Capítulo 16 | Ritmo de Combate
A arena ainda pulsava com a energia da batalha que acabara de se encerrar entre Genjiro e Izuna, como se as paredes respirassem o peso daquela disputa feroz. O silêncio, porém, era apenas uma pausa antes da próxima tempestade. O foco já se deslocava para o novo desafio que se aproximava. O time de Ryuji Arata carregava a marca da derrota recente, e o peso da responsabilidade agora pendia sobre os ombros de quem enfrentaria Naoya Kagetsu, o próximo adversário. A tensão se condensava no ar, densa e quase palpável, enquanto os olhares se cruzavam em silêncio, buscando a melhor estratégia.
Ryuji, franzindo a testa e respirando fundo, quebrou o silêncio:
— Fala, galera. Quem vai encarar o Naoya? A gente não pode vacilar agora.
Tsubasa, tranquilo como se estivesse imerso numa calmaria antes da tempestade, respondeu sem hesitar:
— Fala, mano, eu encaro. Meu estilo é ágil, e ele não vai ter espaço pra respirar.
Kaede, a preocupação estampada na voz, não deixou passar em branco:
— Fala, Tsubasa, tem certeza? O Naoya é sinistro, calculista pra caramba. Ele não vai dar moleza, não.
Tsubasa sorriu, mas um sorriso daquele tipo que não subestima a batalha, só reconhece o desafio.
— Fala sério, Kaede, se a gente esperar demais, o combate vai se arrastar e ficar mais difícil. Eu já vi esse tipo antes, frio e estratégico. Vou ser rápido e preciso.
Ryuji assentiu, a decisão feita, embora o peso da dúvida ainda rondasse sua mente. O equilíbrio entre confiança e prudência, sempre um fio tênue.
— Então é você, Tsubasa. Se precisar, tamo junto. Vamos fechar essa parada logo.
Tsubasa deu um leve sorriso, seguro.
— Pode crer. Vou mostrar pra que vim.
Enquanto isso, do lado do time de Saeko, o clima também era tenso. Naoya Kagetsu permanecia calado, observando cada detalhe com olhos afiados, como se já estivesse dentro da batalha antes mesmo dela começar. Sua confiança era silenciosa, quase um aviso sutil.
— Fala, sozinho — murmurou para si mesmo, com um sorriso que não alcançava os olhos —Esse Tsubasa vai me mostrar o que vale.
O árbitro chamou os lutadores para o centro da arena. O mundo parecia se comprimir naquele instante. Tsubasa e Naoya se encaram, cada um medindo o outro com um olhar que tentava desvendar segredos, intenções, fraquezas.
— Fala, Tsubasa, parece que chegou sua hora. Não espere moleza — Naoya falou com um sorriso frio.
— Fala, Naoya, não espero mesmo. Se tá pronto, então vamos nessa — Tsubasa respondeu calmo, com a confiança dos que sabem o que fazem.
Naoya não perdeu tempo e partiu pra cima com velocidade brutal. Um golpe baixo mirava as pernas de Tsubasa, buscando desequilibrá-lo de cara, mas Tsubasa tinha a leveza e agilidade de um gato. Num movimento fluido, ele desviou, quase dançando no ar.
— Fala, vai ter que tentar mais que isso, Kagetsu — provocou Tsubasa, com aquele sorriso meio de desafio, meio de aviso.
Naoya trocou de tática, agora lançando uma série rápida de socos e chutes, uma chuva rápida e precisa tentando romper a defesa de Tsubasa. Mas o equilíbrio e a concentração do adversário não vacilaram um segundo sequer.
— Fala, tu é bom, mas será que é o bastante? — gritou Naoya, aumentando o ritmo.
— Fala, vou te mostrar o que é que ganha de verdade — respondeu Tsubasa, sereno, controlando o tempo do combate.
Naoya fez uma pausa rápida, com os olhos avaliando, buscando uma brecha. Ele jogava defensivo, esperando um erro, mas Tsubasa também sabia que não podia dar espaço.
— Fala, tô vendo, cada movimento teu é previsível, Naoya. Tu é bom, mas tá na hora de evoluir essa leitura de jogo — disse Tsubasa, olhando nos olhos do rival com calma firme.
Naoya soltou uma risada curta, preparando-se para o próximo movimento.
— Fala, tá me subestimando? Vamos ver se essa tua confiança vai durar.
Então, num movimento inesperado, Naoya avançou com um golpe rápido, tentando pegar Tsubasa de surpresa. Mas Tsubasa estava ligado no 220, desviou com um giro preciso e, num estalo, posicionou a mão firme na cintura de Naoya, aplicando pressão.
— Fala, estratégia boa, mas falta flexibilidade — falou Tsubasa, com a calma de quem domina.
Naoya sentiu o aperto e tentou se soltar, mas a técnica do adversário era pegajosa. Ele recuou para evitar ser imobilizado. O jogo estava só começando, e a tensão crescia, fazendo a arena quase vibrar no silêncio.
