infantil e birrenta, é a motivação para esse seu plano global!

    O mascarado começou a ficar com o sangue fervendo, não conseguindo acreditar nas palavras usadas para se referir a ele. Logo, tentando voltar para si mesmo, o líder da nação de Donald dá uma pequena risada de tom irônico, rodando sua cabeça através da sala e esfregando sua mão esquerda em seu rosto. Logo, ainda em tom de ironia, ele fala:

    — Ah, é? E qual a sua ideia então, gênio da geopolítica mundial?!

    Ouvindo aquela provocação por parte de seu oponente, o garoto dos raios pensou momentaneamente em atacá-lo e dar um fim a essas provocações. Mas, antes que fizesse qualquer besteira, o garoto conseguiu voltar para si, respirando fundo e respondendo o seu opositor de ideais:

    — Bem, o lado do Nellu possui um tal de cadáver de Pungkasan, assim como um dos espíritos bestiais, enquanto o Mike está desaparecido. Mas, mesmo com isso, temos pelo menos treze deles à nossa disposição! Ao invés de nos escondermos, deveríamos aproveitar essa vantagem numérica, para treinar os que estão do nosso lado, e se preparar para defender e contra-atacar o terrorista Nellu!

    Piden escutou aquilo, ficando surpreso com aquela análise do rapaz, mas obstinado em não dar o braço a torcer, retrucando:

    — Está dizendo, para nos preparamos para uma guerra contra ele?! Mas, nem sabemos qual o objetivo deles, ora!

    Kura, escutando aquela contradição por parte do líder geopolítica, retruca:

    — Bem, desde o começo da conversa, você e os outros aqui agem como se soubessem sim, do objetivo do Nellu de capturar o resto de nós. Não apenas isso, mas levando em conta todos os recursos que ele movimentou três anos atrás, para capturar meu irmão e Maleukone, fica mais do que claro que seu plano é capturar todos os espíritos bestiais!

    Com aquela resposta afiada, o homem da máscara não conseguiu achar um meio lógico de contra argumentar, se pondo em silêncio total após aquele discurso. Notando isso, o neto de Aristeu logo começou a andar para fora do centro daquele salão, finalizando sua fala:

    — Tenham isso em vista, na hora de votar! Não podemos perder a pouca liberdade que ainda temos! Se somos armas de guerra, então que sejamos usados para isso!

    Quando o garoto sobe de volta até o local do seu país, a morena líder de sua nação parecia satisfeita com tudo aquilo, dando um visível sorriso no canto do seu rosto. O porta voz do evento, coçando sua garganta, logo anunciou:

    — Bem, com as cartas na mesa… podemos iniciar a votação!

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