Capítulo 205: Inferno de açúcar
Fora da situação no castelo real ou da corrida do Kura até aquele lugar, o trio formado pelos adolescentes Sami e Giovanni, junto do idoso Onder, ainda estavam de frente com o Akkedis, o encarando minuciosamente. Aquele inimigo, estava ao lado de uma parede de concreto, exalando a sua aura de energia por todo o corpo. Então, com um sorriso macabro, ele afirmou:
— Bem, vamos começar a dançar!
Rapidamente, aquele general Safira ergueu o seu punho esquerdo, efetuando um poderoso soco contra a parede feita de mais de vinte e cinco centímetros de concreto puro. O golpe atravessou a estrutura como se ela fosse feita de manteiga, mostrando assim parcialmente a força daquele inimigo. Um sorriso surgiu no rosto do general, com ele afirmando:
— Há, olha isso que eu achei!
Rapidamente, o inimigo daquele trio efetuou um movimento de puxada com o seu braço, abrindo um rombo de mais de um metro e meio naquela parede. Do meio da poeira, o corpo de um cívil apareceu, era um cozinheiro qualquer que estava a beira da morte, graças a atitude descarada daquele lacaio do Charlie:
— Chefe Weegla!!
Gritou um dos cozinheiros lá de dentro, ao ver o chefe geral nas mãos do general Safira. Logo, Akkedis falou para aquele trio de inimigos:
— Bem, vejam uma mágica!
Ao afirmar aquilo, uma espécie de gás verde começou a escalar através dos poros do corpo daquele inimigo. Após fazer o cozinheiro ter contato com tal névoa estranha, o general do rei Charlie o jogou de volta para a cozinha, nos braços de um dos cozinheiros comuns. Ao segurar o seu amigo, o cozinheiro afirmou:
— Chefe! Você está bem?!
Em poucos segundos, o cidadão comum e trabalhador começou a se transformar, mudando sua forma para um dragão de Komodo gigantesco. Aquele que anteriormente segurava o chefe, se assustou com a mudança, o soltando rapidamente no chão. Porém, antes que o homem pudesse dizer qualquer coisa, ele também acabou por se transformar em uma dessas criaturas:
— QUE PORRA É ESSA?!
Falou um dos garçons, antes de ser atacado por uma das criaturas, sendo brutalmente mordido no seu pescoço. A névoa verde também adentrou a construção, fazendo com que várias pessoas na cozinha começassem a se transformar nos animais. Giovanni percebeu aquilo, e rapidamente afirmou para Onder e Sami:
— Fiquem atrás de mim e me dêem suporte! E acima de tudo, não deixem aquela coisa encostar em vocês!
Saindo do foco daqueles combatentes, voltamos para o Kura e o Khayal, que se moviam em toda velocidade na direção do castelo real. A dupla já estava chegando lá perto, então do protagonista tomou a decisão de perguntar:
— E aí, dá pra entrar pela porta da frente? Ou você tem um plano melhor?!
O loiro, estava quase que completamente recuperado de sua fadiga da luta anterior, mas ainda optou por ser carregado pelo seu aliado. Ao ouvir a dúvida do seu amigo, o chefe de cabelos dourados falou:
— Pode arrombar essa porra! Ninguém pode impedir a gente!
Escutando a afirmativa do seu amigo das forças armadas, o rapaz soltou um largo sorriso animado, esticando seu braço esquerdo para trás de suas costas, enchendo sua mão esquerda com uma grande quantidade de raios. Após carregar esse ataque, o rapaz novamente o esticou, agora para a sua frente, lançando aquele ataque elétrico contra a porta do castelo real. Os guardas que estavam cuidando da mesma, foram acertados e eletrocutados junto da porta. A porta, por sua vez, acabou por explodir graças ao impacto do raio, voando para vários lados diferentes, permitindo assim a entrada daquela dupla dentro do palácio real.
No topo da construção, tanto o ministro quanto o rei ainda estavam conversando, discutindo sobre todos os acontecimentos recentes. Naquela situação crítica, Markus afirmou:
— Se acalme, Charlie! Pense racionalmente!