— Fala, não pense que eu vou me entregar fácil, Tsubasa. Prepara que agora eu mostro o que eu tenho — ameaçou Naoya com um sorriso frio.
— Fala, eu também. Só não me faça perder a paciência — respondeu Tsubasa, ainda sereno.
A luta seguia com a tensão de um duelo de xadrez em alta velocidade — paciência, agilidade, inteligência pura. A plateia começava a sentir o peso do embate, sabia que aquele combate não seria só físico, mas mental. Quem conseguiria impor seu ritmo? Quem manteria a cabeça fria?
O primeiro round fechava equilibrado, mas a guerra estava longe do fim. Quem vai levar a melhor nesse duelo de titãs?
A arena estava um caldeirão de energia elétrica, pulsando a cada golpe trocado entre Tsubasa e Naoya. Os olhares fixos, os corpos em movimento constante — parecia que o tempo desacelerava só pra mostrar cada detalhe da batalha. Era um duelo de mentes afiadas tanto quanto de punhos certeiros. A tensão no ar? Quase palpável, tipo aqueles segundos antes do trovão que anuncia a tempestade.
Tsubasa respirava de forma controlada, olhos afiados, avaliando cada mínima mudança no corpo do adversário.
— Tá ficando bom, Kagetsu — soltou com calma, quase como um sussurro desafiador — Não vai subestimar meu estilo, não é?
Naoya sorriu, aquele sorriso gelado, cheio de frieza e autoconfiança, tipo quem sabe que pode virar o jogo a qualquer instante.
— Relaxe, Tsubasa — respondeu, quase provocando — Eu nunca subestimo ninguém. Mas, quer saber? Você já tá começando a parecer meio previsível.
Tsubasa arqueou a sobrancelha, um leve sorriso se formando.
— Previsível, é? Tá na hora de te mostrar que você tá errado.
Num instante, Naoya desferiu um soco veloz em direção ao rosto de Tsubasa. Só que o garoto era pura leveza e técnica: girou no ar e desviou, fazendo o golpe raspar o ar. No contra-ataque, ele mandou um chute na lateral do corpo do adversário.
— Rápido, hein? — Naoya desviou com agilidade e um sorriso torto — Mas não vai ser o suficiente pra me derrubar.
Tsubasa retribuiu, com aquele sorriso que não é só confiança, é promessa.
— Tá certo, não é… só o começo.
Naoya riu, tipo quem acha que a festa só tá começando.
— Então mostra o que tem, “agilidade”. Quero ver quanto tempo isso dura.
Sem perder a linha, Tsubasa aproveitou a brecha que Naoya deixou depois de desviar e investiu com uma sequência fluida: socos rápidos, quase cortantes, seguidos de um chute alto. Tentava pegar o oponente desprevenido.
Mas Naoya não era qualquer um. Bloqueou tudo, girou e recuou com a velocidade de quem quer controlar o jogo.
— Mandou bem — admitiu, com aquele tom desafiador — Mas se não começar a ler o jogo melhor, vai acabar dançando conforme a minha música.
Tsubasa encarou firme, olhos focados como quem planeja mil passos à frente.
— Meu ritmo é um passo além do que você imagina. Tente acompanhar.
Ele se jogou para a esquerda de Naoya, prevendo a investida seguinte. O adversário percebeu e preparou a ofensiva, voz ecoando no meio da arena.
— Você é bom, mas não pode dar brecha. Agora a vez é minha!
Explodiu numa série de golpes violentos, rápidos, quase um turbilhão de ataques tentando prender Tsubasa numa defesa contínua.
Mas Tsubasa não se abalou. Cada desvio era calculado, reflexos cirúrgicos.
— Você é rápido, mas eu já sei o que vem — mandou com um leve sorriso — Agora vou te mostrar como isso termina.
Naoya tentou um golpe pesado pra desestabilizar o garoto, mas Tsubasa abaixou no segundo certo e mandou uma varredura precisa nas pernas do oponente. Naoya caiu de costas no chão da arena, mas levantou rápido, o sorriso frio ainda no rosto, só que com um brilho mais feroz nos olhos.
— Impressionante — falou, com a voz rouca e enfurecida — Mas ainda não acabou.
— Também não quero que acabe tão cedo — rebateu Tsubasa, firme — Quero que você sufoque, sinta a pressão.
O público estava mudo, preso na adrenalina, quase tocando o clima sufocante do ringue.
Naoya, respirando fundo, soltou:
— Você tem estilo, Tsubasa. Mas… será que aguenta o meu ritmo até o final?
— Ritmo não é só velocidade — respondeu ele, encarando o adversário — É se adaptar, sobreviver e dominar.
Naoya deu aquele sorriso malicioso de quem já está pensando na próxima jogada.
— Então, bora ver quem cansa primeiro.
Os dois se prepararam, corpos tensos, mente afiada. A guerra de movimentos e estratégias estava só começando. O ar da arena vibrava, a galera sentia na pele: aquela luta era um choque de titãs. E a pergunta martelava na cabeça de todo mundo — quem ia sair desse duelo como rei?
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