Capítulo 191: Trama contra o rei
Ao ver que aquele suposto funcionário, se tratava do seu colega de trabalho militar, o primeiro infiltrado no reinado do rei Charlie, rapidamente perguntou ao Kura:
— Que que você tá fazendo aqui, moleque?!
O manipulador de raios, sutilmente moveu seu corpo na direção de uma cadeira presente naquela sala, se sentando sutilmente na mesma, se espreguiçando e respondendo:
— A Krafitg me mandou aqui, tá ligado? O resto do meu pessoal também veio para cá, já que você não estava mandando respostas!
Ouvindo aquilo, o rapaz com poderes de imaginação ficou profundamente irritado, falando em voz alta:
— Aquela idiota, ela me prometeu que não iria mandar ninguém atrás de mim!
Escutando aquilo, o controlador de raios apenas ficou brincando com seus poderes de correntes elétricas, para logo responder aquele colega de trabalho:
— Olha, se você quiser desembuchar o acordo de vocês, o motivo de você não responder e coisas assim, pode ir abrindo o bico! Ou então, a gente vai ter que sair na porrada de novo!
Logo, um suspiro de certa decepção saiu de dentro da boca daquele primeiro infiltrado. Então, em silêncio, o rapaz de cabelos dourados pegou uma pedra que surgiu daquele pequeno combate, colocando a mesma no chão e se sentando nela. Então, acomodado em cima da rocha, ele respondeu:
— De forma resumida, minha missão era a de me infiltrar no grupo do Charlie, atrás de descobrir seus objetivos e vontades. Eu fiz isso pelos últimos dois anos seguidos, sem pausa!
Usando sua habilidade, o Khayal logo fez um salgadinho surgir nas suas mãos, começando a comer ele e continuando a falar:
— Porém, o desgraçado começou a desconfiar de mim, pois as mensagens sempre eram enviadas em um horário específico, coisa que precisava que eu saísse de perto dele! Então, para não me colocar em uma fria, eu parei de responder
Ficando curioso com aquela afirmação, o jovem Kura logo respondeu o seu colega, além de logicamente por suas dúvidas na mesa:
— Ué, mas como assim, cara? Teu poder não é literalmente imaginar as coisas e elas acontecerem? Era só tu imaginar o Charlie virando pó como tu fez com os inimigos quando estava com a Maria, ou só imaginar que tinha um clone seu junto dele, idiota!
Escutando aquilo, o jovial dos cabelos amarelos se irritou, respondendo rapidamente o protagonista dos raios:
— Não é tão simples assim, seu retardado! Primeiro, que para eu transformar alguém em pó, tem dois fatores a se levar em conta: a reação de defesa da pessoa, e o nível de poder dela. Quanto mais forte o alvo, mais energia eu gasto, e dependendo de quem, eu posso me matar sem nem conseguir finalizar a pessoa! E, se ela conseguir jogar a aura dela para fora, ou o ataque não funciona, ou não tem seu efeito completo…
Logo, enquanto fala, o rapaz faz sua redoma de imaginação ser desativada, fazendo com que tudo dentro da área da mesma, inclusive aquele salgadinho, simplesmente desaparecesse. A única exceção, foi logicamente o prédio da mineradora e os trabalhadores humanos do local. Com isso, ele completou:
— Você consegue ver? Não só meu salgadinho, mas as criaturas que eu fiz, evaporaram completamente! Isso acontece, por conta que meu poder só pode ser efetivo, dentro da área redoma! Ao menos, coisas criadas por ele. Um clone, estaria fora de cogitação
Rapidamente, a redoma de imaginação foi novamente criada, com as criaturas e o salgadinho voltando a existir. O Kura se manteve calado, analisando tudo aquilo, e logo o galego terminou seu monólogo:
— Sabe, vocês devem pensar, que por ser um poder muito abstrato, eu posso ser alguém basicamente onipotente! Mas, essa habilidade tem muito mais limitações do que eu gostaria!
Ouvindo aquilo atentamente, o controlador de raios ficou em silêncio, pensando sobre aquilo. Depois de certo tempo refletindo, o rapaz se virou na direção do Khayal, respondendo o mesmo:
— Tá, entendi o seu ponto! Mas, se isso tudo é verdade, por que tu negou qualquer ajuda ou intromissão? Sabe, você tem amigos lá em Buraji, que topariam te ajudar sem problemas! E, se você sabe de algo sobre o Charlie, então isso tornaria ainda mais justificável essa ajuda!
Khayal, escutando aquilo, não pestanejou em responder o protagonista, dando rapidamente seu ponto de vista:
— Eu tenho completa noção disso, idiota! Mas, eu não queria que outras pessoas se intrometessem no meu objetivo. Pelo menos, não enquanto eu estava confiante de que eu conseguiria…
Aquilo deixou o Kura profundamente confuso, e de certa forma irritado com a atitude do rapaz dos cabelos loiros. Sendo assim, batendo com força na mesa, o irmão mais velho do Arold perguntou para o aliado Burajiano, em um tom de irritação:
— E para que caralhos esse ciúme todo?! Vai me dizer que você decidiu sair do armário agora, é?!
Ouvindo aquilo, o espião de cabelos loiros se levantou irritado, puxando o controlador de raios pelos cabelos enquanto afirma:
— Não é isso, seu idiota de cabeça elétrica! Não sei o que você passou durante esses três anos, mas eu ainda acabo contigo!
O militar rapidamente empurrou o loiro, fazendo-o largar seus cabelos. Então, apontando o dedo para o homem-imaginação, o Kura fala:
— Então, responde logo o motivo dessa birra toda, seu porra!
Percebendo que não teria mais para onde fugir, além de perceber que realmente devia explicações para o povo que lhe acolheu, o galego falou, gerando um rápido diálogo:
— Bem, tem a explicação direta, e a mais completa. Qual você prefere?
— Os dois, né? Se tem a direta, tem a completa!
Então, andando pela sala, o loiro começou a ajeitar as paredes da mesma usando de seus poderes, enquanto fala:
— Bem, a explicação direta… é que o Charlie e o seu grupo, mataram minha família e meu povo!
Aquilo fez o receptáculo de Buraji ficar chocado ao escutar aquilo, surpreso por algo daquilo ter acontecido com um conhecido, e mais surpreso ainda por descobrir que o Khayal não era alguém natural de Buraji. Então, se virando na direção do Kura, o espião respondeu:
— Já a explicação completa, vem agora!
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