Após a afirmação do ministro, algo estranho aconteceu com o som de choro. O barulho de angústia por parte do galego, parou repentinamente, como os gritos de alguém antes de levar um tiro. Logo, destruindo o silêncio ensurdecedor, sons de gargalhadas começam a ecoar pelo ambiente, uma risada estranha e desconfortável, seguida pela aura do rei de Verenigde Kingdom pulando para fora do seu corpo, como óleo fervente em contato com a água:
— Oh, sim! Você me deu uma ótima ideia, Markus!
Em outro local daquela guerra, a princesa Deli tinha conseguido libertar a sua tia com sucesso, além de reunir soldados para a sua causa contra o tirano Charlie. Os homens liderados pela princesa guerreira, corriam a todo vapor na direção do castelo real, dispostos a morrer e matar pela verdadeira herdeira do trono. Alguns outros soldados rasos, que haviam realmente adotado a causa do Charlie, tentavam impedir o avanço daquele grupo de homens, mas falhando miseravelmente nas suas tentativas. O capitão da guarda, Thruth, logo afirmou para a princesa que estava ao seu lado:
— Isso dará mesmo certo, Deli?
A garota dos cabelos rosas, olhando para o topo do castelo e seus arredores, rapidamente respondeu para aquele seu aliado, mostrando um tom de voz determinado e sério, indicando não só sua raiva contra o Charlie, mas contra suas atitudes contra o reino:
— Sim, tenho certeza de que dará! Originalmente eu quem deveria herdar o trono, mas não acho que eu esteja apta para isso!
Logo, a guerreira se virou na direção da sua tia libertada, sorrindo para a mesma enquanto termina o seu discurso motivador:
— Mas, a minha tia Amy, com toda certeza é a pessoa correta para este cargo!
Aquela paz momentânea, entretanto, foi interrompida graças a um som de agonia de um dos soldados, que acabou sendo golpeado por um dos seus aliados. Em desespero, outro membro da guarda gritou:
— PARA QUE VOCÊ FEZ ISSO?!
— EU NÃO SEI, IAN! MEU CORPO ESTÁ SE MOVENDO SOZINHO!
Aquilo chamou a atenção da princesa Deli, que não conseguia não olhar aquela cena com estranheza, e até mesmo um pouco de medo. Ao lado oeste daquele exército, criaturas doces gigantes apareceram, golpeando e matando alguns soldados.
Dentro do castelo real, Khayal e Kura seguiam o seu caminho, subindo as escadas a toda velocidade. O galego já tinha usado seu poder para curar seus ferimentos, então já se encontrava em bom estado para correr pelas escadas. A corrida do homem-imaginação, porém, acabou por parar de repente, fazendo com que o Kura questionasse:
— Que foi, cara?
O loiro, estava chocado ao ver pela janela da escadaria, vendo uma espécie de pó branco semelhante a neve caindo dos céus e se espalhando não só pela cidade, mas por todo aquele país. Encarando aquilo, com certo receio, Khayal afirmou:
— Merda… ele vai realmente fazer isso?!
No topo do castelo, Markus estava olhando aquilo em choque, não acreditando no que seus olhos estavam vendo. Logo, o ministro afirmou para o rei:
— Charlie?! Por que isso??
O rei tirano, gargalhando e anestesiado pela sua própria loucura, ergueu suas duas mãos para os céus, respondendo a pergunta assustada do seu lacaio mais fiel:
— Não vê, Markus?! Eu estou fazendo aquilo que eu deveria ter feito desde que pisei nesse país de macacos albinos com olhos claros!
Com um sorriso sádico no seu rosto, o regente tirano e demoníaco, terminou a sua fala maléfica:
— Eu estou apagando Verenigde Kingdom e seu território, de todos os mapas mundiais espalhados pelo globo!!
Aquele pó, era o mesmo que foi criado no dia em que Sterk foi morto, e que uma pequena nação perdida no mundo quase foi exterminada. Aquele pó, foi o mesmo criado no dia em que a família do Khayal, assim como todo o seu país, foram exterminados. Aquele pó, era o prelúdio do começo do fim.

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